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Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após abertura da Sessão Plenária do Fórum Econômico Mundial 2019 - Davos/Suíça

Davos-Suíça, 22 de janeiro de 2019

 

 

Jornalista: (inglês)

 

Presidente: (...) realizar reformas como a da Previdência… Posso continuar? De novo? Nós pretendemos diminuir o tamanho do Estado, realizar reformas como, por exemplo, da Previdência e tributária, queremos tirar o peso do Estado em cima de quem produz, de quem empreende, queremos investir na nossa educação, um tanto quanto ainda não eficiente, tirarmos o viés ideológico dos nossos negócios, não teremos viés nem de um lado, nem de outro, visando o comércio com aqueles que comungam com práticas semelhantes à nossa.

Através da nossa equipe da economia, queremos diminuir nossa carga tributária. Através do nosso ministro de Relações Exteriores, buscar aprofundar cada vez mais os negócios e a aproximação com todos os países do mundo. Em suma, nós representamos, no momento, para o povo brasileiro um ponto de inflexão, onde, repito, a questão ideológica deixará, ficará de fora disso tudo.

Dessa forma, entendemos que temos muito a oferecer aos senhores, e gostaríamos, e muito, de fazer parcerias para o bem-estar dos nossos povos.

 

Jornalista: (inglês)

 

Presidente: É, com toda certeza o senhor Sérgio Moro é um homem conhecido por muitos de vocês. A ele foi incumbida essa missão ao ser alçado à posição de ministro da Justiça e Segurança, então ele tem todos os meios para seguir o dinheiro, no combate à corrupção e no combate ao crime organizado. É mudando a legislação e aperfeiçoando outra parte da mesma. Dessa forma, tenho certeza que atingiremos o nosso objetivo. Mas, tão importante quanto isso, a equipe de ministros que nós colocamos, todos eles indicados de forma técnica, sem a participação político-partidária.

Precisamos, sim, muito do Parlamento brasileiro e confiamos que grande parte do mesmo nos dará respaldo na busca do combate à corrupção, e na lavagem de dinheiro, dessa forma o Brasil será visto de forma diferente aqui fora.

 

Jornalista: (inglês)

 

Presidente: O meio ambiente tem que estar casado com o desenvolvimento. Nem pra um lado, nem para outro. Nós temos o agronegócio, que é de conhecimento de todos. Então, a parte da agricultura ocupa menos de 9% do território nacional. A pecuária, aproximadamente 20%. Hoje 30% do Brasil são florestas. Então nós damos sim, exemplo para o mundo. O que pudermos aperfeiçoar, o faremos. E nós pretendemos estar sintonizados com o mundo na busca da diminuição de CO2 e na preservação do meio ambiente.

 

Jornalista: (inglês)

 

Presidente: No tocante à América do Sul, tenho certeza, vou conversar com vários líderes regionais. Eles querem que o Brasil vá bem.

No tocante ao Mercosul, alguma coisa deve ser aperfeiçoada. Já conversei com o presidente da Argentina, Macri. Conversei também, de forma não muito profunda ainda, mas uma boa conversa, com o presidente do Chile, Piñera. Bem como o Marito, do Paraguai.

Nós estamos preocupados sim em fazer uma América do Sul grande, que cada país obviamente mantenha a sua hegemonia local. Não queremos uma América bolivariana como há pouco existia no Brasil em governos anteriores. Eu acho que esta forma de interagir com os demais Países da América do Sul vem contagiando esses países, e mais gente - não é? - de centro e de centro-direita tem se elegido presidente nesses países.

Creio que isso seja uma resposta que a esquerda não prevalecerá nessa região, o que é muito bom, no meu entender, não só para a América do Sul, bem como para o mundo.