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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a Cerimônia de Retomada do AltoForno 1 da Usina de Ipatinga - Usiminas - Ipatinga/MG

Ipatinga/MG, 26 de agosto de 2020

 

 

  Bom dia a todos.

 É uma satisfação muito grande estar em Minas Gerais entre amigos, afinal de contas eu tenho esse estado como o segundo estado natal e tenho uma excelente recordação de Juiz de Fora e em especial da Santa Casa a qual eu considero a minha segunda maternidade.

Por questão de minutos logicamente, Deus em primeiro lugar e depois os profissionais de saúde que salvaram a minha vida e hoje estou aqui e confesso, muitas vezes eu não sei como eu consegui chegar até aqui com quanta coisa contra, mas nós sabemos que Ele decide a nossa vida e não nos dá um peso maior do aquele que não podemos carregar.

Prezado governador Zema é uma satisfação estar ao teu lado, parabéns pela maneira que como teu estado se comportou na questão do Covid.

Senhores parlamentares, sei que tem catorze aqui, eu citaria o Carlos Viana, o senador e em nome da Alê Silva a mais votada em Ipatinga eu saúdo os demais.

Bem como um deputado estadual perdido aqui o Bruno Engler, meu velho amigo aí, satisfação.

Prezados ministros, Bento Albuquerque, Braga Neto, Marcelo Marcantonio, mineiro e general Augusto Heleno.

Presidente da FIEMG, Flávio Roscoe.

Presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello.

Prezados funcionários, trabalhadores dessa empresa que nos orgulha a todos, senhores e senhoras.

O dia que eu for elogiado pela imprensa pode ter certeza que o Brasil tá indo mal, lamento por uma imprensa em grande parte que se comporte dessa maneira, mas vale a pena alguns comentários.

Há poucos meses tínhamos uma notícia que o presidente americano sobretaxaria o nosso aço e a imprensa me criticou, “amigo do cara vai taxar o aço”? E eu segurei quieto por quase trinta dias.

Obviamente conversei com o Trump, tenho um profundo respeito e admiração por ele e acabou que 30 dias depois o aço não foi sobretaxado.

Tivemos um problema agora também sem entrar em muitos detalhes, cada país cuida da sua economia e nós sabemos que há muito interesse de outras nações no nosso querido e riquíssimo Brasil e pelo que tudo indica essa nova negociação que seria primeiro uma redução na cota de exportação nossa, importação deles estaria para acontecer ou teríamos outro problema, buscamos solução.

Del Nero, Tereza Cristina participou disso apesar de não ser a área dela, equipe econômica, almirante Bento das Minas e Energia e resolvemos, não como nós queríamos mas também não como outro país queria, chegamos a um bom termo.

Isso faz parte do bom relacionamento que o nosso governo tem com o exterior, bem como pela equipe de ministros que nós botamos.

Nunca se viu no Brasil uma equipe de ministros montada basicamente pelo critério técnico. Assim também se combate a corrupção, matando na raiz, na origem o interesse de alguns e de alguns grupos que sempre sobreviveram disso, na política nacional.

Falando em retomada do crescimento, nós assumimos em janeiro de 2019, tínhamos alguns problemas, o governo Temer deu uma pequena arrumada na questão econômica do Brasil e nós pegamos o Brasil numa situação um pouco complicada, nos esforçamos, aprovamos vários projetos e contamos com a participação de grande parte dos colegas da Câmara e do Senado e estávamos indo relativamente bem, a tendência desse ano era crescer 3%, mas infelizmente apareceu um imprevisto.

O tal do vírus que veio de fora prá cá e obviamente o Governo Federal buscou fazer a sua parte e fez.

O nosso Supremo Tribunal Federal me tirou muitos poderes e nós colaboramos com os governadores e prefeitos, não só recompondo perdas de ICMS e de ISS bem como com materiais, com recursos, com projetos, como ontem nós via Decreto, renovamos por mais dois anos o auxílio para micro e pequenas empresas, onde atingimos em cheio de forma positiva a rede de bares e hotéis, até tivemos um evento ontem à noite em Brasília e obviamente eu comecei a falar sobre isso, a competência passou a ser de governadores e prefeitos.

Eu comecei a falar não apenas uma opinião, comecei a pesquisar, a ver como o mundo estava tratando esse problema e a primeira coisa, nós sabemos que o vírus mata, e lamentamos as mortes, não só essas, mas todas as mortes. Todo mundo aqui já teve um parente ou amigo que se perdeu e nós lamentamos isso daí. 

Mas devemos enfrentar, não podemos simplesmente ficar em casa a vida toda. Já tem muita gente, em especial os informais, que não poderiam naquela época ficar mais que 4,5 dias em casa. Fizemos a nossa parte. Fui muito criticado e agora há poucos dias, o senhor diretor geral da OMS, declarou que vida e economia não pode ser tratada de forma dissociada, entendeu aquilo que falaram lá atrás. E também disse o senhor Tedros, de que nós temos que aprender a conviver com vírus, mesmo após a vacina. Qualquer vírus, qualquer doença é isso que acontece. Raramente se consegue uma cura definitiva para aquilo. 

Mas isso as políticas que foram adotadas no mundo todo, proporcionaram um grande baque na economia. E o Brasil, podem ter certeza, muitos já reconhecem, foi um dos países que melhor enfrentou essa questão com as medidas tomadas. Aí eu falo por mim, Governo Federal, atendendo aí ao maior número de pessoas que necessitavam. Em especial aqueles desassistidos, os invisíveis ou os informais, que chega na casa de 65 milhões de pessoas, onde nós criamos um Auxílio Emergencial. Para durar 3 meses no primeiro momento. Quando chegou no terceiro mês prorrogamos mais 2 meses. Completamos é agora em agosto, 5 meses de Auxílio Emergencial de 600 reais. 

Isso custa o Brasil aproximadamente 50 bilhões de reais por mês, é uma conta pesada. Sabemos que os 600 reais é pouco para muita gente recebe, mas é muito para o País que se endivida e lamentavelmente, como é emergencial temos que ter um ponto final nisso. Não podemos adi eterno, bancar 65 milhões de pessoas com 600, 1.200 e algumas até com 1.800 por mês. E nós resolvemos então, estendê-lo até dezembro. O valor não será 200, nem 600, estamos discutindo com a equipe econômica.

Bem como, quando se fala da imprensa. Ontem discutimos a proposta, possível proposta do Renda do Brasil. E eu ontem falei, está suspenso ou volta a conversar. A proposta com a equipe econômica que apareceu para mim, não será enviado ao Parlamento. Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos. Não podemos fazer isso aí.

Como por exemplo, a questão do abono para quem ganha até dois salários mínimos, seria um décimo quarto salário. Não podemos tirar isso de 12 milhões de pessoas, para dar para o Bolsa Família ou Renda Brasil, seja lá o que for o nome desse novo programa. Ou o Brasil começa a produzir, começa realmente fazer o plano que interessa todos nós. Que o melhor programa social que existe, que é o emprego ou nós estamos fadados ao insucesso. Não posso fazer milagre e conto com todos os brasileiros para que cada um faça o melhor de si para tirar o Brasil da situação difícil que se encontra, que não é de hoje. 

Nós somos um País abençoado. Sempre disse bem de lá de trás da pré-campanha, quando eu viajei sozinho para alguns países do mundo e aqui dentro do Brasil também. Como é que pode Israel, que não tem nada, ser o que é? Como é que pode o Brasil, ter tudo isso aqui e nós estarmos em uma situação bastante complicada? Precisamos sim, de gerar emprego, trabalhar e que cada um na medida do possível, busque o seu sustento, com suor do próprio rosto. Esse é o nosso lema, além de outras medidas.

Mas sem querer me alongar aqui, estou muito feliz estar em uma empresa como essa, que é um orgulho nacional. Uma das melhores e maiores empresas  do Brasil, que realmente levam divisas, trazem divisas e produzem aqui o que interessa à nossa construção de maneira geral. Eu estou muito feliz e grato a todos vocês.

E dizer-lhes, indo para o encerramento, o que aconteceu agora há pouco comigo na entrada. Graças a Deus, tem  acontecido em qualquer lugar que eu vá do Brasil, seja o nordeste ou norte ou sul. Aqui estamos aqui no sudeste. Temos um tratamento excepcional.

Meus jovens políticos, a maioria não conheço porque chegaram esse ano que eu deixei o Congresso, esse ano não, chegaram no ano passado. Eu cheguei ao Congresso aí em 1991, não os encontrei lá. Isso que acontece aqui, não tem preço para um político. Ser tratado de forma carinhosa por esse povo maravilhoso que é o nosso. E grande parte de vocês, aqui é a maioria, aqui todos, a grande parte lá no Congresso, tem colaborado e muito para que o Brasil realmente retome o seu crescimento e assim traga felicidade ao nosso povo do Brasil.

  Muito obrigado a todos. Brasil acima de tudo e Ipatinga acima de todos e Deus abençoe o nosso Brasil.