Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, na chegada ao hotel - Dallas/EUA
Dallas/EUA, 15 de maio de 2019
Presidente: Vamos lá? Estou muito feliz de estar aqui. À tarde me encontro com o Bush, amanhã tem o evento nosso, que seria em Nova Iorque mas, lamentavelmente, como o prefeito não me quis lá… E estamos sendo muito bem recebidos aqui. E o objetivo nosso, da viagem, será alcançada: aprofundar cada vez mais os laços de amizade e também de cooperação comercial com esse país que eu sempre amei desde a minha infância.
E é um prazer vê-los aqui, e também ter quase 90% dos votos de vocês. Meu muito obrigado pela confiança. Se Deus quiser… Vamos, vamos arrumar, está bastante desarrumado, tem muito trabalho pela frente mas, se Deus quiser, nós vamos cumprir essa missão aí, está ok? Um abraço. Valeu, pessoal. Obrigado aí.
Jornalista: (....) falava muito em protesto.
Presidente: Protesto pode haver em qualquer local, não tem problema. Só não pode um chefe do executivo municipal organizar uma ação contra uma autoridade que representa a oitava economia do mundo. Não é isso que pensa a maioria do povo americano, não é isso que pensa a maioria dos nova-iorquinos também.
Jornalista: (inaudível)
Presidente: Também amo Nova Iorque. Pretendo, se o prefeito deixar lá o poder, que vai deixar brevemente, conhecer essa cidade, sempre foi um sonho meu e tenho certeza que a minha ida lá, enquanto presidente da República, ajudará, como disse há pouco, a reforçar os nossos laços de amizade e comerciais também.
Jornalista: Uma última pergunta: no Brasil está tendo protestos relacionados à educação. O que o senhor tem para falar para esses estudantes que estão protestando por cortes na educação?
Presidente: Não existe corte. Nós temos um problema, que eu peguei um Brasil destruído economicamente também. Então, as arrecadações não eram aquelas previstas por quem fez o orçamento para o corrente ano e, se não houver contingenciamento, eu simplesmente entro de encontro à Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, você vê, não tem dinheiro. É o que qualquer um faz, não é? Não tem, tem que contingenciar. Agora, gostaria que nada fosse contingenciado, gostaria, em especial a educação.
Agora, a educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Você pega as provas do Pisa, que eu peguei agora, de três em três anos, de 2000 para cá, cada vez mais ladeira abaixo. A garotada com 15 anos de idade, na 9ª série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro dessas pessoas? Falam que estão desempregados 14 milhões de pessoas. Sim, parte deles não tem qualquer qualificação, por quê? Esse cuidado não teve nas administrações do PT, ao longo de 13 anos.
Jornalista: E como o senhor vê esses protestos lá no Brasil?
Presidente: É natural, é natural. Agora, a maioria ali é militante, militante, não tem nada na cabeça. Se você perguntar: 7 vezes 8 para ele, ele não sabe; se perguntar a fórmula da água, ele não sabe, não sabem nada. São uns idiotas úteis e uns imbecis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona, que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil.
Jornalista: Obrigado, presidente. Obrigado.