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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Culto Interdenominacional das Igrejas de Anápolis- Anápolis/GO

Anápolis/GO, 09 de junho de 2021

 

Confesso que esperava que não ia fazer uso da palavra. Não levo jeito para ser orador. Jamais poderia ocupar a vaga aí do nosso prezado pastor Thiago. Mas cada um tem o seu propósito aqui na Terra. E é muito bom estar entre aqueles que tem Deus no coração. Então uma saudação a todos vocês, em nome de Cristo.

Fui convidado pelo Victor Hugo, para vir para Goiás. Acabei de almoçar com Amado Batista, só quem é mais velho sabe quem ele é, com que ele mexe, mas é nossa vida.

Eu jamais esperava estar nessa função um dia, jamais. Aqui temos também o Onyx Lorenzoni, deputado federal, o Daniel também, deputado federal por Santa Catarina, um garoto novo, primeiro mandato.

E eu quero dar um testemunho aqui. Eu comecei meu 8º, meu 7° mandato em Brasília. E uma senhora foi reeleita e nós estamos acompanhando 12 anos daquele partido com pessoas que pensam de forma muito semelhante daquele partido. Família estava em terceiro plano, compromisso com a ética, com a moral, próxima de zero. Na questão econômica, um desastre. Honestidade para eles não tinha H. E eu falei: o que que eu posso fazer? Um deputado do baixo clero, sem projeção, com conhecimento obviamente, do Legislativo e de militar, já que por 15 anos fiquei no Exército. 

Foram alguns dias pensando em como mudar e para mudar tem que ser presidente. Quem vai acreditar em mim? Dentro de casa tava difícil acreditar. Alguns achavam que eu tinha que ser internado. Quem é esse cara, que sequer tem um partido sólido ao teu lado? Vai fazer uma campanha sem recursos. Mas em novembro de 2014, eu tenho um vídeo a esse respeito, não vou entrar em detalhes. Até um vídeo, estava na Academia Militar das Agulhas Negras, e falei para o grupo de aproximadamente 40 aspirantes, que eu ia buscar a Presidência da República. Fui aplaudido. Não foi um encontro marcado, foi encontro fortuito com eles. Eles estavam aguardando do local afastado, o momento de entrar no pátio, para serem declarados aspirantes a oficial. 

E a partir daquele momento, que eu tracei uma estratégia, quando vejo o  pessoal do Corpo de Bombeiro aqui. Eles sabem o que fazer agora se pintar fumaça em algum lugar ou um princípio de tumulto. Se não soubessem, não seriam  bombeiros ou não estariam preparados para tal. Eu comecei a me preparar.

Teve um culto em Brasília, lá na Esplanada, tinham vários pastores, eu fui convidado. Eu me lembro muito bem do Silas Malafaia, que estava coordenando aquele momento lá. E ele, eu já havia falado para ele e para mais alguns, mas de forma bastante discreta daquela pretensão de ser presidente para fazer diferente. Certo, capitão? Para fazer a mesma coisa, não é o caso. E ele falou que ia dar palavra para três deputados evangélicos e apontou para dois e para mim. Falei, mas eu não sou evangélico, eu sou católico. É você. Eu, mas por que eu? É você. Quem conhece ele sabe o comportamento dele. 

Eu de vez em quando não abro áudios dele, para não perder amizade com ele. E ele me deu a palavra. Tinha lá umas 20 mil pessoas e eu falei e no final terminei com o jargão militar:  Brasil acima de tudo. E eu, mas tenho que falar mais alguma coisa, eu falei: Deus acima de todos. Foi algo de repente, do nada, apareceu, chama-se insight.

Bem, comecei a andar pelo Brasil. Manacapuru, uma cidade que me marcou no coração da Amazônia, chegando sozinho lá. Algumas dezenas esperando no aeroporto, o que que esse maluco está fazendo aqui? Tudo bem. De repente, recebi uma mensagem de uma senhora, bastante idosa e sabia que eu ia disputar a Presidência e queria me ajudar. Ela falou, leia João 8:32, eu fui lá ler o João 8:32, quem é esse João 8:32? Tava lá: e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.

E quando era vereador, deve ter vereador aqui, eu estava fazendo campanha para federal, não tinha internet, não tinha telefone celular, não tinha nada. Era no  gogó e na sola de sapato. E era comum naquela época, o pessoal pedir emprego para vereador. E eu respondia que ‘poxa difícil, eu não tenho como, não posso garantir’. Um cara falou para mim: Ô vereador, tu quer se eleger federal? Eu falei ‘eu quero’. Então você tem que mentir. Porque o outro cara vai prometer emprego para ele e vai ganhar o voto e você não vai ganhar nada. Mas o emprego? O emprego é problema dele se ele achar o vereador depois.

Resolvi não seguir aquela linha e fizemos uma campanha. As coisas foram acontecendo devagar. Algumas lideranças evangélicas foram ligando para mim, como recebi um telefonema do Edir Macedo. Lógico que sabia quem era Edir Macedo, recebi um telefonema, o primeiro pensamento, é um trote. Porque o Edir Macedo falou comigo: Quem sou eu? E ele falou, reconhecido pela voz e assim como outras lideranças evangélicas, foram aparecendo e foi tomando corpo a coisa.

Começaram a aparecer pessoas do meu lado, como Onyx, foi a primeira pessoa dentro da Câmara que acreditou em mim. Também eu passei a achar depois que ele era maluco também. Não era só eu não. Viajamos por alguns países do mundo, como Japão, Coreia do Sul. 

Aconteceu em meia dúzia de setembro, uma tentativa de homicídio, que segundo os médicos, só não morri por milagre. A faca passou lambendo veias capitais na região do coração. Ali aconteceu o primeiro milagre. Não tinha nada para sobreviver. Dizer aos bombeiros aqui, eu só sobrevivi porque a Polícia Federal, dos 40 que começaram a me acompanhar, porque quando entra na campanha, a lei garante uma segurança por parte da Polícia Federal para os candidatos. E eu tinha uns 40, porque eu era aquela pessoa com muita chance de chegar. Então, existia a possibilidade de um homicídio. O cabo Daciolo, tinha menos gente, porque a chance dele chegar era menor. E como eles haviam feito um plano, tinham um planejamento no caso de um incidente com o hospital mais próximo. Graças a esse planejamento também, eu sobrevivi.

 Depois teve outro milagre. Um grupo de médicos estava reunido na Santa Casa de Juiz de Fora. Não estava prevista essa reunião e eu fui submetido a uma cirurgia de urgência.

Bem, daí se afunilou a campanha. Eu fui eleito no primeiro turno. Eu tenho provas materiais disso, mas o sistema, a fraude que existiu sim, me jogou para o segundo turno. Outras coisas aconteceram e eu só acabei ganhando, porque tive muito voto. E algumas poucas pessoas, que entendiam de como evitar ou inibir que houvesse a fraude naquele momento, os elegemos. 

Então eu não sabia o que fazer. É como aquela criança que ganha uma bicicleta, que não sabe andar. Apesar de 28 anos de Parlamento, dois de vereador e 15 de Exército. Não é fácil. Você pega um sistema com muitos problemas, uma máquina enterrada, um Brasil realmente em uma situação catastrófica, no tocante a ética, a moral e economia. Mas eu tinha algumas coisas do meu lado. A vontade de acertar, a resiliência e dizer: Não vou ceder. Se tem algum prefeito aqui, multiplique  por mil o que você passa.

Conseguimos fazer um ministério. Uma montagem de um ministério onde vocês comparam hoje o padrão, a qualidade dos nossos ministros, se for comparar com os ministros que os antecederam, a diferença gigantesca. 

Depois, tivemos um problema seríssimo, a tal da pandemia. Ainda eu não tenho provas, mas esse vírus nasceu de um animal ou nasceu de um laboratório?  Eu tenho na minha cabeça, de onde ele veio e para quê? Mas ele tá aí, está entre nós. Passamos momentos difíceis, começou a se utilizar politicamente o vírus. Vamos fechar tudo, lockdown, toque de recolher, que a gente pela economia tira esse cara daí. Esse cara que fez com que estatais não dessem mais prejuízo, comecem a dar lucro. Esse cara tá começando arrumar economia, dando esperança para gente. Esse cara que acredita em Deus, que respeita seus militares, que acredita na família, não é isso que nós queremos. Dado ao time que tínhamos ao nosso lado, conseguimos implementar medidas para vencer a tempestade, que ainda não acabou. Mas eu sou católico, deixar bem claro, mas eu acredito piamente em Deus. 

E as coisas acontecem. Como há dois dias, vale a pena, indo para o encerramento. Eu tive acesso a dois acórdãos do Tribunal de Contas da União. Eles se baseavam em uma Medida Provisória minha, que nasceu em março, depois transformou-se em lei. Onde é bem clara ali, um dos  parágrafos do acórdão. Dizia o TCU que a metodologia para enviar recursos aos estados, levando-se em conta a incidência do Covid, poderia suscitar a prática não desejável, de um superdimensionamento da quantidade de pessoas infectadas e mortas, para que aquele estado angariasse mais recursos. 

Trabalhei em cima daquilo e apareceu uma tabela. Eu só me equivoquei no dia que eu troquei acórdão por tabela, mas continua valendo a mesma coisa. E se a gente depois, na tabela, que não foi feito por mim, foi feito com gente que estava ao meu lado. Começa a analisar os óbitos de 2005, 2015, 16, 17, 18, 19, 20, a gente vê que ano a ano é crescente o número de óbitos, é natural. Mas quando chega em 20, dá um salto um pouquinho maior, obviamente por causa da Covid. 

Mas a gente pega o número de óbitos de 2020 e retira os que morreram por Covid, aproximadamente 200.000. A tabela tem um crescimento negativo, mas um indício, ou melhor, uma constatação da super notificação de casos de Covid. E aí vem para os finalmente. Talvez eu seja o único chefe de estado no mundo que fala isso. Será o único certo, capitão? Para acertar na mega-sena, alguns acertam sozinhos, acontece. Se nós retirarmos as possíveis fraudes, nós vamos ter em 2020 ou melhor teremos 2020 sim, o país, o nosso país o Brasil, como aquele com menor número de mortes por milhão de habitantes, por causa da Covid.

Aí vem o importante, que milagre é esse? O tratamento precoce. Quem aqui tomou a hidroxicloroquina, levanta o braço por favor. Querem prova maior do que isso? Eu tomei a hidroxicloroquina, outros tomaram ivermectina, outros estados mais graves, alguns poucos, estão tomando, porque é difícil encontrar no Brasil a proxalutamida. 

Estive, botei na minha página na internet há três semanas, estive visitando os Tukanos e os Yanomâmis, na região de São Gabriel da Cachoeira, e perguntei em dois momentos se os índios haviam sido acometidos de Covid, quase todo mundo sim. E nas duas etnias eu perguntei quantos morreram, responderam, nenhum. Tomaram o quê? Citaram três nomes de chá de casca de árvores. Ah, não tem comprovação científica e eu pergunto: a vacina tem comprovação científica ou está em estado experimental ainda? Está experimental. Nunca vi ninguém morrer por tomar hidroxicloroquina, em especial na região Amazônica. Para curar a doença de malária ou de lúpus. Por que não investir nisso? Por que é barato? Interessa viver em cima de mortes, para se ganhar mais recursos? Quem é que mata gente, é quem manda o dinheiro, que sou eu ou quem desvia o dinheiro na ponta da linha?

Que CPI é essa? De Renan Calheiros? De Omar Aziz? Daquela pessoa alegre do Amapá? Nós temos a obrigação. Quantas vezes o capitão aqui ou alguém subordinado a ele, ele tem que decidir e nós sabemos que pior que uma decisão mal tomada, é uma indecisão. Eu tenho que decidir quantas vezes? Não é fácil. Agora, eu estou tentando. Não veio da minha cabeça, porque eu falo sobre essa doença. Veio de conversa com pessoas, que realmente se preocupam em pesquisas sobre o assunto também. 

Acredito que esta, este fato, levando-se em conta os acórdãos do TCU, levando-se em conta o número de mortos, números oficiais, nós podemos sim buscar apoio de inflexão e buscar uma maneira de diminuir drasticamente o número de mortes no Brasil, pelo tratamento precoce.

Mas meus senhores, vim aqui a convite e estou muito honrado em estar entre vocês. É uma satisfação muito grande falar, como disse no início do meu pronunciamento, com aqueles que tem Deus no coração. No mundo todo, nenhum país tem o que nós temos. Riquezas minerais, quem já assistiu o Dólar Furado, eu sou supersticioso também. Está aqui uma moeda de nióbio. Riquezas minerais, biodiversidade, água potável, áreas agricultáveis, belezas naturais. Este povo que é mistura de todos os povos. Temos comunidades no Brasil, que tem mais gente que o próprio país de origem, como o Líbano. Temos uma das maiores colônias japonesas do mundo. Temos ucranianos, a contragosto estão chegando os venezuelanos. Olha para onde foi a nossa Venezuela quando se começou a acreditar nas coisas fáceis. Um país riquíssimo como a Venezuela, em petróleo e ouro. Olha para onde eles foram, tendo em vista a ideologia que seguiram. 

Olhem para onde está indo a nossa Argentina, só um milagre para salvar a Argentina. Perdemos agora o Peru. Voltou pelo que tudo indica, falta 1% de apuração lá, só um milagre para reverter, vai reassumir um cara do foro de São Paulo. Olha a nova constituinte do Chile.

Nós estivemos na beira do abismo. Meu nome é Messias, mas pelo amor de Deus, não há comparação, sou igualzinho a vocês, mas o milagre aconteceu no Brasil. Temos um bem maior do que qualquer um que por ventura esteja no pescoço de vocês, na chave do carro de fora ou numa grande fazenda. É a nossa liberdade. Devemos nos preocupar e preservar por ela. Você pode perder tudo. Com liberdade, você pode tudo reconquistar. Mas sem ela, a vida acabou. E a liberdade é mais importante que a própria vida. Que uma pessoa sem vida, uma pessoa sem liberdade, não tem vida.

Agora, de tudo isso que eu falei, o mais importante. Somos um país de mais de 90% de cristãos. Isso, essa fé nos mantém vivos, nos mantém esperançosos. Não queiram minha cadeira. Só uma coisa me conforta, que se eu não tivesse lá, estaria um poste no meu lugar. Um poste vermelho e daí com toda certeza, estaremos no caminho da Venezuela ou da nossa Argentina.

Acredito em Deus. Ele nos salvou. Ele tem um propósito para cada um de nós. E nós com fé, com vontade e dobrando os joelhos para Ele, nós atingiremos o nosso objetivo. Uma grande Nação para todos nós.

Muito obrigado a todos.