Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na abertura da XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios
Brasília/DF, 26 de abril de 2022
Senhores e senhoras, bom dia a todos.
Autoridades denominadas, meu amigo Lira (Arthur Lira), Pacheco (Rodrigo Pacheco), senhores ministros, governadores e senadores.
Creio que Deus deu uma missão para cada um de nós, e nós somos privilegiados, todos nós, porque passa pelas nossas mãos, não o futuro do município apenas, mas o futuro desta grande nação chamada Brasil.
Confesso, por vezes, eu elevo o pensamento a Deus e pergunto: o que eu fiz para merecer isso? Porque, se para uma prefeitura não é fácil, imagine para a Presidência da República. E creio que todos nós já pedimos também, como lá atrás Salomão pediu sabedoria, nós pedimos, também, força para resistir e coragem para decidir.
Temos um quase perfeito alinhamento, não pode ser 100%, obviamente, com a Câmara e com o Senado, e juntos nós trabalhamos para o futuro do nosso País. Muitas coisas aprovamos, debatemos poucas coisas, divergimos, mas isso é natural e normal na política. Mas como um todo; o Brasil vai indo bem, imagine se nós não tivéssemos pandemia, como o Brasil estaria hoje? Muito, mas muito melhor do que aquele que recebemos no início de 2019.
Agora há pouco uma mensagem do Eduardo Gomes, o líder do governo falou que está para chegar para os senhores a segunda parcela da cessão onerosa, coisa criada por nós. 7 bilhões de reais para estados e municípios, tenho certeza que faremos, porque me considero um prefeito também, um bom uso disso tudo.
Dizer aos senhores prefeitos, como disse aqui o Lira, até eu não havia entendido que eu estava ali tratando de outro assunto de forma inadvertida, a questão da improbidade administrativa, a grande preocupação nossa é quando deixarmos a prefeitura um dia. A minha? Quando deixar a Presidência, que vamos deixar um dia. E esta questão não pode nos perseguir por 10, 15, 20 anos. Fui muito criticado por ocasião da sanção da lei da improbidade administrativa, mas tenho certeza que trabalhamos junto com a Câmara e o Senado para dar mais tranquilidade para que os senhores possam trabalhar.
Como disse aqui agora há pouco o prezado Paulo (Paulo Ziulkoski), como o sobrenome dele é complicado para mim, eu só falo Paulo aqui, no passado, realmente, eu estou aqui desde 91 e sei como os senhores eram tratados e como são hoje em dia. Hoje em dia o tratamento é aquele que tem que ser dado aos senhores, obviamente, e os senhores retribuem isso para conosco, porque, a nós, o futuro, repito, não apenas do município, mas do nosso Brasil.
A mim muita coisa, obviamente, são afetas, faz parte da regra do jogo, quando tive há poucas semanas na Rússia tratando de fertilizantes, momentos antes de um ataque a um país vizinho, nós fomos lá, lutar por interesses do Brasil. Adotamos uma posição de equilíbrio nessa questão conflituosa, mas nós não sobrevivemos sem fertilizantes e, no momento, temos 27 navios russos navegando para o Brasil para trazer fertilizante para o nosso agronegócio. O nosso agronegócio é um orgulho para todos nós, que não é apenas a questão de divisas para o Brasil ou representar por volta de 1/4 do nosso PIB, é a nossa segurança alimentar.
E vejam também a importância dessa questão para o Brasil: há poucos dias, recebi a presidente da Organização Mundial do Comércio, uma senhora, e ela veio pedir para nós, o quê? Veio pedir para que nós exportássemos mais alimentos, porque as consequências da guerra e da pandemia estão se fazendo presente no mundo todo, inflação e falta de alimentos. Disse-lhe apenas que não temos como exportar mais, porque não temos estoques no Brasil, mas pedi para ela, dado a influência que ela tem junto ao mundo, que não permitisse que o fluxo fertilizante fosse cortado, não só para o Brasil, como para o mundo todo, bem como, o preço não continuasse subindo da maneira que está. Poucos dias depois, num evento mundial, ela disse que o mundo não sobrevive sem os alimentos do Brasil
Cada vez mais nós notamos o orgulho de ser brasileiro, a nossa importância para o mundo todo, e a responsabilidade que todos nós temos. Algumas passam por mim, e eu sempre digo: não tem um bem maior que a nossa própria vida, essa é a nossa liberdade, inegociável.
Quantos de nós somos agredidos ao longo da nossa vida pública, lamentamos, não queremos ser agredidos, mas temos mecanismos, temos como buscar, reparar isso daí. Obviamente, não podemos admitir que algum de nós que possa ter certos poderes, não interfira no destino final da nossa nação nesse nosso bem maior que é a nossa liberdade de expressão.
Teria muito a falar, mas o tempo é exíguo. Os senhores podem ver, uma das classes mais humildes e mais sofridas do Brasil, que eram os assentados, muitas vezes usados de forma não muito adequada por alguma liderança do MST, nós começamos a titular terras há 3 anos, e hoje em dia transformamos o homem, o assentado que integrava o MST, num cidadão que está ao lado do fazendeiro, agora trabalhando em conjunto. Um grande fazendeiro, obviamente, voltado ao agronegócio, esse pequeno produtor muito mais voltado, obviamente, à agricultura familiar.
Dizer aos senhores que, apesar dos problemas que tivemos nos últimos dois anos, parece, se Deus quiser, acabou a questão da pandemia. Vivemos momentos difíceis, eu, vocês e os governadores, porque tínhamos pela frente algo que era um mistério e procuramos cada um fazer o melhor de si, e o governo fez a sua parte, e em especial fornecendo meios, equipamento, material, médico, para muitos estados e municípios, e dizer que os recursos que nós distribuímos para estados e municípios, não olhamos qual era a coloração partidária daquele prefeito ou aquele governador, todos foram atendidos.
E digo mais, pelo que parece, pelo que me consta, já que eu estou aqui num público, obviamente, que é representativo, pelo que parece, os recursos foram suficientes, inclusive para colaborar na folha de pagamento, porque não tivemos notícia, se tiver, alguém levanta o braço que ninguém atrasou a folha, bem como, o décimo terceiro em 2020 e 21.
Dizer também, que o novo auxílio emergencial que substituiu o bolsa família despeja por mês 8 bilhões de reais nos municípios e isso ajuda na economia local.
Esse aqui está substituindo o Tarcísio (Tarcísio Gomes de Freitas) na infraestrutura, um ministro fantástico, que está licenciado para colaborar em outro estado brasileiro, o nosso Marcelo, (Marcelo Sampaio Cunha Filho), obrigado, Marcelo.
Rapidamente, muita coisa não é mostrada, é um governo que não é afetado a fazer propaganda. Mas em tópicos, para encerrar, aquilo que nós fizemos em parceria grande parte aqui com a Câmara e o Senado Federal, isso reflete, obviamente, em melhorias para todos nós.
FIES, dois milhões de jovens são devedores, está pronta a negociação, poucos têm procurado a Caixa ou o Banco do Brasil. Dois milhões de jovens, que, podem ter abatido a sua dívida em 92%.
O Modal Ferroviário, agora há pouco acertei com o Tarcísio, no início do mês que vem, poucos serão convidados, vamos fazer uma viagem de 2 dias, num trem na ferrovia norte-sul, o ressurgimento do Modal Ferroviário no Brasil.
Auxílio Brasil, era em média 190, passamos para no mínimo 400 reais. Água no nordeste, conclusão de obras, obra que começou lá atrás, concluímos, estamos concluindo. Vacina para todos, internet nas escolas, porte de arma para os homens do campo. Povo armado jamais será escravizado.
Desoneração da folha, isenção de IPI para taxistas e, também, agora, deficientes auditivos. Colégios cívico-militares, o Exército, fazer uma barragem em Bagé. Alguém podia imaginar que lá no Rio Grande do Sul faltava água no município como Bagé?
Marco Legal sobre terras indígenas, cada vez mais trazemos o índio para o nosso lado. O índio quer fazer, e quer ser exatamente o que nós somos.
Lei Rouanet, moralizamos essa questão, normas regulamentadoras, quem é patrão sabe das dificuldades que tinha no passado com fiscalizações. A nossa escolha técnica de ministro, a volta do patriotismo no Brasil, a lei da Liberdade Econômica de 2019. Contas inativas, 8 bilhões de reais estão sendo devolvidos para parentes, que perderam pessoas no passado que estavam com 8 bilhões em bancos por aí.
A nova prova de vida para idoso, agora nós vamos atrás do idoso, não é o idoso que procura fazer a sua prova de vida. E diminuição de pedágio e novos contratos, bem como, obviamente, em causa própria, vão dizer, isenção de pedágio para motocicletas.
Carteira Digital única, os lucros nas estatais no passado eram deficitárias, hoje a diferença dá mais de 100 bilhões de reais.
Dizer aos senhores, que trabalhamos em conjunto, queremos o bem do nosso Brasil. E como eu disse no começo, não existe satisfação melhor para todos nós aqui, do bem de servir aqueles que votam na gente.
A todos vocês, muito obrigado pelo apoio, pela consideração e pelo carinho. Pode ter certeza é recíproco.
Deus, Pátria, família.
Muito obrigado.