Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Solenidade Alusiva ao Dia Internacional Contra a Corrupção 2021- Palácio do Planalto
Palácio do Planalto/DF, 09 de dezembro de 2021
Bom dia.
Primeiro, uma informação que não tem nada a ver com o que tá acontecendo aqui. Mas são aquelas fake news do bem, que não são combatidas.
Dizer que em conversa com o ministro da Economia, com a ministra Flávia e também com o senador Romário, relator do Senado, o governo renovará a isenção de IPI para taxistas. Diferentemente do que está sendo informado.
Agora o assunto do dia. Dia Internacional de Combate à Corrupção. Há poucos anos nós tínhamos escândalos semanais, vultosos que eram divulgados pela mídia. E isso, obviamente, entristecia todos nós. E tínhamos que, sonhava naquela época, era um deputado federal, se um dia tivesse oportunidade de combater isso de fato e não com discursos. Porque todo candidato a chefe do Executivo diz que vai combater a corrupção. Acho que não tem exceção. Poucos conseguem levar avante essa proposta.
E antes de falar do Wagner Rosário, meu colega de Academia Militar das Agulhas Negras, vale lembrar que, como se diz na tropa, fiquei 15 anos no Exército, o comandante é o espelho da tropa. Logicamente que aqui comigo não é tropa, eu não tenho comando direto em muitas coisas. Alguns acham até que as agências são subordinadas a mim. É uma briga quando se vai indicar os integrantes de agências, que são às vezes mais importantes que o próprio ministério, que tem uma sabatina no Senado. A sabatina não é uma prova escrita, é uma votação secreta. Se aquele nome interessa ou não, a setores da sociedade. Não quero me alongar sobre isso, dá para os senhores entenderem como funcionam essas questões.
Por exemplo, quando se fala na NS, saúde. Esse pessoal vai definir o ano que vem se vai ter ou não e quanto vai ser, o aumento do plano de saúde. É isso mesmo Queiroga? Assim são várias agências, ou melhor, todas as agências. E muitas pessoas, por desinformação, atiram no Chefe do Executivo, por medidas adotadas por essas agências. Há dificuldade de se governar.
E agora, qual o primeiro ato para se combater a corrupção? É o não fatiamento do poder. Vocês se lembram, pouquíssimos anos, como é escolhido os ministros, os presidentes de bancos oficiais ou de estatais. Olha para onde foi a nossa Petrobras. Cada diretoria tinha um grupo que mandava lá. Esse grupo é sediado em Brasília. Bancos oficiais. A Caixa Econômica Federal, não só o presidente, mas cada diretoria pertencia a um feudo. Olha o que acontecia no Brasil. Falar em estatais, tínhamos várias para citar.
Vamos falar da Binacional Itaipu. Alguém lembra de obras de Itaipu Binacional, antes do nosso governo? Faziam nada ou muito pouco. O ano passado, 1 bi e meio ou melhor, 2 bi e meio, para várias obras na região, entre elas a segunda porque o Paraguai, extensão do aeroporto de Foz do Iguaçu. Ações por volta de 40 municípios do Noroeste do Paraná.
E quando se fala em corrupção? Na transição, nós vimos um contrato da FUNAI, uma empresa contrato 50 milhões de reais, sabe para quê? Para ensinar os nossos irmãos indígenas, mexer com bitcoins. Eu não sei hoje em dia mexer com bitcoins. Eu acho que muita gente aqui também não sabe. 50 milhões para os indígenas.
Tinha uns aluguéis de hangares, que eram mais caros do que o preço da aeronave que estavam sendo abrigados. No Turismo, pegamos um contrato de uma empresa para fazer uma consultoria, de uma cidade da França poderia ou não receber uma representação do Turismo, para divulgar o Brasil. Preço, 5 milhões de reais. Isso foi apago. A gente vai ver lá, a consultoria, é resposta em meia página de papel A4. Isso é corrupção. Muita coisa envolvida.
A máfia de radares pelo Brasil. Sargento Fahur, você que é policial rodoviário federal. A máfia dos radares. Você tem que ter uma fiscalização? Tem. Fomos para extinguir isso daí. Tivemos dificuldade. A justiça exigiu, determinou, que uma parte daqueles radares continuassem funcionando. É isso mesmo Ágio? Acabamos inclusive, com o policial rodoviário escondido atrás da árvore, cumprindo metas.
Lá atrás, já que eu falei do Ágio aqui, que foi superintendente da PRF, eu fui deputado por 28 anos, a Superintendência era loteadas e tinham metas a cumprir. Meta é grana, para entregar para o parlamentar que havia indicado aquela Superintendência. É uma questão triste.
Quando fui para a região Amazônica, São Gabriel da Cachoeira, a gente foi lá, conversando com os índios, no meio deles, muitos falam português, a gente via aquele pessoal com a pele com 50 anos de idade, com a cara de 70, mais suado, sofrido pelo sol. E, gente, veio informações de que a saúde indígena, era loteada. Existe problema? Existe. É outro problema que nós temos, em botar gente de confiança na ponta da linha, muitas vezes, o cara não aceita ir para lá porque tem medo de morrer. Que já existe algo incrustado lá, um câncer com metástase. Vamos arrumando. Não dá para arrumar de uma hora para outra.
Me sinto muitas vezes, impotente, mas o maior exemplo que a gente pode dar, é escolher ministérios com critérios. Não houve leilão. Quem vai me apoiar aí, levanta o braço. Então, o que que você quer? Não houve isso. Nunca tivemos um grupo de ministros, secretários, no padrão que temos hoje. E alguns querem ainda, né, a volta daqueles que lotearam o poder.
Eu vi, saiu esses dias nessa imprensa, essa imprensa maravilhosa que nós temos, o Bolsonaro só provou 30% dos seus projetos. Lula e Dilma aprovaram 90%. É lógico, poxa. Lotearam até o Ministério da Defesa. A zero 2, ou melhor, a senhora esposa do Zero 2, do MST, tava lá dentro da Defesa. Os poucos cargos em comissão, loteados. Pessoa que era desarmamentista, tomava conta da compra de material bélico. Dá vontade de falar um palavrão, mas sou um cara educado.
Isso é um pequeno retrato 3x4, do que era o Brasil. Agora, aguentar a pressão, é com p.h.o.d.a. Aquela minha sala, nunca gravei ninguém, nem vou gravar. Mas de vez em quando, em especial no primeiro ano de mandato, aconteceram coisas terríveis. Gente que não tá preocupado pipoca nenhuma com futuro do Brasil. O Brasil que se exploda. Eu tando bem, o Brasil tá bem. Fácil não foi.
Acredito o tenha me ajudado a segurar tudo isso, é minha formação familiar, 15 anos de Exército, 28 anos dentro do Parlamento, sem problemas. Sou recordista de processo na Câmara. Nenhum por corrupção. E também, obviamente, as pessoas que estiverem botando do lado da gente, que dão força para gente. Dá vontade de desistir. Não deu vontade de mim ainda. Nunca deu vontade de dar nada na vida. Muita gente que tá do meu lado sofre. Eu fico com pena, muitas vezes, ministro, secretário nosso.
Mais um processo, ontem recebi mais uma oficial de justiça. Também figuras impolutas, como Renan Calheiros, Omar Aziz, Randolfe Rodrigues, juntamente com o jurista, ontem, mas um processo de impeachment baseado no relatório da CPI. Que relatório é esse? O que que eles fizeram ao longo de seis meses? Inclusive, o presidente da CPI, falou: não vamos apurar desvio de recursos.Vai pra ponta da praia.
Temos agora a CPI do Rio Grande do Norte. Tá sendo conduzida, muito bem conduzida. E não digo o alvo. Uma das pessoas mais ilustres, é o governador da Bahia e o Carlos Gabas. Inclusive, meus generais, me permite chamar dessa maneira carinhosamente. Carlos Gabas no final do governo Dilma, foi cotado para ser ministro da Defesa. Dos interesses dos comunistas, mas foi indicado para isso. Operou consórcio do Nordeste, que a CPI não quis nem tocar no assunto. Desvio de 48 milhões de reais. É mais que batom na cueca, pela documentação que nós temos conhecimento. Esse é o Brasil.
Mudar não é fácil. Mudar não é fácil. Mas tem que ter resiliência. O Wagner, com todo o respeito que eu tenho a ele, não estaria aqui, nem estaria fazendo isso, se o presidente fosse aquele que ficou em segundo lugar em 2018. Que deixou um grande legado para educação nossa, né. À frente do MEC, por mais ou menos uns 10 anos, queria esperar o que? Qual o futuro do nosso país na educação, no conhecimento? Tendo esse tipo de pessoa à frente daquele Ministério?
Ser honesto não é virtude, é obrigação. Eu lembro quando eu entrei na Escola Preparatória para Cadetes do Exército, 1973 e tinha um tenente lá que a garota dava apelido, lógico. Mas ninguém falava qual era o apelido dele. E ele uma vez falou para a turma lá, olha,a molecada aqui costuma pular a cerca lá no fundo da escola, ir lá para o Monte Castelo, tomar uma cervejinha, passear, o golpe é válido. Mas se for pego, não chore. Prepare para possível exclusão. O golpe é válido. Ninguém pode proibir o golpe. Ninguém pode proibir um ministro meu, um secretário, um servidor, seja quem for, de fazer coisa errada. Se tiver no nosso governo, a jiripoca vai cantar. Eu não tenho o poder de prender ninguém. Eu não prendi ninguém, principalmente por liberdade de expressão. Isso é um ato antidemocrático, isso é um ato que dá nojo. E é tapa na cara de quem acusava a mim de que seria ditador, na Presidência.
Duvido que tenha alguém mais atacado do que eu pela mídia oficial e mídia sociais. O que eu posso fazer nas mídias sociais, é bloquear o cara. Eu não posso falar que a minha mãe não é isso, a tua mãe que é. Eu nem conheço o cara. Agora, é uma liberdade, nosso bem maior. Ministros, dos 23 atuais, quando conversei com eles por ocasião da entrada, né, carta branca. Eu tenho poder de veto.Se tiver um nome que tem problema, converso com o ministro. Esse cara não pode botar ou tem que sair, que vai dar problema para todos nós. Para o Brasil. Não vai fazer a coisa certa. Isso é comum acontecer. Apenas meu poder de veto.
Vê se, quem eu indiquei? Meia dúzia de pessoas, além dos ministros. Um é Jorge Seif da Pesca, está presente aí? Está. E olhar o trabalho que ele tá fazendo, coisa fantástica. Talvez estejamos em Santa Catarina juntos, está previsto depois do natal, dá uma chegada lá. Pra você entregar títulos de Águas da União. Não sei o que é isso aí, mas facilita o piscicultor. Ele está em vias de conseguir junto ao Parlamento paraguaio, a possibilidade de implantarmos a piscicultura no lago de Itaipu. Que depende do Parlamento paraguaio, do nosso lado, está tudo resolvido. A curto prazo, nós incrementarmos em 40%, da produção de pescado no Brasil.
Quem é o Jorge Seif? Uma figura que talvez pouca gente conheça. Hoje em dia eu vejo que merece um ministério. Pela extensão, pela grandiosidade do que pode ser isso para o Brasil, que ainda não é. Nós temos, aproximadamente, 8 mil km de costa no Brasil. Somos um dos países que mais tem água. São rios, lagos, canais e está sendo subutilizado isso. Um país já comprou ali, pelo que tudo indica, de outro país mais ao sul aqui do Brasil, o direito de pescar. Nós temos um outro país, o mesmo que tá, começou pelas informações ou informes, a construir uma base do outro lado do Atlântico.
Quando é que nós vamos abrir os olhos? Que nós somos a princesa que todo o mundo tá de olho. Dado o que nós temos. Quando é que vamos acabar com certas intrigas? Eu passo metade do meu tempo, preocupado em desfazer cordões de tropeço, armadilhas, calúnias. Não dá pra gente se empenhar da forma que eu achava que devia empenhar, para o bem do Brasil. Muita gente, como disse no começo, entra na minha sala para tratar de assunto pessoal. Poucos de interesse nacional e se esquece que o Brasil estando bem, todos nós estaremos bem.
Wagner Rosário faz um trabalho excepcional, porque dei liberdade para ele. Duvido se o Zero 2, de 18, fosse, tivesse tomado posse se teria feito algo parecido. A Polícia Federal faz seu trabalho. A PRF nunca teve tanta proatividade depois que nós chegamos. Em especial, quando saiu aquele outro cara, que não fazia operação no estado que interessava para ele. Mesmo com toda liberdade, nunca mostrou serviço. A não ser também, desde o começo do mandato, fazer intrigas. Investigou um parlamentar, por um critério. Depois que a investigação está pronta, eu posso tomar conhecimento. Eu chamo o cara, por que está investigando esse parlamentar? Ah, porque, por causa disso. Mas peraí, tem mais outros parlamentares desse partido, que os indícios são mais robustos. Por que não tá investigando ele?
Às vezes, as pessoas não são o que a gente toma conhecimento pela mídia. É igual o casamento. A gente vai se conhecendo em profundidade, depois que começa a dormir junto, pra valer. E assim é o governo. A gente vai ajudando a mudar as coisas aqui. Infelizmente, algumas pessoas têm que ser trocadas, mudadas porque ou fraquejam, ou são cooptadas pelo sistema. O que é o sistema? O que é o establishment? É um grupo de pessoas, que mal se conhecem, muitas vezes, mas têm o mesmo interesse. E quando aparece o interesse, né, eles se unem e trabalham contra você. Olha as dificuldades que a gente tem, muitas vezes, para indicar um nome para um lugar, para outro.
Há interferência, também, que acontece em Brasília, muito comum interferência aqui. Qual o limite da interferência? Com todo respeito ao Legislativo, é o segundo Poder mais importante. Que o primeiro executa as coisas. 90% do que eu preciso, passa pelo Legislativo. E o outro Poder, é importante também. Mas a interferência pontual de alguns, atrapalham o bem estar de todos. E eu digo, esse atrapalhar o bem estar de todos, o maior bem que eu julgo que tenho, cada um faz seu julgamento, não é a minha vida. É a minha liberdade. A pessoa sem liberdade não vive.
Eu lembro quando era garoto, desculpa aqui, tô indo para o encerramento. Eu prendi um passarinho uma vez, tinha muito curió, no Vale do Ribeira e meu pai deu uma bronca em mim. Passarinho preso. Falei, pai, mas tem alpiste, tem água. Ele falou, Vou te trancar num quarto com um violão. Eu borrei nas calças. Aprendi lá o que é liberdade. Eu não posso entender um parlamentar ficar preso 7 meses. Se errou, todos nós podemos errar, jamais a pena seria para isso. Qual o limite de certas pessoas do Brasil? Qual o limite dessas pessoas?
Disse no programa ontem Na Hora do Strike, ali com a Cristina Graeml, tava também ali o Kim Paim e também o Gayer. O que querem com isso é o poder? O que que é que eu tô prejudicando? O que que eu fiz de errado? Com acusação contra mim?
Eu vou jogar Braga Neto dentro das 4 linhas da Constituição e isso transmito a todos os ministros. Como falava lá atrás, reunião de ministros, falas foram gravadas ou aproveitavam uns pedacinhos do falado e destruíram ali o pen drive ali, porque não era o caso, não tenho obrigação de gravar uma reunião minha, como tá gravado por exemplo na Câmara e no Senado, lá não pode o presidente da Câmara e do Senado destruir uma fita com o que aconteceu na sessão e o que que eu fazia ali, o que que eu queria com isso aí?
Como vocês viram aquela gravação que foi colocada a público do que aconteceu na comissão, algo reservado que não podia ir a público mas o ministro falou que tinha que vir a público. Eu poderia ter destruído o pen drive ali mas ia ficar sobre mim aquela pecha de que eu teria interferido na PF, mostramos, entregamos na íntegra, pedimos para que 30 segundos não fosse divulgado que era realmente um segredo de estado, isso foi feito mas infelizmente mostrou-se tudo aquilo.
Lá apareceram 29 palavrões meu eu acho que foi uma das sessões que eu menos falei palavrões, então a minha maneira de ser é a espontaneidade acima de tudo , é cobrar de ministro ali o que que tinha que ser feito às vezes não temos o poder de resolver as coisas mas você tem que demonstrar que lado você está, voce está do lado da democracia ou não está? Temos liberdade de expressão ou não temos?
Como por exemplo, mandamos uma medida provisória para tratar sobre mídias sociais copiando artigos da Constituição. A MP foi devolvida. O nosso alcance cada vez diminui mais, você não pode falar o maior palavrão do mundo: hidroxicloroquina e ivermectina. Não pode falar. Palavrão.
Quantas pessoas esses dois medicamentos salvaram inclusive a mim, se eu pedisse para alguém , eu pedia por favor, quero fazer um pedido à vocês e eu prometo que encerro, eu peço por favor, quem contraiu o covid e tomou hidroxicloroquina ou ivermectina levanta a mão por favor, ninguém aqui? Por favor, é a nossa vida que tá em jogo, baixa a mão obrigada aí.
A CPI resolveu me criminalizar por causa disso me rotulando ali de charlatanismo. Cadê a liberdade do médico? Não sou médico, cadê a liberdade médica, a autonomia do médico? Calaram os médicos do Brasil, se eu tiver doente eu tenho que ouvir Willian Bonner ou Renan Calheiros e Omar Aziz. Que país é esse? Para onde estamos indo?
Essa é a esquerda que falava tanto do período militar, hoje não está calada, tá do lado de quem quer censurar. Como vimos aprovar no dia de ontem, na Assembleia Legislativa de Rondônia, a proibição da exigência do passaporte vacinal. Está lá o governador Marcos que vai decidir se vai vetar ou se vai sancionar, eu tenho certeza que ele vai sancionar, um outro governador aqui da região Sudeste quer fazer o contrário e ameaça, ninguém vai entrar no me estado teu estado é o cacete porra se não tiver vacinado.
E nós todos temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso. O povo é soberano, todo poder emana do povo, não é bem assim que a banda toca. Pessoal, eu vi cidades como Araraquara, o prefeito mantendo aí todo mundo dentro de casa com a guarda municipal na rua com o cassetete e que se exploda quem não tinha o que comer porque perdeu o seu ganha pão porque ele era um invisível, um autônomo, que negócio é esse?
Talvez eu tenha sido um dos raros chefes de estado do mundo que foi contra essas políticas de lockdown, toque de recolher. Trago muita coisa de mim e do ensinamento que eu tive da minha profissão de militar, um soldado dentro da trincheira não vai ganhar a guerra, vai morrer como um rato. Vírus mata? Mata. Dúvido quem não tenha parente ou amigo que morreu por causa do vírus mas tem que lutar poxa.
Vi agora um tumulto no Aeroporto de Guarulhos em São Paulo queriam que a gente impusesse aqui a obrigação do cartão vacinal, como é que eu posso aceitar o cartão vacinal se eu não tomei vacina e é um direito meu de não tomar, como é o direito de qualquer um aqui, aí botamos lá o PCR tá um tumulto com o PCR um tumulto.
A preocupação minha sempre foi combate ao vírus e combate ao desemprego, se não fosse aí em especial a equipe do Paulo Guedes com as medidas adotadas na área econômica no passado, teríamos sucumbido, conversei na época com o ministro da Defesa, já que é lockdown, o pessoal dentro de casa, a maioria dessas pessoas, 38 milhões de chefes de família em 2 dias acaba o pouco que tem dentro da geladeira dele, se é que tem geladeira, ele vai para a rua, vai invadir supermercados, vai fazer quebra-quebra. Não temos força o suficiente para uma GLO, as Forças Armadas não tem o suficiente de conter isso, do povo passando fome por irresponsabilidade de governadores.
A mão de Deus baixou sobre nós, auxílio emergencial. E assim fomos o ano passado todo. Agora hoje mais uma nova ameaça aparece. Não pode sair de casa, não pode fazer isso, não faz aquilo quem não tiver vacinado. Oras bolas, essa pessoas querer passar a mensagem que estão preocupados com as nossas vidas, se não fosse trágico, isso é hilariante. Nós somos donos do Brasil, todos nós. Todos nós temos que remar na direção da liberdade, não podemos perder, isso que nós temos. Uma pessoa que perde a liberdade, perde a sua vida.
Temos aqui um parlamentar que ficou 7 meses preso, se coloquem no lugar dele, aprendi muito cedo também, se coloquem no lugar dessa pessoa. Muitos falam: não toque no assunto, não se meta. Eu não estou me metendo, eu to defendendo a liberdade, eu to defendendo a constituição.
Como disse o André Mendonça, a Constituição no Supremo, a bíblia na vida dele aqui fora e de quem acredita em Deus. Ninguém pode estar acima da Constituição. Ninguém pode interpretar a Constituição da maneira que ele bem entender. Ninguém pode prender ninguém, senão em flagrante delito. O policial pode, por outros motivos. Mas um cidadão, o flagrante delito ainda mais prender um parlamentar não tem cabimento isso.
Se uma pessoa começa errar na Câmara ou no Senado porque eu já fui lá do Senado, o que é comum o cara vai para o Conselho de Ética e a gente resolve lá o problema, se alguém começa errar no quartel o comandante geralmente paga a missão para o subcomandante, o cara tem que entrar na linha para o bem de todos. Ninguém pode ser autoritário nesse país e olhem só, quando se fala em ditaduras, quem promove é o chefe do executivo. Aqui é o contrário, é o chefe do executivo que briga por democracia, doeu no meu coração ver um colega preso? Doeu, mas o que fazer será que queriam que eu tomasse medidas extremadas?
Como é que ficaria o Brasil perante o mundo? Para possíveis barreiras comerciais, problemas internos, nós vamos continuar dentro das 4 linhas da Constituição e o povo sabe o que cada um de nós, autoridades em Brasília, que hoje eles conhecem. Eles conhecem os 23 ministros, o presidente, conhecem o Arthur Lira e mais 512 parlamentares, conhecem o Pacheco mais 80 senadores, conhecem o ministro Fux mais 10 ministros, conhecem o TSE, virou moda pessoal.
Essa semana um TRE cassou um vereador porque estava criticando de forma infundada o prefeito, de forma infundada o prefeito, de forma infundada o prefeito. O TRE local caçou o vereador, virou moda, com essa cassação o deputado Francisquinho do Paraná, faltavam 10 minutos para acabar a votação, ele fez uma live e mostrou o que estava acontecendo, mostrou a verdade ou tem local que o pessoal tá apertando aí o 17 e sai 13. Verdade. Cassaram o mandato do parlamentar, ele e mais dois.
Não falo com o Franceschini desde 2, 3 meses depois que eu tomei posse. Ele teve a vida dele como deputado estadual, tive a minha aqui, o filho dele foi para a Câmara. Isso não pode acontecer, meu Deus do céu.
Prezado general Laerte, é alguém por exemplo, se o senhor tomar conhecimento vamos supor, um comandante de batalhão puniu por 30 dias de cadeia um soldado que estava com a fivela suja, o senhor vai interferir? Tomar conhecimento que não é só punição estamos assistindo atos arbitrários pelo Brasil com constância, isso não é uma crítica, uma ofensa a um poder, isso é uma constatação, é uma realidade.
Nós temos acordos de extradição com alguns países, podemos mandar, deles, presos daqui prá lá e eles prá cá, mas tá escrito ali o que que é que você pode pedir a extradição ou concedê-la. Aqui se acha agora, por qualquer motivo, me chamou ali de feio, de narigudo, de barrigudo eu posso agora pedir a extradição dessa pessoa, não é assim que funciona.
Ou todos nós impomos um limite para nós mesmos ou pode ser crime no Brasil. Apesar da grande mídia me acusar de provocar, agredir não tem agressão minha. Eu levo 50 tiros de 762, quando dou um de 22 eu tô provocando. Para mim é muito, mas muito mais fácil estar do outro lado. Não é isso que eu quero, pois estando do outro lado sabe quem vai pagar a conta? São vocês é a população brasileira.
Hoje conversei com o Humberto Campos fui para um canto, conversei com Roberto Campos e esse assunto aqui? Olha se for da forma que você quer vai ficar pior, então me explicou prossiga na luta. E assim nós fazemos. O controle que eu tenho dos meus ministros é um controle democrático é um controle de humanidade, de amizade não é dando bronca resolvendo o assunto. E não se esqueçam pessoal, ninguém podia imaginar que a Venezuela de 90 chegasse ao que é hoje. Um país integrante da OPEP está na miséria. Temos acompanhado o que acontece na América do Sul, em especial que é a nossa casa, os 10 países vizinhos nossos, não pensem que o que acontece com os outros países não pode acontecer com o Brasil, nós somos ainda uma das maiores democracias do mundo.
Se o Brasil cair, cai a América do Sul toda, não sobra nada para ninguém e tem gente que flerta com esse outro lado. Eu não sei se a pessoa é doente ou é masoquista porque para voltar depois o que era antes às vezes leva décadas e às vezes a gente sabe que não vai acabar nunca.
Então a todos os senhores me desculpem por alongar falei com o coração sem criticar ninguém, apenas mostrando fatos, realidade esse é o Brasil de cada um de nós. Eu estou com 66 anos de idade, já vivi bastante a vida, peço a Deus para viver mais um pouco para que minha filha de 11 anos cresça, realmente. Quando eu fui esfaqueado o que eu mais pensava era: será que a minha filha vai virar órfã, muita gente vibrando.
A Polícia Federal não digo a PF, o ministro da Justiça da época não se empenhou pela investigação. Será que os mandantes podem ser gente que a gente menos espera? O que interessava era eu morto. Eu tava crescendo e eleição era uma questão de tempo, não falem que eu me elegi porque não houve fraude por favor não falem isso a verdade está aí. Abriram mais um inquérito contra mim, contra uma live a que ponto nós chegamos, um inquérito contra o Presidente da República por causa de uma live.Que eu falei nessa live, falei não, eu li um material que falava da relação de HIV com covid que ponto nós chegamos.
Será que vão querer bloquear minhas mídias sociais, a mídia social que mais interage no mundo, vão querer quebrar uma perna minha? Isso é democracia? Não é. Isso é jogar fora das 4 linhas. Ninguém quer jogar fora das 4 linhas. Nós queremos o respeito, mais que queremos, exigimos. Por favor, não extrapolem. Eu jurei dar a minha vida pela Pátria e dou pela liberdade também. Muito obrigado a todos.