Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante Solenidade de Sanção de Medidas Provisórias de Facilitação de acesso ao Crédito - Palácio do Planalto
Palácio do Planalto, 19 de agosto de 2020
Eu estou tão ligado ao Paulo Guedes, mas tão ligado, que eu moro no Alvorada e ele mora no Torto. Eu não sei qual ministro vai ser demitido, na próxima semana, pela grande mídia, eu estou esperando quem é a bola da vez.
Realmente, desde quando estourou a pandemia, eu fiz um pronunciamento à nação. Obviamente, fui duramente criticado. E eu entendi que, pelas críticas, a exemplo do meu discurso na ONU, estava no caminho certo. Lá eu havia dito: “Temos dois problemas pela frente: o vírus e o desemprego. São dois assuntos que devemos tratar com responsabilidade, mas simultaneamente”. A turma do “fica em casa” e a turma do contra começou a dizer que eu era insensível e não estava preocupado com a vida das pessoas. E dizendo sempre, Paulo Guedes, que a economia você recupera, a vida não.
Olha, uma quebradeira na economia - não precisa ser médico para dizer isso, nem economista -, as causas, o efeito colateral disso é muito, mas muito pior, que o próprio vírus. Hoje em dia já se começa a notar que, lá atrás, o governo - porque quando eu falo o governo todo fala - estava no caminho certo.
Enquanto se fechava quase tudo no Brasil nós, aqui, não paramos, em especial com a equipe econômica, trabalhando, buscando meios, para que empregos, então, não fossem destruídos. E as propostas apresentadas por nós foram excepcionais.
No meu entender, guardando-se as devidas proporções, não existe, não vi, no mundo, quem enfrentou melhor essa questão do que o nosso governo. Isso nos orgulha. Mostra que tem gente capacitada e tem gente preocupada, em especial com os mais pobres, os mais humildes. Quando apareceu a ideia, então, do auxílio emergencial que, num primeiro momento, tínhamos 38 milhões de informais e, mais outra categorias, que poderia chegar a 45 milhões. Na verdade, chegamos na casa dos 65 milhões de pessoas.
E, Paulo Guedes, eu tenho andado pelo Brasil. Sexta-feira agora, se Deus quiser, com o Rogério Marinho e mais alguns parlamentares, eu acho que o Fábio Faria vai estar nessa também, estaremos no Rio Grande do Norte. Em dois estados, os governadores confessaram para mim que aquele outro auxílio que você deu, Paulo, para compensar a perda do ICMS, eles falaram que o seu auxílio foi muito superior ao que eles realmente perderam. E, com toda certeza, acho que isso vai para o investimento nos estados. Então, os estados ganharam com isso. Agora, os estados ganhando, ganha o governo, ganha o Brasil. E esse auxílio emergencial, em municípios, por exemplo, os mais pobres, chegou a triplicar, quadruplicar o dinheiro que chegava na ponta da linha do município. Mas, isso tudo, não apenas a equipe econômica, tivemos aqui o Pedro Guimarães, da Caixa Econômica, que trabalhou árdua e duramente nessa questão.
E nós estamos, agora, em fase final, porque hoje eu tomei café com o Rodrigo Maia, no Alvorada, também tratamos desse assunto do auxílio emergencial. Os 600 reais pesa muito para a União. Isso não é dinheiro do povo, porque não está guardado, isso é endividamento. É isso mesmo? Estou falando certo? Acho que estou, não é? Para não me criticarem depois. É endividamento. E se o País se endivida demais, você acaba perdendo a sua credibilidade para o futuro.
Então, os 600 reais é muito. O Paulo Guedes, alguém falou, da Economia, em 200, eu acho que é pouco, mas dá para chegar num meio termo e nós buscarmos que ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano, de modo que nós consigamos sair dessa situação e fazendo com que os empregos e também os empregos formais, bem como os informais, voltem à normalidade e nós possamos, então, continuar naquele ritmo ascendente que terminamos e começamos o início deste ano, que a economia realmente estava apontando para os melhores do mundo, para o Brasil, depois de algumas décadas de patinação, vamos assim dizer, o Brasil patinava na questão da economia.
Então, o que eu falo nesse momento, após sancionar o Projeto de Lei de Conversão, que leva meios para que o crédito fique mais disponível e os juros mais acessíveis para a classe trabalhadora do Brasil. Isso daí nos ajuda, realmente, é mais um grande passo que nós podemos, talvez, estar ultimando as últimas medidas do governo para que voltemos à normalidade no Brasil.
Assim sendo, eu cumprimento meus 23 ministros, bem como os presidentes de bancos, aqui bem representado pelo Roberto Campos e pelo Pedro Guimarães, que colaboraram, e muito, para que o Brasil realmente, sem crises maiores, suplantasse o momento difícil que se apontou lá atrás.
Imaginemos o que seria do Brasil sem essas medidas e sem o auxílio emergencial, onde poderia estar mergulhado o Brasil, com uma classe enorme de pessoas que, em especial na informalidade, haviam perdido todo o seu ganho.
Assim sendo, muito obrigado a todos vocês. E vamos, se Deus quiser, cada vez mais, sair dessa pandemia mais fortes do que quando começamos, lá atrás.