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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante almoço com participantes da edição 2019 do Encontro do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB)

Rio de Janeiro-RJ, 11 de abril de 2018

 

Boa tarde. Pastor Silas, muito obrigado pelo convite. É uma honra para mim.

Antes de qualquer outra mensagem, eu quero me solidarizar ao povo do Rio de Janeiro, na pessoa do senhor governador Witzel, o senhor prefeito Crivella, nessa tragédia que se abateu sobre todos nós. E que Deus conforte os familiares das vítimas. Há pouco ouvi o pastor americano John Hagee fazer uma veemente pregação aqui, falando sobre Israel. E minha vida é feita de muita coincidência. Uma agora, nesses dias, no meio da minha pré-campanha, estive em Israel, além dos meus 3 filhos, que muitos teimam em afastá-los de mim, mas ninguém afasta o filho do pai, ou o pai do filho, estivemos juntos lá. E lá também esteve o nosso querido Gidalti, que por coincidência fez aqui a dublagem não é? Dublou aqui o nosso querido John Hagee. Então, um prazer muito grande. E também estava na minha comitiva em Israel e na outra ponta da linha também na minha comitiva em Israel, estava o pastor Geraldo, presente aqui e ele no mesmo vôo meu, de Brasília pra cá, uma dupla coincidência. E, mais ainda, nessa viagem na Europa aconteceu uma coisa comigo que tocou minha alma, eu fui convidado naquela época, naquele momento, a se batizar e o pastor presente à comitiva fez com que nós, eu e meus filhos, descessemos nas águas do Rio Jordão. Tocou minha alma aquela ida a Israel, aquela passagem por lá.

Os demais, prezado, prezado senhor Malafaia, o senhor falou aqui em tecnologia de água, parabéns. Falou até que a precipitação pluviométrica em Israel é menor do que o semiárido nordestino. Mas hoje, por coincidência, está em Campina Grande o nosso Marcos Pontes, astronauta, ele está inaugurando lá o Centro de Testes e Tecnologia de Dessalinização e também o laboratório de referência de dessalinização. Tecnologia israelense.

          E presente, aqui, um amigo que não via desde as eleições, quase chorei, confesso. E espero encontrar brevemente com ele e que nós nunca mais nos afastamentos, meu prezado Magno Malta.

          Prezado pastor John Hagee, eu estava em Anápolis, num carro de som, numa pré-campanha - pré-campanha, Dias Toffoli, quero deixar bem claro, não estava em campanha, não - quando… Jamais vou confessar qualquer crime aqui. Quando chegou-me a notícia de que Donald Trump havia reconhecido Jerusalém, havia transferido a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém. Tinha no fundo, assim, uma bandeira de Israel. Mandei ver a bandeira e falei que aquilo passaria a ser um compromisso nosso: buscar uma maneira de, efetivamente, também reconhecer. E como disse o Silas Malafaia aqui: quem decide onde é a capital ou não de Israel é o seu povo, é o seu governo, são os seus parlamentares, e assumimos aquele compromisso.

          E, obviamente, nós queremos cumprir esse compromisso. Mas, como um bom casamento, o senhor tem que namorar, ficar noivo, no meu caso, ver se a noiva realmente me merece, e partir para o casamento. Deixe bem claro que também não por coincidência quem realizou meu casamento com a senhora Michelle foi o pastor Silas Malafaia. E até hoje eu não esqueço do seu: “Escuta aqui”... fugindo da rotina, do seu sermão. E, obviamente, são palavras que tocam a gente e marcam a nossa vida.

          Há poucas semanas, nós não fugimos à tradição nenhuma. Nós passamos a votar, lá na ONU, nas questões dos Direitos Humanos, de acordo com João 8-32. E de acordo com a verdade, então, por coincidência, passamos a votar juntos com Estados Unidos e com Israel, além de outros países, mas a história continua.

Estive há poucas semanas em Israel, fui muito bem recebido pelo capitão paraquedista que, por coincidência, assim como eu, é capitão paraquedista, sou um capitão paraquedista, e ali, nestes poucos dias que ficamos lá, fui no Muro das Lamentações, repeti com o Everaldo e o Gidalti e com meus filhos. Fui mais uma vez no Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer e é minha esta frase. Quem esquece seu passado está condenado a não ter futuro, se não queremos repetir a história que não foi boa, vamos evitar, com ações e com atos, para que ela realmente não se repita daquela forma.

E por coincidência, no dia de ontem, eu fui convidado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e pelos embaixadores muçulmanos, a participar de um jantar. São países que mantém negócios bilionários conosco E na minha fala, que foi não mais que 2 minutos, eu falei para eles: que esse nosso relacionamento comercial seja fortalecido e, mais ainda, se transforme cada vez mais em paz, em harmonia e amor. Fomos aplaudidos. Conversei com vários deles, de forma bastante rápida, que não tinham intérpretes com o Gidalti aqui do lado, em línguas variadas, mas o semblante, não sou psicólogo, mas senti - o Silas (incompreensível) -,  mas senti que existe, sim, um carinho muito grande, de todos no mundo pelo Brasil. O Brasil tem gente de todo o mundo aqui, são muito bem tratados e convivem na mais perfeita harmonia. E também em todos os locais que eu fui, do mundo, sempre encontrei brasileiros. Muitos com uma saudade muito grande de voltar ao nosso País, e daqui saíram, por questões básicas: violência, desemprego, falta de uma boa formação até, não é? Nós estamos muito carentes nessa questão educacional, mas saíram daqui para buscar, aí, vida melhor.

E o meu compromisso é a do Witzel, o nosso compromisso, dos meus ministros, pessoas de bem, dos evangélicos, dos cidadãos de maneira geral, é buscar maneira de transformar o nosso País no que é Israel hoje em dia. Olhem o que eles não têm e vejam o que eles são. Eles não têm riquezas minerais, não têm água, não têm biodiversidade, não têm terras férteis, não têm grandes áreas turísticas, a não ser aquelas bíblicas. E olhem nós, olhem o que nós temos. Nós temos tudo, temos tudo. E olhem o que  nós não somos.

          O que nos falta? Falta fé. Nos falta gente que sirvam de exemplo para os demais, que não meçam sacrifícios, na sua área de trabalho, para demonstrar que o Conselho é bem-vindo, mas o exemplo arrasta.

          Estou vivo hoje por um milagre de Deus. Agradeço as orações dos senhores. Cheguei a essa condição que cheguei, que quase ninguém acreditava lá atrás, até lá em casa tinha problema, não é? “Ué, você vai chegar só domingo? O que é que está acontecendo contigo?”. Mas conseguimos chegar quase que por um milagre. Eu vou dizer: é um milagre sim, no meu entender, perto do que nós tínhamos, perto do que os outros tinham. Mas esse milagre eu chamo “missão de Deus”. E essa missão, juntamente com os senhores e com o povo de bem do Brasil, nós a cumpriremos e o Brasil chegará, sim, a um porto seguro.

          Meus irmãos evangélicos, meu muito obrigado a todos os senhores e às senhoras. Obrigado por ter confiado em  mim, obrigado por ter depositado em mim o voto, nas últimas eleições. E eu só peço, cada vez mais, a Deus, além de me capacitar, obviamente, é que Ele sempre esteja do nosso lado para que nós possamos colocar o Brasil no local que ele bem merece, no mundo.

          Uma boa tarde a todos

Ouça a íntegra (10min42s) do discurso do Senhor Presidente da República.