Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após cerimônia de sanção da lei que institui o Estatuto da Juventude
Palácio do Planalto, 05 de agosto de 2013
Jornalista: Num momento histórico para a juventude, a senhora voltou a defender a reforma política de uma maneira muito enfática e pediu a participação popular. Ainda é tempo, presidente?
Presidenta: Olha, eu acredito que a questão da participação popular, a questão da participação democrática do povo brasileiro, sempre é tempo. Eu sou da época em que se a gente se manifestasse – porque a gente fica lembrando disso – você ia preso, ia para a cadeia. Hoje, no Brasil, é tão bom e é tão forte essa questão: possível participar, é possível falar, é possível externa a sua opinião. E só tem um jeito de você avançar, de você melhorar: mais democracia quer mais democracia, mais inclusão exige mais inclusão, melhoria de vida requer mais melhoria de vida. Por isso, sempre é tempo, e sempre é hora.
Jornalista: Presidente, o que a senhora vai discutir com a base aliada?
Presidenta: Nós vamos discutir principalmente o Programa Mais Médicos.
Jornalista: A senhora acha que consegue contornar a base, presidente? A senhora consegue acalmar a base, presidente?
Presidenta: Ô Tânia, eu tenho a impressão que a base só é brava com você. Comigo ela não é brava.
Jornalista: Comigo, não. É porque eles mostram isso em votação, não é presidente? Eles mostram isso em rebeldia no Congresso.
Presidenta: Democrático, não é, ô Tânia? Vamos ser democráticos. Acho que a diferença de opiniões é possível e acredito que nós vamos construir um caminho muito seguro para o Brasil.
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