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Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Seminário sobre Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade no Centro-Oeste – Dia de Campo- Cuiabá/MT

Cuiabá/MT, 19 de agosto de 2021

 

Serei também bastante breve, a exemplo do governador.

Prezado, Mauro Mendes,

Ministra Tereza Cristina,

Senador Jaime,

Marcelo Xavier, da Funai,

Demais autoridades aqui.

 

Não tem preço participar de um evento como esse. O que o estado tem que fazer por muitas vezes é não fazer nada para atrapalhar quem queira produzir. Quanto menos estado, mais desenvolvimento.

Estamos em um evento aqui, para entregar algumas chaves, para maquinário agrícola, para implementos, para pessoas que queiram trabalhar. Os Parecis começaram trabalhando já a algum tempo. Outros irmãos indigenistas, indígenas, têm procurado maneira de trabalhar também. Não existe nada mais bom do que uma pessoa viver do suor do próprio rosto. 

Não custa lembrar, como disse agora há pouco o deputado Medeiros. Quando nós assumimos, os Parecis tinham uma multa de 130 milhões de reais, parece ter resolvido esse assunto já, né? Tá resolvido. Multar um produtor rural, seja ele qual for, não tem cabimento. Que estado é esse que nós tínhamos há pouco tempo, que visitava o produtor, indígena ou não, com esse objetivo? Isso não tem cabimento. Nós queremos produzir. Faltou citar o Arnaldo aqui, uma liderança indígena, querem produzir.

Pediu um projeto ao Ministério das Minas e Energia, e o Almirante Bento apresentou o projeto. Basicamente esse projeto permite que os nossos irmãos indígenas façam com a terra, o que um produtor, um fazendeiro ou outro, faz ao lado da sua propriedade, da sua reserva. Mesmos direitos. Qual a diferença entre eu de olho azul e o amigo aqui com a pele vermelha? Ou o amigo com a cor da pele, seja qual for? Não há diferença nenhuma entre nós. Há valor maior do que a liberdade? 

No momento que quase toda a população, está apavorada com a supressão de liberdades, por parte de alguns poucos que habitam ali a Praça dos Três Poderes. A liberdade não tem preço. Ela vale mais que a própria vida. Quantas pessoas deram sua vida por liberdade? E os nossos irmãos querem o quê? Não é nem querem, eles têm direito e nós temos o dever, de dar essa liberdade para eles produzirem.

Um irmão nosso trabalhando, ele deixa de ser um cliente do estado. Em vez de proporcionar despesa, vai dar lucro para o estado, para o Governo Federal,  para o Mauro Mendes aqui, o governo estadual, para as prefeituras. Existe algo melhor e saudável do que isso? 

Muita coisa falei lá fora, em torno de 20 minutos. Apelo,  se  possível entra na internet, ouçam o que eu falei. Várias questões que afligem a nossa sociedade e o que vai fazer um Brasil melhor? É o meu entendimento com Mauro, com o prefeito local, com os governadores. O nosso entendimento, vai trazer dias melhores para todos nós. Devemos acreditar no povo brasileiro. Na sua capacidade de interagir, de investir, de trabalhar para o bem de todos nós. 

Quando estive há pouco, em São Gabriel da Cachoeira, conversei com  Tucanos e com Yanomanis. O que eles pedem para nós? Nossa irmãos  indigenistas, indígenas? Pede internet. Em menos de 30 dias, colocamos internet por lá. Assim como, pelo que eu sei, aproximadamente 70% das aldeias têm internet aqui.

Emendas de parlamentares. Isso é muito bom para todos nós. Nada melhor, Mauro Mendes, que  a gente chegar em um evento qualquer e ninguém pedir nada pra nós. É sinal que estão satisfeitos. Qual de nós, presidente, governador, prefeito, quer ser visto dessa maneira? Tudo que o prefeito puder fazer, liberar e tirar o município do cangote do trabalhador, se ele fizer, palmas para ele. 

Nós, eu crio emprego, o Mauro cria emprego, o prefeito cria emprego? Não, nós só criamos emprego, quando abrimos um concurso público, criamos cargos em comissão. Quem cria emprego é a sociedade. Isso chama de liberdade. A palavra  liberdade está em tudo aquilo que nós pensamos. Que bom que nossa Polícia Militar não tivesse trabalho. É sinal que não tinha violência. Não tivesse fogo, né? Nossos bombeiros, não tem nenhum trabalho para apagar incêndio. Seria muito bom. Agora, quanto mais um povo se inteirar do que está acontecendo, melhor para todos nós. Até tem uma passagem bíblica que diz:  por falta de conhecimento, o meu povo pereceu. 

Perguntam para mim onde estarei dia 7 de setembro. Estarei como sempre, onde o povo estiver. Ninguém precisa se preocupar com o movimento de 7 de setembro. O nosso povo é ordeiro, é pacífico, é patriota e sua maioria acredita em Deus. E sua maioria esmagadora, tem família. Ora, o que eles vão fazer nas ruas dia 7? Vão querer liberdade, que estamos perdendo, estamos sendo sufocados. E quem está nos oprimindo? É uma minoria. Podemos criticar aqui, um ou outro secretário do governador,  não podemos criticar o governador como todo, porque isso não é verdade. Não é possível. A mesma coisa no Governo Federal. A mesma coisa nos demais Poderes da República. Pontualmente, mais do que podemos, devemos criticar, até para melhorar o serviço. Agora, da onde menos esperávamos controle sobre liberdade, de lá está vindo a mão pesada, ou melhor, uma caneta. 

Vamos mudar o destino do Brasil. O Brasil vai ser o que cada um de vocês fizer. Podem ter certeza, para nós presidente, governador, prefeitos, quem dá o norte é o povo. Não devemos temer o povo. Devemos respeitar o povo brasileiro.

Meus irmãos, meus amigos todos aqui presentes. É com orgulho muito grande que retorno nessa terra. Me permite passar, governador Mauro, dar um testemunho. É muito comum nas igrejas evangélicas, né, uma pessoa que estava realmente cheio de problema, em vícios, etc e ele se reencontra com Deus e dá seu testemunho. Eu quero falar uma coisa para todos vocês. Essa capital marcou a minha vida. Eu vou contar uma história para vocês.

Estive aqui nos idos 2017. Era pouco conhecido ainda. Fiz uma reunião em lugar, não sei onde, tinha mais uma pessoa ou duas comigo, e fui num hotel aí, duas ou três estrelas. Tava tão cansado que não conseguia dormir. Por volta da meia-noite, comecei a conversar com o caboclo que tomava conta do hotel. Não era o dono não. Tava lá na portaria, ele x-tudo, fazia tudo. E aquele papo nosso de quartel, né, o plantão da hora que é (...)  e o plantão da hora era esse empregado do hotel. E começamos a conversar. Em dado momento eu falei para ele, olha o que eu falei para ele: que eu era candidato a Presidente da República. Ele riu e eu também sorri. Por vezes eu duvidava de mim mesmo. Eu não sei quem é esse cabra aqui de Cuiabá. Mas eu falei uma coisa para ele que com toda a certeza,  se  tiver ouvindo agora, ele vai atrás de mim. Já que ele riu, né, que eu queria ser Presidente da República, eu falei para ele: o que que é mais difícil, eu ser Presidente ou você comprar esse hotel? Muito mais difícil é ser presidente. Comprar o hotel é moleza.

Eu sou Presidente.  E é esse trabalhador, o exemplo que ficou em Cuiabá, o nosso Mato Grosso, é aquilo que você quiser. Aquilo que você botar como meta na sua vida, se empenhar, trabalhar, ter fé, acreditar, você consegue. Não fiz isso pela Presidência, não queiram a minha cadeira. Não é fácil está naquela cadeira de Kriptonita. Os interesses, são os mais variados possíveis que chegam até você. Nem sempre ou quase sempre, não republicanos. 

Mas resistimos. Aos poucos fomos ganhando a confiança do Parlamento. Victório Galli, foi meu colega de Parlamento, sabe como funciona, como funcionam aquelas Casas. Aos poucos vamos mudando velhas práticas. Estamos há 2 anos e 7 meses, sem corrupção. 

Eu peço a vocês, toda quinta-feira nós temos uma live. Só perdi duas vezes, porque tava no outro lado do mundo. Hoje vai estar presente comigo, o Pedro Guimarães, da Caixa Econômica Federal. O assunto vai ser basicamente a Caixa Econômica. Vou citar, obviamente,  a minha passagem por aqui. Vou falar do Arnaldo, entre outros. 

Ele vai falar, que ele fez uma auditoria na Caixa Econômica. Em primeira mão, vai falar de um desvio recente, pequeno, de 50 bilhões de reais. Eu espero a semana que vem está com Montezano do BNDES, também falando, de como o BNDES, era utilizado por um partido, mandando dinheiro para o exterior. Sabe quando vocês vão pedir um empréstimo em um banco, vocês botam alguma coisa ali em garantia ou não botam? Bota o carro, a fazenda, o cachorro, seja lá o que for. Sogra não. Se não o cara não vai pagar a conta. Quem falou sogra foi ela ali, eu não. Sabe qual foi, Mauro Mendes, a garantia de Cuba? Para pegar quase 1 bilhão nosso, para fazer o Porto de Mariel? Pagar em charuto. Você sabe qual a garantia da Venezuela, que pegou empréstimo bilionário nosso? Vocês. O Tesouro. Ou seja, Maduro não pagou a conta, quem pagou a conta? o Tesouro Nacional, com dinheiro da onde? Do FAT. Do Fundo para o Trabalhador.

 Mais coisas a gente vai falar. E alguns querem a volta disso no Brasil. Na delação premiada do Palocci, está em vídeo, ele disse "o único órgão que não foi loteado pelo nosso governo, foi o Banco Central. O resto, tudo foi loteado pelo poder".

Deus nos salvou. Não vamos perder a oportunidade de mudar o Brasil. Tem muita, mas muita gente melhor do que eu por aí. Não faço questão de dizer que quero ser Presidente. Agora, a barra é pesada. Tu tem que ter couro grosso, você tem que acreditar na sua pátria. Você tem que acreditar no seu próximo, você tem que ter o coração verde amarelo. Você não pode dever nada para ninguém. Agora, quem mais nos dá força, depois do povo ou antes do povo, é o nosso Deus. 

Vamos lutar por liberdade enquanto nós ainda temos. Não se esqueçam, é muito fácil ser do PC do B, do PT e do PSOL, num país que tem liberdade. Eu quero ver, lá em um país comunista, você falar em liberdade. Se tá difícil, repito, lutar por ela enquanto temos, imaginem depois que a perdemos.

Amigos de Mato Grosso, um grande abraço a todos vocês. Já estou com saudades. Sei que vou, eu não sei se vou comer um tambaqui, um pacu, daqui a pouco, mas muito obrigado a todos vocês. Até uma próxima oportunidade. E lhe dizer que um grande beijo nas mulheres, um abraço nos homens.