Entrevista concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff às rádios Panorama FM, de Itajubá e Itatiaia FM, de Belo Horizonte - Itajubá/MG
Itajubá-MG, 14 de outubro de 2013
Jornalista: Bom dia, José Lino, nós falamos aqui de Itajubá, na região Sul do estado, onde acaba de chegar a presidenta Dilma Rousseff que veio para a inauguração da fábrica de transformadores da empresa Balteau, do grupo Orteng, no distrito industrial da cidade. A solenidade é daqui a pouco, mas antes ela concede entrevista para a rádio Itatiaia na presença da rádio Panorama, que é uma rádio da região, com Francisco de Vasconcelos, comunicador que está aqui presente também.
Bom dia, presidenta Dilma, muito obrigada pela entrevista. Primeira pergunta: quais são os investimentos concretos do governo federal previstos para Minas na área da Saúde, da Educação e da Segurança Pública?
Presidenta: Bom dia, Edilene Lopes, bom dia, rádio Itatiaia, bom dia ouvintes, bom dia Francisco Vasconcelos, da Rádio Panorama, Itajubá. Olha, eu queria te dizer, Edilene, que o que há de previsto para – eu vou começar por saúde. Para a Saúde nós estamos repassando recursos para os municípios dessa região reformarem e ampliarem os postos da saúde. Em Minas Gerais são mais de 5 mil postos, postos de saúde existentes hoje. Mil e vinte desses 5 mil estão sendo reformados ou ampliados até o final 2014, e 124 novos postos estão sendo construídos. E hoje eles já estão prontos. Nós autorizamos mais recursos, mais dinheiro para construir em torno de 750 postos de saúde até o fim de 2014. E aí eu quero te dizer uma coisa: é muito importante o posto de saúde porque é onde a população vai, tem o primeiro contato. Lá no posto de saúde, se tiver médico presente - e esse é o problema que nó enfrentamos - você terá uma resolução de uns 80% dos problemas de saúde das pessoas. Por isso nós fizemos o Mais Médicos, porque faltava médicos nos postos de saúde para fazer esse atendimento.
Além disso, eu vou falar agora das UPAs, as Unidades de Pronto Atendimento, aonde você vai se quer um atendimento de urgência ou uma emergência qualquer surgiu diante de você e você vai, lá tem mais equipamentos. Você pode tratar, por exemplo, um infarto, você consegue, sem levar a pessoa para o hospital, dar um tratamento numa UPA. Aqui em Minas Gerais nós autorizamos recursos para construir 67 UPA’s. Dessas 67, nós estamos pensando que nós teremos, aliás, nós teremos UPA’s suficientes numa primeira etapa no estado. Mas vai ser necessário mais UPAs. Além disso, nós estamos equipando essa rede de atenção básica que são as UPAs e os postos de saúde com médicos. Trinta e sete brasileiros, médicos brasileiros, já estão trabalhando em 26 municípios do estado. Sabe por que isso? Porque em Minas, 547 municípios pediram médico, dos 853 municípios que tem aqui em Minas Gerais, 547 aderiram ao programa Mais Médicos e solicitaram médicos. E solicitaram 1.920 médicos. Desses 1.920, como eu te disse, 37 médicos brasileiros já estão trabalhando em 26 municípios. Quarenta e três começam a trabalhar assim que a sua documentação for aprovada. E em Itajubá houve um pedido de 2 médicos, e os 2 médicos já estão aqui. Qual é o nosso objetivo? Nosso objetivo é até, entre março e abril, ter aqui no Brasil os 12 mil médicos que são necessários, num primeiro momento que nós chamamos, autorizados, considerando tudo, todas as demandas de todos os municípios. Nós estamos olhando como 12 mil médicos são absolutamente necessários nesse momento no Brasil. Então nós pretendemos ter tudo isso pronto e os médicos já trabalhando, até março ou abril.
Bom, na educação, eu acho que seria bom começar pela creche, Edilene, por que são cerca de 300 creches e pré-escolas que, no mínimo, nós teremos aqui no estado. E meu compromisso é fazer essa primeira etapa e ampliar dependendo capacidade dos municípios de darem suporte a isso. Além disso, nós temos o compromisso de inaugurar 14 campi em Minas Gerais. Estão funcionando nove já em Contagem, em Betim, em Ouro Branco, em Ribeirão das Neves, Sabará, Montes Claros, Passos, Pouso Alegre e Patos de Minas. Mais 5 serão entregues à população agora no início de 2014 que ficam em Santa Luzia, Diamantina, Teófilo Antonio e Manhuaçu. Cada um desses campus deve oferecer entre 200 e 250 vagas, e nós vamos ampliar progressivamente até chegar em 1.200 vagas. Nós também estamos prevendo - isso são escolas técnicas que acabei de falar – nós estamos prevendo nas universidades federais mais cinco novos campus, três já estão em funcionamento, dois são aqueles que vão funcionar em Janaúba e na cidade de Unaí. O de Janaúba vai ter cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharia Siderúrgica, Engenharia de Minas. E o de Unaí vai oferecer Ciências Agrárias, Agronomia, Zootecnia, Engenharia Agrícola e Medicina Veterinária. Por que isso é importante? Tanto as escolas técnicas que eu falei, as 14 que eu falei primeiro, como os campus das universidades federais, os cinco novos, porque o Brasil precisa de universidades no interior do estado, precisa que as pessoas fiquem perto das universidades. Nós temos aqui em Itajubá uma universidade com 100 anos, que é a UNIFEMM, reconhecida como uma universidade de excelência no Brasil, como uma universidade de foi capaz, inclusive, ao gerar tecnologia, ao gerar ciência de atrair uma quantidade significativa de empresa e transformar a região num grande parque tecnológico onde você tem indústrias de ponta, onde você tem indústrias que serão as indústrias do futuro. Por isso é que é importante interiorizar. Itajubá é um exemplo disso. No que se refere à segurança, é importante dizer que nós estamos investindo aqui em Minas, até agora, nós estamos investindo em estabelecimentos prisionais, são cinco em estabelecimentos prisionais, inclusive aqui de Itajubá, gerando mais de 1.731 vagas carcerárias, e também implantando dois núcleos de acompanhamento de penas e medidas alternativas e um núcleo de justiça restaurativa.
Em 2013 nós investimos em torno e R$ 120 milhões para gerar três mil, quase 4 mil vagas prisionais em 10 presídios. E doamos 13 veículos cela para transporte de presos. Agora, é bom dizer que em Minas Gerais também nós investimos para ações de segurança voltadas para os grandes eventos R$ 71 milhões, e isso vira um legado, não é só para o grande evento, ele permanece. É ampliamos o centro, aliás, implantamos e ampliamos um centro integrado de comando e controle aqui em Minas Gerais, especificamente, em Belo Horizonte. E até o final do ano vamos repassar mais de R$ 34 milhões para compra de equipamentos para combate ao crack.
Jornalista: Ok. Muito obrigado nossa presidenta, doutora Dilma, estar aqui conosco, recebe as felicidades da cidade de Itajubá e região porque você tem um carisma muito grande pela cidade, pela população e, realmente, nós gostamos muito de você. A nossa primeira pergunta diz o seguinte: quais seriam os projetos e investimentos futuros para a região do Sul de Minas?
Presidenta: Primeiro, Francisco, eu queria dizer que estou muito feliz de estar na minha Minas Gerais e fico muito feliz de estar aqui em Itajubá. Como eu estava dizendo antes de começar o programa, para a Edilene e para você, ela é uma região bonita, sobrevoar de helicóptero fica muito claro como é bonita a Mantiqueira e como é bonita essa região.
Bom, os projetos de investimentos futuros para a região. Eu acho que a nossa maior contribuição para o desenvolvimento da região de Itajubá e de todo sul de Minas é dar suporte para o desenvolvimento do parque industrial dessa região, em especial em áreas de alto conteúdo tecnológico como tecnologia da informação, como toda a tecnologia de circuitos integrados, como design house, que são empresas que fazem o desenho dos chips e também a eletroeletrônica, aeroespacial e a área de transportes. Aqui, essas políticas devem envolver, primeiro, o uso das compras públicas, como é o caso do que nós fizemos com a Helibras, porque a Aeronáutica compra, cria a demanda para depois o apoio a inovação por meio do crédito mais barato e também do apoio a pesquisa, como nós fizemos aqui na Balteau, com a Finep financiando. Depois a concessão de incentivos tributários, você desonera quando se trata de produção de produtos inovadores, e depois investindo e dando mais força ainda para essa universidade tão importante que é a Unifei.
Hoje mesmo, como eu estava te dizendo, eu vou inaugurar a fábrica da Balteau, que é uma fábrica única no Brasil em termos de produção nacional, porque ela está produzindo transformadores de corrente de potencial de 550 kv. Eu sou da área de energia elétrica e eu sei a importância dessa produção. Outro bom exemplo, como eu já disse, é a produção de helicópteros que foi possível e viabilizada pelas compras do governo.
Acredito que aqui tem um grande potencial para a indústria de software e de TI, de tecnologia da informação, tanto por meio da desoneração da folha de pagamentos, como também pela nova lei de informática. E isso beneficia todo o sul de Minas. Vamos lembrar que Santa Rita do Sapucaí é chamado vale da eletrônica. E aqui em Itajubá nós temos um parque, um verdadeiro parque tecnológico.
Também, eu quero dizer que nós temos dado muito apoio à Unifei para viabilizar esse design house e ter feito o primeiro chip comercial que foi projetado no estado de Minas. Eu tenho certeza que essa é uma parceria muito frutífera, parceria entre o governo federal e todas as indústrias aqui instaladas. Mas tem mais coisa. Nós estamos investindo cerca de R$ 170 milhões nos 400 quilômetros de malha ferroviária federal aqui no sul de Minas. Além disso, nós vamos apoiar, assim que sejam efetivamente desenvolvidos e elaborados, projetos do tipo do contorno de Itajubá e estamos estudando a viabilidade da duplicação da ponte sobre o rio Paraguaçu.
Eu queria dizer que com exceção de Itajubá... me retificaram aqui, eu falei 400 quilômetros... eu falei ferroviária? Desculpe, é rodoviária. É que eu estou com ferrovia na cabeça. Nós, o Brasil precisa fazer ferrovia, e nós estamos em via de fazer leilões de ferrovias. Mas o que queria dizer é o seguinte: na microrregião de Itajubá são, se eu não me engano, 13 municípios – você me corrige, viu, Francisco, se eu estiver errada – desses 13 municípios até 50 mil habitantes, são 12. Todos esses 12 municípios, todos os prefeitos de cada um deles está recebendo um kit chamando, um kit importante que dá autonomia para o prefeito. Ele receber uma retroescavadeira, uma motoniveladora e um caminhão caçamba. É uma doação que o governo federal faz para os prefeitos. Por que o governo federal faz essa doação para os prefeitos? Para dar autonomia para eles tratarem das estradas vicinais para poder transportar crianças, para poder passar, inclusive, a produção agrícola, e inclusive, também, a produção industrial quando se trata de pequenas indústrias. Esse kit, para você ter uma ideia, Francisco, está estimando em torno de R$ 1 milhão. A preço de mercado ele seria mais ou menos isso. Obviamente como nós compramos, nós estamos aqui em Minas Gerais fornecendo esse kit para todos os municípios com até 50 mil habitantes. E Minas Gerais é muito parecida com o resto do Brasil. Em torno de quase 90% de todos os municípios têm até 50 mil habitantes. Então, é um esforço muito grande, mais 4 mil municípios estão sendo beneficiados. Ao todo no Brasil, nós estamos comprando 18 mil máquinas e equipamentos, o que também beneficia as regiões produtoras de ônibus, porque nós compramos ônibus escolar, retroescavedeira, motoniveladora e caminhão caçamba.
E eu queria dizer por último que eu considero que todos os investimentos tanto o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida que eu sobrevoei e vi uma porção de casas e apartamentos do Minha Casa Minha Vida. Então, nós podemos dizer que aqui também nós teremos uma boa, mas uma muito boa, presença do Minha Casa, Minha Vida. Espero que você depois me pergunte sobre o Minha Casa, Minha Vida, porque agora é a vez da Edilene.
Jornalista: Presidenta, agora um pergunta sobre política. Como é que a senhora vê esse quadro político que está se delineando agora com a entrada da Marina Silva para o PSB. Pesquisa eleitoral de intenções de votos divulgadas no último final de semana mostrou que a senhora venceria o pleito contra Eduardo Campos e Aécio Neves, se a eleição fosse hoje. Mas mostra se os candidatos fossem Marina e Serra a disputa seria mais acirrada. Qual é a avaliação que a senhora faz?
Presidenta: Vou te falar uma coisa, Edilene, sabe o que acontece? Eu sou presidenta, fui eleita presidenta de todos os brasileiros e eu tenho nessas 24 horas do meu dia, nos 365 dias do ano, eu tenho de exercer a Presidência da República. A Presidência da República é algo bastante complexo. Portanto, eu tenho de trabalhar muito e dar o melhor de mim e ser muito exigente comigo mesma e com todos os ministros porque nós temos a obrigação política, ética e moral de entregar para povo brasileiro aquilo que ele demanda, melhoria na qualidade dos serviços, melhoria na qualidade de vida, um Brasil cada vez mais rico e mais respeitado internacionalmente. Tudo que as pessoas que estão pleiteando a Presidência da República querem é ser presidente. Então, eu que sou presidente, eu não fico tratando, para mim não é problema eleição agora. A eleição vai ser uma questão que eu vou tratar oportunamente. Para mim, a minha atividade principal é exercer até o último minuto que eu puder, de todos os dias, a Presidência da República. Então, acredito que para as pessoas que querem concorrer ao cargo, elas têm de se preparar, elas têm de estudar muito, elas têm de ver quais são os problemas do Brasil e ter propostas. Eu passo o dia inteiro fazendo o quê? Governando. Então, veja que não é uma questão que hoje possa me... para a qual eu possa destinar toda a minha atenção. Agora, eu respeito todos os contendores, todas as pessoas que pleiteiam, acho todos os pleitos extremamente legítimos. Agora, meu problema é governar, não é ficar preocupada com quem vai ser candidato, até porque há indefinições. Então, apesar de respeitar, de achar que ninguém pode subir no salto alto... o meu problema não é salto alto, o meu problema é o seguinte: não dá para fazer as duas coisas simultaneamente. Eu tenho de governar.
Jornalista: Ok, com a pergunta, praticamente você respondeu em parte, diz assim: recentemente numa entrevista a senhora falou que pretende ampliar os programas Minha Casa, Minha Vida e Minha Casa Melhor, e a nossa Itajubá e a nossa região vão ter esse privilégio, Dilma?
Presidenta: Olha, Francisco, obrigada, eu falei mesmo, viu, Francisco. Sabe por que Francisco? Era assim: quando nós começamos o governo, nós íamos fazer 2 milhões de moradias, aí, nós passamos para 2,4 milhões, depois nós ampliamos mais um pouco para 2,750 milhões moradias. De fato, hoje nós ampliamos para 2,750 milhões. Fora aquelas que foram lançadas lá no finalzinho do governo Lula, que só foi contratada no governo Lula e que foi construída no meu governo, no total de quase um milhão. Então, hoje nós temos 3,750 milhões moradias, apartamentos, casas que estão sendo construídas dentro do Minha Casa, Minha Vida. Além disso, eu queria dizer aqui os dados para Itajubá, especificamente. Em Itajubá já foram entregues 759 casas, e tem mais 495 sendo construídas. Desse total 62% são para aquelas famílias de mais baixa renda, que ganha até 1600 reais. Eu acho isso muito importante, essas famílias que ganham nessa faixa, o governo subsidia, ou seja, o governo paga basicamente a diferença entre a capacidade da pessoa e o custo da residência, porque não fechava essa equação. Uma casa ficava entre 40 mil, 50 mil, dependendo do valor do terreno, dependendo do lugar podia ser até um pouco mais. E a pessoa ganhando até R$ 1.600, se tivesse três filhos não conseguia pagar a prestação. Então, nós fazemos o quê? Para essa parte de renda, nós subsidiamos. O governo entra, eu te diria, com mais de 90% do valor do imóvel, e a pessoa paga de acordo com a sua renda, paga um percentual pequeno da sua renda que dê para, além disso, ela criar seus filhos, colocá-los na escola, se alimentar direito.
Eu considero esse um dos programas mais importantes do governo. Para você ter uma ideia, nós já entregamos em torno de 1,3 milhão de moradias, é um pouquinho menos, mas eu vou arredondar, 1,3 milhão de moradias. E contratamos, já estão em construção... quando você fala contratar, a Caixa foi lá, contratou e vai distribuir, 1,580 milhão de moradias. Esse é o que está em andamento. Aqui em Minas Gerais foram muitas, tem 158 mil moradias já entregues e 125 mil contratadas.
Mas quero falar para você é outra coisa, eu quero falar de um programa que está ligado ao Minha Casa, Minha Vida, que é o Minha Casa Melhor, que é o cartão que as pessoas do Minha Casa, Minha Vida recebem para comprar... esse cartão é de 5 mil reais. Com esse cartão a pessoa pode comprar uma lista de produtos, ela escolhe qual, se for eletrodoméstico, eu vou falar alguns: geladeira, máquina de lavar - porque as mulheres merecem máquina de lavar automática, para não ficar lá no tanque - fogão, computador, pode comprar tablet, pode comprar móveis como, por exemplo, cama, cadeira, mesa, beliche, berço para bebê, armário de cozinha, enfim, há uma lista de produtos. Nós fizemos um acordo com o varejo, esse produtos têm um limite de preço dentro do programa Minha Casa Melhor. Dessas pessoas que têm o cartão. E isso é muito importante, por quê? Porque a pessoa já tem a casa nova e vai ter também seus móveis novos, e muitas vezes ela não tinha aqueles móveis. Qual a vantagem disso? Quanto mais velha... estou numa empresa que produz transformador de 550 kv, uma das coisas mais necessárias no Brasil é o uso eficiente da energia. Se você tem uma geladeira velha, essa geladeira gasta muito mais energia do que uma nova. Então, trocar essa geladeira, ter financiamento para trocar a geladeira é algo que beneficia a dona de casa que vai ter a geladeira nova, beneficia o país, porque vai poupar energia.
Por isso, acredito que esse programa é um sucesso, nós já chegamos a contratar no valor beneficiando mais de 270 mil famílias, nós chegamos a um valor aproximadamente já de um bilhão de pessoas... um bilhão de valor, aliás. Um bilhão de reais que as pessoas já tomaram de empréstimo, e elas não têm de ter pressa. Elas têm um ano para fazer a compra depois que ela foi lá e pegou o cartão. Então ela pode ir comprando de acordo com o que ela percebe. E ela tem um prazo muito maior para pagar.
Eu falando com o varejo, falando com as pessoas das grandes lojas de varejo, o que disseram? Elas disseram para mim o seguinte: a grande vantagem desse programa é que pessoas que antes não tinham acesso ao crédito, que entravam numa loja, que queriam comprar algum produto e não tinham acesso ao crédito, hoje tem. Porque esse cartão garante a pessoa que ela pode tomar um empréstimo, que nos bancamos. Tem uma condição que é muito boa condição, que é a seguinte: a pessoa tem que pagar em dia Minha Casa Minha, Vida para tomar o financiamento do Minha Casa melhor. É bom lembrar que o financiamento é a juros bem baixos e que o prazo para pagar é bem longo, bem fora dos parâmetros que se encontra no mercado. É por isso que houve, inclusive, um aumento da quantidade de produtos vendidos no varejo das lojas aqui em Itajubá, 209 famílias já tomaram esse crédito, o que é muito importante. Aliás, Minas Gerais é o segundo estado em número de pessoas que tomaram o empréstimo, o que também é muito significativo. Tem 4 anos para pagar. Então é isso.
Jornalista: Então é isso. Então nós agradecemos doutora Dilma, nossa ilustre presidenta, muito obrigado mesmo de coração pela sua visita, conte sempre com a gente, conte sempre com o sul de Minas e muito obrigado pela sua disposição.
Presidenta: Olha, Francisco e Edilene, eu queria agradecer a oportunidade. Queria dizer outra coisa: eu estou muito feliz de estar aqui em Itajubá, acho que nós temos um programa que chama Inova Empresa no qual nós colocamos R$ 30 bilhões. Esse programa, justamente, é um programa do governo que incentiva a inovação. Porque o futuro do país está nessa questão: empregos de qualidade, produtos com valor agregado. Nós somos um país que temos todas as condições para termos várias Itajubás. Então eu fico muito feliz de estar aqui, dou todo apoio a todas as questões relativas à construção de parques tecnológicos como esse aqui. Acho que os moradores de Itajubá estão e parabéns e pode ficar muito orgulhosos do seu parque tecnológico.
Ouça a íntegra (28min58s) da entrevista da Presidenta Dilma