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Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro à TV Record - Davos/Suíça

Davos/Suíça, 23 de janeiro de 2019 

 

Jornalista: No fim do dia, o presidente Jair Bolsonaro conversou com a nossa equipe com exclusividade. Primeiro, muito obrigada por receber a nossa equipe no final do dia. Fala um pouquinho, não sei se o senhor pode me fazer um balanço de como o Brasil chegou nesse Fórum e como ele deixa esse Fórum?

 

Presidente: Primeiro dizer-lhe da honra de fazer o discurso de abertura do Fórum. Realmente coube ao Brasil e nós estamos muito felizes com isso. Em poucos minutos demos uma retrospectiva do Brasil do futuro. E aqui eu fui realmente procurado por vários líderes de estado e por vários empresários também, todos estão interessados no Brasil. Nós temos a maior...a oitava economia do mundo, 200 milhões de habitantes, riquezas minerais em abundância, uma agropecuária realmente pujante, que alimenta mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo. Então o Brasil é visto com muita, com muito carinho por parte dos empresários e governos do mundo todo. E até que sente não é, que eles querem o bem do Brasil.

Agora, nós precisamos fazer a nossa parte. Não podemos continuar com o déficit que temos ano após ano. E algumas reformas temos que fazer para que exatamente nós possamos fazer com que eles voltem a ter confiança em nós.

 

Jornalista: Encontros e investimentos.

 

Presidente: Primeiro, mostrar que estamos de braços abertos e queremos realmente recebê-los. O quê que eles pedem? O Brasil é um dos países mais difíceis para se fazer negócio. Eles querem então que o País seja desburocratizado. Diminua a sua carga tributária, elimine barreiras. Eles querem um Brasil então mais ágil. Isso daí com a equipe econômica, desde há muito, estamos conversando, estamos ultimando medidas nesse sentido. Basicamente passa por aí, que o resto vem tudo atrás.

 

Jornalista: Venezuela.

 

Presidente: Um novo presidente se apresentou como líder na Venezuela. Em primeiro lugar, foi Estados Unidos que reconheceu a sua legitimidade. E logo depois outros países começaram a fazer. O Brasil se inclui nesse grupo. Desde há muito, nós falamos que o bem maior de um homem e de uma mulher é a sua liberdade. E o povo venezuelano, nós queremos restabelecer a liberdade. Mas a história tem nos mostrado que as ditaduras não passam o poder para respectiva oposição de forma pacífica. E nós tememos as ações do governo, ou melhor, da ditadura Maduro. Obviamente tem países fortes dispostos a outras consequências, caso entregue o governo como recentemente anunciado pelo governo Trump. Obviamente o Brasil acompanha com muita atenção. Estamos no limite daquilo que nós podemos fazer para restabelecer a democracia naquele país.

 

Jornalista: A imagem do Brasil.

 

Presidente: Paulo Guedes, Sérgio Moro e o nosso Ministro Ernesto deram os seus recados aqui nas mais variadas oficinas e nos mais variados contatos também com empresários e também líderes. Acredito que nós fazendo o dever de casa, o Brasil sai fortalecido. Eles estão muito empolgados para conosco. Hoje acabou a Bolsa batendo novo recorde, depois das falas de Paulo Guedes, nosso ministro, e também porque não dizer, a minha. Tendo em vista que nós nos comportamos naquilo que nós nos propusemos a transmitir aqui fora.

Tudo que falamos aqui em Davos, temos condição de fazer no Brasil. Obviamente, em grande parte dependemos do nosso parlamento e eu quero contar desde já com a Câmara dos Deputados, com o Senado Federal, para atingirmos juntos esses objetivos.

 

Jornalista: Cancelamento de entrevista.

 

Presidente: Recomendação médica que eu tenho que chegar descansado domingo em São Paulo para que eu possa me submeter a uma cirurgia bastante complexa, que toda a minha, a minha, o meu abdômen será aberto novamente. Na última vez, eu tomei 35 pontos e deve ir por aí. Então, não posso chegar cansado lá. E obviamente, o que nós pudemos cancelar aqui, nós cancelamos. E uma foi essa coletiva que no meu entender, tendo de vista o que foi tratado em algumas de forma pública, não tenho novidade para apresentar para a imprensa naquele momento.

 

Jornalista: Flávio Bolsonaro.

 

Presidente: Acredito nele. A pressão enorme em cima dele é para tentar me atingir. Ele tem explicado tudo o que acontece com ele nessas acusações infundadas que tem feito. Esteve, sim, com seu sigilo quebrado, fizeram uma arbitrariedade para cima dele nessa questão. Nós não estamos aí acima da lei, muito pelo contrário. Como qualquer outro estamos abaixo da lei. Agora, que cumpra a lei. Não façam de maneira diferente para conosco. Não é justo atingir um garoto, fazer o que estão fazendo com ele para tentar me atingir. O Brasil vai muito bem e nós não recuaremos no nosso propósito de fazer o Brasil grande e colocá-lo no lugar de destaque que ele merece. Ao meu filho aquele abraço, fé em Deus, que tudo será esclarecido com toda certeza.

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