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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Cerimônia de Lançamento do Certificado de Crédito de Reciclagem - Recicla+ e do Plano Nacional de Resíduos Sólidos - Palácio do Planalto

Brasília/DF, 13  de abril de 2022



Boa tarde a todos, antes de entrar diretamente no assunto, algumas observações. Eu quero cumprimentar aqui dez embaixadores e dois encarregados de negócios: os embaixadores da África do Sul, Arábia Saudita, Canadá, Índia, Itália, Japão, Marrocos, Suíça, União Europeia e Uruguai, e os encarregados dos Estados Unidos e de Portugal.

Isso demonstra, mostra, o interesse que eles têm no Brasil e, obviamente, em grande parte a confiança em nossa política, e eles preferem, obviamente no que vou falar daqui a pouco, em fazer negócio com um país livre e democrático, um país que respeita os seus contratos e pode oferecer garantia jurídica, segurança alimentar e segurança energética. O Brasil pode garantir isso para si, obviamente,  e para uma parte considerável do mundo, por isso o interesse dos embaixadores que representam os seus países aqui no Brasil, e não é a primeira vez que um grupo considerável de embaixadores vem a eventos aqui.

Quando se fala em segurança energética, já praticamente concluindo o planejamento, saindo da prancheta, o nosso nordeste tem condições de, e em poucos anos, gerar energia por torres eólicas o equivalente a no mínimo 50 Itaipus. Isso é fantástico, 50 Itaipus. Itaipu representa um pouco menos que 10% do consumo nacional. Agora dessa geração de energia, dessas 50 Itaipus, sairá  o hidrogênio verde. É a energia do futuro.

Aqui eu  cumprimento o ministro Juca, o ministro Bento Albuquerque, que nos próximos dias embarcará para a Índia,  tratar de questões relacionadas com álcool também. 

Quando se fala em segurança alimentar, o potencial do Brasil já é conhecido. Talvez amanhã ou, no máximo, na próxima  semana na minha live, estou convidando o presidente da Embrapa para falar sobre trigo no Brasil. Hoje aproximadamente 40% do trigo consumido no Brasil vem de fora, a gente acompanha os problemas a dez mil km de distância.

A Ucrânia é um grande país exportador de trigo e isso tem um repique, terá o repique na inflação do mundo todo, que, pelo que se tem demonstrado a inflação na questão alimentar, terá que ser convivida por um longo tempo ainda e o mundo, cada vez mais, consome mais, levando-se em conta, inclusive, que se cresce um pouco mais de 50 milhões de habitantes todo ano no planeta terra, nos aproximamos de oito bilhões de habitantes.

Então o Brasil já tem tecnologia desenvolvida pela Embrapa que foi potencializada a partir de 2019, onde regiões como, por exemplo, o oeste da Bahia, o nosso Cerrado, Roraima também, uma área enorme já em condições de começar a produzir trigo. Soma-se a região sul, e parte aqui do centro-oeste, e nós então passaremos a ser, em poucos anos, autossuficientes em trigo e também poderemos exportar o equivalente a duas vezes o consumo de trigo no Brasil. Esse é um país do presente, não se fala mais em país do futuro e é um país que começou a mudar para valer com a nossa chegada ao governo. Com a escolha de ministros técnicos, sem pressões políticas para ocupar cargos estratégicos, como banco e como estatais.

Vou anunciar logo mais, não sei se Paulo Guedes sabe ainda, que não se tem notícia de a Casa da Moeda ser lucrativa e passou a ser lucrativa agora, em nosso governo, soma-se à lucratividade dos Correios entre tantas e tantas outras estatais. Então é um país que vem tratando a coisa pública com o devido respeito, todos nós passaremos a nos beneficiar disso.

A gente lamenta obviamente o que o Brasil e o mundo está passando, as consequências de uma pandemia, de uma guerra, aqui no Brasil, de uma estiagem, uma das maiores nos últimos 91 anos.  Tivemos geada também, entre outros problemas, mas, mesmo assim, nós resistimos.

O Brasil é um país que na economia tem se despontado como um daqueles que menos sofreu perante o mundo. Aqui não se tem notícia de escassez de alimentos, países outros, além de uma inflação muito maior do que o ocorrido no Brasil, como, por exemplo,  Estados Unidos 8,5%, já existe desabastecimento de alguns produtos. E a questão da energia também. O petróleo, gasolina, diesel os que menos aumentou de preço  foi o Brasil. Aumentou bastante? Reconhecemos que sim, mas foi um dos que menos aumentou, e isso obviamente é um trabalho em equipe de ministros, de servidores, de secretários e da iniciativa privada. Então  esse é o Brasil que cada vez mais se apresenta de forma bastante altiva para o mundo, por isso os meus agradecimentos pela presença dos dez embaixadores e dois encarregados de negócio.

Indo agora para a questão em si, tratado hoje aqui, eu elogio o Ricardo Salles e também o Juca, agora apelidado pelo Paulo Guedes de Juca verde, que deu prosseguimento aquela política de forma bastante dinâmica. Só alguns números, para provar o quanto o Brasil preserva seu meio ambiente. Na prática o mundo sabe e por questões ideológicas ou econômicas não reconhece. O Brasil é um exemplo para o mundo na questão ambiental, o Brasil tem uma legislação ambiental que nenhum país tem, e cumpre: dois terços do nosso território, são preservados. A Europa pelo que eu sei, se eu estiver errado me corrige por favor ministro, parece que lá não se vê mata ciliar, as vezes em que eu voei, eu sei que eu estou bastante alto, a gente não vê mata ciliar, não vê florestas e lá fora se fala em reflorestar o Brasil, não o seu país. Mas sabemos que é uma briga comercial acima de tudo.

 Mas agora aqui, no tratado hoje, só em latinhas de alumínio, apesar de  tudo que eu falar aqui ser recorde para o Brasil, mais de 98% foi recolhido, também óleos lubrificantes um novo recorde: 566 milhões de litros coletados e embalagens; de defensivos agrícolas, a mesma coisa: 53 mil toneladas recicladas; com o  coprocessamento de cimento também, um novo recorde. O lixo eletroeletrônico nós já temos mais de 3.400 pontos de coleta pelo Brasil, também pontos de coleta de medicamentos vencidos, baterias automotivas recicladas, isso nos permitiu que não importássemos na ordem de 141 toneladas de chumbo.

E por falar nisso, prezados embaixadores, eu acho que o Brasil está lá na vanguarda, temos um ministro da Ciência e Tecnologia, o Marcos Pontes, que tirou uma licença para disputar um cargo eletivo, mas nós já temos o protótipo da bateria de nióbio e grafeno. Uma bateria que tem que preocupar muito aos exportadores de petróleo, que ela pode ser recarregada em poucos minutos e com potencial, em especial de países que estão na região da linha do Equador, isso será uma revolução para a indústria automotiva. Logicamente, ficaremos dependentes ainda nos combustíveis fósseis por algum tempo, mas isso é uma realidade que se faz cada vez mais presente.

E deixo claro: o Brasil é um país que tem até o momento na ordem de 98% das reservas de nióbio. Temos para explorar região dos  seis lagos, estamos prontos a conversar sobre isso com os senhores, obviamente, não queremos explorar daqui para frente, honraremos os contratos em vigência, mas queremos agregar valor para essa exploração e temos nióbio para o mundo todo.

O grafeno nós sabemos que existe em quase o mundo todo, mas o Brasil tem locais, minas de grafite, um grande potencial para o grafeno, fantástico também e temos tecnologia bastante avançada para isso, como a proveniência numa  Universidade de Caxias do Sul,  temos e  essas baterias foram feitos no cíclotron, lá em Campinas e temos laboratórios abertos pelo Marcos Pontes por várias regiões do Brasil. Então um convite aos senhores também a participar da pesquisa e evolução dessa tecnologia, porque é uma saída para o mundo do futuro, ou seja, o Brasil é um país fantástico. Se formos falar em riquezas minerais, nós temos tudo que a tabela periódica contém e talvez mais alguma coisa ainda, por que? Porque o grafeno foi descoberto em 2004, nada impede que algo seja descoberto no futuro também.

Então o Brasil é  um país que está de braços abertos, é um país livre, é um país democrático que não quer retornar aquilo que era há pouco tempo. Um país voltado a uma ideologia que não deu certo em lugar nenhum no mundo e a manutenção de tudo isso está nas mãos da nossa população, que nós respeitamos a vontade popular e eu sei que a grande maioria da população vai optar cada vez mais pela paz, pela tranquilidade pela harmonia, pela democracia e acima de tudo para nossa liberdade.

Muito obrigado a todos.