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Discurso do Presidente da República em exercício, Michel Temer, durante cerimônia de inauguração da Fábrica Eldorado Brasil de Celulose - Três Lagoas/MS

Transcrição do Áudio

 

Três Lagoas-MS, 12 de dezembro de 2012


Olha, eu quero, na verdade, fazer uma breve saudação, mas, se me permitem, da maneira mais informal possível. E daí por que, embora eu tenha aqui uma relação das várias autoridades que estão no palco e no auditório, eu vou tomar a liberdade, André Puccinelli, de saudar a todos indistintamente.

E nesta informalidade, Joesley, eu quero começar dizendo que o Brasil deve muito ao Zé Mineiro e à família Batista, afinal, mais de 50 empresas no Brasil e no exterior revelam a capacidade extraordinária do nosso país e a confiança que inauguralmente o Zé Mineiro teve no nosso país. E por isso mesmo, com todas as homenagens a Minas Gerais, eu tomaria a liberdade de sugerir que a partir de hoje o Zé passe a ser o Zé Brasileiro e não apenas o Zé Mineiro.

Quero dizer também da oportunidade e da felicidade da denominação desta empresa, Zé Carlos. Ela tem o nome de Eldorado, e Eldorado, sabemos todos, é o El Dorado, aqueles que iam em procura do ouro, do dourado, não é. Esta é a lenda, as pessoas procuravam a prosperidade, prefeita, procuravam, ministra, o sucesso na busca do ouro, na busca do  progresso. Então, quando vocês dão o nome de Eldorado a esta empresa, vocês revelam, como revelou o discurso da prefeita, que este será o Eldorado brasileiro. De modo que esta oportunidade foi extraordinária, ao assim denominar a empresa.

Em terceiro lugar, também com a mesma informalidade, eu quero dizer que é interessante: muitas e muitas vezes nós lemos e ouvimos, nos últimos tempos, notícias um pouco pessimistas, em relação à economia brasileira, quando todos nós sabemos que os grandes males da economia se operam e se fazem em outros países, basta olhar alguns países da Europa, as crises mundiais que se operam em várias localidades do mundo.

E eu quero dizer que a inauguração de uma empresa deste porte, que é a maior empresa do mundo na matéria que vai cuidar, serve como contraponto ao pessimismo que de vez em quando eu vejo estampado por alguns da imprensa.

Portanto, não é sem razão que eu compareço aqui, interinamente como presidente, mas trazendo o abraço entusiasmado da presidente Dilma Rousseff, cujo governo, sabem todos vocês, tem procurado fazer o possível e o impossível para a prosperidade do nosso país. Convenhamos – permitam-me recordar, aproveitando a grandiosidade deste evento – convenhamos, há quanto e quanto tempo a iniciativa privada, o empresariado brasileiro, postulava a redução dos juros, os juros caíram e vêm caindo. Há quanto o empresariado brasileiro, a iniciativa privada, e empresários e trabalhadores, convenhamos, pleiteavam a redução dos valores da folha de trabalho, os encargos da folha de trabalho, os encargos reduzidos vieram.

Há quanto e quanto tempo se dizia, em campanhas até feitas pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo, a redução das tarifas de energia, que para uma empresa – vocês aqui têm energia própria, são tão grandiosos que têm energia própria –, mas uma empresa de médio porte, certa e seguramente gasta 10, 15, 20 mil reais de energia por mês, se você tem uma redução de 20%, você tem 4 mil reais a menos. O pequeno habitante, de uma pequena residência, que gasta 80, 100 reais de energia, tem uma redução de 20 reais. Este somatório – eu estou apenas exemplificando – dos vários valores economizados nas residências, nas indústrias, nas empresas prestadoras de serviço, serão aplicadas em outras atividades, em outro consumo, em outras empresas que gerarão ainda mais a riqueza do nosso país.

Então, é interessante, quando eu vejo, vez ou outra, uma afirmação pessimista em relação ao Brasil, eu digo: mas que coisa estranha, nós temos é que ser otimistas, como é otimista a família Batista que, hoje, inaugura esta grande obra.

E por isso que eu tomo a liberdade de repetir que esta obra, esta inauguração é um contraponto a todo e qualquer pessimismo, afinal, ninguém investe bilhões, como aqui foram investidos, para ter prejuízo. Investe bilhões para ter muito lucro, e dá um lucro, digamos, material, mas dá um lucro também personal, pessoal, porque são milhares de empregos que são gerados, empregos diretos e indiretos, e eu vejo... Puccinelli, você que se emocionou tanto ao falar do seu Mato Grosso do Sul; a prefeita que, entusiasmadamente, verifica que Três Lagoas deu mais um passo no progresso – não é, vice-governadora Simone? –, mais um passo no seu progresso, você verifica que, na verdade, o que vocês estão fazendo é promover a prosperidade do estado e até, convenhamos, lá do meu estado –que eu verifiquei num breve relatório –, que a cidade de Andradina, que é no estado de São Paulo, fornece 30 milhões de mudas de eucalipto aqui para a empresa. Então vocês fazem prosperar, viu Puccinelli, não apenas o estado de Mato Grosso do Sul, mas uma parte do meu estado, que é o estado de São Paulo.

Por isso que é com muito entusiasmo, entusiasmo de ser brasileiro... e eu sou filho de estrangeiro, sou primeira geração, mas meus pais diziam: “Olhe, meu filho, o Brasil é o país onde se faz a América”. Fazer América, na expressão dele, era prosperar, era desenvolver-se. Isso eu ouvi desde menino e, ao longo do tempo, com todos os esforços que todos fizemos, nós... eu fui verificando que realmente o Brasil é onde se faz a América, é onde se prospera. Mas aqui, particularmente em Mato Grosso do Sul, em Três Lagoas, e perante a Eldorado, eu digo: esta é a prova concreta de que o Brasil não vai parar, de que o Brasil vai continuar a progredir.

Meus parabéns a vocês.

 

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