Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após a Solenidade de Lançamento de Linha de Crédito do BNDES para Organizações Filantrópicas- Brasília/DF
Brasília/DF, 13 de junho de 2019.
Jornalista: Presidente, o senhor se emocionou com o encontro (...)
Presidente: Eu estive com o cirurgião-chefe, que me operou no dia…
Jornalista: O que que foi na testa?
Presidente: Não é chifre não, fica tranquilo. É problema de pele, eu estou tratando. Nada grave.
Jornalista: O senhor está indo para o Norte, mas o senhor tem, deixa uma preocupação aqui no Centro oeste, que é a votação, a leitura do relatório. O senhor ficou satisfeito com o relatório ser tratado desse jeito?
Presidente: Olha só, a gente quer que (...) o menos possível. Mas, nós queremos aprovar reforma da Previdência. O que o parlamento fizer, nós obviamente, acataremos e é sinal que eles descobriram que tem coisa que pode ser alterada e vamos aceitar obviamente.
Jornalista: Segue a luta na apresentação de emendas para que seja devolvido para o texto os estados e municípios?
Presidente: Olha, é uma briga mais interna, não me bote nessa, me inclua fora dessa, tá? E parece que é uma tendência do parlamento tirar estados e municípios. Porque o que acontece? O chega para mim aqui é que alguns governadores querem aprovar a reforma da Previdência, mas que de modo que seus deputados votem contra. Não quer sofrer algum desgaste. Em toda batalha algum desgaste tem. Mas os governadores pensam dessa maneira. Parece que há uma tendência dos parlamentares tirar os estados e municípios. Daí o governador vai ter o seu desgaste dentro do próprio estado.
Jornalista: (...) a reforma fica meio inócua sem eles, não é?
Presidente: Não, olha só. Logicamente você tem que olhar para todos os entes federados. Mas no caso, como uma parte considerável ou alguns governadores não entendem dessa maneira, o desgaste vai para eles. A economia que o Paulo Guedes fala é no tocante à área federal. Os estados sabem onde aperta o seu calo. Os municípios também. E a maioria deles estão com problemas, vão ter que fazer uma reforma. Poderiam somar-se a nós nesse momento, mas parece que não querem. Se esse é o sentimento deles, se esse é o sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles.
Jornalista: ...veja a diferença. Quanto maior o poder, maior a humildade, presidente.
Presidente: A capitalização, é outra coisa. Nós apresentamos a nossa proposta. Nós não somos o dono das leis. Mesmo medida provisória que tem efeito imediato, depois de algum tempo ela pode ser alterada e até ser rejeitada. Então, a capitalização interessa, mas gostaríamos que fosse mantida a capitalização e vamos lutar nesse sentido.
Jornalista: E o Decreto de armas sofrendo…?
Presidente: A derrota não é minha. Eu não acredito que o parlamento vá derrotar o povo. Decidiram em 2005, pelo direito de comprar armas e munições. E eu não fui além do que está previsto na Lei do Estatuto do Desarmamento. Apenas botamos limites ali, porque muita coisa está em aberto e a legislação nos dá esse direito, via decreto, adequar a lei em sua plenitude. O que nós fizemos? Não tem nada de inconstitucionalismo, nosso sentimento, agora, não pode uma parte da população, a de má índole, está muito bem armada e cidadão de bem, por lado de cá, está desarmada.
Jornalista: O senhor encerrou outro dia uma entrevista…
Presidente: Não, se (...) eu encerro aqui agora.
Jornalista: Não, o senhor já fez gestos, ontem também o senhor repetiu um gesto…
Presidente: Olha só, ontem foi o dia dos namorados. Em vez de eu chegar em casa e dar um presente para minha esposa, dei um beijo nela. Não é muito melhor? Eu dei um beijo hétero no nosso querido Sergio Moro, dois beijos héteros. Fomos lá na Marinha com ele. O que ele fez não tem preço, ele realmente ele botou, botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante a corrupção. A Petrobras quase quebrou, fundos de pensões muito quebraram. O próprio BNDES, falei agora há pouco aqui, nessa época 400 e poucos bilhões entregue para companheiros comunistas e para amigos do rei, aqui dentro. Ele faz parte da história do Brasil. Vazou, se eu vazar o meu aqui, tem muita brincadeira que eu faço com colegas ali que ia me chamar de novo e tudo aquilo que me chamaram durante a campanha. Aí houve uma queda criminosa, uma invasão criminosa. Se é o que está sendo vazado, é verdadeiro ou não. E depois, fui lá com o Moro. O Moro torce lá para o Maringá e fui com ele ontem aqui no Mané Garrincha, fomos aplaudidos, coisa que só acontecia lá atrás, quando o Médici ia no Maracanã.
Jornalista: Inaudível
Presidente: Normal é conversar com doleiro, com bandidos, com corruptos, isso é normal? Nós temos um (...) do lado de cá, para derrotar isso aí. Ninguém forjou provas nessa questão lá, da condenação do Lula. Valeu.