Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de entrega de 300 unidades habitacionais do Condomínio Residencial Iguape e de 84 ambulâncias para o SAMU 192 do município de São Paulo
São Paulo-SP, 25 de janeiro de 2013
Boa tarde a todos.
Eu queria desejar um feliz aniversário para São Paulo. Mas quem é São Paulo? São Paulo são vocês. Então, um feliz aniversário para todos os paulistas, aqueles que nasceram aqui e aqueles que adotaram São Paulo, vieram viver aqui e construíram suas vidas. Agora eu vou dar um parabéns especial para as crianças que estão aqui. Um parabéns para elas, porque elas são o nosso futuro. Por isso, um parabéns a cada uma das paulistinhas e dos paulistinhos que estão aqui, hoje, nessa cerimônia.
Eu queria cumprimentar o nosso prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, esse prefeito que foi meu companheiro de governo no governo do presidente Lula e, depois, foi meu ministro, e que fez um grande trabalho à frente do Ministério da Educação.
Queria cumprimentar também uma mulher de fé – vocês prestem atenção, porque ela vai dar muita contribuição aqui, para essa cidade –, a Ana Estela Haddad. A Ana Estela é uma gestora, é uma agente política, é uma pessoa com sensibilidade social. Eu estou, ao cumprimentar a Ana Estela, eu estou cumprimentando também as mulheres aqui presentes.
Cumprimento também a Nádia Campeão. Ao cumprimentá-la eu saúdo também as mulheres.
Queria cumprimentar os ministros que me acompanham aqui. O Agnaldo Ribeiro, ministro das Cidades, um ministro lá da Paraíba, mas um ministro que tem sobre seus ombros essa responsabilidade de construir, de melhorar e de assegurar, cada vez mais, que o nosso povo tenha acesso a moradia. Cumprimentar o Alexandre Padilha, que é o ministro da Saúde. O Padilha, hoje, está aqui por conta desse projeto importante que eu vou falar depois, que é o SAMU. Cumprimentar o ministro Aloizio Mercadante, ministro da Educação, ex-senador por São Paulo e comprometido aqui com todos os paulistas e com todos os brasileiros.
Vou dirigir aqui um cumprimento especial para a ex-prefeita Marta Suplicy, e lembrando que a Marta, que foi prefeita desta cidade, que aqui construiu os CEUs, que duplicou a Radial Leste, hoje tem o compromisso com a Cultura de assegurar, através do Vale Cultura, o acesso dos brasileiros e das brasileiras, dos paulistas e das paulistas ao teatro, ao cinema, a livros, a discos, a DVDs, através do Vale Cultura que ela está acabando e vai lançar ainda neste primeiro semestre.
Queria cumprimentar também o chefe do Gabinete de Segurança, general José Elito, e a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas,
Cumprimentar o senador Eduardo Suplicy,
Cumprimentar e agradecer aos senhores deputados e às deputadas federais Aline Corrêa, Arlindo Chinaglia, José Mentor, Ricardo Izar, por todo o esforço que fizeram em aprovar os projetos do governo federal.
Cumprimentar também os deputados estaduais Alcides Amazonas, Edinho Silva, Gerson Bittencourt, Luiz Claudio, Luiz Moura.
Queria saudar o vereador José Américo, presidente da Câmara Municipal.
Queria também cumprimentar o Jorge Hereda, presidente da Caixa; a Inês Magalhães, Secretária Nacional de Habitação.
Dirigir um cumprimento especial a uma pessoa que está aqui no palco e que é o coordenador nacional da União Nacional de [por] Moradia Popular, que tem sido, nesse programa Minha Casa, Minha Vida, um parceiro. Não só empresas realizam essas obras de moradia, mas também os movimentos populares. E eu cumprimento o Donizete e, ao saudá-lo, eu queria estar saudando todos os movimentos por moradia no nosso país que, de fato, foram responsáveis, como o ministro Agnaldo falou, pela criação desse ministério que se ocupa, justamente, dessa questão fundamental, que é como o povo brasileiro vive, mora e cria a sua família.
Queria cumprimentar também a Bartira Lima da Costa, coordenadora nacional da Confederação Nacional da Associação de Moradores.
Um cumprimento muito especial às famílias da Margarida Flores de Latim, do Carlos Alberto Alves de Souza, da Quitéria Lucineide de Azevedo Rocha, da Gisela Cristian Pereira da Silva, da Andréia Bezerra Leandro. Ao saudar essas pessoas que representam os 300 moradores que recebem a chave dos seus apartamentos aqui no Condomínio Iguape, eu queria dirigir uma palavra a todos os brasileiros que ainda não têm a sua casa própria, mas que vão ter. No que depender do meu governo terão sua casa própria.
Eu vejo aqui a Associação Amigos do Jardim Ipanema na luta pela moradia. Eu queria dizer à Associação Amigos do Jardim Ipanema que o governo federal tem, além dos 1 milhão que nós já construímos, do 1 milhão e 300 mil que nós estamos contratando, tem mais 1 milhão e 100 mil moradias para contratar, até 2014. Por isso, é tão importante a parceria com o prefeito Haddad. Por quê? Nós precisamos de terreno, nós precisamos de saneamento, nós precisamos de acesso e nós, na faixa de 0 a 3, que vai a R$ 1.600,00, nós praticamente garantimos 90%, no mínimo, do total do valor daquela moradia. Noventa por cento.
O que é importante? É que hoje o Brasil tem de fato, um dos maiores programas de moradia popular do mundo. E por que isso? Porque nós optamos por isso. Por isso, ao cumprimentar os cinco representantes, aqui, do Conjunto Iguape, eu queria afirmar: nós vamos continuar com o Minha Casa, Minha Vida, e a cada vez nós vamos melhorar mais esse programa.
Queria, finalizando os meus cumprimentos, cumprimentar todos os jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas.
Volto a falar da questão da moradia. Um país como o Brasil, com 84% da sua população morando em cidades, ele não pode abrir mão de assegurar, para essa população, condições adequadas de vida. Teve uma época no nosso país que falar em moradia popular era muito mal visto, e mais, falar que era necessário e que era importantíssimo que a gente – a gente, quem? Os governos federal, estadual e municipal – desse uma contribuição para as famílias de mais baixa renda terem acesso a sua casa era considerado um absurdo, que só passava na cabeça de gente que não tinha responsabilidade. Eu quero dizer que é o contrário. Gente com responsabilidade tem de ver que a sua população não pode morar em favelas. A sua população não pode morar em habitação precária.
Por isso, eu olho para este apartamento e digo para vocês. Eu olho lá dentro, eu entro com eles, olho, eu quero sempre melhorar uma coisa: quero sempre que tenha mais parede com azulejo, porque mulher é um pouco assim, a gente olha se tem azulejo, a gente olha ... Você sabe como é que é. A gente olha como é que funciona, ali, a casa, se está adequada, se na cozinha tem azulejo, até onde, como é que é o banheiro, como é que vai ser o piso, a gente... Eu quero sempre melhorar, mas eu, eu quero dizer para vocês, aqui olhando para o Conjunto Iguape: eu tenho muito orgulho disso, eu tenho muito orgulho disso.
A gente olha para as pessoas com a sua chave e eu sei que cada uma delas, quando eu falo com elas, vocês sabem, querem saber o que eu digo? Eu digo o seguinte: eu torço para que vocês sejam muito felizes lá. Por que aonde que a gente é feliz na vida? A gente é feliz na vida é na casa da gente, se a gente puder criar direito os nossos filhos, se a gente puder, de fato, defender a nossa família, assegurar a essa família proteção. Por isso eu estou muito feliz aqui, hoje, ao entregar essas 300 casas.
Queria dizer também que o governo federal e a prefeitura e, aqui, o governo do estado de São Paulo, também, nós, se tivermos parceria, nós realizamos mais do que se cada um agir sozinho. Com o Fernando Haddad... Agora vai começar a chover, não é? Com o Fernando Haddad, nós queremos proteção das encostas. O governo federal está assinando hoje, aqui, proteção para três encostas. Está assinando aqui, hoje, também, drenagem para impedir que quando chover alague as ruas, as vias públicas, as casas e que afete a vida das pessoas. Por isso, eu também estou feliz de estar aqui, assinando a drenagem do córrego de Aricanduva e do córrego de Zavuvus.
Queria dizer também para vocês que eu tenho um outro orgulho muito especial, que é do SAMU. Quando eu vou em qualquer ato, em qualquer cidade, eu sempre vejo a ambulância do SAMU e o pessoal do SAMU. E é um pessoal especial, é um pessoal especial porque a gente sabe que ele está na rua, que ele atende às pessoas naquela hora que as pessoas mais precisam. A hora que as pessoas mais precisam é justamente diante de algum acontecimento triste, como é o caso de um desastre, de um problema de coração, de um problema de pressão alta.
Por isso, eu estou aqui muito feliz de entregar as 84 unidades do SAMU. Mas não só por causa da ambulância, é por causa das pessoas, as pessoas que estão nessas ambulâncias, que têm uma grande generosidade, uma imensa capacidade de atender.
E aqui eu queria agradecer ao coronel Wilker, que é o coronel que dirige aqui todos os SAMUs, as unidades do SAMU, e que faz essa operação acontecer em dez minutos. Porque eu perguntei para o Coronel: Coronel, como é que é isso? Quanto tempo, se alguém tiver um desastre, em quanto tempo o SAMU chega? Ou quanto tempo se a pessoa passar mal? Ele me disse que aqui, aqui na cidade de São Paulo, eles vão operar cada vez mais de forma mais rápida, e aí eu acredito que aqui será uma das referências para o Brasil. Vamos ter aqui um nível de atendimento dos mais rápidos possível.
Finalmente, eu queria falar de duas coisas aqui que o ministro da Educação, Mercadante, junto com o ex-ministro da Educação Fernando Haddad assinaram, duas coisas que são fundamentais para o futuro de cada um dos jovens aqui presentes, que são escola técnica e universidade. Escola técnica porque o nosso país – vamos lembrar disso, hein? –, o nosso país precisa de trabalhadores especializados, porque sem trabalhadores especializados nós não iremos, nós não faremos o nosso país crescer. E precisa também de cientistas, de professores, historiadores, enfim, precisa de universidades.
Eu vou encerrar, rapidinho, porque essa chuva parece que é forte e cada um aqui tem de ir para casa, para não pegar chuva, e aí eu queria dizer para vocês uma última coisa: eu acredito muito que o Brasil vai crescer, e vai crescer muito, mesmo que tenha gente que, num primeiro momento, fique pessimista e fale: “Ah, o Brasil não vai crescer”. Vocês não acreditem, não. O Brasil vai crescer. O Brasil vai crescer, está crescendo e vai, cada vez mais, garantir renda e emprego para a sua população.
Nós baixamos a conta de luz porque podíamos e isso vai ser uma coisa boa para o Brasil continuar crescendo.
Um abraço a todos vocês, e vamos correr porque está chovendo.
Ouça a íntegra do discurso (18min12s) da Presidenta Dilma