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Entrevista Coletiva do Presidente da República, Jair Bolsonaro, aos jornalistas após participação na 54ª Cúpula do Mercosul - Centro de Convenções Belgrano - Santa Fé/Argentina

Presidente: Gostaram do embaixador aqui? Estou com o embaixador aqui, vem cá embaixador. Embaixador mirim.

Jornalista: Sobre Mercosul. A presidência do Brasil o que que?.....

Presidente: É um encontro, né. Sou presidente a partir de agora. É responsabilidade, um compromisso assumido por todos, até por Evo Morales que está de fora do Mercosul. A questão da Venezuela, novos horizontes se abriram para o Brasil, estão se  abrindo com o Mercosul, outros países já começam a negociação conosco, outros tinham umas negociações. O O que que mudou presidente do discurso depois da eleição que era de um afastamento do Mercosul para esse momento agora?

Presidente: Era de completo afastamento pelo viés ideológico. Eu como parlamentar não sonhava com a Presidência e sempre batia no Mercosul por causa desse viés. Eu chegando, a equipe econômica também indicada por mim e com o propósito de buscarmos o comércio e não a questão de uma grande Pátria  bolivariana usando o Mercosul para tal, não é que nós mudamos, nós redirecionamos o Mercosul, estamos no Mercosul 2.0

momento é positivo para o nosso Brasil.

Jornalista:(inaudível)

Presidente: Tivemos de forma ali aberta à imprensa, cada um falando alguma coisa, todos falaram da Venezuela, eu falei também. É muito importante buscar solução para Venezuela e evitar com o esforço de todos que apareça uma nova Venezuela aqui na América do Sul e até o Evo Morales também fez uma nota há pouco se posicionando de maneira até contundente no meu entender...

Jornalista: Surpreendeu presidente?

Presidente: Não, não surpreendeu não, porque ele já deu o indicativo quando liberou Cesare Battisti para a Itália. Porque que ele foi para a Bolívia o Battisti? Porque ele achava que era o país mais afinado com a ideologia petista num momento que ele poderia até em sendo pego lá ficar lá como ficou no Brasil por muito tempo.

Jornalista: (Inaudível)

Presidente: Com muita firmeza o Evo Morales, inclusive houve um mal entendido entre nós, não entre eu e Evo Morales, nenhum. É que havia uma corrente que queria que ele passasse pelo Brasil e eu contrário porque pousando podia ter um oficial de Justiça com um mandado de segurança no aeroporto.

Jornalista: Presidente, falando da questão interna, há expectativa do governo brasileiro de anúncio a respeito do FGTS realmente depois da aprovação da reforma da Previdência? Quando será feito esse anúncio?

Presidente: Está previsto para essa semana. Está previsto para essa semana isso aí.  É uma pequena injeção na economia e é bem vindo isso daí porque começa a economia, segundo especialistas, a dar sinal de recuperação, pelos sinais positivos em especial também porque está vindo do Parlamento.

Jornalista: (Inaudível)

Presidente: São particularidades, queremos aprofundar nisso também, poucas coisas faltam se acertar entre nós e a nossa equipe está aí para negociar isso aí

Jornalista: (Inaudível)

Presidente: A questão do Eduardo. O que que eu vejo? Eu me abstraio a  situação de ser pai. Nós pais queremos os nossos filhos sejam  melhores do que nós. A formação dele … ele, por exemplo, ia sair do Brasil, quando eu pedi para ele, “presta um concurso”, ele prestou concurso na Polícia Federal. Ele ia morar nos Estados Unidos, aí depois ficou. Ele estava também meio preocupado, queria algo mais, daí se candidatou a deputado federal por São Paulo, custo zero, zero praticamente a campanha dele. Depois de quatro anos, aconteceu essa enxurrada de votos e ele ganhou notoriedade, tem rodado o mundo todo, tem uma amizade com a família Trump. Digo isso no Brasil e digo para vocês aqui: imagina se o filho do Macri fosse embaixador no Brasil, ligando para mim, querendo falar comigo, quando ele seria atendido? Amanhã, semana que vem ou imediatamente? É essa que é a intenção. Se vocês pegarem de 2003 para cá, o que os embaixadores nossos do Brasil nos Estados Unidos fez de bom para nós? Nada! Eu quando estive em Israel há dois anos, o embaixador lá estava na Palestina. Nada contra, isso é um problema dele, uma solução dele, eu não sei. Mas não estava para servir as relações comerciais entre os nossos países.

Jornalista: (...) Ele vai receber petistas por exemplo? Ele vai receber oposicionistas?

Presidente: Não é decisão minha. Não é decisão minha apenas. Passa pelo Parlamento. Você quer ver uma coisa? Eu posso chegar para o Ernesto agora, “Ernesto, dá licença, o meu filho vai ser ministro das Relações Exteriores e você vai para Washington”. Será que ele aceitaria? Meu filho continuaria sendo deputado, teria ascendência sobre mais de uma centena de embaixadores fora do Brasil, então o que acontece é uma realidade pela frente.

Jornalista: Ele vai receber petista na embaixada também?

Presidente: Petista com bandeirinha do PT no peito ninguém. Embaixada não é lugar de fazer política.

Jornalista: (...) Vai fazer mais mudanças em embaixadas? O senhor citou aí a da Palestina ….

Presidente: Está sendo feita, vocês não estão acompanhando... Várias estão sendo feitas. Na França já temos um embaixador, um país importante para nós. E está sendo feito naturalmente….

Jornalista: O ministro das Relações Exteriores disse que só falta o ok do senhor, que está tudo pronto para apresentação das credenciais. O que que falta?

Presidente: Eu acho que já foi feito o comunicados para os Estados Unidos. Um telefonema simples meu para o Trump que ele franqueou a palavra, eu  nem preciso falar isso para ele, tenho certeza que ele dará o sinal positivo

Jornalista: O pedido já foi enviado?

Presidente: Não, mas depende não só da Comissão de Relações Exteriores do Senado e depois do Plenário do Senado também. 

Jornalista: Mas pelo senhor, pelo governo ...

Presidente: Por mim, eu decidiria agora mas eu não posso tomar decisões, às vezes, de forma tão abrupta. A gente vai conversar. Eu já conversei com o Davi Alcolumbre. Conversei com o Fernando Bezerra, parlamentares. Alguns estão dando parecer completamente contrário, não conhecem a vida do meu filho. Olha, ele fritou hambúrguer no passado sabe o porquê? Porque não tinha dinheiro para bancar lá. Qual a intenção dele em ficar seis meses nos Estados Unidos? Aperfeiçoar o inglês dele. Eu falei assim: fica, mas se você bancar a sua despesa. Fritou hambúrguer, entregou pizza. É a maneira que tem de conversar e está com um inglês muito bom, tenho certeza.

Jornalista: (Inaudível)

Presidente: Não ainda não!

Jornalista: A reforma tributária, presidente?

Presidente: O Paulo Guedes é a pessoa mais adequada. Tem uma proposta lá da Câmara do Baleia Rossi, tem outra no Senado. E o que nós queremos fazer conforme a explanação do Marcos Cintra no dia de ontem na reunião de ministros é mexer com os tributos federais. Na tabela do Imposto de Renda no máximo 25% e dar uma adequada e nós queremos, segundo o próprio Onyx Lorenzoni falou no dia de ontem na reunião, nós queremos ano a ano diminuir nossa carga tributária.

Jornalista: (Inaudível) servidores estaduais e municipais, o governo vai apoiar lá no Senado?

 Presidente: Olha só, eu acho que não é o caso de mexer nessa proposta porque ela  voltaria para a Câmara, pode ser uma PEC paralela. É outra história, pode ser discutida. Pessoal obrigada. Estou cada vez mais apaixonado por vocês tá ok!

 

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