Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no “Brazil Day in Washington”-Washington/EUA
Washington/EUA,18 de março de 2018
Não lerei nada não, espero estar no caminho certo.
Senhores e senhoras, boa noite.
Prezado senhor Thomas Donohue, muito obrigado pelo convite. O Brasil hoje podemos dizer que o presidente tem uma família solar.
Alguns estão aqui. nosso querido Paulo Guedes, homem da economia e tem feito um grande trabalho. Tanto é verdade, que hoje a Bolsa em São Paulo bateu recorde. Parabéns!
Prezado Ernesto Araújo, Relações Exteriores, meu querido General Augusto Heleno, um grande homem no qual eu confio plenamente. Nos momentos mais difíceis que tem passado no Brasil. Além da sua vida militar, assim como a minha, uma pessoa extremamente equilibrada que nos ajuda nos momentos difíceis a encontrar o norte.
Prezada Tereza Cristina, agrônoma, nossa ministra da Agricultura. Muito preocupada com as suas questões comerciais, que por vezes nos assombra. Mas ela com toda certeza, como em vezes anteriores, tem buscado também o caminho certo. Temos problemas, vamos resolver uns aqui nos Estados Unidos, como a questão da soja.
Prezado Max, nosso querido astronauta Marcos Pontes que viveu muito tempo aqui no Estados Unidos, um orgulho para nós no hemisfério sul. Nosso único astronauta, ministro da Ciência e Tecnologia.
Prezado Almirante Bento, ministro das Minas e Energia. Passou há pouco, durante todo o carnaval em Toronto tratando as questões voltadas à sua pasta aqui no Canadá.
E saudar os dois senadores aqui presentes, o Trade, Mato Grosso do Sul e, em especial aqui o Roberto Rocha, do estado do Maranhão que colaborou e muito para que esse acordo há pouco assinado, sobre o centro de lançamento de Alcântara, tornar-se uma realidade.
Agora, eu acredito que a grande transformação no Brasil, vem pelas mãos de Deus. Primeiro, por eu estar vivo, depois de um atentado, ainda não elucidado. E depois o outro milagre, por ocasião das eleições, que o povo brasileiro, muito parecido com o povo americano, um povo conservador, temente a Deus, portanto, cristão. E que não aceitava mais lá, diferentemente daqui nesse aspecto, o crescimento da esquerda e o exemplo negativo da Venezuela, de maneira bastante forte se fez presente por ocasião das eleições.
Confesso, que conheci o senhor Donald Trump, por ocasião das prévias e quando ele então começou a sofrer ataques da mídia, fake news, eu gostaria, ou melhor, direi para ele amanhã, que há dois anos antes, eu já sofri a mesma coisa no Brasil. Que a esquerda, ela traz e enxergou a potencialidade nossa. E o milagre das eleições, com Paulo Guedes bem disse aqui, gastamos menos de um milhão de dólares para ocasião das eleições, tínhamos o fake news contra, grande parte da mídia brasileira também contra nós, não tínhamos tempo de televisão e só arranjamos um partido político, seis meses antes. Que a política no Brasil, eu acredito que ela tem muito a melhorar. Mas a guinada da esquerda para centro, para o centro direito, fez a diferença no Brasil.
O povo cansou da velha política, cansou-se daquelas política do toma-lá-dá-cá, das negociações e do péssimo exemplo dos governos do PT, materializadas nas pessoas de Lula e Dilma Rousseff. Governos que antes de tudo era anti-americanos. Mas não culpo apenas eles. Nas últimas décadas, era tradição no Brasil, me desculpe a sinceridade, não podemos fugir dela, afinal de contas, o lema da minha campanha foi baseado no João 8:32, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Então, era tradição do Brasil eleger presidentes de mãos dadas com a corrupção e inimigos Estados Unidos.
Hoje, os senhores tem um presidente que é amigo dos Estados Unidos, que admira esse país maravilhoso e quer sim, aprofundar, não só apenas laços de amizades, bem como as mais variadas negociações. O Brasil tem um potencial enorme. Precisamos de bons parceiros. Temos no mundo todo alguns bons parceiros, mas acredito que de forma especial, estou aqui estendendo as minhas mãos e tenho certeza que Trump fará o mesmo amanhã, para que essa parceria se faça cada vez mais presente em nosso meio.
Como Paulo Guedes disse há pouco aqui, faltou apenas dizer o nome, eu também sou admirador de Ronald Reagan. Onde ele dizia, que o povo é que tem que conduzir o Estado e não o contrário. E as políticas de Paulo Guedes, apesar de conhecê-lo a questão de um ano e pouco apenas, foi basicamente um amor à primeira vista, na questão econômica, obviamente. Não sou homofóbico, não. Mas essa aproximação, essa comunhão de ideias, fortaleceu a nossa campanha e fortalece no momento, o Brasil.
Devemos então, dar graças a Deus pela mudança da ideologia presente até pouco tempo no Brasil. Pensamos no bem-estar do nosso povo, queremos um Brasil grande, assim como o Trump e vocês com toda certeza, querem uma América grande.
Uma das coisas que me fez também alavancar as nossas eleições, foi depois de uma passagem pelo estado de Israel. Poderia citar outros países, mas olhando Israel como estive lá a primeira vez, eu conversava com os brasileiros e dizia: olhe o que eles não têm e vejam o que eles são. Agora voltando para nós: olhe o que nós temos e veja que nós não somos. Onde está o erro? Então, em função disso também, alavancamos a nossa política.
Como disse há pouco, o povo americano, Estados Unidos, sempre foi inspirador para mim em grande parte das decisões que tomei. E essa vinda que hoje e amanhã, com Trump, com toda certeza, nós estaremos materializando o que nós queremos. O Brasil tem muito a oferecer. E eu gostaria muito de fazer parcerias, muito mais do que assinado agora há pouco sobre centro de lançamento de Alcântara. Nas mais variadas áreas, mineralogia, agricultura, biodiversidade. Temos uma imensidão a ser descoberta em nossa Amazônia e gostaríamos e muito de ter a parceria desse Estado, o qual eu admiro.
Então, o que eu tenho a dizer aos senhores, o Brasil mudou. Tanto é que os senhores estão aqui e nós estamos prontos para ouvi-los de modo que possamos a chegar a um bom entendimento, para que as políticas adotadas por nós traga paz e prosperidade para o Brasil e para os Estados Unidos.
Temos alguns assuntos que estamos trabalhando em conjunto, reconhecendo obviamente a capacidade econômica, bélica, entre outras nos Estados Unidos. Temos que resolver a questão da nossa Venezuela. A Venezuela não pode continuar da maneira que se encontra. Aquele povo tem que ser libertado. E acreditamos e contamos obviamente, com apoio norte-americano, para que esse objetivo seja alcançado. Juntos, podemos fazer muito. E essa união, até pela proximidade Brasil- Estados Unidos, pode ter certeza, alavancaremos mais ainda não só a nossa economia, bem como os valores que ao longo dos últimos anos foram deixados para trás.
Acreditamos na família, acreditamos em Deus, somos contra o politicamente correto, não queremos a ideologia de gênero e queremos sim, um mundo de paz e liberdade. Mas para isso, devemos trabalhar e trabalhar duro, para que esses objetivos sejam realmente alcançados. E com essa parceria, tenho certeza que chegaremos no objetivo final.
Então dizer a todos vocês, apesar da minha inexperiência no Executivo, mas muito bem assessorado por 22 ministros, que falam entre si, nós acreditamos no Brasil. Agora, só podemos acreditar no Brasil de fato, se tivermos bons amigos e bons parceiros e, aqui hoje temos um pela frente.
A todos vocês meu muito obrigado. Em especial pela recepção e tenho certeza que chegaremos nesse objetivo e amanhã será um grande encontro com o senhor Donald Trump.
Muito obrigado.
Ouça a íntegra (10min26s) do discurso do Presidente.