Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após a a Solenidade ao Dia Nacional do Futebol
Brasília/DF, 19 de julho de 2019
Bom dia a todos. Estou aqui com o Osmar, nosso ministro, o Brasil, secretário de futebol e a honra de receber a visita também do Alexandre Garcia, cujo pai, bem como ele, já foram comentarista esportivo. Isso mesmo? Locutor, (...) o pai dele era o homem do gol inconfundível.
Hoje é o aniversário, aniversário não, é a data, o Dia Nacional de Futebol e também data de casamento,com senhor Geraldo e com a dona Olinda. Meu pai se casou em 1952, exatamente nessa data.
Estou a disposição de vocês ai.
Jornalista: Incompreensível.
Presidente: Olha, o brasileiro come mal. O brasileiro come mal. Alguns passam fome. Agora, é inaceitável um País tão rico como o nosso, com terras agricultáveis, a água em abundância, até o semiárido nordestino tem uma precipitação pluviométrica maior do que Israel. E falei também na questão das PCHs, Pequenas Centrais Hidrelétrica. Você leva 10 anos para conseguir uma licença em qualquer hectare de água produz de 10 a 15 toneladas de tilápia por ano. Então o País aqui, que a gente não sabe porque uma pequena parte passa fome e outros passam mal ainda.
Jornalista: Incompreensível
Presidente: Ah, pelo amor de Deus, se for para entrar em detalhes, em filigrana, eu vou embora. Eu não estou vendo nenhum magro aqui, está certo? Temos problemas (...) no Brasil, temos. Não é culpa minha, vem de trás, estamos tentando resolver. O que tira o homem e a mulher da miséria, é o conhecimento. Não são bolsas e programa assistencialistas. Nós temos que lutar nesse sentido, nessa linha para dar dignidade ao homem e a mulher brasileira.
Jornalista: Incompreensível
Presidente: Ontem foi o Davi Alcolumbre, pediu uma audiência comigo e eu dei. Ele entrou com dois empresários, depois foi colocado na agenda. Nada de ultra-secreto, reservado. Digo a vocês, até o momento, seis meses de governo, ninguém foi na minha sala e falou: mude uma vírgula nesse decreto, que a gente conversa lá fora. Eles foram tratar com o Davi Alcolumbre, com toda certeza, a preocupação com a possível desidratação do FGTS, no tocante a Minha Casa Minha Vida. É natural, cada um luta para o seu espaço. Está mantido o mesmo percentual. Os empresários tiveram lá fora com a equipe econômica que eu convidei para vir ao Palácio e saíram satisfeitos e vai ser mantido do programa do FGTS.
Jornalista: Os caminhoneiros estão falando em uma nova paralisação (...)
Presidente: Olha, é um direito de todo mundo fazer greve no Brasil. Logicamente, algumas classes com a minha, das Forças Armadas, não têm esse direito e não estamos lutando por ele. Os caminhoneiros, é uma classe importantíssima para o Brasil. Tivemos um problema lá atrás do governo do PT. O BNDES ofereceu o crédito em excesso para compra de caminhões, cresceu a frota de caminhoneiros assustadoramente e o transportado permaneceu igual. Lei da oferta e da procura. Caiu o preço do frete. Estamos fazendo o possível para atender os caminhoneiros, como já foi anunciado pelo nosso ministro Tarcísio. Eu mesmo já fiz alguma coisa, falta o parlamento agora fazer sua parte aumentando a validade da carteira de motorista de 5 para 10 anos, aumentando a pontuação de 20 para 40 pontos. Porque se você faz uma viagem na Rio-Santos, se eu não tiver um bom GPS, você vai chegar com 200 pontos na carteira em Santos ou no Rio de Janeiro. Acredito que os caminhoneiros não façam a paralisação. Isso atrapalha e muito a economia. Reconhecemos as dificuldades da (...), estamos prontos para continuar conversando, mas estamos em um País livre, democrático, onde impera o livre mercado. A lei da oferta e da procura. Então, esperamos que os caminhoneiros não partam para a greve porque atrapalha o Brasil como um todo.
Jornalista: Inaudível
Presidente: Existe esse problema. O Estados Unidos de forma unilateral, pelo que me consta, tem embargos levantados contra o Irã. As empresas brasileiras foram avisadas por nós desse problema. E estão correndo o risco nesse sentido e o mundo está aí. Eu particularmente estou me aproximando cada vez mais do Trump, fui recebido duas vezes por ele. Ele é a primeira economia do mundo e o segundo mercado econômico. E hoje abri, inclusive a jornalistas estrangeiros, uns vinte presentes, que o Brasil está de braços aberto para fazermos acordos, parcerias, para o bem dos nossos povos. O Brasil é um País que não tem conflito em lugar nenhum no mundo, graças a Deus. Pretendemos manter nessa linha, mas entendemos que outros países têm problemas, e nós aqui temos que cuidar dos nossos em primeiro lugar.
Jornalista: Inaudível
Presidente: Olha, as propostas que estão na Câmara não são nossas. Na última reunião de ministros, foi decidido que enviaremos uma proposta agora no início de agosto, onde vamos tratar dos tributos federais apenas. Ao longo dos meus 28 anos dentro da Câmara, quando se quis fazer uma reforma tributária, onde estaria União, estados e municípios, não deu certo. Serve para palanque, para discurso e não se chega a lugar nenhum. Nós vamos fazer a nossa parte e os estados e municípios que porventura acharem que a sua lei que trata desse assunto, está equivocada ou pode ser aperfeiçoada para não atrapalhar a vida de quem produz, que o façam.
Jornalista: Incompreensível
Presidente: É lógico que eu vou conversar. Matérias repetidas que apenas ajudam a fazer com que o nome do Brasil seja mal visto lá fora. Vou conversar, qualquer um que esteja abaixo de mim de comando, como tenho falado (...), onde acha a coisa é publicada que não confere com a realidade, vai ser chamado para se explicar. Isso acontece, é rotina. Toda semana, todo dia, acontece isso daí. Como aconteceu na questão da Ancine. Olha, dinheiro público para fazer filme de Bruna Surfistinha, não. Então que eu vou fazer? Eu estou trazendo o pessoal do conforto do Leblon para aqui para Brasília, e pretendemos sim, mexer, deixar de ser uma agência e passar a ser uma secretaria subordinada a nós. Parabéns à esquerda no aparelhamento, não só de pessoas, como as instituições. Você tem agência para tudo, com mandato e não posso fazer nada, fico completamente amarrado no tocante a isso daí. Dinheiro público é para ser usado para o bem de todos não é para uma minoria se (....) muitas vezes, sem generalizar, naquela função que esteja exercendo naquele momento.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Ameaça. Eu li a matéria da Veja. Qualquer chefe de estado tem, logicamente, que ter sua segurança e corre risco de ter a sua vida ceifada. A preocupação sempre vai existir, li a matéria da Veja e as conclusões sobre elas estão a cargo do general Augusto Heleno.
Jornalista: E a Ancine vai virar uma secretaria?
Presiente: É uma ideia virar uma secretaria.
Jornalista: (Inaudível)
Presidente: Não, ligada a um ministério, não sei qual é o ministério se vai ser o do Osmar Terra, ou não, vou conversar com ele. Interessa que a cultura vem para Brasília e vai ter um filtro, sim, já que é um órgão Federal e se não puder ter filtro nós extinguiremos a Ancine, privatizaremos, passarei ou extinguiremos. Não pode é dinheiro público ficar usado para filme pornográfico. Não pode dinheiro público ficar usado para fins pornográficos, só isso. Culturais. Temos tantos heróis no Brasil e a gente não se fala nesses heróis no Brasil, não toca no assunto. Temos que perpetuar, fazer valer, dar valor a essas pessoas que no passado deram sua vida, se empenharam para que o Brasil fosse independente lá atrás, fosse democrático e sonhasse com um futuro que pertence a todos nós.
Jornalista: (incompreensível)
Presidente: Qual a consequência da pergunta?
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Tá tudo bem, eu sou esportista, fui atleta das Forças Armadas de pentatlo militar por quatro anos, quase entrei no profissional nos anos 60, jogava bola também Alexandre? No quartel todo mundo jogava bola. O esporte é importante nós temos que ter um corpo são para ter uma mente sã e o que for possível, é ideia aqui do ministro Osmar voltar o esporte para as escolas. Eu mesmo desenvolvi o esporte lá em Eldorado Paulista no grupo, depois no ginásio. O e o esporte tira, evita, previne a questão das drogas. É muito importante.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Não tem (...) é decisão presidencial que passa obviamente pelo Senado Federal, isso pode acontecer, pessoal olha só de tudo que já falei para vocês sobre Eduardo Bolsonaro. Ele vai ser vitrine, acha que ia botar uma pessoa que não tivesse competência para exercer uma nobre missão como essa? Você pode ver os últimos embaixadores do PT nos Estados Unidos. Me aponte uma ação deles favorável ao Brasil. Como tive em Israel, o embaixador de Israel naquele momento do PT foi para a Palestina para não conversar comigo. Então não podemos ter embaixador escolhido pelo critério ideológico para frequentar posto chave no Brasil
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Já está tudo certo. Não, não formalizamos ainda não tem agreement, já certo. Já devem ter mandado. Isso é uma praxe, está em um acordo, uma legislação aí de Viena. Nesse sentido, temos que fazer isso aí. Duvido, eu acho muito difícil ter um negativo por parte dos Estados Unidos e ele vai ser o nosso cartão de visita lá e sabe da tremenda responsabilidade que terá pela frente. Você pode ver quando o tio de Santiago que não foi reeleito federal em 2002 foi para Cuba ninguém falou nada. Para o (.. .) de santiago Cuba era um paraíso, ele foi para lá para descansar tanto é que engordou muito mais, saiu mais pesado do que quando saiu daqui. O meu filho está indo para trabalhar nos Estados Unidos, ele tem um relacionamento com vários países e não se exige isso e não é nepotismo segundo o Supremo tribunal Federal.
Jornalista: Se a decisão já está tomada o que que falta para ….
Presidente: Falta a resposta dos Estados Unidos, uma vez havendo a resposta, o Ernesto Araújo está fora do Brasil, a gente comunica ao Senado Federal para que seja marcada a data da sua sabatina.
Jornalista:( Incompreensível)
Presidente: Eu converso com o Davi. Estou até desconfiado falando comigo todo dia. É lógico que tenho conversado com ele. Eu não vou ser assim. Ter o tem que ter um devido cuidado para uma indicação tão importante como essa.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Poxa, eu entro em campo para ganhar o jogo, sempre. Eu acho que o Senado vai fazer uma boa sabatina e tenho certeza que será aprovado. Agora talvez haja o viés político por parte de alguns, paciência eu espero que ele seja aprovado. Agora uma coisa, eu posso hoje exonerar o Ernesto Araújo e botar meu filho, ministro das Relações Exteriores, posso ou não posso? Ele vai ter sobre sua ascendência entre representações e embaixadas mais de duzentos no Brasil.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Tá certo. Eu falei que eu posso, não que eu vou fazer. Eu tenho questão do tempo verbal. Então é isso que acontece, eu não quero fazer isso daí respondendo já porque o Ernesto está fazendo um trabalho excepcional lá. Agora quando tá na frente do MRE o motorista do Marighella como seu Aloísio (...) Ferreira ninguém fala nada. Tenham paciência pôxa! Você acha que eu sou uma pessoa que não tenho responsabilidade com o meu Brasil? Tenho. Estou cumprindo uma missão, não é fácil mas se Deus quiser dada a assessoria que eu tenho meus ministros amigos, como tenho alguns do meu lado aqui agora a gente vai cumprir essa missão. Eu pretendo entregar o Brasil em 23 ou 27 muito melhor do que eu recebi com uma crise moral, ética e econômica. Arrebentaram com o Brasil.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Sempre falei durante a campanha, se fizermos uma boa reforma política como diminuir o número de parlamentares federais, municipais outras coisas eu abro mão da reeleição
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Bom cara, enquanto eu estou vivo e meu coração estiver batendo aqui eu vou estar na política. A política aqui não sai da gente nunca, eu me sinto quantas vezes um deputado federal, eu me sinto aí o Hélio Negão dentro do parlamento quantas vezes tá certo? Tá no nosso meio. Quando o homem não tem mais condição tem que comprar um lote no cemitério. Valeu pessoal obrigado aí. Valeu Alexandre obrigado aí.