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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Cerimônia de Anúncio do Resultado do Estudo Clínico COVID-19 - MCTI - Palácio do Planalto

Boa tarde, antes de entrar no assunto, eu queria falar sobre uma notícia que está circulando; não é fake news, ela é verdadeira, levando-se em conta o autor, mas, na prática, ela é falsa. Tem uma lei de 1975 que diz que cabe ao Ministério da Saúde o Programa Nacional de Imunizações, ali incluídas  possíveis vacinas obrigatórias.

A vacina contra o Covid, como cabe ao Ministério da Saúde definir essa questão, e  já foi definida, ela não será obrigatória; quem está propagando isso aí com toda certeza é uma pessoa que pode estar pensando em tudo menos na saúde ou na vida do próximo.

E dizer, mais ainda, nas palavras do ministro da Saúde, que estive com ele há pouco tempo e ele é bem claro que qualquer vacina aqui no Brasil, Ricardo Barros, tem que ter a comprovação científica e, mais ainda, ela tem que ser aprovada pela ANVISA e isso não é a toque de caixa, nem de uma hora para a outra; e nós sabemos que muita gente contraiu e nem sabe que contraiu, já está imunizado; vão obrigar essa pessoa a tomar essa vacina? Que inclusive por parte dessa fonte custa mais de dez dólares por outro lado, o nosso lado custa menos de quatro.

Não quero acusar ninguém de nada aqui, mas a pessoa está se arvorando e levando terror perante a opinião pública, onde hoje em dia pelo menos metade da população diz que não quer tomar essa vacina, esse é um direito das pessoas; ninguém pode, em hipótese alguma, obrigá-las a tomar essa vacina.

Então, o Governo Federal, eu repito e termino, não obrigará ninguém a tomar essa vacina.

Quanto ao meu prezado Marcos Pontes, homem que eu admiro desde os tempos de que em ele foi para o espaço ou até antes, onde um garoto filho de família simples logrou êxito num concurso na Academia da Força Aérea, depois o ITA também, e depois teve a coragem que pouca gente tem. Ir a quantos metros de altitude, Marcos? Quantos metros, quantos quilômetros de altitude? Hã? Quatrocentos quilômetros de altura. Alguns aqui como eu, saltamos a duzentos metros, o risco é quase o mesmo, mas com toda a certeza a quatrocentos quilômetros realmente tem  que ter muita coragem para tal, até porque  a temperatura lá é menos quantos graus célsius? Menos setenta graus; eu acho que em poucos segundos vira picolé, não é?

Então, e o Marcos Pontes agora desta pandemia, ele não é ministro da Saúde é da Ciência, Tecnologia e Inovações e ele chegou para mim com uma planilha, mostrando que um certo medicamento, depois de exaustivas análises com o seu pessoal, nosso cumprimento nesse momento aqui, apontou a possibilidade, deixa eu ler aqui porque eu não vou conseguir, da nitazoxanida atingir o seu objetivo. E não é a primeira vez que nós fomos no Hospital da Forças Armadas e,  num primeiro momento, odo mundo desconfia, desconfiaram do Marcos Pontes, qual é a desse cara? Ele não é médico, o que que ele pode nos apresentar de concreto no tocante a isso? Tinha que vir por parte do Ministério da Saúde. Bem, naquela época, tínhamos um ministro marqueteiro, está na cara que teríamos dificuldades para tratar desse assunto e, com  muita coragem, o Marcos levou avante essa proposta.

Até que um dia, não é? Surgiu a resposta através das observações, através de pessoas que concretamente usaram esse medicamento e foi constatado na ponta da linha que a carga viral diminuía e conversei com ele também e ele me disse que dessas pessoas que usaram esse medicamento, nenhuma sequer foi hospitalizada.

E nós lembramos  do pânico que a grande mídia que está aqui nos assistindo agora, não foi toda, mas em grande parte, o pânico criado junto à população.

Até como lá atrás eu que também não sou médico; a minha formação é pouco parecida com o Marcos, somos irmãos da Aeronáutica e do Exército, eu não apostei e nem joguei na hidroxicloroquina.  A gente começa a conversar com o nosso Ernesto Araújo, começa a conversar com alguns embaixadores fora do Brasil, porque em país da África Subsariana, por exemplo, que é muito comum a malária e é muito combatida com a hidroxicloroquina, por que que as mortes são baixas? Oras, muitas vezes, o cidadão chegava no hospital com malária e Covid e tomava hidroxicloroquina e se livrava dos dois problemas. Será que é difícil entender porque nós começamos a falar na hidroxicloroquina?

E, não apenas isso, conversei com médicos militares e outros civis que conhecia no Brasil todo, alguns no seu respectivo hospital estavam usando isso e no início estava dando certo e nós não tínhamos alternativa, prezado Eduardo Gomes, nós, você, tem que dado momento tomar uma decisão, como eu tenho dito, não é? Pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão, porque na indecisão gente acaba morrendo e nós jogamos em cima disso.

Fui massacrado pela mídia, não tem problema, eu tenho que estar com a minha consciência em paz  e quem  criticava a hidroxicloroquina não apresentava alternativas. Eu falei para o Mandetta, certa vez, por que que no seu protocolo só pode ser usada a hidroxicloroquina quando o paciente está em situação grave? Deixa o médico decidir e cada médico pode decidir de maneira diferente do outro. Lógico que foi um ponto de atrito, mas não foi o mais importante porque culminou com a sua saída que não quero entrar em detalhe aqui agora, mas creio que a saúde melhorou um pouco com o Nelson Teich e depois melhorou também, e muito, com o  Pazuello, que o ministério precisava há muito de um choque de gestão onde praticamente nada era informatizado, agora quase tudo está informatizado; um ministério que atende a todos independente da coloração político partidária dos 27 governadores do Brasil  ou de quase seis mil secretários de saúde no Brasil.

Essa foi a nova diretriz e aquilo que o Eduardo Pazuello fez com muita maestria, todos nós ganhamos com isso e na economia o Brasil é um dos países que melhor se saiu nessa questão da pandemia, até porque a equipe econômica junto com alguns outros ministérios também trabalharam com muita maestria.

O auxílio emergencial porque 40 milhões de pessoas perderam a sua renda. Imagine a questão social que nós teríamos no Brasil se as pessoas não tivessem o mínimo para sobreviver. Imaginem se o homem do campo entrasse naquela onda, "fique em casa", a economia a gente vê depois. Hoje nem teríamos arroz ou óleo de soja, nem teríamos o que exportar. Como estaria o Brasil?

Eu sempre disse que tínhamos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego e que deveríamos tratá-los de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. E assim foi feito: socorremos pequenas e microempresas, rolamos dívidas de Estados e Municípios, entregamos a governadores e prefeitos aquilo que supostamente eles não arrecadariam com o ICMS ou com o ISS.

O Governo Federal fez a sua parte mesmo sendo impedido de entrar diretamente na questão da saúde e depois a gente começa entender porque lá no outro poder aqui do lado foi o ministro há época falar barbaridades como, por exemplo, nas próximas semanas poderemos ter caminhões do exército recolhendo corpos pelas ruas.  O pânico se fez presente até no núcleo dos poderes em Brasília.

E, obviamente, contra a minha pessoa foi falada muita coisa também e decisões foram tomadas;  creio eu, se eu tivesse como ajudar na condução dessa questão, os danos, as mortes seriam muito menores em números.

Eu falava que o fica em casa não era para aquela pessoa não contrair o vírus é para ela pessoa, era para que ela um dia ao contrair fosse alongado esse tempo de modo que não houvesse filas em hospitais, amontoamento de pessoas; e outra coisa grave com aquela história fica em casa, que quando tiver falta de ar você procura um médico. Será que não era para se comprar a toque de caixa respiradores com preços  mais do que abusivos, passando de 30 para mais de 200 mil reais cada um?

A história vai mostrar quem estava com a razão, a história vai mostrar quem não se preocupou com a sua biografia para salvar vidas e isso no meu ministério, depois de alguns acertos, obviamente, chegamos a conclusão que fizemos a coisa certa. Selva!

O nosso prezado Eduardo Pazuello, não tem problema, não está presente, talvez pela sua silhueta, general Heleno, ele teve uma pequena indisposição e foi para o hospital e já tenho notícias está tudo bem, tudo tranquilo, espero falar com ele daqui a pouco; com toda certeza ele gostaria muito de estar presente nesse evento aqui que afinal de contas tem a ver com o Ministério dele do que o do Marcos Pontes.

Mas todos nós trabalhamos de forma unida, ombreados, buscando soluções para os problemas do Brasil e esse quando se fala em vida é, com toda certeza, não é um dos não, é o mais importante e nós trabalhamos dessa forma. Não temos medo de nos expor, de enfrentar desafios e sofrer críticas, na maioria das vezes, infundadas, na maioria das vezes injustificadas.

Meu sonho, ainda, prezado general Heleno, de um dia termos uma imprensa no Brasil, livre ela já é, mas uma imprensa responsável, que quando tivermos no Brasil uma imprensa responsável pode ter certeza que o Brasil não vai voar não apenas, Marcos Pontes, o Brasil vai para o espaço, porque nós temos tudo para ser uma grande nação.

E mais importante: daquilo que Deus nos deu, terras agricultáveis, biodiversidade, riquezas minerais , áreas turísticas, nós temos um material humano no Brasil que ninguém tem e isso é motivo de orgulho a todos nós.

Parabéns Marcão, parabéns Ministério da Ciência e Tecnologia.