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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante Seminário “Liderança Brasileira na Cadeia Produtiva do Nióbio” - Brasília/DF

Brasília-DF, 05 de setembro de 2019

 

 

Eu sou apenas, no tocante a minerais, um curioso que tinha um jogo de peneiras, meu carro e uma bateia. Não podia ver um riacho, parava ali, às vezes (...) briga na família, nada mais além disso. Fiz concurso para o Ita, em 1972, não fui bem em física. Se eu tivesse estudado mais um ano, com toda certeza tinha muita chance de ser aprovado.

          E quando eu falei de bullying, é verdade. Durante os últimos cinco anos eu falei muito em nióbio e grafeno. E o pessoal me zombava: “Bota o nióbio de vice, bota o grafeno de ministro”. Mas eu creio que essas pessoas que criticavam são aquelas que não queriam que a gente se interessasse por esse assunto.

          Hoje pela manhã eu tive uma grata surpresa. Hoje dois raios no mesmo dia, não é? Na mesma área. Eu recebi um físico russo, Nobel de Física em 2010 que, em 2004 ele foi um dos descobridores do grafeno. E eu aproveitei, ele autorizou, acho que uns 20 minutos de conversa, onde tirei várias dúvidas, não é? Mito ou realidade: super bateria, porque esse material biplano tem tanta utilidade, quanto vai movimentar na economia nos próximos 10 anos, na casa de US$ 1 trilhão. E as maravilhas incalculáveis do grafeno. E falou também da bateria de grafeno com nióbio.

          Mas eu acredito que brevemente nós teremos aí, no tocante à transmissão de energia, uma coisa que é difícil acreditar, mas talvez a transmissão sem meios físicos, é possível isso aí. Mas vendo um raio cair, já tem gente que estudou isso aí, com toda certeza. E os contatos que fizeram comigo muitas pessoas, ao longo desses apenas oito meses de mandato, mas por sentir confiança e sentir também que o Brasil tem um grande potencial nessa, para todas as áreas, eles procuram se aproximar cada vez mais de nós.

          Agora, o de mais importante que o físico russo, que ele falou num dado momento, até eu pedi para ele repetir a pergunta é porque o Brasil não pode ser um mero exportador de commodities, nós temos que agregar valor. É uma realidade. Para isso precisamos de tecnologia, e acredito que ninguém passa para o outro, a não ser através da espionagem industrial aí, que nós não somos afetos a isso.

          Então, vocês são importantes. É uma riqueza que está embaixo da terra. Acredito que muito mais importante que o petróleo, que parece que tem uma data, não para acabar, mas uma data para começar a cair o seu uso de forma bastante drástica. A gente viu que o pessoal do norte da África não pode ficar muito em paz, não, eles têm que investir em outras áreas. E esse pessoal é que tem nos procurado, entre outros países aqui, da América do Sul.

          Mas o Brasil é um potencial enorme. A questão do grafite, temos de boa qualidade em Miracatu, Vale do Ribeira, tem também em Minas e, o que é mais importante, Tocantins, uma pureza muito melhor.

          A questão do nióbio, tem em Catalão, não vou entrar em detalhes, temos em Araxá, quem é de Araxá, eu fui convidado, há 2 anos e meio eu estive lá na CBMM. E na época tinha um projeto de lei de um parlamentar do PT - não precisava dizer que é do PT, não é? -, sempre ameaçando aí uma estatização, buscando não sei o quê, ao apresentar seu projeto. Vocês podem imaginar o que talvez estivesse procurando e a empresa, logicamente, não cedeu e me procurou lá atrás, como uma possibilidade: “Olha, vocês acertaram, deu certo”. Eu que dei azar, porque podia estar na praia agora, estou na Presidência.

          Agora é muito importante a região dos Seis Lagos também. E aí envolve reservas indígenas, entre outras questões, estamos tratando desse assunto. E se tivermos outros países que queiram a parceria, acredito, acredito, quem decide vai ser o meu almirante aqui, eu como capitão vou pedir permissão ao almirante. Que seja muito bem-vinda essa parceria para nós podermos explorar essas riquezas bastante grande que temos aqui.

          E não é à toa que o outro cara, do outro lado do mundo, falou, há pouco tempo, da nossa soberania relativa. Isso nós sabemos que vem acontecendo há muito tempo, talvez ele tenha se precipitado. Muito obrigado, Macron, muito obrigado, porque, pela primeira vez vemos despertar em nosso meio o patriotismo. Não tínhamos. A minha chegada também colaborou um pouco, foi algo diferente.

          Eu tenho certeza que dos 13 candidatos, eu podia até não ser o melhor, não é? Mas os outros eram muito ruins. Ou, melhor, horríveis. E eu espero que o patinho feio fique bonito e nós estamos criando o ambiente para isso, escolhendo ministros técnicos. Quem diria, à minha esquerda aqui, o homem que foi mais alto na atmosfera, e o que foi mais baixo, astronauta, submarinista. E eu que estou no meio, no Exército Brasileiro aqui.

          Mas o pessoal chegando, com vontade. E a gente sente até no semblante das pessoas quando se conversa aqui. A gente não veio aqui para conversar, queremos algo de concreto. E é a nossa mania, e a do juiz também, ali, é resolver logo o assunto. Eu acho que o juiz quer ver logo o processo, (...) processo, não é? Fazendo justiça, obviamente.

          E nós aqui queremos objetividade e chegarmos ao final da linha, e partirmos para uma outra questão. E assim sendo, nós temos como tirar o Brasil da situação em que se encontra, bastante complicada, em especial na economia.

          E, pessoal, nós não temos, e ninguém tem, o plano B. Não existe. Tem que dar certo a economia, porque se não der certo, seremos em [20]22 o que a Argentina é hoje, ou o que a Venezuela foi ontem, ou o que em [19]59 foi Cuba, ou em [19]49 um outro país aí.

          Então, está em nossas mãos essa possibilidade de mudarmos o Brasil. E esse setor, que mexe com mineral, é importantíssimo para nós.

          Assim sendo, muito obrigado a todos vocês. E vamos passar a palavra aqui para o homem que esteve mais perto de Deus do que todos nós juntos, aqui. Marcos Pontes.