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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Cerimônia de Contratação dos Primeiros Médicos do Programa Médicos pelo Brasil

Brasília/DF, 18  de abril de 2022

Serei bastante breve porque como parlamentar, Feliciano, nós sofremos muito na Câmara no Programa Mais Médicos.

Quero cumprimentar o Queiroga por esse Programa Médicos pelo Brasil, onde médicos de verdade, bem remunerados, vão ser espalhados pelo Brasil para bem atender a nossa população. Isso não é uma continuação do Programa Mais Médicos da senhora Dilma Rousseff. Eu era parlamentar quando esse projeto chegou na Câmara, o Osmar Terra estava lá também, e ele foi pouco discutido, entre outras coisas, 80% do salário ia diretamente para Fidel Castro, o pessoal ficava com aproximadamente 20% aqui.

Nós tentamos emendar o projeto de modo que eles pudessem receber seu salário no Banco do Brasil ou Caixa Econômica. A oposição, ou melhor, a situação naquela época, a esquerda, passou por cima disso, não foi possível. Tentamos também fazer, Maira, um mínimo de teste na pessoa, não é o revalida não, o mínimo, fazer um teste simples. Para saber por exemplo, se benzetacil é endovenosa, se é muscular, se é oral, o que é. Tenho certeza que a maioria não seria aprovado, não conseguiria responder.

Também outras coisas aconteceram, mas uma gravíssima, porque quando se fala em democracia é impressionante, hoje eu posso criticar porque eu era parlamentar, hoje eu não critico o Parlamento, mas o meu parlamento daquela época. Nós tentamos fazer com que o cubano, uma vez pedindo asilo, ficasse no Brasil. O próprio ministro da saúde do PT naquela época falou o seguinte: O cubano que pedir asilo será deportado.

Lamento o meu Parlamento daquela época ser fraco nessa questão, brincando de fazer democracia. Eu acho que esses foram os pontos mais importantes. Eu durante a minha pré-campanha falei que o cubano que porventura ficasse aqui, eu daria asilo para eles, cumpri minha palavra. Mas quando eu  ganhei a eleição imediatamente eles fugiram do Brasil, ali tinha agente cubano, tinha “Vespas Negras'', o pessoal das Forças Especiais Cubanos. Tinha tudo o que não interessava para a medicina, tinha ali, eles fugiram do Brasil,  a gente via aquelas filas enormes nos aeroportos. Uma coisa que acontecia também, já discursei sobre isso quando parlamentar: o cubano estava lá numa cidade qualquer, se tivesse na frente da casa dele uma festa de casamento ele não podia ir na festa de casamento, ele não podia se integrar com a sociedade. Era isso que acontecia com esses, que não quero criticá-los não, que vinham para cá, que seus familiares ficavam em Cuba e se eles não cumprissem aquilo determinado, os seus familiares lá sofriam disso daí. E o apoio do PT, e lamentavelmente da base do governo, foi praticamente unânime para que ficassem aqui  como se escravos fossem.

E no momento temos informações, acompanhamos, muitos desses cubanos ficaram no Brasil e depois foram para os Estados Unidos, e têm ações contra o Brasil: trabalho análogo à escravidão. Para mim isso é escravidão, dado que não tinham sequer o direito de ir e  vir,  de ir numa festa, de receber seu salário, nada, nem de se relacionar com uma outra pessoa, como se fosse possível até fazer isso. Então esse era o programa no passado, mais médicos do PT, um serviço que escravizavam os nossos irmãos cubanos e não atendia a população, que não sabiam absolutamente nada de medicina, nada. E a gente sabe muitas vezes as pessoas humildes se encontram, e os médicos sabem disso, em só em você tratar bem a pessoa ela já fica satisfeita. Por muitas vezes um bom tratamento é um bom atendimento. Eu como político, vereador, deputado muitos aqui ao atender um eleitor que vai buscar alguma coisa no gabinete da gente já fica feliz em ser bem tratado, e vocês fazem esse  trabalho muito bem. E o povo brasileiro ao receber aqueles cubanos sem saber que grande parte deles não tinha qualquer qualificação, mas ao tratar bem, ele ficava satisfeito. Na verdade, enganavam o povo brasileiro com pessoas, humildes também, que estavam aqui cumprindo uma missão do regime cubano. 

Bem, Fidel Castro não viu acabar isso porque ele foi para um lugar bastante quente em 2016 e nós conseguimos aqui, só Deus realmente pode explicar a nossa vitória em 2018, e fizemos com que esse programa fosse colocado um ponto final, a população deixasse de ser enganada. E eu fiz as contas aqui. Naquela época, Bia Kicis,  a gente mandava por ano em torno de 1 bilhão de reais, se for para corrigir para os dias de hoje, aproximadamente dez anos depois, seria no mínimo 50% acima daquele valor. 

Então hoje ganha o Brasil com médicos de verdade, valorados pelo Ministério da Saúde e os próprios profissionais também são recompensados na questão salarial e a população, obviamente, vai ter um tratamento por esses médicos profissionais bastante salutar.

E eu quero falar uma coisa, já que tem médico aqui, eu não vou deixar de falar uma coisa muito importante, ministro Henrique Mandetta, chegou um projeto para que eu sancionasse, e esteve no meu gabinete Henrique Mandetta e mais as pessoas que estavam a frente de associações, Conselho Federal de  Medicina, as pessoas realmente que  trabalham nessa área, e eu senti no semblante de alguns que algo estava errado e eu perguntei o que que está errado? Eles ficaram meio constrangidos até que consegui conversar com um num canto e ele respondeu: É que no projeto, as particulares poderão fazer o revalida, temos excelente particulares pelo Brasil, mas a gente sabe que tem uma ou outra que é complicado. E o Mandetta havia trabalhado na Câmara, na surdina, para que as particulares fizessem o revalida. Bem, eu vetei e o Mandetta, obviamente, não gostou e depois ele trabalhou dentro do Congresso Nacional para que o veto fosse derrubado. Faltaram três vetos para derrubar aquilo que eu havia vetado. Não precisava falar o porque ele ficou pouco tempo com a gente, fizemos a nossa parte. 

Agora, por pouco não se fez uma democracia, vamos assim dizer, da questão do revalida no Brasil. Qualquer um de fora do Brasil pode clinicar aqui, mas tem que passar pelo revalida, que é feita com muita seriedade por órgãos aqui do governo. Se aquilo tivesse lá atrás passado como quase passou, quase que passou despercebido por mim a questão do possível do veto, assim como por quatro votos não foi derrubado esse veto pelo trabalho do Mandetta contra a sua classe médica.

Então hoje eu até desabafei um pouquinho aqui, mas eu cumprimento o Queiroga, cumprimento todos os mestres do Brasil. Quero cumprimentar, em especial, os médicos da Santa Casa Juiz de Fora que em 2018 salvaram a minha vida e depois também do Albert Einstein que deram prosseguimento a esse tratamento.

Devo minha vida a Deus e depois a vocês. 

Muito obrigado a todos.