Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após cerimônia de inauguração do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional de Macapá – Alberto Alcolumbre - Macapá/AP
Macapá-AP, 12 de abril de 2019
Presidente: Nós sempre tivemos próximos, eu o conheço há anos, como deputado federal, incrível colega de futebol lá em Brasília. E ele tá sendo uma pessoa muito importante na condução dos trabalhos lá dentro do Senado Federal. É um parceiro, um amigo e estamos falando a mesma linguagem nos assuntos que interessam ao Brasil.
Eu não sei a quem você atribui tempo perdido. Eu fiquei 17 dias dentro de um hospital, depois de convalescência em casa, fiz viagem internacional extremamente importante para o Brasil. Agora, o governo é muito grande, e a responsabilidade nossa é do mesmo tamanho do Legislativo. Então, com todo o respeito, não houve tempo perdido, nós estamos é juntos e o Brasil está acima de mim e acima deles e vamos tocar esse barco, com toda a certeza, vamos vencer desafios e colocar o Brasil no local de destaque que ele merece.
Jornalista: (incompreensível)
Presidente: Olha, o que aconteceu? Eu liguei para o presidente, sim. Eu me surpreendi com o reajuste, 5,7. Eu não vou ser intervencionista, não vou praticar políticas que fizeram no passado, mas eu quero os números da Petrobras. Tanto é que na terça-feira convoquei todos da Petrobras para esclarecer porque 5.7% de reajuste, quando a inflação projetada para este ano, está abaixo de 5, só isso mais nada. Se me convencerem, tudo bem, se não me convencerem, nós vamos dar a resposta adequada para vocês, não sou economista já falei. Já falei que não entendia de economia, quem entendia afundou o Brasil, tá certo? Os entendidos afundaram o Brasil.
E eu estou preocupado também com o transporte de carga no Brasil, com o caminhoneiros. São pessoas que realmente movimentam as riquezas de Norte a Sul, Leste a Oeste, que têm que ser tratadas com o devido carinho e consideração. E nós queremos um reajuste, não é um reajuste, um preço justo para o óleo diesel.
Jornalista: (incompreensível)
Presidente: Olha nós sabemos que a Petrobras não é minha, é do povo brasileiro. E eu quero conversar com ele sobre esse percentual, sobre a política de preços, quanto custa um barril de petróleo tirado aqui do Brasil, quanto custa lá fora, onde é que nós refinamos, a que preço, a que custo, eu quero o custo final. Mostrar para a população também, que sempre critica o governo federal, o ICMS é alto, é um imposto altíssimo, tem que cobrar de governador também, não é só do presidente da República, não. Então essa política de cada vez mais impostos mais altos, buscando tirar, de forma até fácil, da bomba do posto de combustível, nós temos que ver de quem é a responsabilidade, que o Brasil não pode continuar com essa política de preços altos de combustível. Mas não pelo canetaço e não pela imposição do chefe do Executivo, em hipótese alguma isso vai existir.
Jornalista: (incompreensível)
Presidente: O Exército não matou ninguém não. O Exército é do povo, tá certo? A gente não pode acusar o povo de ser assassino, não. Houve um incidente, houve uma morte, lamentamos a morte de um cidadão, trabalhador, honesto e está sendo apurado a responsabilidade. Que no Exército sempre tem um responsável, não existe essa de jogar para debaixo do tapete. Vai aparecer o responsável, uma perícia já foi pedida, para que realmente termos a certeza do que aconteceu naquele momento. E o Exército, na pessoa do seu chefe, do seu comandante, Ministro da Defesa, vai se pronunciar sobre esse assunto e, se for o caso, eu me pronuncio também. Com os dados na mão, com os números na mão, nós vamos assumir nossa responsabilidade e mostrar realmente o que aconteceu para a população brasileira.
Jornalista: Presidente, a Amazônia vai continuar sendo nossa ou vai para os Estados Unidos, presidente?
Presidente: Olha, estava indo para outros países não é? O que eu quero é parcerias com qualquer país do mundo para bem explorarmos, de forma adequada, as riquezas que temos na Amazônia. Se você estudar um pouquinho mais - com todo respeito, a você tá? -, com essa indústria de demarcação das terras indígenas que nasceu lá atrás, depois que o Figueiredo deixou a Presidência, pode mais cedo ou mais tarde, pelo que tudo mostra, nós perdermos a Amazônia, porque novos países poderão passar a existir aqui dentro do Brasil.
Faltou perguntar aqui sobre o Colégio Militar. Vamos botar um colégio militar aqui em Macapá, ou não? Vamos, não é? A Renca. Vamos explorar a Renca, de forma racional ou não vamos? Tá ok? O Amapá é um estado rico e com bons políticos, pode ter certeza que essa riqueza será repartida com todos aqui do nosso querido estado.