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Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após Solenidade de Posse do Diretor-Geral da ABIN, Alexandre Ramagem

Presidente: Espero que seja boa tarde e, com toda certeza, será.

 

Jornalista: O senhor pode falar sobre o acidente lá da barragem na Bahia, se já há alguma providência do Governo Federal para ajudar, como foi com Brumadinho?

 

Presidente: Os nossos órgãos de defesa civil estão informados, estão tomando providência. Não temos como conter a onda, não é? E duas cidades, uma já foi atingida, a outra está na iminência de ser atingida. Não temos informações de vítimas e o governo está à disposição dos prefeitos locais para qualquer providência 

que porventura julguem necessário.

 

Jornalista: Houve algum pedido já, não?

 

Presidente: Não. Apesar de estar na Abin, até o momento não tive essa informação a que você se referiu.

 

Jornalista: Agora, o que se espera como uma das missões do novo diretor-geral da Abin em relação a essas cobranças que o senhor tem feito? Em relação ao sargento que foi pego com droga na Espanha e ao Adélio?

 

Presidente: A questão da Espanha. Está afeto, em parte, ao Comando da Aeronáutica, o inquérito policial militar; à nossa Polícia Federal, que tem colaborado. E ninguém mais do que nós quer esclarecer mais rapidamente esse fato. Acreditamos na possibilidade de ter, realmente, ter ramificações. E pelo montante até, do apreendido, como disse o general Heleno, até há pouco tempo atrás, isso ele não comprou na esquina e levou para lá. Então, eu acho que o importante não é apenas punir o responsável por esse ato que nos deixa bastante chateados, não é? É buscar a origem disso tudo. Sabemos que é difícil e, com toda certeza, quem pagou essa missão, que estava nessa quadrilha, está tomando providências aí  para abafar o caso. Agora, vamos fazer o possível da nossa parte. A Abin, em parte, participa disso tudo. Elucidar o caso e evitar que futuro aconteça um outro semelhante.

 

Jornalista: (inaudível)

 

Presidente: A questão do Adélio. Eu  acho que… Muito obrigado pela pergunta, não é? Coisa rara a imprensa perguntar sobre o Adélio. A Polícia Federal continua investigando. Tudo leva a crer que ele foi o executor de um ato programado, pensado, para exatamente abater aquele que, segundo os adversários, naquela época, achavam que eu tinha muita chance de me eleger presidente.

A gente sabe que tem um partido que, há pouco, deixou o governo e que tinha um projeto de poder, custe o que custar. Então, nós esperamos que a nossa Polícia Federal, logicamente a Abin também acompanha o caso, para a gente elucidar isso aí, porque não podemos admitir o que tentaram fazer comigo naquele momento.

 

Jornalista: Presidente, Fábio Murakawa, do Jornal Valor. A Câmara dos Deputados abriu, agora há pouco, uma sessão para apreciar destaques na PEC da reforma da Previdência. Esses destaques podem desidratar a reforma, não é? E algumas categorias podem ser beneficiadas, mais notadamente a dos professores. Queria saber se o senhor tem algum posicionamento em relação a essas possíveis mudanças na PEC que foi aprovada ontem, e um comentário aí, do senhor, sobre a aprovação da reforma em si.

 

Presidente: Ontem liguei para o Rodrigo Maia, o cumprimentei pela aprovação. Também nas minhas mídias sociais fiz o mesmo. Em grande parte, agora, o destino final dessa PEC, que será uma Emenda à Constituição, cabe ao Parlamento brasileiro, eu pouco influencio no momento. Eu espero que ela não seja desidratada. E se porventura tiver algo a ser corrigido, que o façam agora via destaque.

 

Jornalista: Presidente, o senhor havia dito que uma equipe iria para a Espanha interrogar o sargento que foi preso. Já foi enviada essa equipe? Que integrantes foram a esse…?

 

Presidente: Está a cargo do Comandante da Aeronáutica essa missão, está certo? Ele que transmitiu isso a mim. E se já não foi está na iminência de ir, porque interessa a todos nós a elucidação dos fatos.

 

Jornalista: Uma segunda pergunta. Gustavo Uribe, da Folha de São Paulo. Estava cotado o nome do ministro André Luiz para a AGU, nos últimos dias, do AGU para o STF. É um bom nome para o cargo?

 

Presidente: Olha, primeiro, da minha boca não saiu isso. Eu sei que ele é terrivelmente evangélico, isso eu posso garantir para você. Tem muitos bons nomes para o STF, (...) Supremo Tribunal, têm muitos bons nomes para lá. E o André Luiz é um nome que, com toda certeza, está entre uma lista aí, com muito apoio por parte do presidente.

 

Jornalista: Presidente, Manoela Albuquerque, do Portal Metrópoles. O senhor falou que não estava no radar da Abin, provavelmente, quatro meses antes da eleição. O senhor acha que a Abin deixou faltar segurança e teve o atentado do Adélio?

 

Presidente: Nem no radar da Abin, nem no de vocês da imprensa, nem dos especialistas e, muito menos, das pesquisas. Não estava no radar de ninguém, só no radar de Deus, está ok?

 

Jornalista: Outra pergunta: tem chance do autismo entrar no censo de 2020? Eu sei que é uma pauta da Michelle. Como que está isso? O senhor tem tendência a vetar?

 

Presidente: A Michelle tem um coração muito grande, tanto é que ela se casou comigo, está certo? E nós pretendemos atingir o máximo de pessoas que necessitam no caso do BPC. Agora temos um orçamento bastante restrito. Tem uma imagem de uma senhora, mãe, tirando um filho de uns 17 anos mais ou menos, com um problema semelhante, de uma rede, e ela faz um apelo para mim. Essa lei é antiga. Eu tenho conversado muito com o Osmar Terra, que é uma pessoa certa e bastante equilibrada e conhecedora, com profundidade, dessas questões, e ele diz, o que for possível fazer por todos que necessitam, ele fará. Agora, dependemos do orçamento. Você sabe, nós pegamos um Brasil com problemas éticos, morais e econômicos bastante graves.

 

Jornalista: Presidente, Jussara Soares, repórter do O Globo. Chegou uma informação aqui, agora, que o senhor vai indicar o Eduardo Bolsonaro para embaixador nos Estados Unidos. Essa informação confere? O que o senhor tem a dizer sobre isso?

 

Presidente: Você quer ver, o que que eu posso dizer para você? Ele já foi cogitado no passado. Aí levamos em conta, não é? Custo, benefício, como seria compreendido naquele país. Eu fiquei pensando um dia, imagina se tivesse no Brasil, aqui, o filho do Macri como embaixador da Argentina? Obviamente que o tratamento a ele seria diferente de outro embaixador normal. Agora, se eu não me engano, não tenho certeza, a legislação diz que no caso de um parlamentar aceitar uma indicação como essa, ele tem que renunciar ao mandato. Eu não tenho certeza, não é? E é uma coisa que está no meu radar, sim. Existe essa possibilidade. Ele é amigo dos filhos do Trump, fala inglês, fala espanhol, tem uma vivência muito grande de mundo, não é? E, no meu entender, poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado, perfeitamente, em Washington.

 

Jornalista: (inaudível)

 

Presidente: Agora você tem que perguntar para ele. Se a legislação disser que tem que renunciar entra mais um complicador para ele. Eu não quero decidir por ele o seu futuro.

 

Jornalista: Presidente, boa tarde. Luiz Fara Monteiro, da TV Record. Sobre a reforma da Previdência, eu gostaria de saber se o senhor considera, como alguns falam uma vitória mais do Planalto ou mais do presidente Rodrigo Maia? E a segunda...

 

Presidente: É do Brasil. O Rodrigo Maia tem consciência da importância. Nós não temos outra alternativa, apesar de a equipe econômica falar para não dizer isso, mas não temos plano B. Eu acho que seria um caos para o Brasil se essa reforma não passasse. Eu gostaria que não fosse necessário fazê-la. A esquerda acusa a gente que o pessoal vai trabalhar mais, etc., vai ganhar menos, um montão de coisas. Em parte eles têm até razão, mas se não fizer a reforma, ninguém vai ter aposentadoria. E quem está recebendo corre o risco de não receber no futuro, por problema de caixa.

 

Jornalista: E uma última pergunta: o Congresso já começa a discutir agora, também, a reforma tributária. Eu queria saber se vai ter o apoio do senhor especificamente, mais veemente, ou o senhor vai deixar que o Congresso discuta esse assunto para só então o senhor começar…?

 

Presidente: Te devolvo a pergunta, que apoio você acha que eu poderia dar a isso? Responda. Todo apoio, qualquer empenho meu será feito para a gente facilitar a vida de quem produz no Brasil. É muito fácil defender trabalhador. Eu defendo o patrão também. Alguém sabe quão é difícil ser patrão neste País? Ainda mais quando tem acesso a uma CLT que está engessada ao artigo 7º da Constituição. Não adianta termos uma legislação trabalhista onde direitos abundam e quase deveres não existem.

Então, o que eu tenho dito, disse durante a campanha, que o trabalhador um dia vai ter que decidir, menos direito e emprego ou todos os direitos e desemprego. Quem me critica, no tocante a isso, vá ser patrão, vá ver a dificuldade que é ser patrão de uma pessoa no Brasil. Para ter uma pessoa para te ajudar nos serviços corriqueiros da sua casa, a dificuldade que não é.

Então… Hoje, por exemplo, está, se não me engano, hoje está sendo feita a leitura do relatório da MP da liberdade econômica. Aquilo, nós estamos facilitando a questão da aprovação, da autorização tácita, quando você pede um alvará, em 30 dias, se a prefeitura não responder, está valendo.

Quer ver uma coisa que eu descobri? Eu pedi hoje para botar em pauta. Sabia que o meu pai está vivo, apesar de ter morrido em 95? O atestado de óbito tem validade no Brasil. A certidão de nascimento também tem validade. Se  bobear, você não nasceu ainda. Então, são essas pequenas coisas que formam um emaranhado de problemas para todos nós no Brasil. Nós temos que facilitar a vida de quem produz.

Digo, sim, o que for possível, que nos aproximemos da informalidade. É melhor até alguém trabalhando na informalidade do que não trabalhando. E a situação é complexa no Brasil e temos que buscar solução para isso daí.

 

Jornalista: O senhor vai conseguir desburocratizar o País, presidente?

 

Presidente: Nós temos… Como, por exemplo, o nosso projeto de lei sobre Código Nacional de Trânsito. Passando de cinco para dez anos, via o próprio Ministério da Infraestrutura, acabamos com os simuladores, menos 300 reais para você tirar a sua carteira. Por exemplo, se você tem um irmão médico, ou tio, ou amigo, por que você não pode conseguir um atestado de saúde para a sua carteira com ele? Por que tem que ir em algo indicado pelo respectivo Detran, gastando mais 300 reais? A questão dos pardais, no Brasil. Eu estou ajudando a diminuir a inflação, acabando com os pardais no Brasil. Porque, hoje em dia, quando um frete é acertado, o cara leva em conta que deve levar uma multa para ir e outra para voltar. Estou acabando com isso aí. Infelizmente, a Justiça está me obrigando a botar pardais. Olha a que ponto nós chegamos! Um presidente, quando fala em Rainha da Inglaterra, não é? No Brasil, é um governo, um presidente, que tem pouca autoridade, na verdade. Está na mão do Parlamento. Está na mão de terceiro, de cartório, de conselhos, uma dificuldade enorme. Mas sabia desses problemas, estamos enfrentando e, se Deus quiser, a gente vai entregar um Brasil melhor aí, em [20]23 ou [20]27, não é? Melhor do que eu peguei agora, em [20]19.

 

Jornalista: Presidente, Rudá Moreira, do SBT. Além do caso Adélio, também desse caso envolvendo um militar lá na Espanha, que o senhor mencionou, eu queria saber se também estará nas atribuições do novo diretor-geral da Abin, que o senhor acabou de dar posse, se os senhores conversaram sobre a invasão, suposta invasão de celulares de autoridades e, inclusive, do ministro Sergio Moro. Se também o senhor pediu alguma atenção especial a essa investigação e a algum suposto… algum tipo de reforço de segurança nos meios de comunicação do governo?

 

Presidente: Olha, eu estou com o mesmo telefone, tá? Não tenho sistema criptografado nenhum. Se invadir, pode achar uma piada, uma brincadeira que faço com o general Heleno, de vez em quando, nada além. Estou com a consciência tranquila. Agora, houve uma invasão, sim. Agora, aproveitando a Délis aqui, não é? Tem um telefone do advogado que a OAB entrou com uma ação para que não se entre o telefone do advogado do caso Adélio porque, com toda certeza, vai chegar nos mandantes dessa tentativa de homicídio para cima de mim, ok?

Nós, nós, políticos, autoridades, temos que ser transparentes. Mas obviamente não podemos concordar com esse tipo de invasão. Imagine invadir o meu celular ou o teu, nós dois somos casados com mulheres, obviamente, a mesma brincadeira que eu costumo fazer, se isso invade e chega na minha esposa que eu falei uma besteira ali, numa foto esquisita, e a situação, como é que fica? Acaba com o casamento. A privacidade tem que ser preservada.

 

Jornalista: Presidente, Renata Teodoro, da RedeTV. Ontem, o comentário do senhor sobre indicar um ministro evangélico para o Supremo, hoje, no café da manhã com a bancada evangélica o senhor voltou a falar sobre isso?

 

Presidente: Comecei a falar na pré-campanha, numa reunião com líderes evangélicos, já estava no Supremo um parecer favorável da PGR a questão de tipificar homofobia como se racismo fosse. E naquela época, você sabe, se alguém pedir vista no Supremo, o processo fica ali, na geladeira. Então, eu falei sobre isso aí. Agora, com toda certeza, esse “terrivelmente evangélico” vai ser também um profundo conhecedor da legislação e um jurista renomado.

 

Jornalista: Presidente, Júlia Lindner, do Estadão. O ministro Heleno falou no discurso que o senhor aconselhou ele sobre essa escolha para o diretor-geral da Abin. Em relação à PF, o senhor sentiu a necessidade de ter algum tipo de influência da PF no trabalho da Abin? Que tipo de conselho o senhor deu?

 

Presidente: Olha só, todos os ministros que eu escolhi, eu dei carta branca para eles. Porque eu tenho o poder de veto. Se o nome entrar no ministério X e eu chegar à conclusão que aquela pessoa é inadequada e devidamente fundamentado da minha parte, o ministro vai ter que escolher outro nome. Raros foram os nomes que eu vetei. Então, o caso, por exemplo, do Ministério da Justiça, o Moro, ele tem total ascendência sobre a Polícia Federal. O general Heleno me aconselha… Não é que eu aconselho, ele é que me aconselha, foi modesto. Ele que me aconselha. Quem sou eu para aconselhar? Não é o mais antigo não, não é? O mais vivido, experiente, 01 da Academia, (...), é um exemplo para todos nós. Apesar de ser de Cavalaria, não é? O único defeito dele é esse daí. Então, nós vivemos em harmonia e estamos fazendo o possível para levar o governo dessa forma, não é? Não aceitando pressões, você deve saber que tipo de pressões a gente sofre o tempo todo. É uma vontade grande de outro poder participar do Executivo. Sem problema nenhum, se indicar bons nomes. Mas nós temos que estar, através da Abin, de órgãos de inteligência, temos que nos antecipar a problemas e tenho informações precisas para bem decidir o destino do Brasil. E no caso do Heleno, aqui, é um grande conselheiro meu.

 

Jornalista: Presidente, cabe mais duas perguntas, presidente?

 

Presidente: Da Folha?

 

 

Ouça a íntegra (22mim17s) da entrevista do Presidente

 

Jornalista: Não, do O Globo.

 

Presidente: Do O Globo? Pois não.

 

Jornalista: Presidente, sobre o Eduardo, ainda, o senhor deu um prazo para ele? O senhor tem uma data limite para fazer essa indicação? E minha outra pergunta, já para o senhor já emendar, é sobre a sua reeleição. O senhor voltou a falar “ou 2023 ou 26”. Queria saber: o senhor já tem pensado sobre isso? O senhor tem uma posição ou um prazo, também, para se decidir a respeito?

 

Presidente: O Eduardo acabou de tomar uma grande decisão, não é? Já disse para vocês, quando um homem está cansado de ser feliz, o que que ele faz? Procura uma mulher, se casa com ela, para ser mais feliz ainda, tá? É o caso do Eduardo, no momento. E, logicamente, quando você renuncia a um mandato teu, para mim vai ser sempre um garoto, ele… a decisão é dele. Da minha parte, eu decidiria agora, mas não é fácil uma decisão como essa, estando no lugar dele, renunciando ao mandato, sendo o parlamentar mais votado do Brasil, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, está fazendo um bom trabalho. Se bem que o vice dele é o nosso príncipe, acho que faria um trabalho também tranquilo. Mas tem certas questões que, apesar de ser meu filho, ele é que tem que decidir.

 

Jornalista: O senhor defende o sim do Eduardo?

 

Presidente: É como um casamento, não é? Se falar sim, já conversei com a Defesa. E faz-se contato (...) com os Estados Unidos também. Quando a gente vai indicar alguns embaixadores existe o serviço de inteligência nosso que faz os contatos também. Porque nós temos que… Qualquer pessoa, em qualquer embaixada do Brasil, bem nos representar. É isso que nós queremos do Itamaraty, e conosco temos tomado esse cuidado todo aí.

 

Jornalista: (inaudível)

 

Presidente: Ainda não.

 

Jornalista: Não?

 

Presidente: Ainda não. Isso foi hoje que… Parabéns. O anão que dizem que tem embaixo da minha mesa agiu rapidamente. Chegou rapidamente a vocês essa informação aí.

 

Jornalista: E quanto à reeleição, presidente?

 

Presidente: A reeleição. O que acontece? Eu nunca trabalhei pensando em reeleição como parlamentar. Se a gente pensar em reeleição, a gente vai dizer sim para todo mundo. E o caminho do sucesso, como disse alguém no passado, eu não sabia, mas sabia do fracasso, é dizer sim para todo mundo. Se o Brasil entrar nos trilhos, etc., lá na frente, a gente decide no momento. Tenho um apoio enorme de muitos setores da sociedade.

Eu acho, não é? Não posso falar bem de mim. Eu acho que a gente está fazendo o possível, perto daquilo que nós recebemos do Temer. Em grande parte o Temer ajudou o Brasil, na reforma da CLT. E ele deu um grande passo na questão do Mercosul. Não é glória minha, não, são essas questões, o Temer deu um grande passo. Eu sempre dizia, no passado, que era contra o Mercosul, pelo seu viés ideológico. Quando nós assumimos, equipe econômica de primeira, comandada pelo Paulo Guedes, e achou-se que dava para levar tudo avante sem o viés ideológico e nós estamos fazendo. Tanto é que eu tenho uma viagem marcada aí, China… Me ajuda aí, pessoal. Estava montando quatro… Oriente Médio, Arábia Saudita. Nós aí buscamos fazer comércio com o mundo todo, abrir o mercado. O primeiro-ministro do Japão virá para o Chile no corrente ano, convidei a passar aqui na hora do almoço, para oferecer-lhe um churrasco com carne brasileira, diferente da carne australiana que eu comi lá. A da Austrália, com todo respeito, parecia que era um genérico, o nosso churrasco é bem diferente. E estamos fazendo essa política por todo o Brasil.

Hoje o ministro da Defesa anunciou que Portugal anunciou na compra, acho que de cinco KC 390. A Marinha ontem lançou um míssil que foi um sucesso. Logicamente é mais um passo rumo à não dependência nossa mais desse tipo de material. O Marcos Pontes - não sei se está aqui ainda - é uma pessoa excepcional, está vestindo o macacão de astronauta dele e rodando o mundo todo, fazendo acordos, buscando realmente interagir com outros países, que ciência e tecnologia é investimento. A gente lamenta só ter um orçamento bastante minguado.

 

Jornalista: (...) a resposta sobre 2026 ficou meio… o senhor meio tergiversou...

 

Presidente: Em 26? Você pode ser minha candidata em 26. Em 26 você pode ser a minha candidata.

 

Jornalista: Tá, mas qual é a resposta? Porque antes o senhor era taxativo...

 

Presidente: Não, não.

 

Jornalista: Não, na campanha o senhor foi taxativo com reeleição não.

 

Presidente: Não, na campanha eu falava… Délis, por favor, o que eu falava na campanha? Com uma boa reforma política eu jogo na mesa aqui a não reeleição. Mas você pode ver, vamos lá, aqui não tem nenhum bobo aqui, não é? Eu acho que o mais bobo que tem aqui sou eu. Você acha que os governadores aceitariam a não reeleição? Temos novos governadores em São Paulo, Brasília, Goiás, Rio de Janeiro. Você acha que aceitariam a não reeleição? Acho difícil.

 

Jornalista: Já que eles não aceitam, também, não é?

 

Presidente: Mas botar só para presidente? Todo mundo tem que estar no mesmo barco aí, pô.

 

Jornalista: (inaudível)

 

Presidente: Não, pode ser. A gente não sabe, em 26. Não quero queimar o Mourão agora. Por enquanto, o Mourão aí… Até parabéns ao Mourão. Está há uma semana aí sem necessidade de ter declaração para vocês, está certo? Mais alguma coisa aí, pessoal? Me dou muito bem com o Mourão, meu contemporâneo da Academia, de Artilharia, paraquedista. Tem um drone agora, não é? Que eu comprei lá. De vez em quando vou lá no Torto dar uma olhada no Mourão. Mais alguma coisa aí, pessoal?

 

Jornalista: Essa história do drone é verdade? O senhor está (...) drone?

 

Presidente: (risos) Obrigado, pessoal. Obrigado aí.

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