Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após a Cerimônia de Assinatura do Contrato de Concessão da Ferrovia Norte-Sul -Anápolis/GO
Anápolis/GO, 31 de julho de 2019
Jornalista: Presidente…
Presidente: Bem, hoje a figura aqui é o Ronaldo Caiado, não sou eu não. Vim aqui apenas para bater palmas e elogiar o Caiado.
Jornalista: Presidente, bom dia. Thiago Nolasco, da TV Record, tudo bem? Bom dia. Thiago Nolasco da TV Record. Eu gostaria de questionar primeiro o senhor a respeito de uma declaração do presidente Donald Trump ontem, de que quer acelerar o acordo comercial com o Brasil. Como o senhor vê essa afirmação? O senhor acha possível acelerar esse acordo?
Presidente: Eu estive com ele, por duas vezes. Também com o seu primeiro escalão, por ocasião da transição. Outras mensagens foram trocadas, há esse interesse nosso e dele também, obviamente. E nós vamos levar avante essa proposta. Nos interessa sim, cada vez mais nos aproximar da primeira economia do mundo.
Jornalista: Presidente, Gustavo da Folha. O senhor tinha dito que haveria uma surpresa hoje. É em relação ao INPE? Deve ter algum dado novo?
Presidente: Talvez o INPE, vou deixar você um pouquinho mais curioso. Você não é mulher, mas ficar um pouquinho mais curioso.
Jornalista: Eu queria um pouco mais de detalhes. Deve ter algum anúncio (...)
Presidente: Nós aqui, o que acontece? Esses dados, quando você fala em dados de INPE, desmatamento, crianças na rua, violência, ninguém quer fugir da verdade. Tem que ter dados precisos. Porque os dados imprecisos, atrapalham em nossos negócios fora do Brasil. Então é isso que nós queremos. É o João 8:32, 24 horas por dia no meu lado e do lado da imprensa também.
Jornalista: Deve sair na live o anúncio?
Presidente: A live é amanhã. Não, se tiver alguma coisa hoje, a gente anuncia aqui, pode deixar.
Jornalista: Presidente…
Presidente: Bem, olha só. Essa assinatura, deixa eu falar aqui, acho que interessa a todo mundo aqui. Essa assinatura de contrato de concessão, aproximadamente 1.500 Km, liga Porto Nacional a Estrela do Oeste. Prazo de um ano e meio, dois, para sua conclusão. A espinha dorsal de transporte no Brasil, têm as ramificações, que eu chamo de costelas aqui. Vai baratear o frete, em consequência, na ponta da linha, a mercadoria vai chegar mais barato para o consumidor. A gente vai consumir menos óleo diesel, menos acidentes nas estradas. E o que é mais importante, que a gente está vendo, o empresariado está tendo confiança na gente. Eu andei o mundo, desde final de 2014, comecei a andar em alguns países do mundo, pensando em 2018 e é duro a gente ser recebido lá fora com o manto da desconfiança. O que está sendo, Caiado, aqui, prezado Tarcísio, é despertando, é recuperando a confiança em torno do Brasil. Essa confiança faz o Trump dar aquelas declarações, faz aqui o grupo Ometto e Rumo, acreditar, sem custo nenhum para nós aqui, o poder público, investir nessa obra que leva 30 anos para ser concluída. Então, essa é a mudança do Brasil.
Jornalista: Presidente, bom dia. Aqui à sua direita, presidente, Fábio Murakawa, do Valor. Presidente, sobre o contingenciamento, do total de 1,4 bilhão, 600 milhões foram tirados de Cidadania e 300 da Educação. Qual o critério para escolher a retirada dessas partes?
Presidente: Quer falar Onyx? Onyx fala o critério aqui. O que eu tenho a dizer à vocês? Se não fizer isso, eu vou para o impeachment, pô. E não vamos pedalar, não vamos fazer... não vamos discumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. E o Caiado está com problema em Goiás também. Eu acho que é difícil o estado, não é, Caiado? Difícil o estado, o município que não está com problemas. Somos obrigado. Eu não quero culpar que nos antecedeu, mas pegamos aí, uma União e um Estado quebrado. E temos que buscar maneira de solucionar. Sabíamos que íamos encontrar isso pela frente, ninguém está reclamando, não. E como é que a gente recupera isso? Credibilidade, obrigado Caiado, confiança, é que estamos conseguindo. Fala aqui o critério aqui.
Ministro Ônyx: Eu acho muito importante, é claro, de que um orçamento anual é como quem sai para viajar. Se tu gastar todo o teu recurso nos primeiros três dias da viagem, se a viagem durar 10 dias, quando chegar no oitavo dia tu não tem mais. Então, o que que nós estamos fazendo? O que que é o contingenciamento? É uma proteção e uma previsão de guardar, porque nós temos o exercícios de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro. Então, com o que nós temos planejado, ao longo dos próximos meses vai haver o ajuste e o ministro Tarcísio, vai ter os recursos para poder fazer as obras que ele precisa no Brasil, a ministra Tereza, também. Já a partir do mês de setembro, vocês vão ver no final de setembro, está tudo explicado para os ministros, o governo Bolsonaro, vai poder dar condição de que todos terminem o ano funcionando bem. Isto é previsão que nós estamos fazendo, apenas isso.
Presidente: Espera só um pouquinho. Deixa aqui. Mesmo que vocês não publiquem nada, meu pessoal está gravando e eu publico depois, que é muito importante. Queria chamar o Tarcísio aqui, o ministro da Infraestrutura, meu colega da Academia Militar das Agulhas Negras, a falar um pouco sobre esse modal ferroviário. As vantagens, o que ele pode apresentar para o Brasil, até acabar o nosso mandato.
Ministro Tarcísio: Bom dia a todos. O que está sendo feito, é uma verdadeira revolução ferroviária. Nós temos o maior programa ferroviário dos últimos 100 anos. Nunca se fez tanta ferrovia ou se pensou em tanta ferrovia. Então, assinamos hoje o contrato, são 1.537 km, praticamente 3 bilhões de reais de investimentos que vão ser feitos no próximo um ano e meio, para terminar aquilo que falta para ligar até o Porto de Santos. Estando pronto, nós vamos ter a ligação Itaqui-Santos, uma grande espinha dorsal ferroviária, onde vão se ligar, como o presidente falou, costelas, vão se ligar ramais. Como a ferrovia de integração, Oeste-Leste, que está andando bem com a hora da Valec, que vai para a concessão no primeiro semestre do ano que vem. E a ferrovia de integração do Centro-Oeste, que a gente assina o contrato esse ano, inicia obra ano que vem, no final do mandato do presidente Bolsonaro ela vai estar pronta e nós vamos fazer a Concessão. E aí, é o uso da criatividade. Nós estamos pegando uma outorga, obrigando a fazer uma construção ferroviária com essa outorga. No final das contas, a gente vence o risco de engenharia, vence o risco ambiental, aquilo que tinha valor presente líquido negativo passa a ter valor presente líquido positivo. A gente licita a concessão e aufere nova outorga.
Então, é uma forma criativa de colocar dinheiro para dentro e colocar a infraestrutura para dentro. Então nós vamos fazer, vamos tocar a concessão da Ferrogran, vamos tocar a extensão da Ferronorte até Cuiabá, podendo avançar. Nós vamos fazer a ferrovia de integração do Centro-Oeste, a ferrovia de integração Oeste-Leste e as prorrogações de contratos que vão gerar também aí aumento de capacidade. Por exemplo, a prorrogação da malha paulista, que está agora para julgamento no TCU, vai elevar a capacidade 35 milhões de toneladas para 75 milhões de toneladas. Esse excedente de oferta, faz com que o concessionário busque mais carga. Buscar mais carga, o frete fica mais barato.
Então, é o que está sendo feito, é o maior programa ferroviário dos últimos anos. Já estamos pensando como é que nós vamos fazer na Malha Sul para, por exemplo, repotencializar a linha que vai de Porto Alegre até Sumaré, em São Paulo. E aí, no futuro, a gente vai poder ter carga vindo da Zona Franca de Manaus até Marabá, embarcando na Ferrovia Norte-Sul e sendo distribuída para o Brasil inteiro. A gente viu aqui fora o trem montado, com o containers empilhados. A gente iniciou as operações double stack, que não eram feitas no Brasil, isso proporciona mais capacidade. Então, além das commodities, nós vamos transportar muita carga geral. Isso já está acontecendo de Rondonópolis para Santos e vai acontecer de Santos para Anápolis, de Anápolis para Santos. Então, carga frigorificada, carga conteinerizada. Então, é uma verdadeira revolução que vai levar a participação do modo de transporte rodoviário de hoje, 15%, para 29% em 2025. Então, é a previsão que nós temos. No final das contas, isso é ganho, em termos de economia de combustível, em termos de emissão de CO2, ou seja, a gente reduz muito a quantidade de emissões. Ganho em termos de frete, nós vamos ter frete mais barato, então é reequilibrar a matriz de transporte.
Mais na frente um pouco, em agosto, a gente deve estar lançando um programa para cabotagem, que é outra iniciativa importante para reequilibrar a matriz e para proporcionar custos mais baratos.
Guedes tem falado muito no choque de energia barata. Nós estamos fazendo o choque de transporte barato.
Jornalista: Presidente, presidente...
Presidente: Tereza Cristina. Não, espera aí, o repórter aqui sou eu. Tereza Cristina, a importância para o agronegócio, dessa ferrovia.
Ministra Tereza Cristina: Olha, eu acho que isso, primeiro, traz brilho nos olhos dos produtores. O nosso grande gargalo sempre foi a logística. E agora o produtor sonha, e não só sonha, agora ele está vendo a esperança dele mais perto, de pôr mais dinheiro no bolso. Porque ele produz muito, produz bem, da porteira para dentro, mas o grande gargalo era a logística. No Brasil, 40% do custo do produto é na logística, e isso pode ficar no bolso do produtor e fica no no bolso do produtor, fica no município, na cidade, e faz a economia girar, nos pequenos municípios principalmente.
Então, olha, presidente, o senhor inaugura aqui, hoje…
Presidente: Por isso que ela vale por dez.
Ministra Tereza Cristina: O senhor inaugura aqui hoje a esperança dos produtores, com tudo isso que o Tarcísio vem fazendo, e na velocidade que nós esperamos, produtores rurais e eu, como ministra da Agricultura, compartilho dessa alegria aqui, hoje. Obrigada.
Jornalista: Presidente…
Presidente: Uma última aqui, depois vão ser vocês, tá? Democraticamente. Agora, o que representa para Goiás e Centro-Oeste essa obra aqui, Caiado?
Governador Caiado: Presidente, eu acho que na cabeça de muita gente ainda não caiu a ficha, como dizem os mais jovens. Vocês não podem imaginar o que é isso hoje para o nosso estado de Goiás. É algo de uma proporção inimaginável, diante da logística que está sendo implantada no estado, onde você converge um porto seco, uma ferrovia que é um esqueleto norte a sul do estado, coluna vertebral inteirinha aqui, e agora se aliando com a ferrovia transversal que sai exatamente do Mato Grosso, sai de Mara Rosa, em Goiás e vai até Água Boa, no Mato Grosso. Junto com a duplicação que o presidente vai determinar, e o ministro Tarcísio, a partir do final do ano, a duplicação da BR-153, mais 850 Km de Anápolis até o Tocantins, então vai atravessar todo o Tocantins.
Essa logística de estarmos aqui, no centro geográfico do País, hoje, com essa fronteira, que é o Centro-Oeste, aonde as regiões outras, do Sul, relativamente já foram bem ocupadas, esse será o grande avanço que nós daremos. Será o grande momento da virada do Centro-Oeste, em termos de renda per capita, de qualidade de vida, de emprego. Então, isso é que é o importante.
Eu acho que essa obra, hoje, ela tem que ser comemorada, sim. Como é o aniversário da nossa cidade, hoje, 112 anos de Anápolis, e como anapolino nós estamos orgulhosos, porque nós sabemos que isso vai ser um marco do desenvolvimento do País. O País só tinha desenvolvimento na região litorânea. Mesmo a capital, no Centro-Oeste, nós não tínhamos aqui a logística necessária para sermos competitivos com os estados litorâneos.
O que o presidente está nos dando hoje é a possibilidade de dizermos, claramente: nós, amanhã, vamos ser competitivos como qualquer estado da Federação. Dentro do nosso Centro-Oeste aqui, equidistante de todos os pontos do País. E nós seremos uma referência num distrito agroindustrial, que é aqui o de Anápolis, outros que se construirão no decorrer desse desenvolvimento. O norte do estado de Goiás vai sair daquela situação de carência e vai ser uma região extremamente desenvolvida.
Então, esta oportunidade é que é importante que as pessoas saibam que, daqui a um ano e meio - está certo? -, um ano e meio, esses vagões estarão aqui, indo até o Porto de Santos e trazendo mercadoria também para o Centro-Oeste e Norte do País.
Então, presidente, eu posso dizer que daqui uns anos, às vezes demora um pouco, mas as pessoas vão entender o que é que foi esse gesto hoje, que nenhum governo esperava. Como é que vai fazer, presidente? Em 90 dias o senhor fez uma concessão de uma ferrovia que está há 32 anos pedalando sem sair do lugar. Há 32 anos, gente. Ninguém mais acreditava nisso. O ministro Tarcísio, em 90 dias, colocou a empresa em licitação, fez a concessão. E, veja bem, o ágio dela foi mais de 100%. O ágio dela foi mais do que o valor apresentado, foi o dobro do valor apresentado.
Então, o Grupo Cosan e Rumo acreditaram nele, vieram para investir, e isso vai ser o grande diferencial que nós temos neste momento. Com a inclusão da região toda agora, que nós chamamos aí da Ferrovia da Integração do Centro-Oeste, a FICO, isso aí vai ser algo que vocês podem saber que, modéstia à parte, vai ser o Centro-Oeste que vai dar a parte nossa, agora, de pode alavancar o Brasil. Eu tenho certeza disso. Obrigado, presidente.
Jornalista: Presidente, Jussara Soares, reporter do O Globo.
Presidente: Me botou na capa do O Globo hoje, heim? Valeu. Um beijo.
Jornalista: Presidente, queria saber se o senhor tem mais detalhes sobre essa surpresa do INPE. São novos dados?
Presidente: Nã, olha só...
Jornalista: O senhor poderia adiantar, ou dar uma pista?
Presidente: O que eu pedi para dois ministros, da Infraestrutura e do Meio Ambiente? Que averiguassem os dados. Foi uma avaliação muito abrupta. É a mesma coisa: você está gastando 200 reais de energia elétrica na tua casa, de repente passa para 400, alguma coisa aconteceu, tem um gato, não é? Alguma coisa aconteceu. E a desconfiança nossa é por aí, porque eu sei que existe dados lá que são alertas de desmatamento. Alerta não é desmatamento. Você pode ver, talvez Tereza Cristina, como ela bem sabe, naquela área, por exemplo, na Região Amazônica, 80% é reserva. Aqueles 20% que podem ser usados, por algum tempo o fazendeiro deixou sem fazer nada lá e dali a alguns anos ele foi desmatar. Isso é um alerta. Nesse alerta, você vai tomar conhecimento se aquela área podia ser desmatada ou não. É isso que acontece.
Então, um dado muito abrupto, vamos... realmente porque atrapalha a gente nos comércios, na… Nós estamos nos aproximando dos Estados Unidos, da Coreia do Sul, do Japão, vamos consolidar o Mercosul, atrapalha a gente. E nós temos que, ao dar um dado importante como esse, a pessoa responsável, ela tem que ter certeza do que está falando. Ninguém quer censurar ninguém, não, mas tem que ter certeza do que ele está falando. Não podemos ser pessoas para ganhar holofotes - não estou dizendo que seja o caso dele - pode até ser que ele esteja certo, vamos saber nas próximas horas. É fazer o Brasil ir para frente aí.
Jornalista: É detalhar melhor? Presidente, é detalhar melhor os dados?
Jornalista: É uma revisão.
Presidente: Não não é revisão. Aquilo foi... Alerta de desmatamento, é uma coisa, desmatamento é outra. Tem dois órgãos lá que trabalham.
Ministra Tereza Cristina: Tem dois processos
Presidente: São dois processos, está certo?
MInistra Tereza Cristina: Um que é o Deter, que foi o que foi analisado. E detecta o quê? Ele faz um alerta: olha, estão desmatando, apareceram clareiras. Agora, isso pode ser dentro da legalidade, isso não quer dizer que está ilegal. Então, o Deter, ele faz o quê? O alerta. Depois tem um outro, que vai ser divulgado, que é divulgado de tempos em tempos, que aí faz a verificação se essa abertura é sobre área legal ou não.
Jornalista: Então o de hoje não é o alerta, é o desmatamento mesmo?
Ministra Tereza Cristina: O dado real.
Presidente: A gente espera hoje é de dar o dado real para vocês. E estudo aberto.
Jornalista: Presidente, mais uma pergunta: houve...
Presidente: No mais, não posso falar mais nada, não tenho certeza.
Jornalista: (inaudível)
Jornalista: Presidente, Luciana Amaral, repórter...
Presidente: Oha, nós, aí, estamos ajudando rádio amador. Sei que não é o que você perguntou, tá? Radioamadores, a Anatel cobrava uma taxa de 200 reais para 10 mil radioamadores do Brasil. Conversamos com o nosso ministro da Ciência e Tecnologia, o Marcos Pontes, com a Anatel, e a partir de outubro, novembro, essa taxa deixa de existir. Cem mil radioamadores vão ficar aí, mais tranquilos, e sem pagar uma taxa que, com todo respeito, não tinha justificativa de existir. Questão de rádios.
Jornalista: Presidente, Luciana Amaral, repórter do Uol, à sua direita.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Muito obrigado à Câmara Municipal. Não sei se foi unanimidade ou não. Foi nominal a votação? Três não votaram?
___________: Três do PT.
Presidente: Petista.. Foi até bom, foi até bom.
Jornalista: Presidente, mais quatro presos, detentos, morreram em Altamira, no deslocamento. Eu gostaria de saber se...
Presidente: No deslocamento?
Jornalista: No deslocamento.
Presidente: Estavam feridos, com toda certeza, não é?
Jornalista: O senhor pretende...
Presidente: Com toda certeza devia estar ferido, não é isso?
Jornalista: O senhor pretende...
Presidente: Porque a ambulância, quando pega uma pessoa até doente, no caminho ela pode vir a falecer. O que que eu pretendo fazer? Fala.
Jornalista: Então, o senhor pretende fornecer alguma ajuda, por meio do Ministério da Justiça?
Presidente: Ajuda para quem? Ajuda para quem?
Jornalista: Para o estado, para a situação.
Presidente: Para o estado? Ah, tem o Fundo Penitenciário. Se puder botar em prática, a gente (...). Agora, pessoal, problemas acontecem, está certo? Se a gente puder… Vou conversar com o Moro nesse sentido. Eu sonho com presídio agrícola. Eu sei mudar o artigo 5º da Constituição é cláusula pétrea, não é? Mas queria que tivesse trabalho forçado no Brasil, para esse tipo de gente, mas a gente não pode forçar a barra, tá? Ninguém quer maltratar nenhum preso por aí, nem quer que sejam mortos. Mas é o habitat deles, não é? Esse é o habitat deles. E eu fico com muita pena, sim, dos familiares, das vítimas que esses caras fizeram no passado. Então, a gente espera que seja resolvida essa questão. Se a gente pudesse obrigar o trabalho, obrigar, eu sei que existe o trabalho hoje em dia, existe, não é? Um acordo. Mas se pudéssemos ter uma autoridade em cima do presidiário, como o americano tem, seria muito bom para nós.
Jornalista: Presidente, Luciana Lima, do Metrópoles. Aqui à direita, presidente.
Presidente: Gostei da direita, aí.
Jornalista: Presidente, aqui. Presidente, a ex-presidente Dilma deu uma entrevista hoje, à Folha de São Paulo, disse que muitos aliados do senhor estão arrependidos, aí, por atitudes...
Presidente: Muitos o quê?
Jornalista: Muitos aliados e muitas pessoas que o ajudaram estariam, aí...
Presidente: Bom, Dilma e Folha, não preciso falar mais nada, não é?
Jornalista: Constrangidos por atitudes pouco civilizadas, presidente.
Presidente: Não precisa falar mais nada. Nem precisa responder.
Jornalista: O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Presidente: Não, eu não estou… A Dilma agora é referência para alguma coisa? Meu Deus do céu! Tá com problema de energia aqui, no Centro-Oeste? Dá para estocar vento aqui, ô Caiado? Pelo amor de Deus! Tu cita a Folha de São Paulo e cita Dilma Rousseff. Desculpa aqui. Outra pergunta, por favor.
Jornalista: Aqui, presidente. Presidente, à sua direita, olha. Aqui, presidente. Presidente, é Rádio São Francisco, Anápolis. Evaristo, Rádio São Francisco, Anápolis. Agora há pouco o Ronaldo Caiado, governador de Goiás, falou sobre a importância da Ferrovia Norte-Sul para o estado de Goiás e também para o Brasil, o senhor também falou sobre isso. Agora, qual a importância de Anápolis, estrategicamente, nesse processo, presidente?
Presidente: Anápolis é o coração do Caiado. Todas as cidades são importantes. O evento é em Anápolis, que é um ponto central dessa obra. O governador é daqui também, participou ativamente para que esse contrato fosse assinado. Todas as cidades são importantes. Nós estamos falando do Nordeste. Nós estamos unindo o Nordeste, lá o Porto de Itaqui, a Santos, não é? Sudeste. Para nós não tem essa história de uma região, um estado ou outro. O que puder fazer, o que o Tarcísio priorizar que… Ele é quem prioriza, ele é a pessoa que… Ele é o meu Ademir da Guia, não é? Ele é que está no meio de campo e que vai levar avante aquilo que achar que é melhor para o Brasil e ter recurso para tal.
Eu até aproveito, em nome do Tarcísio, aqui, cumprimentar o Exército Brasileiro que, em muitos pontos do Brasil está aí fazendo obras, recapeando, asfaltando, tapando buraco, muitas vezes, e trabalhando aí, sábado, domingo e feriado. Um soldado ganha, um soldado engajado, ninguém está pedindo dinheiro para o soldado, não, não o soldado engajado ganha, por dia, 2% do soldo, dá mais ou menos 25 reais por dia, está certo? E esses bravos, aí, estão, realmente, vestindo a camisa do nosso Brasil.
Jornalista: Obrigado, presidente.
Presidente: Vamos bora aí, pessoal. Vamos embora aí.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Não sei, não sei. Eu não sei se vou almoçar aqui. Quando atrasa a agenda, geralmente eu cancelo o almoço, está certo? Pessoal, obrigado aí. Até a próxima aí. Obrigado pela capa do O Globo, aí, valeu?