Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após o Culto no Templo de Salomão -São Paulo/SP
São Paulo/SP, 01 de setembro de 2019
Jornalista: Presidente, eu queria que você falasse um pouquinho. Ano passado, em 2018, a Universal auxiliou mais de 14 milhões de pessoas, por meio de suas ações sociais. Respeitando a lógica lá em cidade do Estado, de que forma o senhor vê a importância das ações sociais da Igreja Universal e de tantas outras igrejas, como forma de colaborar com o Estado?
Presidente: Eu tenho dito que o Estado é laico, mas sou cristão. A fé é que faz as pessoas acreditar que ela pode mudar e ela pode vencer. O exemplo de várias religiões se faz presente no Brasil. A história do próprio Edir Macedo que, respeitosamente - um pouco parecida com a minha -, é uma prova que a gente pode vencer a todos esses obstáculos. Mas depois de chegar lá, mais ainda nós temos que nos apegar naquele que nos criou.
Jornalista: Como é que foi, como é que está sendo a experiência hoje, presidente? O que que mais marcou o senhor até agora? Tive a oportunidade de assistir a consagração.
Presidente: Primeiramente foi a pessoa humilde do Edir Macedo que mais marcou. Porque ele tem uma imagem para quem não o conhece. É uma pessoa humilde, sincera e temente a Deus. No mais, nesse local onde estou, o Templo de Salomão, eu chamo - como no meio militar as oficinas - , cada local a gente vê uma réplica daquilo que é, naquilo que foi a vida daqueles que acreditavam em Deus, lá em Israel. Trouxe uma parte disso para cá, que serve para estimular, serve para dizer àqueles que acreditam, que ele pode atingir os seus objetivos.
Jornalista: Presidente, qual foi sua impressão do Templo, da grandiosidade dessa obra, aqui, em São Paulo?
Presidente: Você só tem noção do que ela é vendo pessoalmente, como estou aqui. No passado, apenas por imagens não demonstrava a sua grandiosidade e bem como o recado que ela nos dá: de fé, de esperança e de crença no Senhor.
Jornalista: (...) do Jardim Bíblico, qual a impressão aqui sobre (...) ?
Presidente: Eu estive em Israel por duas vezes e, em grande parte, eu volto para aquele templo estando aqui neste lugar.
Jornalista: Presidente, como o próprio bispo Macedo disse, a gente está vivendo um momento aí que muitos princípios cristãos estão invertidos na sociedade. E nós cremos, aí, que o senhor foi nomeado para fazer tudo novo, tudo diferente. Quais são as suas prioridades a partir de agora?
Presidente: Eu comecei a aparecer para o mundo político no final de 2010. Quando o governo do momento, mais que um plano, ele tinha um projeto, em parte em andamento, de como destruir as famílias, de como desrespeitar crianças em sala de aula, bem como desgastar as religiões. Eu comecei a aparecer naquele momento para confrontar a isso que acontecer. Com o passar do tempo, a bancada evangélica, que sempre foi grande e respeitada na Câmara, se aproximou de mim e, grande parte, eles levaram avante essa proposta nossa de impedir este avanço sobre a família brasileira. Então, acredito que esta minha postura, e tendo a verdade acima de tudo, é que me trouxe a situação em que me encontro. E sabia das dificuldades, mas também sei que aquele que acredita, tem fé e se orienta, muitas vezes no silêncio, pode ser vitorioso.
Jornalista: Presidente, antes de vir aqui para o templo, o senhor passou por uma avaliação médica, como é que foi esse momento com os médicos lá? O que eles disseram? O que que o senhor poderia falar para gente?
Presidente: Eu devo ser submetido a uma cirurgia brevemente, mas faz parte da vida da gente. Até foi uma passagem na minha vida. Agradeço a Deus por ela e pela missão que tenho no momento.
Jornalista: O senhor pode falar como vai ser essa cirurgia?
Presidente: Não, por enquanto não, que está só em avaliação.
Jornalista: Minha última pergunta, presidente. A gente teve uma surpresa essa semana com o crescimento do PIB, a pergunta não vai ter mas. Eu queria perguntar para o senhor, aqui, o senhor deve esse crescimento e quais são as prioridades do governo a partir de agora para o crescimento ainda maior da economia, retomada de empregos?
Presidente: Creio que pela forma como eu consegui escolher 22 ministros. Pessoas competentes, pessoas que têm iniciativa e querem ajudar o Brasil. E o nosso trabalho em grande parte é descomplicar a vida de quem produz, é acreditar no próximo, é buscar incessantemente uma maneira de mudar a vida do povo. Isso vem acontecendo. Obviamente, não podemos fazer mais porque pegamos um Brasil arrebentando econômica, moral e eticamente. Mas, graças a Deus, estamos vencendo esses obstáculos. Agradeço a todos, não só da minha equipe, bem como do povo que acreditou e continuar acreditando em nós.
Jornalista: Presidente, a reforma da Previdência está bem caminhada, agora a agenda é a reforma tributária. Como é que tá o andamento dessas discussões? Qual que é o plano do governo daqui para frente?
Presidente: Quem está a frente, que já conhece a proposta, é um ex-parlamentar, que é o chefe da Receita, o Marcos Cintra. Estarei com ele na segunda ou na terça-feira, para que ele coloque com mais profundidade quais são essas propostas. E a minha opinião, não devemos esperar aprovação no Senado da reforma da Previdência para depois apresentar essa proposta de reforma tributária.
Jornalista: Obrigada, presidente.