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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Encontro com Empresários da Indústria Brasileira - Brasília/DF

Boa tarde a todos. 

Prezado Robson, Paulo Guedes, em nome dos quais eu cumprimento a todos.

Vou começar com um retrato 3x4, que poderia ser o fim da reunião. O fim das minhas palavras aqui. Há poucas semanas, estive com a equipe de ministros nos Emirados Árabes Unidos. Tivemos no Bahrein e também no Catar. Só em Dubai, a CNI, com o Robson, reuniu 700 empresários, 400 brasileiros e 300 árabes. Isso é um retrato do que é o Brasil, da confiança que eles depositam em nós. E obviamente, o final dessa história, será com os senhores. 

O Brasil mais que recuperou a sua criatividade lá fora. O Brasil é uma certeza e obviamente, nós temos que estarmos confiantes aqui também. E dizer como é que um país pode dar certo. Eu quero agradecer a Deus, pela minha vida e pela missão. Sei que existem milhares de pessoas melhores do que eu, muitas aqui presentes, mas quis o destino que a Presidência coubesse para nós.

E o que é um Presidente da República, um governador ou prefeito? É um técnico de um time, no meu caso de 23 ministros. Se eu não tivesse a liberdade e desculpe, a coragem de eu escalar o time, não tinha como o Brasil dar certo. Nós já vimos bons presidentes que saíram das urnas conflagradas como verdadeiros salvadores da Pátria, mas quando aceitou que terceiros escalassem seu time, nós vimos que o Brasil não ia para frente.

Eu duvido, com todo respeito a quem me antecedeu, comparando um a um, as qualidades desses ministros. Um falou agora pouco aqui, o Tarcísio, meu colega de Academia Militar das Agulhas Negras, depois fez o IME, prestou concurso para Câmara, trabalhou no DNIT e hoje está à frente de um ministério que outrora só nos dava dissabores. Só tínhamos corrupção, ineficiência e hoje mudou, mas por quê? Além da minha liberdade, eu dei liberdade para ele escolher quem fosse acompanhar nessa empreitada. 

Eu não tenho como ter conhecimento do que acontece em cada ministério, mas é comum eu sempre colaborar, ligar para eles a qualquer hora do dia, trocar ideias, dar sugestões. E também dizer, que tem liberdade, mas eu tenho o poder de veto em nomes. Quando aparece um nome esquisito, eu ligo para o ministro, olha, esse cara não pode fazer parte do nosso time. Olha a vida pregressa dele, não podemos voltar o que era antes do nosso país. E o Tarcísio está aqui, um exemplo. 

O Paulo Guedes é a confiança no mercado. Eu o conheci um ano antes das eleições. Um encontro realmente inicial bastante com suspense. Quem era eu? O Paulo Guedes sabia quem ele era, mas ele pouco sabia quem eu era. E onde é que ele estava investindo então, o seu passado e colocando à disposição do Brasil, o seu conhecimento. É fácil a missão dele? Não é fácil. Ainda mais quando passamos por uma turbulência enorme, como foi a questão da economia. 

Daí a gente vê aqui, a agricultura, que eu chamo de pequena grande mulher, a senhora Tereza Cristina. Depois de Alysson Paulinelli, ela deu um impulso enorme a esse setor importantíssimo para nós. Tão importante quanto a indústria ou talvez mais importante que é a indústria. Porque sem ela, nós não sobrevivemos. Agora, quando a gente pega o pessoal do campo, e por que que eles estão felizes? O que que nós fizemos para ajudá-los? Eu posso falar alguma coisa. Hoje eles não se preocupam mais com o MST. Deu trabalho? Deu. Qual a coisa mais importante? Buscar os órgãos nossos, bancos oficiais, alguns ministérios que financiavam o próprio MST. Tirar dinheiro de ONGs. E daí, conversando com um colega nosso, ele falou “mas você vai cortar toda a grana da ONG?” Vou cortar. Mas tem boas ONGs. Quando você faz uma quimioterapia, muitas células saudáveis morrem, para salvar o paciente. Não podemos dar chance desse pessoal continuar infernizando o campo. 

O que mais fizemos para o campo? Titulação de terras. Estão fazendo muito mais  que nos últimos 20 anos de governos que nos antecederam. Hoje o homem do campo, já em alguns locais, muitos locais, eles sabem que pegam um pedaço de papel e fala “essa terra é minha”. Não vou aceitar mais passar um ônibus aqui na frente, pegando o pessoal para invadir a propriedade de terceiros. 

O que mais fizemos para o campo? Arma de fogo. Vamos ajudar o homem do campo a se armar. E tiramos, com a ajuda do Parlamento, a figura da posse de arma de fogo e passamos para a posse estendida. No passado, só podia usar a arma na sua propriedade, ali na sua casa. Hoje, ele pode montar um cavalo, entrar em um carro e rodar todo o perímetro da sua propriedade, armado. E se ele for craque, armado com 762. A propriedade privada é sagrada ou não é? Devemos agir dessa maneira.

Também no início, está aqui o ministro Juca, que eu o chamo dessa maneira carinhosamente, mas quem o antecedeu foi Ricardo Salles. Chamei Ricardo Salles, Ricardo Salles, e a multagem no campo? O que que nós podemos fazer? Tem que ter multa? Tem. Mas o objetivo da multagem, é realmente aquela pessoa que não quer se enquadrar a lei vigente. Caiu em mais de 80% a multagem do campo. 

E uma coisa muito importante, e pesa muito para mim, que eu levo tiro de ponte 50 em tudo quanto é lugar. Não existe mais demarcação de terra indígena. O homem do campo acordava, por muitas vezes apavorado, com a notícia de que a sua propriedade, via portaria do Ministério da Justiça, foi incluída numa nova reserva indígena. Nós botamos um ponto final nisso, mas não podemos acomodar. 

Eu sei que o ambiente aqui é da indústria. Eu quero mostrar uma coisa para os senhores do outro lado. Que da indústria, Paulo Guedes falou. Os senhores sabem os problemas. Estamos abertos a  conversas. E o que eu quero dizer com isso tudo na questão do campo? Nós temos que encorajar as pessoas a trabalharem, a investirem cada vez mais. Elas não podem viver sobre a sombra da incerteza, da insegurança jurídica e como disse, o que que é mais importante nisso tudo? 

O que que está acontecendo agora no nosso Supremo Tribunal Federal? Estão  julgando um novo marco temporal. O que é isso? Se passar de imediato, seremos obrigados por lei a demarcar mais uma, mais áreas indígenas, equivalente uma nova região Sudeste. Simplesmente acaba o Brasil. Todos têm que ter responsabilidade, não interessa do poder Executivo, Legislativo ou Judiciário. É lamentável a decisão de alguns colegas nossos do Supremo Tribunal Federal.  Não estou criticando o Supremo. Alguns colegas, será que não tem essa visão de futuro? Não sabem que podem ser passíveis de críticas, o que é normal. Mais do que eu sou criticado, acho que não existe.

Existe a renovação. O ano que vem, é ano de renovação para Presidente, governador, senador, deputado. E vocês sabem, já tem experiência do que aconteceu, no mínimo de 2010 para cá. Para saber quem tá no caminho certo e quem não está. A direção passa pelos senhores, passa pela nossa população. Alguém quer a volta do imposto sindical? Alguém quer um ativismo em cima da legislação trabalhista? Olha o perfil das pessoas que eu, em lista tríplice, eu encaminhei para o Tribunal Superior do Trabalho. Será que se fosse uma outra pessoa, de outro perfil, como é que estaria o TST? Propenso a que lado ou isento?

Como é duro ser patrão no Brasil. Eu sei disso. Todos nós sabemos o porquê. Quem recebe, né, porque o salário é pouco para quem recebe e muito para quem paga. O que nós procuramos fazer desde o início do governo com nossos ministros é facilitar a vida de vocês. Vocês não devem nem um favor para nós. Nós é que somos devedores de favores a vocês. Quem emprega são vocês. O governo só emprega quando ele abre concurso público ou cria cargo em comissão. Quem cria realmente a massa de empregados, que gera riqueza para o país, são vocês. E nós, qual é a nossa obrigação? Ajudar vocês, não atrapalhar vocês em primeiro lugar.

Tá presente aqui o Rogério Marinho. Ele tava trabalhando  com o Paulo Guedes, antes de ser ministro.  Olha as normas regulamentadoras, como era difícil ser um grande empresário, um grande empregador com aquelas NRs. O Marinho fez uma limpa naquilo. Para entrar no banheiro da empresa de vocês, eram mais de 40 ítens a serem fiscalizados. É a altura da pia, é a água, é o vaso, ventilação, largura da porta, é a maciez do papel higiênico. Tudo isso era motivo de multa. Ele acabou com milhares de itens que atrapalhavam a vida de vocês, isso deu um peso para gente.

Há pouco, um telefonema no interior do Ceará. O cabra que ligou para alguém lá da Presidência, passou o telefone para mim, “acabei de ser multado aqui que eu tava com meu pessoal colhendo folha de carnaúba, que serve para cera, entre outras coisas. Chegou o MP do Trabalho e largou meia dúzia de multa em cima de mim.” Multou por que? Porque eu não tenho banheiro químico. Eu tô a 45°C, a temperatura aqui e obviamente, não tenho banheiro químico. O cara vai deixar de recolher a folha, andar 500 metros, fazer um xixi e voltar. Meteram a caneta no cara. Também uma mesinha lá, feita de forma rústica, com madeira (...) para servir o almoço. Não estava adequada aquela mesa. Também a questão do dormitório, pessoal dormia numa barraca, multa em cima dele. 

E não esqueçam de uma coisa. Aprovou-se a Emenda Constitucional 31, por volta do ano 2000, onde dizia que as pessoas que praticam trabalho escravo, todos nós somos contra, perderia sua propriedade com todos os semoventes. E logo depois, começou-se uma pressão, que era a esquerda que dominava o Brasil, para que o trabalho análogo à escravidão fosse encarado como escravo também. Ou seja, por um desses itens que foram deixados de lado, pelo Rogério Marinho, você poderia perder tua fazenda, onde ela poderia ser de herança do teu bisavô. Que país é esse? O socialismo aprofundando-se cada vez mais no Brasil. Tem gente batendo palma. E gente acreditando. Quem aqui quer a volta do imposto sindical? 

Eu lembro, mas não vou falar o nome aqui. Eu tava com Paulo Guedes, tinha mais gente comigo, quando um grupo de pessoas estava apoiando um candidato à Presidência em 2018, ao sair da reunião, um líder de um partido apoiando aquele candidato, lá fora falou: Olha, acertamos aqui com esse candidato, que ele vai fazer voltar o imposto sindical. Foi uma bomba atômica no meio dos senhores. Perderam a eleição. Perdeu. O que gera isso tudo que eu tô falando aqui? A responsabilidade de cada um. Aqui não tem ninguém aqui, com idade e ficar ouvindo conversinha quando eu tinha 14, 15 anos de idade, que eu tava apaixonado pela aquela coleguinha da escola ou pelo coleguinha da escola, se for mulher, tá certo? Se bem que hoje tá um vale tudo terrível. Mas tudo bem. 

Nós sabemos o potencial do Brasil. Ninguém tem o que nós temos, a gente cansa de repetir. Tá aqui o ministro Bento, das Minas e Energia, ele sabe o que nós temos aqui embaixo da terra. Ninguém tem isso que nós temos. Gostaria muito de explorar o nióbio na região do Morro dos Seis Lagos, mas é uma  reserva indígena. Mas vai chegar o dia, com toda a certeza, vai chegar o dia de nós botarmos hidrelétricas na região do Vale do Rio Cotingo, lá no estado de Roraima. Não podemos fazer nada ainda, nem pensar, porque é uma reserva indígena. E olha aqui os nossos irmãos indígenas querem isso. 

Vai chegar o dia, prezada Tereza Cristina, que você não vai ficar tão preocupada com a falta de potássio para agricultura, porque nós temos potássio na região da Foz do Rio Madeira, mas não podemos falar, porque é uma reserva indígena. Olha a dificuldade, o problema, a preocupação nossa no Supremo Tribunal Federal, com o novo marco temporal. Vai chegar a hora, Bento, ministro, que nós vamos aprovar no Parlamento. Que tem sido bastante receptivo a nós, em um projeto nosso, de tua autoria, que permite que nossos irmãos índios, façam na tua terra, o que o fazendeiro branco, faz no lado na terra dele.  

O Brasil tem tudo. Eu vejo o ministro Gilson Machado, que não está presente aqui, trabalhando com o turismo. Ninguém tem o que nós temos. Estamos trabalhando agora com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, porra? De novo vai começar esse negócio? Ah, o ômicron, vai ter um montão de vírus e pela frente, um montão de variante pela frente. Talvez, peço a Deus que esteja errado. Nós temos que enfrentar.

Temos aqui o Braga Neto, à direita de vocês, ministro da Defesa. Ninguém vai ganhar a guerra dentro da trincheira. Ninguém vai superar os problemas do Brasil, dentro de casa. Chega do “fica em casa e a economia a gente vê depois”. Temos que enfrentar esse problema. E eu ouso dizer, falam para não tocar no assunto da vacina. Nós disponibilizamos vacina para quem quisesse.Mais de 300 milhões de doses foram compradas. Mas hoje em dia, nós já sabemos, todo mundo sabe, quem toma a vacina, pode contrair o vírus e pode transmitir o vírus e pode morrer também, infelizmente. Vamos enfrentar o problema, cuidar dos mais idosos, cuidar de quem tem comorbidade sempre falei isso: Temos dois problemas o vírus e o desemprego. Agora tem que ter coragem para falar, parece que eu fui o único chefe de estado do mundo que teve uma posição diferente, dizem que toda uma unanimidade não é bem-vinda e que que eu fiz? Estudei, corri atrás, fui para embaixadores fora do Brasil, para médicos, pessoal da Amazônia, o que que tem que fazer, qual alternativa.

 

Falei de um possível medicamento que eu tomei e deu certo e logo em seguida destruíram praticamente aquilo que é mais importante que o médico tem, a sua autonomia. O médico tem que ter autonomia, ele tem que ter a sua liberdade, se não fosse assim na Guerra do Pacífico, os militares que chegavam feridos precisando de transfusão de sangue não teriam água de coco na veia, se fosse esperar uma classificação científica quantos teriam morrido.

 

Mas pelo que tudo indica é a vacina que tá aí, tem a imunidade de rebanho que tá aí, estamos chegando ao final dessa pandemia, peço a Deus que estejamos todos certos nesse momento. Não quero alongar muito, temos aqui então como disse a vocês, formamos os nossos ministérios estamos fazendo o possível, o ano que vem tem eleições pode comparar o que aconteceu na vida pregressa com esses candidatos e com quem no momento caso venha a ser candidato e dizer a vocês, não é apenas uma eleição para presidente, quem chegar a presidência vai renovar mais duas vagas no Supremo Tribunal Federal no primeiro semestre de 23.

 

Aquela minha cadeira, pessoal, tem kriptonita. Não queiram aquela cadeira para os senhores e vocês podem falar “por que você quis para você?” Eu não sei onde eu tava com a cabeça, eu confesso. Mas agora é uma missão, nós devemos unir forças, unir meios para cumprir essa missão, o que eu mais peço a Deus é ter condições lá na frente de entregar o governo para alguém de forma bem melhor do recebemos em 2019. Não é fácil ser Presidente mas com boas pessoas ao teu lado, o teu time de ministros, secretários, empresários, homens do campo, profissionais liberais, evangélicos, ateus, cristãos, com o auxílio e com a ajuda de todos nós superaremos esses obstáculos e nós, tenham certeza, vamos num futuro bastante próximo dar graças a Deus pela forma como o nosso Brasil, juntamente com vocês obviamente está se comportando.

 

Não tem porque não sermos otimistas, estamos muito bem com as Relações Internacionais com o ministro França que está aqui nos acompanhando agora me desculpe os demais ministros se eu não citei. Como por exemplo aqui o João Roma e o Onyx trabalhando aí no auxílio Brasil de 400 reais e porquê 400, não apenas seguiu a inflação? Porque houve uma inflação acima dos 2 dígitos para os gêneros de primeira necessidade e não podemos deixar essas pessoas para trás. É uma proposta acolhida pela equipe econômica e por todos os  ministros humanitária acima de tudo.

 

Quem achava que a equipe econômica não tinha coração viu que tem coração tá aí o Paulo Guedes para comprovar e dizer aos senhores todos, vamos acreditar, confiem na gente, nós estamos dando demonstração de que essa confiança aí realmente se faz por merecer me desculpem a modéstia porque nós somos os empregados de vocês e não o contrário, tenho grande honra em ser Presidente da República e uma coisa me conforta é não ter um comunista sentado na minha cadeira.

 

Colocamos agora, conseguimos com muito sacrifício aprovar no Senado uma pessoa, com o apoio do Marcos Rogério aqui presente, nosso senador, uma pessoa que tem uma bagagem cultural enorme, um grande jurista e por coincidência é pastora evangélica, como o Milton na educação é  pastor evangélico.

 

Dá para imaginar qual o futuro de uma nação que tem a frente do MEC por 12 anos, não quero falar o nome dele aqui, uma pessoa com aquela cabeça? E mudamos, agora o Milton é um pastor evangélico também mas tem um conhecimento mais do que o necessário suficiente para mudar como vem mudando, como já encontrou o point de flexão na questão da educação de nosso Brasil. Assim é o nosso governo é o pedido que eu faço aos senhores, acreditem no Brasil e dizer que seremos brevemente sim um país onde todos nós cada vez mais nos orgulhamos de ser brasileiro. Deus, Pátria, Família. Muito obrigado.