Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Cerimônia de Modernização da Prova de Vida do INSS- Palácio do Planalto

Palácio do Planalto, 02 de fevereiro de 2022

Bom dia a todos.

Se me permitem alguns poucos minutos, antes de adentrarmos no assunto do evento de hoje. 

Nessa semana, estive em Itaboraí, com o presidente da Petrobras e seus diretores. Eu havia feito um pedido ao presidente da Petrobras, ele me atendeu, o que eu agradeço. Dois gerentes usaram da palavra e, para ser bastante rápido, foi explanado como foi a Petrobras administrada de 2003 a 2016. Só vou tocar em um item: endividamento de 900 bilhões de reais, que vocês que botam combustível no carro pagam. Quase um trilhão de reais, mal geridos ou desviados. Esse é um retratinho 3x4 da nossa querida Petrobras.

Também, há poucas semanas, o Pedro Guimarães da Caixa, mostrou desvios ou prejuízos com a Caixa. Nesse período vermelho da República: 45 bilhões desviados. Na semana passada, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, esteve numa live comigo. Também mostrando como péssimas administrações ou desvios, levaram um prejuízo ao BNDES de 500 bilhões de reais. Eu quero toda semana mostrar alguma coisa. 

Tereza Cristina, amanhã eu quero mostrar o "troco de pinga": 3 bilhões e meio que foram para o espaço, numa estatal nossa em Minas Gerais, que faz falta. Falei "Tereza Cristina", porque faz falta para o nosso agronegócio. Porque essa empresa, além do prejuízo, além de gastar mensalmente 1 milhão de reais para administrar os escombros, não produz nada para agricultura. E nós somos reféns de outros países, mostrando. Eu já pedi aos ministros, pedi aos secretários, que me abasteçam com essas informações, para nós mostrarmos o que aconteceu com o Brasil de 2003 a 2016.

Quando se fala em cifras trilionárias, não se esqueçam que o Tarcísio mexe com 8 bilhões apenas, por ano. Acho que o Marinho, mais ou menos isso, 5 bilhões, levando água para o Nordeste, atendendo emergencialmente nossos irmãos que sofrem com intempéries, como ontem estivemos em Francisco Morato. Imaginem esses recursos bem aplicados ou não desviados, como é que estaria o Brasil. Então, amanhã uma estatal de apenas 3 bilhões e meio de reais.

A gente não dá valor para muita coisa, né. Não tá aqui o Jorge Seif, pretendo trazê-lo na próxima live. O que ele fez e está fazendo, no tocante à pesca. Quanto nós estamos evoluindo, ano após ano, como o pescado no Brasil. Como ele tem administrado as questões de águas da União. Como está a piscicultura no Brasil, pela primeira vez estamos na Bahia agora, investindo na piscicultura, grande parte iniciativa privada. Mas como era antigamente o Ministério da Pesca? Como é a Secretaria da Pesca hoje em dia?

Quero trazer também, vale a pena um evento aqui, trazer o presidente do Inmetro. Quando se fala em Inmetro, o pessoal lembra de 2003, tomada de 3 pinos. Todo mundo sabe que aconteceu: um lucro bilionário para alguns do governo daquela época. E eu quero trazer aqui o Tenente-coronel Guerson, formado pelo IME do Exército Brasileiro, para falar sobre o Inmetro. Então, o Inmetro  lembra dessa tomada 3 pinos. Descobriu o ano passado, final do ano retrasado, que estava em gestação no Inmetro algo mais devastador que a tomada de 3 pinos. Queriam trocar o tacógrafo de 3 milhões de veículos. Queriam trocar o taxímetro de 500.000 carros de táxi no Brasil. Queriam trocar, botar um chip que já tinha descoberto que o chip era fraudável, só tem uma coisa que não é fraudável no Brasil, não falem nisso, por favor. Um chip fraudável, de todas as bombas de combustível do Brasil. 

E depois, a gente começa a perceber, a gente não dá muito valor para as coisas às vezes. Eu tive que estudar para saber o que era IPHAN. Porque tem muito urubu querendo o IPHAN. Queriam, queriam. A questão do Inmetro, as diretorias, a capacidade que tem de criar dificuldades, para vender facilidades. Tem gente honesta em tudo quanto é lugar, e bastante, é a maioria. Mas tem alguns que dão a vida, com uma tremenda capacidade para ganhar 15 mil por mês, vamos desconfiar. Implodimos o Inmetro.

Eu quero trazer aqui, o coronel Guerson, por quê? Ele tem agora para apresentar aos senhores, um novo marco regulatório do Inmetro. Onde ele corta poderes de si mesmo. Ele agora, o seu Inmetro, está verdadeiramente alinhado com a indústria, comércio e consumidor. Não somos nós, governo, que vamos falar para imprensa, como deve ser feito. Vocês farão o que os  consumidores, os empresários precisam e não o que nós queremos. São revoluções fantásticas, que mostram que o Brasil tem mudado. Imaginem se não fosse a pandemia, como nós estaríamos voando no Brasil.

E aquela velha história. Desvios trilionários e o Brasil não afunda. Tinha  que estar lá no fundo do oceano e não está. Se não fossem medidas tomadas pelo nosso governo, por secretários, por servidores que nos ajudam bastante, em 2019 teríamos sucumbindo em 2020. Resistimos. É o primeiro governo que enfrenta um teto de gastos. No passado, era mole, dava uma canetada, e estava tudo resolvido. Não, agora tem teto de gastos. Temos um limite para gastar. 

O sacrifício que foi pelo novo Auxilio Brasil. Nos massacram, mostrando pessoas pegando osso em caminhões: "olha, esse é o governo Jair Bolsonaro". Quando a gente quer resolver, quer aumentar o valor do Bolsa Família, foi aumentado criando o Auxílio Brasil com o trabalho do Onyx Lorenzoni, João Roma Paulo Guedes, Ciro e tantos outros, se criam dificuldades. Aqueles que criticavam foram contra a negociação dos precatórios. Graças a Deus tivemos a maioria do Parlamento, que nós quase nada fazemos sem o Parlamento, ou muito pouco podemos fazer sem o Parlamento. Conseguimos vencer esse obstáculo. 

Peço agora ajuda aos parlamentares aqui, ninguém vai fazer nenhuma barbaridade, mas eu  quero emergencialmente, que me deem os poderes para zerar o imposto do diesel, do gás de cozinha nós já zeramos, para enfrentar desafios. Buscar alternativa para o preço de combustível, em parte o preço é alto pela roubalheira ou péssima administração do passado. É difícil explicar para uma parte da população isso. Alguns têm o governo como se estivessem navegando no mar da tranquilidade, não foi. Dois anos de mar revolto, mar grosso, sobrevivemos. Fizemos alguma mexida no ministério, algumas peças, umas saíram porque queriam sair. Outras porque tinham que ser trocadas. É para o bem da nossa pátria. Agradeço a Deus, aos meus 23 ministros, secretários e aos servidores que trabalham conosco, do Brasil todo, nos ajudando a vencer esse grande mal. 

E quando se fala em desvios trilionários, tem gente que acha que quem desviou, tem que voltar. E se colocando no lugar dele, se voltar,  é para desviar o dobro disso, porque gostaram. Mas eu não quero partir para essa linha. Eu quero crer, e é verdade, que essas pessoas são mal informadas. Não conseguem entender o que aconteceu com seu país. Ninguém que vá ocupar essa cadeira um dia, vai fazer milagre, ninguém. O mundo está conectado. Nossos preços, muitos, estão de acordo com o mundo todo. E nós, ninguém tem o que nós temos. É um Brasil fantástico. Em especial, também, pelo seu povo. 

Ontem no interior de São Paulo, um local onde sempre foi um reduto vermelho, parei o carro, fui na padaria tomar um café. Todos nos trataram bem. Há um certo entendimento, de uma maioria, no meu entender considerável, do que aconteceu com o Brasil no passado, o que aconteceu nos últimos dois anos  com a pandemia e onde nós estamos fazendo. Eu procuro dar o exemplo. Sei que não sou exemplo para um montão de coisa. Comendo farofa e galinha outro dia, dei um arroto lá, que lamento. Sou um ser humano aí. Isso não é buscar ser povão, sempre fui assim. 

Buscar dar exemplo. Como pretendo amanhã botar na live, o caboclo que administra o cartão corporativo. Sistema Globo, falar que eu e meus filhos gastamos mais com cartão corporativo que Lula e Dilma. Canalhice, se bem que falar canalhice para a Globo, é pleonasmo abusivo. Cada viagem que eu faço tem cartão corporativo. O meu particular, que eu posso sacar até 24 mil por mês e não prestar conta, sabe quanto gastei ou saquei de janeiro de 2019 até agora? Zero. Eu posso requerer aposentadoria da Câmara, de parlamentar, que eu fiquei 28 anos lá dentro, e averbei  mais 2 anos, dá 30.000 por mês. Não requeri para quê? Para dar exemplo. Não tô reclamando, tem que dar exemplo. Depois que deixar a Presidência, vou ter que ter uma aposentadoria. Mas eu entendo que uma missão de Deus não é para mim, é para todos vocês. 

E quem aceitou está comigo, está nesse espírito, como tá o Onyx. Como tá aqui, eu fiquei emocionado com as palavras do, eu não o conhecia também, o José Carlos Oliveira, presidente do INSS. Me disse agora aqui, acima de 80 anos são um pouco mais de 5 milhões de brasileiros. A gente tem que se colocar no lugar dos outros, para sentir realmente como aquela pessoa está nos vendo. 80 anos é uma idade avançada. A minha mãe se foi há duas semanas, com 94 anos de idade. Pegar uma pessoa dessa, botar numa van, num carro de táxi, para fazer uma prova de vida, é um ato de desumanidade. Com o que esse governo já tem e já fez, em especial no campo aí da informática, da digitação, não precisa disso. Parabéns a todos do INSS que, juntamente com o presidente e Onyx,  tiveram essa visão. Para nós, pode não ser nada, mas para quem tem que botar um parente com essa idade, muitas vezes ele tem problemas outros. Faz hemodiálise, tem várias comorbidades, isso é uma coisa enorme para eles. Não se pensava nisso no passado, como rapidamente conversei com o Zé Carlos. Não se pensava. 

Muitas vezes se culpa a Presidência para ser tratado como rei. Como poderia ser tratado como rei durante a pandemia, ficaria lá no Palácio Alvorada, desfrutando de tudo. Lá tem tudo que se possa imaginar e se não tiver, eu posso pedir que venha. Preferi estar na rua com o povo. O vírus mata? Mata. A guerra mata? Mata. Mas o general não pode ficar entocado, enquanto o cabo e soldado estão brigando na frente. Vamos dar exemplo. 

Sempre agi dessa maneira. Nada mudou a minha cabeça. Essa cadeira, para quem quer ser honesto, é o pior lugar do mundo. A satisfação é de estar prestando um serviço à sociedade. E aqui, temos várias pessoas que colaboram conosco. Tem o Ricardo aqui, não quero falar mais nome da parlamentar, o Girão, tantos outros ajudam. Tem aqui o Magno Malta, que infelizmente, não conseguiu se eleger senador. Seria meu vice, ele resolveu não ser meu vice lá no passado. Nos ajuda bastante, mesmo sem mandato. Vocês ministros, são pessoas fantásticas, imbuídos do mesmo espírito, da mesma vontade de servir a pátria.

Não existe satisfação melhor, do que aquela de servir a pátria. De ser bem recebido pela população. A gasolina está a R$ 7,00, diesel a  R$ 5,00,  inflação de gêneros alimentícios, Tereza Cristina, e o povo nos trata bem. Ninguém consegue imaginar isso, o que está acontecendo é a certeza que o país tem uma porta de saída. Hoje em dia, as nossas cores nas ruas, no campo, na vara de bambu lá em cima, são as verdes e amarelas. É a volta do patriotismo, é a crença no seu país. É mostrar que: olha, para onde estava indo, no tocante aos valores, nós mudamos isso. 

Quem não se lembra do PNH3? Plano Nacional de Direitos Humanos 3. Onde o capítulo mais importante era desconstrução da heteronormatividade. Quem não se lembra, Magno Malta, do PLC 122? Não vou falar aqui, para não polemizar. Passou na Câmara, numa quinta-feira à noite, com uma assinatura de um  líder gordinho, nada contra os gordinhos, a briga para sepultar isso no Senado, capitaneado pelo Magno Malta. Tem a ver com a vida de todo mundo. Nós queremos paz, tranquilidade, queremos que nossas famílias sejam respeitadas.

Eu vi a fotografia de um governador, esses dias aí, que sempre criticou os militares e a mim, sorridente, sem máscara, mostrando o filho com a roupa do Colégio Militar. Hipocrisia, um pseudo ditador. Mas nós temos um Brasil para tocar. Acredito no Brasil, acredito em vocês, acredito em Deus. Palavra que não era mencionada há pouco tempo. Era quase um crime falar em Deus, Pátria e família. Vai mudando. As coisas vão mudando.

Cada vez mais, a gente se conscientiza de como se pode fazer a coisa certa. Como tenho conselhos, críticas, também sugestões de várias pessoas da sociedade. O que pode ser mudado, o que pode ser alterado e coisas simples, simples. Mas no somatório, é como um grande feixe, somatórios de cada vareta ali, dá um feixe forte. O Brasil estando bem, nós todos estaremos bem e não o contrário.  Afinal de contas, ninguém acumula nada para a eternidade. A única certeza que nós temos, é que teremos um ponto final: "Nada temais nem mesmo a morte. A não ser a morte eterna". De onde viemos, para onde iremos? Não quero falar sobre isso. Aí é com os pastores, com os padres, espíritas.

Mas nós temos um compromisso. Eu fico feliz quando viajo, como amanhã está dando uma briga, que vou para Rondônia. Uma briga enorme, que muitos parlamentares querem ir conosco. Fico feliz. Pago a missão para o Célio: "Célio se vira, que eu não vou entrar nessa briga de foice aí, de parlamentar". Crisóstomo, Rei de Rondônia aí. É sinal que está fazendo a coisa certa, com menos recurso, fazendo a coisa com mais responsabilidade, dividindo os louros da vitória. Isso é muito bom. Nos satisfaz, nos faz sorrir, apesar de momentos difíceis, sim. 

E olhem só, pessoal, para encerrar. Geralmente, quem leva um país para ditadura, é o chefe do Executivo. No Brasil é o contrário. Quem segura o Brasil para não caminhar rumo à Venezuela, é o chefe do Executivo. Tem muita gente de outros Poderes conscientes. Alguns poucos, não sei o que pensam, mas vamos fazer a nossa parte. Vamos nos empenhar. Vamos, cada vez mais, fazer valer a força da nossa Constituição. Nós jogamos dentro das quatro linhas. Vamos cada vez mais exigir que o outro lado, alguns poucos do outro lado, pouquíssimos, joguem dentro das quatro linhas. É um bem maior de todos nós, a nossa liberdade. Liberdade essa, que não se passa de uma geração para outra. Ela tem que ser lutada, dia após dia. Nenhum passo atrás pode ser dado e nós temos como dizer, para nossos filhos e netos, que o bem e o mal deles passou pelo entendimento e pela luta de cada um de nós. 

Esse Brasil é fantástico. Talvez a última, ou as últimas, de grandes democracias que temos no mundo. O Brasil é a cereja do bolo. O Brasil é o rei do jogo de xadrez da América do Sul. Não vamos perder essa guerra, porque acredito em vocês e acredito em Deus.

Muito obrigado.