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Entrevista concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após o almoço neste domingo -Brasília/DF

Brasília/DF, 21 de julho de 2019

 

Jornalista: Vocês chegaram a falar do FGTS que era a previsão?

 

Presidente: Não, esses três aí...

 

Jornalista: Não, nada disso.

 

Jornalista: (Incompreensível) Você tem, você pode contar o que foi tratado nessa reunião?

 

Presidente: Por que que toda mulher é curiosa?

 

Jornalista:Eu também sou bem curioso.

 

Presidente: Ela não gostou não…

 

Jornalista: Não, curioso, curioso… Presidente, uma outra pergunta: o senhor falou da PGR que deve definir um nome.

 

Presidente: Lá para o dia 15, eu acho. 

 

Jornalista: Lá para o dia 15. Raquel Dodge é um nome que pode ser reencaminhado?

 

Presidente: Todos estão no radar, se bobear até você!



Jornalista:O senhor não decidiu ainda se vai seguir a lista?

 

Presidente: Eu vou seguir a Constituição. Quando se (...) para reitores aí tem uma lista tríplice. Para a PGR não existe essa obrigatoriedade então dá uma flexibilidade para a gente. A gente procura sempre atender, obviamente.

 

Jornalista: Sobre esse navios iranianos que chegaram aqui, o senhor chegou a conversar com o governo americano antes?

 

Presidente: Não, sobre esse assunto específico não, mas para certas coisas não precisa conversar não, sabe que a política deles nós estamos alinhados à política deles, então (...) o que tem de fazer.

 

Jornalista: Presidente, o deputado Marcos Feliciano criticou o  porta-voz Rêgo Barros uma vez…(incompreensível).

 

Presidente: O que  ele pisou na bola, eu não sei...

 

Jornalista: Ele disse que não deveriam ter mais cafés da manhã com os jornalistas que isso prejudica. (incompreensível) que ele está expondo o senhor. 

 

Presidente: Minha opinião sobre isso. Não é o Marcos Feliciano, muita gente fala contra ou a favor, a maioria fala contra, está beirando unanimidade falar contra, acredite se quiser. Agora, não é porque eu sou o presidente,  o risco ele existe, de áudio vazado, aí eu não tenho tanto para explicar, eu tive muito (...), a última no estrangeiro eu fiz live, não interessa essa informação. Para mim é bem-vindo, não tenho nada contra.

 

Jornalista: O senhor manterá os cafés?

 

Presidente: A princípio está mantido. Apesar de alguns chatos de vocês a gente suporta, eu acho que vale a pena porque é o que eu digo(...) café da manhã uma pessoa poderia distorcer, várias fica mais difícil.

 

Jornalista: O (...) do INPE defendeu os dados do instituto eu queria saber….

 

Presidente: Ele tem um mandato e eu não vou falar com ele, quem vai falar com ele vai ser o Marcos Pontes e talvez também ali o Ricardo Salles. Nós não queremos uma propaganda negativa do Brasil, não que fugir da verdade, mas aqueles dados pareceram muito com os do ano passado e deu um salto, então eu fiquei preocupado com aqueles números obviamente, mas também fiquei achando que poderiam não estar condizente com a verdade, então ele vai conversar com um dos dois ministros ou com os dois este final de semana e toca o barco. Olha o que acontece aí fora não é o meu nome que tá mal lá fora é do Brasil e não é de agora, quando o Lula falava diz para você:  “olha tem trinta milhões de criança na rua”, você não pode aceitar isso aí e o Lula rindo contado, rindo, isso aí. O Brasil não pode fazer propaganda contra ele mesmo,  a questão ambiental aí fora é uma verdadeira psicose ambiental e você tem que combater. Se tiver desmatamento, o problema é não divulga-se, agora não é justo você aqui dentro (....) do Brasil, no mínimo se o dado fosse alarmante deveria por questão de responsabilidade, respeito, patriotismo, procurar o chefe imediato, no caso o  ministro, “olha ministro, tem uns dados aqui a gente vai divulgar, devemos divulgar, você se prepare, já teve uma crise e não foi feito”, e não de forma rasa como ele faz, simplesmente coloca o Brasil em situação complicada, você faz acordo aí fora mesmo nas franjas do acordo entra a questão ambiental, nós estamos conversando com os Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão quer dizer um dado desse aí que pode -  até a maneira de você divulgar-, prejudicar a gente, tem muitas vezes uma fazenda lá na região Amazônica, oitenta por cento tem que ser preservado, vai ver ela tá cem por cento preservada, vários anos o proprietário, o proprietário não mexe em nada e quando desmata aquele pedacinho o satélite bota na ponta como um novo desmatamento e esse cuidado tem que ter e melhor do que eu para explicar esse assunto é o Ricardo Salles.

 

Jornalista: O senhor tinha falado sobre a multa lá do FGTS, da justa causa, o senhor disse depois: “não, não vai haver o fim da multa”,  não é?

 

Presidente:(....) trabalho infantil. Eu critiquei a multa, porque eu critico, eu me equivoquei, o Dornelles era o ministro do trabalho, o presidente era o Fernando Henrique Cardoso e ele tinha um bom relacionamento com o Dornelles e ele resolveu para manter, para não aumentar o desemprego, resolveram aumentar o valor da multa, então no primeiro momento você não manda ninguém embora, mas também não contrata.

 

Jornalista: Mas reduzir essa multa está no radar?

 

Presidente: Olha, o valor não está na Constituição, eu acho que não está. O FGTS está no artigo 7, o valor eu  acho que é uma lei, deve estar lá na frente, mas antes disso (....) informação, eu quero manchete no jornal amanhã  “O presidente está estudando reduzir o valor da multa”, o que eu estou tentando levar para o trabalhador é o seguinte:  menos direito no emprego todos os direitos no desemprego (...) com você tô apaixonado pela Maria, quer casar com ela de qualquer maneira, já me aconteceu, aconteceu contigo, não tem como, a gente não foge delas, não foge delas. Quando você se casa, às  vezes você é obrigado a…. Eu queria estar numa churrascaria agora, ela quer estar na galeteria, a gente compõe, senão acaba o casamento.

 

Jornalista: Falando um pouco sobre o Rêgo Barros o senhor falou de manter os cafés, o senhor acha que o Rêgo Barros tem feito um bom papel no governo?

 

Presidente: Tem, tem.  Ele já tinha essa atividade no Cecomsex do Exército, ele é uma pessoa que tem me tratado com muito zelo, com muita preocupação, ele ajudou a me convencer para esses cafés, tive críticas de várias pessoas achando que devia ignorar vocês tendo em vista, você sabe o que acontece, não é? Eu até venho mais você aqui na ponta da linha, no meio do caminho, não é? Às vezes a manchete é péssima, mas a matéria é boa e tudo aquela máscara, a verdade acima de tudo, toca teu barco. Vocês têm um papel excepcional, vocês podem ajudar a mudar o Brasil, é o que eu falo para o Rodrigo Maia e para o Alcolumbre sempre, nós dois juntos se tentar a imprensa então já era. A gente muda o Brasil em poucos anos.

 

Jornalista: O anúncio do FGTS vai ser na quarta-feira mesmo como o ministro Ônix falou?

 

Presidente:  A gente está precisando, um de vocês me perguntou ontem lá no Alvorada, o paliativo é remédio, a vitamina, que tem que tomar agora porque o ano está acabando e você pode ver a sinalização da Previdência num placar alto, no primeiro turno, já fez a bolsa se estabilizar acima de cem pontos, é o dólar também que caiu um pouco já (...) não pode cair muito. A questão da economia, ainda bem que eu não entendo não é, quem entendia afundou o Brasil, bastante complexo, o mais importante agora é confiar, como eu confio no Roberto Campos (...) de São Paulo, no Fernando Albuquerque, Banco do Brasil também o Rubem e agora o Gustavo que está chegando no BNDES.

 

Jornalista: O senhor pretende mudar os mecanismos de indicação dos presidentes dos bancos públicos, é que  eles não passam pelo crivo do Banco Central...


Presidente: Eu estou tão feliz com todos esses que eu indiquei, os quatro, eu indiquei não, eu recebi o currículo e dei para o Paulo Guedes. Eu não mexo no time que está vencendo (...) tem que passar pelo crivo do Senado (....) da Comissão do Senado (...) você tem dificuldades.

 

Jornalista: É que no caso dos bancos privados todos eles são avaliados pelo Banco Central, no caso dos bancos públicos há uma lei, se não me engano é de 64 que (....) que o presidente da República essa indicação...

 

Presidente: Eu desconheço a legislação, desconheço mas eu estou feliz com esses quatro mais importantes indicados aí. 

 

Jornalista: O senhor veio acompanhado da Michelle? A Laurinha veio?  

 

Presidente: Muito bem acompanhado, nós fomos na igreja, não é? Estava previsto aqui... e vão tomar um lanche lá.  ah, não, espera aí. Estão vindo sim, ela já telefonou, estão vindo sim.

 

Jornalista: E sobre essas reuniões, o senhor falou que eu sou muito curiosa, mas eu queria saber das reuniões de hoje com  os ministros, o que foi tratado?

 

Presidente: Eu sempre disse se  (....) que não gosto de ser surpreendido e também não posso ser enganado.  Na Abin tem uma pessoa agora, que chegou lá, eu acho que vai ajudar a Abin, então é inteligência, o nosso querido Ramos, eu conheço desde 1973. Ele foi anteontem, se não me engano, São Paulo uma palestra (....) foi muito bem na palestra, muita coisa sobre o governo, não sei se era isso que quem o convidou queria ouvir e ver, não sei (....). Algumas coisas que estão erradas na administração, eu acho que está errada, ( ….) a questão (...)  no Executivo, é isso que nós conversamos. O outro é Onyx, está quase dormindo comigo, é suspeito eu falar qualquer coisa sobre ele.

 

Jornalista: Tá certo.

 

Presidente: Está com ciúmes?

 

Jornalista: Obrigada, presidente.

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