Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante Solenidade de Posse do General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República - Palácio do Planalto

Palácio do Planalto, 04 de julho de 2019

          Deixa eu brincar com o Ramos um pouquinho aqui: “Dai-me, Senhor meu Deus, o que vos resta, aquilo que ninguém vos pede. Não vos peço o repouso nem a tranquilidade, nem da alma, nem do corpo. Não vos peço a riqueza, nem o êxito, nem a saúde”. É o início da Oração do Paraquedista.

          Sua vida vai ser difícil, mas não vai ser tão difícil como essa não, pode ter certeza disso. Porque, afinal de contas, temos ao nosso lado parlamentares e senadores imbuídos, cientes, cônscios de que juntos nós podemos mudar o destino do nosso Brasil.

          Ontem estive na Embaixada dos Estados Unidos. Pela primeira vez, um presidente esteve na comemoração da sua independência. E lá eu disse que o Brasil e os Estados Unidos sempre estiveram juntos, nos momentos mais difíceis que envolviam questões mundiais e fomos vitoriosos. Como, por exemplo, a Segunda Guerra Mundial, onde estava em jogo a democracia e a liberdade. Isso é que nos une.

          Sem fugir ao protocolo. Já foram citados nosso vice, meu irmão de arma aí, general Mourão, Onyx, Jorginho - teu pai mora em nosso coração.

Prezado Bezerra,

Prezado Ramos. Continua apaixonado, pelo jeito.

Prezado general Heleno,

E se me permitem, citar uma autoridade militar mais do que em parte responsável por eu estar aqui, ter tido a oportunidade e a coragem de, como soldado verdadeiro da pátria, influenciou o destino da nação, o meu prezado general Villas Bôas. Talvez o único defeito que ele vê em mim é não ser de infantaria. Mas, general, muito obrigado pela presença. O senhor já tem espaço no panteon daqueles que decidiram algo muito mais importante do que a vida do ser humano: a sua liberdade. Obrigado por o senhor existir.

          Meus amigos,

Prezado general Ramos, o qual eu conheci nos idos 1973, quando entramos juntos na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. De lá para cá, a diferença nossa só salta aos olhos tendo em vista a nossa diferença de silhueta, que a dele alargou um pouquinho mais, não é? Enquanto a minha permanece a mesma. No mais, ao longo desse tempo todo, ele por muitas vezes servindo a pátria, obviamente, participou das mais espinhosas missões como, por exemplo, GLO, no Rio de Janeiro. Com galhardia, com competência, levou conforto à nossa população naqueles momentos, que foram mais de uma operação. Dentro do Parlamento, juntos ficamos por três anos e, basicamente, ele tinha dois postos de comando: o da assessoria parlamentar e o meu gabinete, naquela ala conhecida como a ala pobre - para não falar algo diferente -, mas que encontrava ali um refúgio para, ao obter informações, buscar parlamentares, de modo que a solução se fizesse presente.

          E ele entra em campo, hoje em dia, num momento em que interessa a todos do Brasil, não apenas, obviamente, ao Parlamento. A Nova Previdência: não temos plano B. Nós, nós todos, o plano é esse, o plano A. E ele entra agora, também, buscando aí soluções para essa questão.

          Eu até apelo aos parlamentares aqui presentes, como fiz agora há pouco, na bancada do campo, uma bancada que nos orgulha a todos. Estão faltando pequenos ajustes que, pelo que tudo indica, serão visíveis e concretizados brevemente. Mas o Ramos entra em campo quando se fala, por exemplo, na nossa Polícia Militar. Alguns poucos falam em privilégios. Eu acho, acho não, a certeza que eu tenho é que, em sendo policial militar, é uma classe que nunca teve privilégio em momento nenhum. O que nós queremos, e precisamos dos senhores, é consolidar essa decisão - que já conversei agora há pouco com o Rodrigo Maia, que está tendo uma participação excepcional na questão da Previdência -, de modo que acertemos a questão das polícias militares, bem como da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

          A certeza é que todos nós, todos, sem exceção, contribuiremos para que a questão fiscal, se busque uma solução para ela, para que o Brasil realmente saia da situação bastante complicada em que se encontra. E a participação do Ramos, a partir de agora, do nosso ministro Ramos, é colaborar na busca dessa solução.

          E assim sendo, eu quero agradecer a todos vocês a confiança em nosso governo. Eu falo nosso porque não é meu. Os senhores sabem que nós temos que dar certo. Mais do que isso, nós daremos certo. Porque a nossa união é a certeza de que o Brasil aportará, obviamente, num porto seguro.

          Meu muito obrigado a todos vocês. A nossa pátria nos une. A liberdade é o nosso oxigênio. E juntos, juntos, todos aqui, se orgulharão, num futuro próximo, de compor não só o governo, bem como compor também, na sua respectiva instituição, as soluções para o nosso Brasil. 

Meu muito obrigado a todos vocês. E que Deus nos abençoe.

 Ouça a íntegra (07min11s) do discurso do Presidente Jair Bolsonaro.