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Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro na sua chegada ao Chile- Santiago/Chile

Santiago/Chile, 21 de março de 2019

 

Presidente: É uma satisfação visitar o Chile, tenho um profundo respeito pelo povo chileno, e pelo presidente Piñera. Trataremos de assuntos de interesses  de nossos países. Esse é o grande objetivo da nossa viagem, além de com toda certeza, selarmos aqui o fim da Unasul. A América Latina toda deve se unir em cima do tema democracia, liberdade e prosperidade. Esse é o objetivo de estar aqui e tenho certeza que será este e os demais dias muito importantes para o destino do Brasil e do Chile.

 

Jornalista: (inaudível) o ex-presidente Temer hoje foi preso no Brasil (inaudível)

 

Presidente: Cada um responda pelos seus atos. A justiça nasceu para todos.

 

Jornalista: (inaudível) Com relação às manifestações contra o senhor.

 

Presidente: Eu não tenho unanimidade. Também tenho manifestação contra em qualquer lugar do mundo que eu vá. Mas o importante é que no meu País eu tive uma vitória excepcional, tendo em vista, não termos televisão ou recursos para a campanha, foram votos que vêm do coração do povo, do entendimento do povo. Então essas pessoas reclamam hoje. Eu acho que elas não queriam que o Brasil caminhasse para a situação que se encontra a nossa Venezuela, onde o povo luta bravamente para se libertar das garras do socialismo.

 

Jornalista: (inaudível)

 

Presidente: Olha, nós gostaríamos e estamos fazendo gestões na área diplomática e isso foi conversado com o Trump também e nós queremos que a Venezuela retorne à sua normalidade.

 

Jornalista: (inaudível) A queda nas pesquisas.

 

Presidente: Olha essas pesquisas agora tem o mesmo valor das pesquisas eleitorais do ano passado. Vários órgãos de pesquisas conhecidos diziam que eu perderia para todo mundo no segundo turno, não estou preocupado com pesquisa porque também não tem credibilidade no Brasil, assim como as pesquisas eleitorais.

 

Jornalista: (inaudível) E sobre Michel Temer

 

Presidente: Olha eu não tenho… lógico que eu acompanho tudo o que acontece no Brasil, e como disse há pouco, a justiça nasceu para todos e cada um responda pelos seus atos. E o que levou a essa situação, pelo que parece, são os acordos políticos dizendo-se em nome da governabilidade. A governabilidade você não faz com esse tipo de acordo, no meu entender. Você faz é indicando pessoas sérias e competentes para integrar o seu governo. É assim que eu fiz no meu governo. Sem o acordo político respeitando a Câmara e o Senado brasileiro.

 

Jornalista:  (inaudível)

 

Presidente: As reformas são feitas paulatinamente. Ontem, quando entreguei a proposta pessoalmente para o presidente Rodrigo Maia, eu pedi aos parlamentares, e haviam muitos lá, muitas lideranças, que levassem em conta, uma Medida Provisória, acredite lá no Brasil tem isso, que há dezenove anos está sem ser votada. E essa Medida Provisória foi muito fundo na questão da reforma previdenciária em 2000, que teria que ser feita segundo o governo FHC na época para todos os poderes e, acabou sendo a feita para nós. Então juntando a Medida Provisória 2215, com a proposta encaminhada ontem, a proposta de reforma para os militares é muito mais profunda que a PEC entregada há poucas semanas no parlamento.

 

Jornalista:  (inaudível)

 

Presidente: Olha, os convidados para o almoço não foi feito pela minha assessoria, então, obviamente quem convidou daqui do Chile, sabia quem estava convidando. Eu não vim aqui falar sobre Pinochet. Tem muita gente que gosta dele, outros que não gostam, mas eu falo sobre o regime militar que foi muito parecido o do Brasil, inclusive dizendo para vocês que quem caçou João Goulart na época não foi os militares, foi o Congresso Nacional dia 02 de abril de 1964. A minha campanha foi em cima de um versículo bíblico, João,8-32, “E conhecerão a verdade, e a verdade vos libertará”. E essa questão de “dita ditadura” aqui no Cone Sul tem que ser levada à luz da verdade. Então nós chegamos a uma conclusão e pacificamos. Não podemos dar voz à esquerda que sempre tem um lado para dizer que aquele lado estava certo e não o outro.

 

Jornalista:  (inaudível)

 

Presidente: Com toda a certeza  o Via Oceânica é muito importante para nós, ao livre comércio para valer também, vai ser discutido oportunamente, aqui vai ser dado mais um passo, temos interesse nisso, nosso Ministro da Economia está interessado nisso. Ele é um homem muito voltado por um livre comércio o senhor Paulo Guedes e eu o apoio integralmente as suas propostas. Ele foi o “chicago boys”, ele teve aqui na época do presidente Pinochet tratando o plano econômico de vocês aqui.

 

Jornalista: (inaudível) chileno o senhor sempre fala da inspiração, da capitalização do regime previdenciário do Chile. O Brasil, realmente, o senhor vai discutir isso também com o presidente Piñera?

 

Presidente: Olha, nós é que estamos com a bola na mão lá. Nós é que temos que resolver a nossa previdência, pelo que eu sei aqui está devidamente controlada a situação, nós que temos problemas. O Paulo Guedes participou do governo aqui no passado para esse plano econômico e, em parte ele está levando para lá. Naquela época o Chile não tinha uma dívida tão grande como nós temos, é mais um complicador, mas acreditamos na capacidade e no patriotismo do Paulo Guedes para solucionar esse problema no Brasil.

Ok pessoal, obrigado.

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