Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após almoço no Ministério da Defesa - Brasília/DF
Brasília-DF, 21 de junho de 2019
Presidente: Quem falou em comprar drones? O que eu tenho conversado com ele, já falei para vocês agora de manhã, vai ter que ter um projeto para dar uma garantia jurídica para quem está em operações. A questão de drones, num segundo tempo a gente pode tocar nesse assunto também. Eu acho que nós devemos usar todos os meios para combater o crime, sem expor a vida do homem e da mulher (...)
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Não, não, não tem. Não está. Isso vai ser depois desse projeto nosso da garantia jurídica. Não tem data marcada para esse outro, não. Precisa ser muito bem estudado.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: São dois projetos. O primeiro, da garantia jurídica. Por exemplo, o nosso caso, que participa de GLO, como eu disse para vocês, e, num segundo tempo, é usar dos meios para poupar vidas e risco para o ser humano.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Não, não tem prazo não.
Jornalista: Mas a ideia dos drones é que ele poderia fazer o reconhecimento do terreno (...)
Presidente: Não, ninguém está querendo tirar nada não. Isso vai ser bem estudado esse projeto, num segundo tempo, depois da retaguarda jurídica, não só para as Forças Armadas, bem como para os policiais.
Jornalista: Isso da garantia jurídica, presidente, o senhor vai mandar para o Congresso quando?
Presidente: Não tem prazo, não. Mais algumas semanas, na próxima semana a gente encaminha se… Eu falei muito durante a pré-campanha dessa retaguarda jurídica. Então, por exemplo, os policiais, (...), que eu tenho contado com quase todos eles, todos eles temem muito mais um possível julgamento do que alguém atirando com uma ponto 50 em cima dele numa operação, está ok?
Jornalista: Bom, em relação à Reforma da Presidência, (...) Os líderes, o próprio presidente Rodrigo Maia, ele já está trabalhando com a possibilidade de não conseguir votar nesta quarta-feira, nesta próxima quarta-feira, na Comissão Especial. O senhor acha que ficar pronto na semana corre o risco da reforma, no Plenário, ficar para o segundo semestre?
Presidente: Bem, temos… A minha experiência de Parlamento: festa junina, geralmente o parlamentar, ele fica no seu estado, que é quase que uma festa religiosa isso aí. Se atrasar mais uma semana, não tem problema não, toca o barco aí.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Não, olha só. O que acontece? Abrindo o jogo para vocês aí. Os governadores, mais cedo ou mais tarde, espero que não, não é? Mas caso venham a pedir para mim GLO, eu vou querer a retaguarda jurídica, a garantia para os meus homens. Eu, como chefe supremo das Forças Armadas, eu só posso pagar uma missão para um soldado, para um subordinado se, ao término da missão, ele possa ser condecorado e não processado. Obrigado aí.