Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, na chegada a Brasília - Palácio da Alvorada
Palácio da Alvorada, 30 de junho de 2019
Jornalista: Dá uma palavrinha aqui para a gente. Como foi a viagem?
Presidente: Missão cumprida, atingi todos os objetivos. No meio do caminho, no meio do evento, houve a concretização do Mercosul. As informações que tive foram as melhores possíveis. Entra em vigor daqui a uns dois anos ou três, depende dos parlamentos. Vamos ver se o nosso aqui talvez seja um dos primeiros a aprovar, a gente espera. E a luta continua.
Jornalista: Sobre o Sargento, mais alguma declaração, presidente?
Presidente: Tem que ser investigado, não é? Ele vai... Jogou fora a vida dele, jogou na lama o nome de instituições, prejudicou o Brasil também um pouco, mas acontece em qualquer lugar do mundo, em qualquer instituição. Lamento todo o ocorrido. Meu grande lamento é que não foi na Indonésia. Aí seria um grande… mais um exemplo, não basta o Archer no passado, seria um grande exemplo agora. Mas tudo bem. Segue a vida.
Jornalista: E a agenda da semana, aí?
Presidente: Tenho… Está meio light amanhã. Pretendo ir no jogo do Brasil na terça-feira à noite, no Mineirão, e tem muita coisa a acontecer. E não é uma agenda. Tem muita coisa que entra extra pauta, não é? E coisas inopinadas. Espero que sejam coisas boas, mas sempre tem novidades.
Jornalista: E hoje, a manifestação? O senhor já viu algo na televisão?
Presidente: Estou aguardando. Já tive informações. Já tenho… Aqui em Brasília eu estou mais ligado. É um direito do povo se manifestar, está certo? Eu costumo sempre dizer que a união dos três poderes precisa fazer parte de nós. Temos que ter no coração, no sentimento nosso, não é? É uma coisa que pode levar o Brasil ao local de destaque que ele merece, porque temos tudo aqui: biodiversidade, riquezas minerais, áreas agricultáveis, área para turismo. Gostaria muito de começar logo o nosso plano de transformar aí a Baía de Angra numa Cancun brasileira. Mas para revogar um decreto, botaram uma lei que tem que ser outra lei. Um absurdo. O aparelhamento não é só de gente no Brasil não, é de legislação, que foram amarrando. É uma quantidade enorme de conselhos. Tem ministério que tem 200 pessoas num conselho, é equivalente a ⅓ do Parlamento. Não tem como você resolver. Não tem, é muito difícil. E tem que lutar contra isso devagar.
E vamos buscar fazer a coisa certa. Graças a Deus tem uma boa equipe do meu lado, escolhida por critérios técnicos. Por isso o sucesso da viagem. Por isso a Tereza Cristina, da Agricultura, o nosso Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, a equipe econômica do Paulo Guedes também presente. São pessoas que eles indicaram, de confiança deles, competentes, para resolver os assuntos. Se fosse para lá um ministro indicado por um partido, um secretário indicado por outro partido, não ia chegar a lugar nenhum, porque faltava para eles, com toda certeza, o compromisso de fazer algo pelo Brasil e não por aquele grupo que porventura indicou para aquela função aqui, no Brasil.
Jornalista: Vai descansar, presidente?
Presidente: Não, eu estou bem, eu estou bem. Tranquilo. Nós acertamos o fuso no primeiro dia, quando eu fui dar um passeio, sim, cheguei lá à tarde e fui dar um passeio lá, numa galeria, depois fui numa churrascaria, para se adaptar, não dormi naquele horário, para ficar em forma no dia seguinte. Em dois momentos, com delegação japonesa grande. Como eles vão para o Chile, isso é muito importante, eles vão para o Chile, eu pedi que passassem por aqui, falaram que passarão. E pedi mais, que passem no horário do almoço, que eu quero ofertar-lhes um churrasco com carne brasileira, porque o churrasco que eu comi lá, com carne australiana não tem graça, não é? É genérico, churrasco genérico lá. Aqui, sim, uma carne maravilhosa. Temos que abrir esse comércio para a carne, não só para o Japão, bem como para alguns países asiáticos. Isso é muito bom para o Brasil. Valeu, pessoal. Obrigado.