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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Cerimônia de Troca de Atos Internacionais - Budapeste/Hungria

Budapeste/Hungria, 17 de fevereiro de 2022.

Prezado Orbán, é uma satisfação muito grande estar na Hungria. Considero o seu país o nosso pequeno grande irmão. Pequeno se levarmos em conta as nossas diferenças nas respectivas extensões territoriais e grande pelos valores que nós representamos, que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, Pátria, família e liberdade.

Comungamos, também, na defesa da família com muita ênfase. Uma família bem estruturada faz com que a sua respectiva sociedade seja sadia e não devemos perder este foco.

Há pouco conversei, também, com o nosso Presidente da Hungria. Ele focou muito mais na questão ambiental, eu tive a oportunidade de falar para ele o que representa a Amazônia para o Brasil e para o mundo. Muitas vezes as informações sobre essa região chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida, como se nós fossemos os grandes vilões no que se leva em conta a preservação da floresta e sua destruição, coisa que não existe.

Nós preservamos 63% do nosso território e não se encontra isso em praticamente nenhum outro país do mundo. Nós nos preocupamos até mesmo com reflorestamento, coisa que não vejo nos países da Europa como um todo. Então essa informação, essa desinformação, passa para o lado de um ataque à nossa economia que vem, obviamente, em grande parte do agronegócio.

Então, dúvidas desfeitas para seguirmos a reunião depois com o nosso prezado é primeiro-ministro, o Orbán, e foi uma reunião bastante útil porque além de assinarmos alguns acordos, alguns protocolos de intenções, também na particularidade trocamos informações sobre uma possibilidade ou não de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia e passei para ele o meu sentimento que tive dessa viagem, até mesmo pela coincidência de ainda estarmos em voo para Moscou e parte das tropas russas serem desmobilizadas da fronteira. Entendo sendo coincidência, ou não, como um gesto de que a guerra realmente não interessa a ninguém.

E não interessa ao mundo que os dois países entrem em guerra, porque todos perdem com isso. Em especial, obviamente, a vizinhança, que é uma preocupação do Orbán, aqui, e do seu presidente. E as trocas de informações prosseguiram, nós temos no Brasil em torno de cem mil húngaros e temos aqui, também  muitos estudantes que já passaram por aqui, outros que estão aqui, que têm um estudo de qualidade nesse país. Obviamente, esse bom relacionamento faz com que nós venhamos a viver no momento algo ímpar, em nosso relacionamento, porque nos afinamos em praticamente em todos aspectos.

Então, a possibilidade de ampliarmos as nossas relações comerciais, bem como outras ações, como disse, muito bem disse, e se mostrou preocupado hoje, pela manhã, o presidente da Hungria, isso faz apenas fortalecer, cada vez mais, esse nosso relacionamento. A Hungria, levando-se em conta as devidas proporções, é um país que tem se despontado muito bem para as questões econômicas.

Essa nossa aproximação, essa passagem por aqui, é rápida. Mas deixará um grande legado para os nossos povos. Acredito na Hungria, acredito no prezado Orbán, que eu o trato praticamente como um irmão, dada as afinidades que nós temos na defesa dos nossos povos e na integração ação dos mesmos.

Então este momento é de felicidade, é de alegria, é de gratidão e reconhecimento pela forma como nós todos, eu e minha comitiva, estamos sendo tratados em seu país. Podem ter certeza que dias muito, mas muito melhores, virão para os nossos povos.

Muito obrigado.