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Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro após evento na UNIBES - São Paulo/SP

Presidente: Obrigado pelas palavras, Dória. Você praticamente abordou todas essas (....) estou conhecendo a Unibes hoje. Fiquei emocionado com o espírito fraterno que eles têm em ajudar o próximo. Realmente, isso nos comove e mostra o lado que pouca gente conhece do Brasil. Pessoas da sociedade paulistana e paulista colaborando com os mais necessitados. Então, meus cumprimentos a Unibes.

Jornalista: Presidente, a Unibes chegou a fazer um convite à primeira dama Michelle Bolsonaro para que seja uma das multiplicadoras, uma das apoiadoras do trabalho  que é feito em São Paulo. Que participação o senhor acredita que ela pode ter neste ou em outros eventos sociais?

Presidente: Primeiro, eu tenho que conversar com ela porque ela manda muito mais do que eu e eu não posso assumir essa posição de vanguarda. Mas, tenho a certeza, obrigada Eduardo pelo questionamento, que ela fará todo o possível para humildemente colaborar para que a Unibes seja mais forte e abrangente.

Presidente: Eu queria só saber do senhor, então, quais as notícias que os médicos trouxeram para o senhor. Foi um dia importante da avaliação. Já está liberado ou não?

Presidente: Pra tudo! Até para um churrasquinho.

Jornalista: Opa.

Presidente: Fiz exame de esteira, de esforço e, graças a Deus, dada a minha vida pregressa de atleta das Forças Armadas, de não fumar, e de ter uma vida bastante regrada, a minha recuperação, apesar da idade, o Dória vai chegar lá um dia ainda,  com 64, graças a Deus, me deram aí oitenta por cento de condições físicas e, nas próximas semanas, estarei cem por cento.

Jornalista: Presidente, o senhor está há 15 dias de completar cem dias de governo. O que o senhor gostaria de anunciar como feitos desses primeiros cem dias, daqui a duas semanas, e também anunciar como os próximos passos do seu governo para os duzentos dias?

Presidente: Você quer um furo de reportagem e, infelizmente, eu não posso dar para você. Até na reunião de ministros, no dia de ontem, discutimos bastante isso para deixar que isso né, as realizações, fossem divulgadas no dia D mais cem, que está se aproximando. No mais, no dia a dia, vocês sabem que temos feito muita coisa, não é?

Nossa viagem para os Estados Unidos foi excepcional. Tivemos o apoio para a entrada na OCDE e temos a possibilidade de entrar também como grande aliado na OTAN, e o Trump até nos disse que ele vai tentar mudar o regulamento para que o Brasil entre na OTAN como realmente um integrante, um membro. Nossa ministra da Agricultura fez muitos contatos, basicamente resolveu-se a questão do etanol, do açúcar, porque é bastante complicado. Tratou também da questão da soja, que os Estados Unidos está aí basicamente num namoro bastante avançado com a China, reatando, e tem reflexo para nós aqui. E nós, aqui, com outras coisas muito importantes, que o Dória participou comigo hoje...Nós estamos muito preocupados com ciência e tecnologia, é uma segunda viagem no corrente ano do ministro Marcos Pontes comigo para Israel, para aprofundarmos nessa área. Eu quero fazer algo parecido, já está bastante adiantado, e que foi feito nos anos 70, onde lá atrás se mandavam os jovens para fora para aprender agronomia. Nós queremos mandar nossos jovens para Israel para ver como é a agricultura no deserto. Porque lá a precipitação pluviométrica é menor do que o semi-árido nosso nordestino. Queremos, mais que trazer a tecnologia, trazer o povo de lá prá cá, mas fazendo um intercâmbio, botar a garotada vai para lá para aprender isso, para aprender como se pratica aquicultura no deserto.

A questão, também, de segurança, isso é muito importante. Vai gente do nosso ministério para tratar desses assuntos. Ou seja, Israel é um grande irmão nosso. Tivemos um excelente contato no Chile com o Piñera. O corredor bioceânico começa realmente com mais força, a partir de agora. Há o entendimento de todos nós que isso é muito importante (...) o que nós exportamos para a China. Vai reduzir em torno de sete mil kilômetros, muita coisa ajuda para que esse produto chegue de forma mais competitiva lá fora e Israel agora é um (...) digamos assim.

Vamos fazer mais viagens, já acertei com o embaixador da China no segundo semestre minha ida para lá. Então, na parte externa, como disse o Dória agora há pouco, ali se nós fizermos o dever de casa, o Brasil tem tudo para decolar e o mundo está de olho nas nossas ações no próximo dia. Da minha parte, não existe nenhum problema com o parlamento brasileiro, sempre há uma tentativa de envenenar o relacionamento...Eu tenho um profundo respeito e admiração pelo Rodrigo Maia, pelo Davi Alcolumbre porque são pessoas importantíssimas no sucesso disso tudo, porque, afinal de contas, não é um projeto meu e não é o meu governo. É do Brasil. O Dória, o governo dele, está umbilicalmente ligado pelo o quê acontecer em Brasília nessas questões.

Jornalista: O senhor está se referindo à reforma da previdência? O senhor, hoje, ouviu aqui apelos de empresários, de importantes empresários, do próprio governador João Dória. O senhor tem ouvido o quanto essa questão é importante para o Brasil e o senhor próprio fez questão de ressaltar isso. O senhor está confiante na aprovação? De agora em diante, a reforma vai transitar de uma forma mais pacífica no Congresso?

Presidente: Olha, com o passar do tempo, ajuda os parlamentares a entender o que que é a reforma da Previdência. Eu já fui parlamentar por 28 anos. Eu sei o que acontece lá dentro. Sei das pressões que o parlamentar sofre por parte de setores da sociedade, mas estou fazendo isso não é por nós, nem por mim, nem pelo Dória, pra nós é quase para neto, não é Dória? O Brasil não vai (...) Entraremos em uma crise seríssima, talvez 2021, 2022, se não aprovar isso daí. Não tem capacidade de pagar mais. E é responsabilidade de todos, não é minha apenas, do presidente da Câmara e do Senado. É de todos nós! De Todos nós termos consciência, aprovar essa, essa e outras reformas também, que temos que fazer na questão tributária.

Jornalista: Sobre o parlamento, presidente, o senhor afirmou aqui, e afirmou lá dentro, que não tem problemas com o parlamento. Entretanto, agora há pouco, em uma entrevista na TV Bandeirantes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, mais uma vez falou a respeito. Disse que está na hora do seu governo começar e do senhor parar de brincar de presidir. Que resposta o senhor dá?

 Presidente: Olha, se foi isso mesmo que ele falou, eu lamento. Não é uma palavra de uma pessoa que conduz uma Casa, é muita irresponsabilidade. Brincar, vocês sabem, se alguém quiser que eu faça o que os presidentes anteriores fizeram, eu não vou fazer. Eu acho que já dei o recado aqui. A nossa forma de governar é respeitando todo mundo e, acima de tudo, assim de respeitar o colega político, respeitar o povo brasileiro (...) controlar.

Não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário. Eu lamento  as palavras nesse sentido, até quero não acreditar, Eduardo, que tenha falado isso há pouco aí para a televisão.

Jornalista: Presidente…

Dória: Me permite só evidentemente uma anuência, com a permissão do presidente, de dizer que, na qualidade de governador de São Paulo, esse é um momento de paz, é o momento de tolerância. Não é um momento de beligerância, não é um momento de estabelecermos aqui cisões entre o Legislativo e o Executivo, e nem tampouco o Judiciário. Eu sou testemunha, nesses últimos dias, eu até que tenho conversado com presidente, do esforço que ele tem feito para manifestar claramente o seu respeito pelo Congresso Nacional, o seu respeito pelas cortes Judiciárias do País. Eu acho que esse é o entendimento que deve prevalecer, porque é diante desse entendimento, resguardados evidentemente os poderes, o poder Executivo, que o presidente exerce, eleito como foi; o poder Legislativo, no Congresso Nacional, Câmara e Senado; e o poder judiciário, de cada um desses poderes cumprirem o seu papel mas dentro de um entendimento, de uma compreensão e de tolerância.

Hoje, eu sou testemunha das entrevistas, várias… Eu passei a tarde toda com o presidente, agora no início da noite, em todas as entrevistas que fez ele ofereceu um gesto de tolerância e compreensão. Compreensão para defender o Brasil, como ele acaba de dizer. O mais importante, neste momento, é a defesa do País e dos brasileiros, e a reforma da Previdência é fundamental para o País. O presidente já manifestou que ela é fundamental porque ela equilibra fiscalmente o País e, ao ser aprovada, ela abre as comportas de novos investimentos para o Brasil - fundamentais para a geração de empregos, geração de renda e a diminuição das diferenças sociais - é essa a defesa que o nosso presidente tem feito. Essa é a defesa que todos aqueles que são líderes no Brasil farão também.

Jornalista: Só queria saber do senhor sobre a apresentação que o senhor recebeu do grafeno, queria que o senhor falasse a impressão de hoje.

Presidente: Olha, eu sempre gostei de física, gostei de estudar exatas. O grafeno tem uns oito anos que eu comecei a estudá-lo. Fui aqui no Miracatu, aqui do lado, aqui no Vale do Ribeira. Fui conhecer as montanhas de grafite que tem lá. Nós temos uma das maiores reservas de grafite do mundo. Precisamos de tecnologia para tirar o grafeno e usá-lo. Vocês já ouviram falar de bombril, que tem mil e uma utilidades. O grafeno tem mais utilidades que o bombril. A expectativa é que, nos próximos dez anos, a economia do mundo girará em torno de um trilhão de dólares com as maravilhas do grafeno e uma coisa está para sair da prancheta é uma super bateria de grafeno. O seu carro poderia ser recarregado em poucos segundos. Você já imaginou a revolução na economia automobilística? De veículos movidos à energia elétrica. Só isso é apenas uma coisinha para falar para vocês. Então, o grafeno é isso aí. Vale a pena estudar, parabenizo a Universidade Mackenzie por estar à frente nessas pesquisas, tem  pesquisador do mundo todo lá dentro e nós queremos é que o Brasil, o Dória também como Estado. Nós abrimos aqui para que a universidade nos use, para que seja potencializada a pesquisa das maravilhas do grafeno para o bem do Brasil. Nós temos que ter a vanguarda da questão desse material do futuro.

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