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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante Cerimônia de Posse do Ministro de Estado da Educação, Senhor Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub - Palácio do Planalto

Palácio do Planalto, 09 de abril de 2019

 

           Eu não sei quem é o mais bonito mas, numa disputa mais feia ia ser difícil decidir por um dos dois. A gente tem que manter a linha não é, pessoal? Discurso e prática.

Bem, prezado ministro de Estado da Educação, Abraham Weintraub,

Ministro-Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, por intermédio de quem eu cumprimento todos os demais ministros aqui presentes,

Senhoras e senhores.

 

Eu conheci o Abraham em 2017 e paguei uma missão para ele naquela época: organizar uma viagem minha, com meus três filhos, mais o irmão deles, mais o Onyx, para a Ásia, mais especificamente estivemos no Japão, Coreia do Sul e Taiwan. E por que isso? Eu queria conhecer um pouco da educação desses povos que foram, o Japão especificamente, foi arrasado após a Segunda Guerra Mundial e como - não é? - chegaram à situação que se encontrava.

Bem, chegaram investindo maciçamente na educação. São países que são expoentes na questão da pesquisa, na questão da ciência, da tecnologia e da inovação. E hoje eu disse, no encontro com os prefeitos, aqui em Brasília, que nós pensamos no social, tanto é que nós estamos concedendo o décimo terceiro para os beneficiários do Bolsa Família. Mas também disse naquela reunião: o que tira um homem ou uma mulher da situação crítica financeira em que se encontra é o conhecimento. Por isso esse ministério é importante, como os demais.

Também digo - não é? - que no nosso governo, os nossos ministros, são como uma corrente que tem que puxar o Brasil para frente. E não tem ministério mais forte do que o elo mais fraco dessa corrente. E sempre houve uma extrema preocupação com esse ministério em si. Eu tive sorte, no passado, como o Osmar Terra, como o Fernando aqui - estou vendo o pessoal mais de cabeça branca não é? cabeça branca também o Marcos Pontes -, que tivemos uma educação de qualidade, pública. Eu nem sei mas, com toda certeza, esses aí que eu citei tiveram uma educação pública e, com o passar do tempo, foi se invertendo essa questão, não é? A boa educação passou a vir de escolas privadas. E hoje muitas privadas até deixam a desejar, no tocante a isso daí.

          Então, não é apenas um ministério, ou um homem, ou uma mulher, caso fosse, à frente do Ministério da Educação. Ele tem que botar um bom time ao lado dele. Assim como eu escolhi o que eu achei de melhor, que se encaixava naquilo que havia proposto durante a minha campanha. E eu tenho certeza que nessa área de cada um de vocês, até na Defesa, porque eu sou capitão do Exército, o Fernando é general de Exército, vocês são melhores nessa área inclusive, obviamente, do que eu.

          E o que a gente espera do Abraham então, aqui? Por que eu o escolhi, depois de analisar mais de uma dezena de bons currículos? Eu, pela uniformidade dos pré-requisitos que eu tinha que escolher, ele é aquele que não tinha deficiência ou era melhor em cada um desses itens. Por isso escolhi o nosso Abraham, não só pelo conhecimento que eu tive dele, no passado, me surpreendi, juntamente com o seu irmão, que eu não sei agora quem é mais inteligente, eu tenho dificuldade para apontar quem é mais inteligente, não é? Um garoto que em 15 dias aprendeu a falar japonês - é isso mesmo? Chegou falando japonês lá no Japão. Tem uma capacidade enorme de aprender as coisas.

          Mas o que a gente quer do Abraham aqui, como ministro da Educação? Que ele faça dos nossos jovens, nossos filhos e netos, melhores do que seus pais e avós. É isso que eu espero, que toda a sociedade brasileira espera do Abraham. E eu sei que não lhe faltará empenho, dedicação, patriotismo, entrega, para atingir esse objetivo.

          E ele, assim como os demais ministros que estão aqui, tem carta branca para escolher todo o seu primeiro escalão. Porque nós temos que, no final de contas, não eu, todos nós, esperamos que esse time da Educação jogue para frente, não só busque a inflexão, no tocante à Educação, bem como, no final do nosso mandato, se Deus quiser, em 2022, nós possamos ter uma garotada que não esteja ocupando os últimos lugares do Pisa, aquela prova internacional que se faz com a molecada aí, na 9ª série do ensino fundamental, na faixa dos 15 anos de idade. Nós queremos que não mais 70% dessa garotada não saiba fazer uma regra de 3 simples, não saiba interpretar textos, não saiba perguntas básicas de ciências.

Nós queremos uma garotada que comece a não se interessar por política, como é atualmente, dentro das escolas, não é? Mas comece, realmente, a aprender coisas que possam levá-la, quem sabe, ao espaço, no futuro. É um sonho de garoto conhecer a história do Marcos Pontes, mas creio que muito garoto sonhe contigo. Inclusive quando você foi ao espaço, você era uma febre aqui no Brasil e tinha, obviamente, até o espaço na política, se quisesse. Você não quis, você foi para os Estados Unidos. E agora voltou. Voltou para nos orgulhar do seu passado, como de outros aqui, bem como servir de exemplo que aqui, no Brasil, todos têm chance de chegar ao local que ele, porventura, tenha delineado como seu objetivo.

E a prova mais clara é a minha. Não tive persistência por várias tentativas, foi uma tentativa só, mas tendo a verdade acima de tudo, um compromisso com o povo, saber entender o que o povo quer e tendo Deus acima de tudo, nós atingimos esse objetivo.

          E tenho certeza que o Abraham Weintraub atingirá o objetivo que a Educação espera até o final de mil e novecentos… 2002. É que eu sou do milênio passado.

          Então, prezado Abraham, muito obrigado por ter aceito esse desafio, que não é fácil para você, junto com essa equipe de mais 21 pessoas, que estão no Ministério, ajude a  mudar o destino deste grande País de todos nós, chamado Brasil.

          Muito obrigado e boa sorte.

 

Ouça a íntegra (07min59s) do discurso do Senhor Presidente da República.