Entrevista concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, após o Hasteamento da Bandeira Nacional - Brasília/DF
Jornalista: Presidente, eles vão tentar retomar a capitalização na reforma?
Presidente: Nós gostaríamos de que tudo que nós propusemos fosse acolhido, mas sabemos que a Câmara tem a legitimidade para alterar. E se não for acolhido, nós, o governo prossegue, sem problema nenhum.
Jornalista: Vai tentar retomar a capitalização?
Presidente: No plenário, às vezes nem é o governo. As próprias bancadas, o líder partidário pode propor uma emenda e destacá-la e entrar em votação.
Jornalista: Incompreensível
Presidente: O Guedes também, assim como Rodrigo Maia, o Guedes, ambos podem criticar. Não vejo problema nenhum em criticar, meu Deus do céu. Não tem problema, sem problema nenhum. Ouço as críticas de todo mundo, eu sou o que menos critica aqui.
Jornalista: E porque o senhor decidiu vetar, presidente, a gratuidade das bagagens?
Presidente: Olha, as empresas menores alegavam que seria um empecilho. Você faz as contas, eu fiz uma conta para um avião com 200 pessoas, 20 quilos a mais cada uma, é um gasto a mais. Então o que acontece, eu sempre viajei sem mala no avião, então eu estaria pagando pelos outros. Agora você pode ver, vai daqui para o Rio muitas vezes, você tá pagando 500 reais na passagem, pagou, paguei 1.500, a diferença 1.000 reais. Esse é o grande problema que nós temos. A bagagem ali é um delta X a mais até 10 kg está liberado. Com todo respeito quer fazer uma viagem vai levar mais de 10 quilos, eu acho que não... quer levar mais de 10 quilos, pague, sem problema nenhum.
Jornalista: Para low cost, também?
Presidente: Para Low Cost vai valer. A Low Cost, que queria para poder vir para cá, ajudar na concorrência, que fosse vetado esse dispositivo.
Jornalista: Mas o senhor não vai mandar ou medida?
Presidente: Não, não pretendo mandar não.
Jornalista: O Senado vai votar, provavelmente vai votar hoje o Decreto das Armas. O senhor está tentando agir...
Presidente: Não, como eu tenho conversado. Conversado com senadores nesse sentido, explicando, conversando. Nós sabemos que no Brasil hoje em dia quem está à margem da Lei está armado. Queremos pelo lado de cá dar o direito à legítima defesa que foi decidido em 2005. Nada mas estou fazendo do que atendendo a vontade do povo expressa nas urnas em 2005, por ocasião do referendo.
Jornalista: Incompreensível
Presidente: Não posso fazer nada. Eu não sou ditador, sou democrata.
Jornalista: O nome da PGR sai da lista tríplice?
Presidente: Não sei. Eu não ví a lista tríplice ainda.
Jornalista: Incompreensível
Presidente: Todo mundo, todos que estão dentro, fora da lista, tudo é possível, eu vou seguir a Constituição.
Jornalista: Presidente, você ficou sabendo de mensagens de Whatsapp durante sua campanha eleitoral a favor da sua campanha? Uma matéria publicada na Folha hoje…
Presidente: Teve milhões de mensagens em favor da minha campanha e talvez alguns milhões contra também. Olha, eu sou favorável a total liberdade de imprensa, manifestação de pensamento, não tem que ter limite porque você nunca sabe. Estão querendo inventar crime de ódio aqui. Se chegar na minha mesa eu veto qualquer possível criminalização da questão do ódio aqui na internet. Não existe isso aí. Reparou que é a esquerda que prega isso o tempo todo? Vê o passado o que essas ideologias fizeram no mundo, matando milhões, torturando, tolhendo liberdade, isso não vai ser instrumento para a esquerda calar a boca dos outros. Chegar na minha mesa vai ser vetado.
Jornalista: General Ramos veio aqui pela primeira vez…
Presidente: O Ramos já serviu em Brasília, eu conheço ele desde 1973, está no Comando Militar do Sudeste agora, foi assessor parlamentar por dois anos aqui, O Ramos é uma pessoa que politicamente tem tudo para nos ajudar, além da competência dele no trabalho normal que vai ser na Segov.
Jornalista: E em relação ao presidente dos Correios presidente?
Presidende: Não sei está nascendo a criança. Você me dá teu telefone que eu passo em primeira mão para você.
Jornalista: Eu também quero.
Presidende: Você não, você é barbudo.
Jornalista: Olha quem chegou aqui….
Presidente: Ôpa olha o Ramos aqui. Olha a diferença temos a mesma idade, olha a fisionomia de um capitão e de um General.
General Ramos: O presidente é meu amigo, ele é simpático.
Jornalista: Que dia o senhor toma possa, General.
Presidente: Brevemente. Ele não é nem um ministro, é um amigo acima de tudo, uma pessoa que tem uma passagem aqui como assessor parlamentar impecável, quarenta e seis anos de serviço e está com gás de aspirante para bem servir a Pátria com certeza.
Jornalista: E a articulação política? Vai melhorar presidente?
Presidente: Mas é lógico que vai melhorar, tudo pode melhorar nesta vida. Até o nosso relacionamento com a imprensa tem melhorado muito ultimamente. Eu estou cada vez mais apaixonado por vocês tá ok? Menos aquele barbudo alí.
Jornalista: Incompreensível
Presidente: Secom, Secom? Não tem problema nenhum, deve continuar o Fábio sim, deve continuar alí sim, deve, a princípio não muda não! Mas alguma coisa? Posso ir embora pessoal? Tenho uma reunião de ministro agora
Jornalista: Queria tomar um café com o senhor no gabinete.
Presidente: Você, você é o único vetado dessa turma toda aí
Jornalista: Presidente dos Correios não tem nome ainda não é?
Presidente: Não, não. Tem alguns nomes aparecendo, logicamente o presidente que vai assumir vai cumprir o seu papel naturalmente e o Governo deu o sinal verde para buscar a privatização. Se bem que ela passa pelo Parlamento também tá ok?
Jornalista: Balanço de seis meses de governo, presidente?
Presidente:Não está balançando o Governo. Obrigado pessoal.