Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante Lançamento da ID Estudantil - Palácio do Planalto
Palácio do Planalto, 06 de setembro de 2019
Boa tarde.
Dias antes de assumir a Presidência, pessoas que passaram por esse prédio me disseram: “Aproveite os últimos dias, porque você não terá mais momentos de felicidade quando assumir o governo”. Eu botei aquilo na cabeça: “Meu Deus do céu, por quê?”. Primeiro, eu quero confessar a vocês: raros são os dias que eu não estou feliz aqui dentro.
E por que isso daí? Eu devo fidelidade ao povo brasileiro. Eu nada fiz de errado durante a campanha. Foi quase toda ela feita pelo 02, o Carlos, na questão de propaganda. Foi o povo que voluntariamente foi à rua.
Tive e consegui descobrir amigos de verdade. Amigos pobres e amigos ricos. Consegui descobrir que o Brasil tem brasileiros, como aqui, à minha direita, tem o Luciano, da Havan, uma pessoa maravilhosa. Não precisava ter tanta dor de cabeça como ele tem, ao empunhar a bandeira do Brasil, parece que é um crime pegar a bandeira do Brasil e acioná-la, está sendo processado por isso.
Descobri, em todos os cantos desse Brasil, que realmente somos uma pátria rica. O que faltava é um governo que não apenas falasse, mas que desse o exemplo. Sei dos meus defeitos, mas aqui dentro, graças a Deus, não tive problemas como os que nos antecederam tiveram.
Lembro quando a equipe econômica escreveu a Medida Provisória da Liberdade Econômica. O próprio Luciano, quantas vezes me ligou preocupado, se a lei ia caducar ou não, que ela tinha que ser aprovada, que tirava o Estado de cima de quem produz, no Brasil, dava liberdade ao empreendedor. Graças a Deus, com o apoio do nosso Parlamento, deputados e senadores, ela foi aprovada, ajudando na economia.
Vejamos agora uma coisa que é simples, a carteira digital, é simples. Faltava alguém com vontade e capacidade também. Os que antecederam não tinham vontade e não tinham capacidade também. Tivemos uma pessoa que foi para o segundo turno, que ocupou o Ministério, o que que ele fez lá? A não ser a prova do Pisa, que para ele devia ser a “prova da pizza”, não é? Foi lá para baixo as notas dos estudantes. Criou castas, criou divisão entre gente, criaram cotas. Aí, negão, somos irmãos ou não somos, negão? Qual a diferença entre nós? Zero. Tem uma diferença: eu nasci de nove meses, você nasceu de dez.
E vejamos, agora, com as maravilhas da internet que temos pela frente essa questão que é simples, mas é muito bem-vinda. Tem muito estudante pobre, que 30 reais para ele, por ano, faz diferença. Eu já tive esses problemas, quando eu fui aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas; depois como cadete, em Resende, também. Trinta merréis faz falta. E se pudermos tê-la de forma gratuita, por que não?
Inclusive eu estou feliz também porque nós vamos poupar trabalho de uma minoria que representa os estudantes. Eles não vão ter que trabalhar mais. Afinal de contas, agora o seu tempo laboral será zero. Não teremos mais uma minoria para impor certas coisas em troca de uma carteirinha. A liberdade estudantil é muito bem-vinda, como disseram aqui os que me antecederam, ela é digital e de graça, ou vai na Caixa Econômica Federal que é de graça também.
Eu não sei quantos têm carteira no Brasil. Vou chutar aqui uns 20 milhões. Se botar, aí, 20 reais, dá quanto? Faz as contas aí. Vinte milhões. Duzentos milhões vezes… 400. Quarenta? Desculpa aqui… Quatrocentos, pô. Quatrocentos. Talvez seja um pouco menos no número de pessoas que utilizam, que seja cem milhões. É menos 100 milhões de reais que deixa de sair do bolso de quem trabalha para ir para o bolso de quem não estuda e nem trabalha.
Então, essa proposta, como outras, estão por vir. E do fundo do coração eu quero agradecer ao ministro Weintraub, que eu conheci há dois anos e pouco, numa viagem que fiz para o Oriente Médio, ou melhor, para a Ásia. Visitamos ali o Japão, Coreia do Sul, Taiwan, uma viagem para conhecer um pouquinho daquelas maravilhas. Vi ali, por exemplo, em escolas, placas fotovoltaicas. Então eu perguntei: “Por que na escola”. “Porque aqui é o local mais importante para se ter isso, para que a molecada possa ver aquilo e botar na tua cabeça que no futuro, aonde ele for morar, na área rural ou urbana, ele pode fazer na sua casa”. Desde o começo, bons exemplos.
E essa medida de hoje, apesar de ser, vamos assim dizer, uma bomba, mas é muito bem-vinda, veio do coração. E vai ajudar, inclusive, a evitarmos que certas pessoas promovam, nas universidades, o socialismo. Socialismo esse que não deu certo em lugar nenhum do mundo, e nós devemos nos afastar dele.
Agora há pouco, em uma videoconferência, conversando com presidentes de outros países da Amazônia, da nossa Região Amazônica, eu vi que tinha um ali - sem citar nome - que não estava muito a favor das propostas que foi… da proposta que foi costurada pelos demais como uma Carta de Leticia, tendo em vista a cidade da Colômbia que estão reunidos, eu não fui por questões médicas apenas, está certo? Mas um parece que não estava integrado a nós. E disse, até, que o capitalismo é que estava destruindo a Amazônia. Como se no país dele, daqui a pouco vocês vão saber qual que é, ou já sabem, não é? Não fosse… não tivesse ocorrido as maiores queimadas, muito maior que na Amazônia agora. Estamos lutando contra ela, que é uma questão quase cultural, esses focos de queimada, mas que os números foram potencializados porque o presidente é outro, não é mais aquele que quando voltava de viagens outras, internacionais, demarcava mais terras indígenas. Quatorze por cento do território nacional demarcado como terra indígena. E a projeção para o final desse governo, que não seria o meu, era chegar a 20%.
E esse presidente saudando o socialismo e dizendo que faltava um presidente, que eu vetei naquele momento, um presidente que estava maduro demais, por isso que eu vetei, para não poder comparecer ao evento.
Então, meus senhores e minhas senhoras. Prezados integrantes aqui, do nosso Ministério da Educação, um dos ministérios mais importantes que existe. Parabéns a vocês por ter trabalhado nesse projeto. Por fazer que alguns pobres economizem alguns reais por ano e que esse dinheiro não vá para o bolso de quem não produz e não estuda o ano todo.
Muito obrigado. Parabéns a todos vocês aí.