Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Cerimônia de Inauguração da PCH Bedim- Renascença/PR
Renascença/PR, 06 de novembro de 2020
Amigos do Paraná, boa tarde.
É uma grande satisfação estar aqui. Realmente, cada passagem nossa por esse estado, nós apresentamos alguma coisa. Em especial, pelo excelente relacionamento que temos com seu governador, Ratinho Junior.
Prezados parlamentares, em nome do Jorginho Mello Santa Catarina, saúdo a todos.
Prezados ministros,
Profissionais, empreendedores. É uma grande satisfação vê-los começar a agir com Liberdade.
Eu lembro, no final 2014, quando resolvi disputar a Presidência e comecei a andar pelo Brasil; em uma das passagens, por Minas Gerais, um fazendeiro teve pena de mim e da minha equipe e me levou para pernoitar na sua fazenda. E, entre as conversas, ele falou que tinha mais de 10 anos que aguardava uma licença para fazer uma PCH na sua propriedade. Aquilo, obviamente, me marcou e me fez estudar um pouco mais o que era uma PCH. Inclusive, muito além, fui até na Embrapa, para ver que uma lâmina, uma superfície de 1 km quadrado, poderia gerar de 10 a 15 toneladas de tilápia por ano. E, depois, eu vi junto com o Jorge Seif, o nosso secretário da Pesca, que é de Santa Catarina, que poderia ser multiplicado por 10 essa produção se fizéssemos tanque na área.
Então, fiquei muito feliz em soltar os alevinos aqui, nesta lâmina d'água, dessa PCH. É aquilo que ele chama de efeito colateral. E com essa produção, a gente não pode falar que o Brasil é um país que não tem como gerar alimento para o seu povo.
E, mais ainda, eu tenho muita coisa em comum com o Paraná. Primeiro, que eu morei por muito tempo na cidade de Ribeira, vizinha, na época, cidade de Paranaí. Hoje em dia, Adrianópolis. Então, eu sou um pouco paranaense. Só para curiosidade, meu pai trabalhava na mina de chumbo da Prumbo. Eu sei que mina de chumbo da Prumbo é redundante, mas trabalhava lá e sustentava alí sete filhos com essa sua atividade aí de dentista prático.
E, agora ,também, tem algo mais em comum com o Paraná. Eu não tenho um diretor-presidente (...). Na verdade, eu tenho um secretário no Paraná, que ele é secretário do Ratinho, o general Silva e Luna.
Agora, a chave do sucesso de alguma coisa, é muito fácil. Desculpe a sinceridade, alguém falou no passado que não sabia o caminho do sucesso, mas sabia o do insucesso. Que é dizer sim para tudo e para todas, e não aprender a dizer não.
O sucesso de Itaipu Binacional vem de uma determinação nossa de colocar também lá uma pessoa comprometida com o bom funcionamento da empresa. E também fazê-la cada vez mais produtiva e dá-lhe liberdade para escolher os seus subordinados. Não é fácil, no Brasil, você manter pulso firme para que estatais ou essa no caso, Binacional, ou ministérios ou bancos oficiais não terem gerência de terceiros que não levam a bom termo o trabalho dessa empresa. Itaipu Binacional.
Pelo que eu sei, Ratinho, você pode me dizer se eu estou equivocado ou não, eu desconheço investimento de vulto tamanho, como você tem atualmente na gestão do general Silva e Luna, em Itaipu. Então, isso faz realmente a diferença em nosso Brasil.
Como faz a diferença a pessoa aqui do ministro Tarcísio, da Infraestrutura. No passado, com todo respeito aos demais ex-presidentes, quase todos, as notícias que vinham do Ministério do Transporte, atual Infraestrutura, eram as piores possíveis. Quase nada se fazia e, quando se fazia, tinha um escândalo no meio daquela obra. Isso acabou. Graças a Deus e graças à determinação do núcleo do nosso Governo, que ao dar, também, convidar o Tarcísio, que é um capitão do Exército, formado pelo IME, a participar desse projeto, ele alí mergulhou no mesmo e, com coração, e com toda a liberdade, começou a botar no Ministério seu para funcionar.
Questão de PCH, brevemente, pelo que tudo indica, teremos uma outra Itaipu Binacional em solo paranaense. Isso é muito bom. Isso é bem-vindo. Afinal de contas, o nosso Brasil cresce a uma taxa próxima 2 milhões de habitantes por ano. O mundo, 60 milhões. Então, esse 2 milhões, implica lá na frente, em consumo de energia. E o nosso Brasil tem nessa área o que os outros países não têm. Por isso, como bem disse o nosso governador, agora há pouco, as críticas que vêm de fora, ninguém no mundo eu desconheço, tem fontes de energia limpas como nós temos.
Pega os países mais críticos a nós, que participam da União Europeia, suas críticas são completamente infundadas. Em especial, quando falo da nossa região Amazônica, fora da geração de energia. Mas nós somos o país que mais preserva o meio ambiente no mundo.
E, mais ainda, pretendemos, o ano que vem, conseguir o que não conseguimos neste ano. Quando se fala em meio ambiente, conseguir para todos aqui, a regulação fundiária em nosso país; de modo que vemos a poder, bem levar a termo e dar uma satisfação às pressões daqueles que nos acusam, que é desmatamento e incêndio, que, em grande parte, apenas potencializado, porque está em jogo sim, uma guerra comercial com todo o mundo.
O que melhor me faz sentir a pouca satisfação, ou seja, toda a satisfação que eu tenho no meu governo, é comandar um ministério técnico, competente e comprometido com o destino do Brasil. E aliado de todos os seus governadores, sem exceção.
Aos investidores, aos fazendeiros, que participam dessa empreitada, meus parabéns a vocês. Realmente, tem que ter muita coragem para investir ainda no Brasil. Eu já falei como o ministro Bento, o nosso almirante das Minas e Energia e ele vai concluir, brevemente, uma maneira, um estudo, propor legislação ao Parlamento, se for o caso; de modo que nós possamos sim, sermos bastantes rápidos e eficientes, por ocasião da liberação dessas concessões, das liberações ambientais, para que, no Brasil, nós possamos sim, dar mais um salto na questão da geração de energia que é, obviamente, continua sendo a dos meios hídricos.
A todos vocês do Paraná, meu muito obrigado pela oportunidade. É uma satisfação estar aqui. E muito obrigado por terem confiado em mim no passado, essa Presidência da República.
Um abraço a todos.