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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante café da manhã com ministros e parlamentares - Palácio do Planalto

Palácio do Planalto, 04 de julho de 2019

 

 

Bom dia.

Prezado Alceu,

Tereza Cristina,

Meus amigos. Eu me sinto ainda deputado federal depois de  vinte e oito anos dentro da Câmara, e dizer que esse governo aqui é de vocês.

Primeiro os parabenizo por ter indicado a senhora Tereza Cristina para ser a nossa ministra, uma pessoa excepcional que tem demonstrado garra e competência  para buscar soluções para o Poder.

Ao longo de vinte e oito anos dentro da Câmara eu acompanhei e, mais do que isso, eu acredito que 100% votei com a bancada ruralista. E muitas vezes as questões nasciam ali como se fosse um parto de rinoceronte: era imprensa batendo em vocês, eram ONGS e eram também governos de outros países. E o que eu senti agora em Osaka, no Japão, por parte em especial de dois chefes de Estado, é uma coisa que confirmou o que eu pensava no passado, o que eles pensam a nosso respeito.

 Esses dois em especial achavam que estava tratando com governos anteriores que após reuniões como essa vinham para cá e demarcavam dezenas de áreas indígenas, demarcavam quilombolas, ampliavam áreas de proteção, ou seja, dificultavam cada vez mais o nosso progresso aqui no Brasil. E, para encerrar a questão lá de Osaka, o senhor Macron queria que eu, ele ao lado do Raoni, viesse anunciar decisões para nossa questão ambiental. Dei-lhe um rotundo não! Não reconheço o Raoni como autoridade aqui no Brasil, ele é um cidadão como outro qualquer, que nós devemos respeito e consideração, mas estar a meu lado para tomar uma decisão pelo nosso Brasil, ele não é autoridade. Convidei, inclusive, ele inclusive e Angela Merkel a sobrevoar a Amazônia, se encontrasse num espaço entre Boa Vista e Manaus um quilômetro quadrado de desmatamento eu concordaria com eles.

Agora o mesmo, como sobrevoei a Europa já, por duas vezes, eu também lhes disse que não encontrei um quilômetro quadrado de floresta naquela região. Então, eles não têm autoridade para vir se discutir essa questão para conosco. Então mudou a maneira do Brasil se portar perante o mundo, agora nós fomos, sim, ao longo de décadas, com a conivência de chefe de Estado, tendo sido feito com que o Brasil tivesse hoje em  dia um péssimo conceito sobre meio ambiente lá fora.

A verdade mostra o contrário. A Alemanha não vai cumprir o Acordo de Paris no tocante a energia fóssil, agora o Brasil tem tudo para cumprir quase tudo o que está lá e o que for possível nós faremos.

A maior demonstração que eu pude dar e dou em estar ao lado de vocês é por ocasião durante a campanha quando nós queríamos e tínhamos a idéia de fundir o Ministério da Agricultura com o Meio Ambiente, pois chegamos a conclusão que não era o caso, até conversando com muitos de vocês. E temos, hoje em dia, um ministro do meio ambiente que está casado com vocês. Imaginem, sem citar nomes aqui, mas vocês podem pensar os últimos ministros do Meio Ambiente, se tivéssemos lá um ministro como esse, o inferno que seria a vida, não só de vocês, mas de todos nós aqui no Brasil nessa questão. Então tivemos aqui também a oportunidade e o bom senso de escolher um ministro do Meio Ambiente que casa a questão ambiental  com o desenvolvimento. Todos nós ganhamos com isso.

Agora, fique bem claro uma coisa: os problemas que temos hoje, com todo respeito a vocês, que eu participei disso e estava ao lado de vocês, foram questões que nós fomos deixando acontecer, então hoje nós temos que não fazer, primeiramente é desfazer o que foi feito para depois fazer. E isso estamos fazendo ao lado dessa valorosa ministra que tenho aqui ao meu lado.

Falou-se agora pouco da Embrapa, criada em 1972/73 pelo governo Médici. Ela vai ser repotencializada sim. A Tereza Cristina tem conversado comigo sobre ela, sobre nomes e isso está caminhando muito bem. Brevemente, acho que em poucos dias, vamos ter uma resposta para que a nossa Embrapa realmente faça o trabalho maravilhoso que fez atrás, na época que foi criada.

Bem, encerrando aqui, uma coisa muito importante. Nós estamos aqui discutindo a Nova Previdência e estamos com um problema na questão de policiais militares, também policiais federais e rodoviários federais.

Primeiro deixar bem claro que policial militar nunca teve privilégio no Brasil, então qualquer discurso voltado para mudanças para policial militar se fala em restabelecer privilégio, isso não é verdade. E eu apelo aos senhores nessa questão específica: vamos atender, que seja em parte porque os policiais militares são mais do que os nossos aliados, são aqueles que dão as suas vidas por nós todos, brasileiros. O mesmo no tocante a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Tem algum equívoco que nós, eu, Governo, erramos. E dá para resolver essa questão através do bom senso de todos os senhores.

Eu peço, por favor, o discurso de alguns como se nós quiséssemos privilegiar também PF e PRF não procede. São pessoas aliados nosso e também nunca tiveram privilégio aqui no Brasil. Então, o apelo a esse bom senso que eu faço a  todos os senhores nessa questão crítica que não é fácil solução tendo em vista os vários interesses que existem dentro da Câmara, que eu conheço tão bem quanto os senhores que estão aqui.

No mais, tem um vídeo rodando por aí, pelo que nós levantamos é lá do nosso querido estado da Bahia, onde uma guarda desarmada foi  convidar os invasores a sair, tá na cara que não iam sair. Mais do que isso,  avançaram com armas branca para cima desses guardas particulares, queimaram as suas viaturas e expulsaram, e só não mataram porque eles correram. Então, a questão de armamento. Não é uma questão minha, promessa de  campanha, a arma está na cabeça de todos nós como  um instrumento de defesa e mais do que isso: um instrumento que garante a liberdade e democracia de um país. Porque todo governo que desarma o seu povo está mal intencionado. Então meu peço aos senhores também, na questão do armamento, que com muito carinho, com muito respeito que vocês têm com tudo aquilo que é votado e discutido dentro da Câmara, vejam essa questão e tomem a decisão mais acertada.

Se o meu governo que é o nosso, que é de vocês, não der certo, os  senhores sabem o que pode acontecer a partir de 2023. E nós não queremos a volta desse tipo de gente!

Me desculpem aprofundar um pouquinho mais. Tem aqui o  Chico Rodrigues, de Roraima. E ele é um senador muito preocupado e atuante,  que busca soluções para aquela questão terrível que acontece naquele estado, tendo em vista a figa de irmãos nossos da Venezuela, fugindo da violência e da fome, não é fácil o que está acontecendo lá ter uma solução tão rápido assim. O Exército tem feito a sua parte, agradeço a liberação de recursos, em torno de R$ 200 milhões, há questão de um mês e pouco atrás, para a Operação Acolhida e não para a Venezuela.

Agora, temos um problema no sul aqui no sul, um possível problema aqui no sul aqui, da América do Sul, a nossa querida Argentina. Ela não pode sofrer um retrocesso também. Então, mais importante do que até nós buscarmos solução para a Venezuela é buscarmos maneiras de que a nossa Argentina não volte nas mãos de políticos que eram muito amigos de petistas que tínhamos no passado governando o nosso País também.

Então, prezada Tereza Cristina, o acordo no Mercosul, obviamente, envolvendo a Argentina com a União Europeia, no meu entender, mais do que um acordo bom economicamente para nós, é um acordo que pode ajudar a Argentina não voltar para as mãos de quem tinha muita afinidade ou, melhor, integrava até mesmo o foro de São Paulo.

Então essas questões todas que estamos tomando aqui, discutindo a questão  do agronegócio, discutindo política nacional, faz parte da vida de todos que estão aqui. Inclusive, quando eu falei em Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, onde a gente apela ao bom senso de todos - e eu sei que vocês têm - para buscarmos soluções.

O futuro do Brasil não está nas minhas mãos não, está nas nossas mãos. E nós temos como fazer o Brasil realmente ocupar o lugar de destaque que ele merece no mundo.

Ontem, pela primeira vez na vida, um Presidente da República esteve na Embaixada dos Estados Unidos à noite, comemorando, que é na data de hoje, na verdade, a independência  desse país irmão, os Estados Unidos.

E é se aproximando, então, de todos os  países do mundo sem o viés ideológico, que nós podemos, sim, colocar o Brasil no local de destaque que ele merece.

Assim sendo, eu não sou capitão e nem o Ramos, que daqui a pouco vai assumir aqui a SEGOV, às dez e meia, é general, nós somos soldados do Brasil e devemos muito mais que gratidão a vocês e, no fundo, devemos, sim, é lealdade a esse povo que colocou a todos nós nesse Planalto Central, local de decisões dos grandes temas da nossa nação.

Meu muito obrigado a todos vocês. Continuamos juntos.

 

 

 Ouça a íntegra (10min47s) do discurso do Presidente Jair Bolsonaro.