Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de formatura de 1.700 alunos do Pronatec Brasil Sem Miséria
Campinas-SP, 29 de agosto de 2013
Boa tarde. Boa tarde para todos os formandos aqui presentes, mas muito boa tarde. Agora, depois do boa tarde é parabéns para vocês. Parabéns para os formandos, porque é um momento especial, esse é um momento especial.
Queria, por isso, cumprimentar duas pessoas que vieram aqui, que representam vocês. Uma, o Giovani, nosso Giovani aqui, o Giovani orador da turma. Eu disse para o Giovani que além da formação profissional que ele tem, ele é um excelente orador, um ótimo orador. E também a Sara Cruz, que agora recebeu também, fez a leitura do juramento em nome de todos. E também a nossa companheirinha que assinou, que teve a carteira de trabalho assinada, uma salva de palmas para ela. Levanta, Giovani, levanta Sara.
Cumprimentar o prefeito Jonas Donizette,
Cumprimentar Sandra Ciocci,
Cumprimentar essas autoridades aqui de Campinas,
Queria também dirigir um cumprimento aos ministros que me acompanham aqui nesse ato, hoje: a ministra Tereza Campello, do ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o ministro Mercadante, que é o ministro da Educação do nosso país.
Agradecer a presença dos deputados federais, que são parceiros em toda essa trajetória do governo com outros deputados, mas os aqui presentes: Arlindo Chinaglia, Guilherme Campos e Newton Lima.
Cumprimentar o vice-prefeito de Campinas, Henrique Teixeira.
Cumprimentar o secretário de Educação Profissional e Tecnologia do Ministério da Educação, um representante aqui da Unicamp também, que é o Marco Antônio. Todo mundo hoje agradou o Marco Antônio, como vocês viram, porque o Marco Antônio é um técnico importantíssimo, porque ele leva à frente, ajuda o ministro, junto com outros membros da equipe, mas ajuda o ministro a colocar o Pronatec em marcha.
Queria cumprimentar também Ana Maria de Ascenção, gerente de operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Senac, e agradecer à Ana Maria essa parceria fantástica que o governo federal, por meio de seus institutos e escolas técnicas, tem construído com o Sistema S, no caso, o Senac.
Cumprimentar o Ricardo Terra, diretor técnico do Senai aqui no estado de São Paulo, agradecer a ele também a parceria porque a gente tem de reconhecer a importância dessa parceria para o sucesso desse programa que é o Pronatec.
Queria cumprimentar também o Carlos Pavan, conselheiro regional do Sest/Senat, e a ele também fazer o mesmo agradecimento.
Senhoras e senhores jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, meus cumprimentos.
Eu quero começar hoje aqui contando a história de uma mulher e essa mulher é uma mulher guerreira, como todas as mulheres deste país são mulheres guerreiras. A vida cotidiana ensina a mulher a lutar, a batalhar pelos filhos, pela família, a buscar o crescimento familiar, e até por que, em muitos casos, a mulher está sozinha. Nós temos muitas famílias brasileiras, cujo chefe de família é uma mulher.
Mas eu vou contar a história dessa mulher, que é a Maria Salete de Morais, que é uma mulher que tem um marido e três filhos, uma família. A Maria Salete, ela trabalhou na roça, ela veio da roça, e veio para a cidade e trabalhou como babá e doméstica. E, apesar da vida para a Maria Salete ter sido muito difícil, ela, a partir de um determinado momento, teve dificuldades e se inscreveu no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal. Ela não recebia o Bolsa Família por causa da renda que conseguia fazendo bicos.
A história da Maria Salete é parecida com a história de muitas pessoas, milhões de brasileiros e brasileiras. Começou a mudar quando ela foi lá num posto do sistema Sine, do Sine, do Ministério do Trabalho. Foi lá em busca de um curso, um curso, ela queria fazer um curso profissional porque ela pensou corretamente: “Se eu tiver um curso profissional, eu vou conseguir um emprego melhor”, porque ela sabia que ela não conseguia um emprego melhor porque ela não tinha a carteira assinada.
Graças ao Pronatec Brasil sem Miséria, a Maria Salete pôde fazer o curso de camareira em hotéis, em hospedagens, enfim, no sistema de turismo do nosso país. Melhor ainda, a Maria Salete está empregada agora, com carteira assinada, mais cesta básica que ela recebe, mais convênio médico e os benefícios que ela conseguiu ganhar.
Ela gostou tanto da experiência que, a exemplo do que faz o Giovani, ela vai conseguir continuar os estudos, porque para a gente continuar, eu falei a palavra conseguir porque para a gente conseguir continuar os estudos tem uma coisa que é necessária antes: a gente tem de querer, e a Maria Salete quis, assim como você, Giovani. Quis e começou, agora, a buscar... a fazer o supletivo e outros cursos profissionalizantes fora do horário de trabalho.
Segundo ela... ela disse que ela sempre foi muito tímida. Todo mundo se acha meio tímido. Eu me acho meio tímida, tenho certeza que vocês todos se acham meio tímidos, porque na hora de chegar e falar em público todo mundo tem um pouco de vergonha. Mas a Maria sempre se achou meio tímida, e o curso, ela disse o seguinte, uma coisa interessante que também eu ouvi no discurso do Giovani: a questão dos amigos. A Maria se entrosou bastante com os colegas e esse foi um fator de melhoria para ela, e ela percebeu uma coisa que é muito importante quando a gente percebe, quando a gente percebe que é capaz, quando a gente sabe que a gente, lutando a gente consegue, quando a gente sabe que ser capaz nasce, não de fora, nasce aqui dentro. A gente é capaz e, por isso, faz.
Histórias como a da Maria Salete estão sendo construídas hoje, de norte a sul do Brasil. Com o Pronatec nós estamos formando profissionais nas mais diferentes ocupações. Aqui hoje, entre as 1.700, como a Tereza explicou nem todos os 1.700 estão aqui porque alguns, inclusive, estão trabalhando. Mas esses 1.700 que hoje se formam e recebem o certificado, tem gente se formando, para vocês terem uma ideia, em 47 cursos, 47 cursos, gente, é muita diversidade, e é por isso que é importante, porque esses 47 cursos têm a ver com o que a gente percebe, que é a demanda das empresas das diferentes áreas aqui na região metropolitana de Campinas.
Então, resumindo, tem três fatores que explicam o sucesso do Pronatec – três – e é muito importante a gente ter consciência deles. Primeiro, eu repito, a qualidade da parceria. A gente combina escola técnica federal do MEC, Instituto Federal Tecnológico, que garante um padrão de formação profissional, com o quê? Com o que há de melhor no Brasil, em termos de formação profissional, de profissionalização, que é os cursos ministrados pelo Sistema S. Então, primeira explicação para o Pronatec dar certo? Qualidade, a qualidade do curso. A segunda é essa diversidade de cursos, porque as pessoas se encaixam: um quer ser eletricista predial, o outro quer ser operador de máquina, uma terceira quer ser cabeleireira, um quarto quer ser... aliás, outro dia eu estive numa formatura, eu achei interessantíssimo, foi a primeira vez que eu vi, tinha um grupo se formando numa coisa chamada sommelier, e sommelier é o provador de vinho, então ele ia ser provador de vinho, porque tinha demanda para o provador de vinho. Aqui me disseram que tinha também uma grande demanda por técnico em refrigeração e climatização. E o fato de a gente escolher o curso, olhar o curso, ver qual é a demanda da região ajuda também a criar essa relação boa entre o Pronatec e as empresas, entre o Pronatec e a demanda do mercado de trabalho e, portanto, o Pronatec com carteira assinada. Então é essa qualidade, primeiro, e diversidade dos cursos, segundo.
Mas tem uma coisa que sem ela os outros dois não adiantam, e essa coisa são vocês, está dentro de vocês, que é a vontade, a vontade e o emprenho de estudar. Nenhum país do mundo, em nenhum país do mundo houve avanços significativos enquanto as pessoas não estudaram. Por isso, para nós, para o meu governo, a questão da educação é algo fundamental. E, para ter educação, aí eu quero parar e cumprimentar os nossos professores que estão aqui, porque para ter educação precisa de ter professor de qualidade, o professor tem que ser valorizado.
E o professor, o professor, a pessoa professor e professora, nós, sociedade brasileira, governo, estudantes, nós temos de valorizar. Ele se sentindo valorizado, ele vai valorizar também seu aluno. Ele, o professor, não vai deixar de ir à aula. Ele vai receber um salário melhor, mas não vai deixar de ir à aula. Ele vai se empenhar para ensinar as crianças, vai se empenhar para dar o melhor curso técnico possível. Por quê? Porque ele ocupa e é valorizado.
Por isso é que nós sabíamos sempre que a educação no Brasil precisava de mais recursos. A educação no Brasil precisava de mais recursos porque não se faz educação de qualidade sem investir no professor, e aí é formação e salário. Não se faz educação de qualidade, no Brasil, se eu não começo da base. Eu tenho de construir as condições. Quais são? O ministro falou: creche, educação em tempo integral.
Mas tem uma outra coisa aí, nós chegamos aqui: não se faz educação de qualidade sem uma educação profissional de alta qualidade. Vocês estão dando o primeiro passo nessa educação. Daqui uns dez anos nós vamos olhar para trás e o que nós queremos deixar é uma valorização da educação profissional, da formação técnica do mesmo padrão que nós valorizamos hoje em universidades. Para vocês terem uma ideia, a Alemanha é um dos países mais desenvolvidos em termos de indústria. A Alemanha é onde se tem aqueles produtos de precisão, de alta qualidade técnica. Mesmo quando eles estão em crise, eles exportam para o resto do mundo porque os produtos deles são muito bons, devido a quê? Devido ao fato de a Alemanha ser reconhecida como um dos países onde tem a melhor educação profissional e técnica do mundo.
Nós queremos para o Pronatec... porque o Pronatec tem três áreas. Tem uma área que é o ensino médio profissionalizante. Tem outra área que é o trabalhador que está trabalhando, que quer uma formação. E tem essa área que é esse caminho, que é o Pronatec do pessoal do Cadastro Único, que vai passar a ser Pronatec depois da formação profissional mais avançada, que depois pode até querer voltar a estudar e fazer um curso técnico profissionalizante de nível médio. Enfim, esse é o início do caminho.
E uma coisa que eu me orgulho muito, eu quero dizer para vocês, é o fato de que eu vejo as pessoas de uma certa faixa etária, uma certa faixa etária, e eu acho que tem uma quarta questão que a gente nunca pode esquecer: nós todos na vida, de presidente da República à criança pequena, temos de sempre estudar. Ninguém pode parar de estudar. Estudar não é um momento na vida, estudar e aprender é a vida inteira. E eu admiro muito pessoas adultas que se dispõem a fazer um curso, que dão o primeiro passo, dão o segundo, dão o terceiro, dão o quarto. A gente tem de teimar, teimar, em Minas a gente diz muito isso. Aquele pessoal ali teima, teima, teima é um pouco insiste, você não desiste, você não entrega os pontos, tem mais.
E eu vejo um brilho nos olhos dos formandos, e esse brilho nos olhos é aquilo que nós carregamos. Independentemente de quem quer que seja, nós carregamos a educação que nós conquistamos para nós. Por isso, eu queria dizer para vocês: hoje vocês abriram um caminho, não percam esse caminho, não larguem esse caminho de lado.
E eu quero dizer também uma outra coisa: o Brasil precisa imensamente disso. O Brasil precisa imensamente de profissionais com capacidade de trabalho que tenham uma especialização. Por quê? Nós somos um país que está se desenvolvendo rapidamente. Cada vez mais os trabalhos menos especializados vão perder importância e, cada vez mais, os trabalhos, mesmo os aqueles que pareciam não especializados, eles vão mudar, eles vão mudar, a forma deles ser vai mudar, com a chegada do computador, as máquinas.
Outro dia eu estive numa formatura, para vocês terem uma ideia, uma formatura na área agrícola. Era uma formatura do Pronatec Brasil Sem Miséria ligado à área rural, estavam formando um conjunto de moças como operadoras de máquina. Por que tem curso de operação de máquina hoje na área agrícola? Sabe Por quê? Porque a máquina, na prática, é um computador, e o computador define o buraco, mede o nível de umidade do solo, coloca a semente, tampa a semente, enfim é um trabalho complexo. A máquina não faz nada sozinha, e aí é que entra a operadora de máquinas, uma porção de moças e rapazes formando em operação de máquina. Todo mundo pensava que o trabalho rural no Brasil é enxada, era enxada.
Eu queria também dizer para vocês uma outra coisa. Eu quero falar para vocês aqui, aproveitar a presença de vocês e falar que nós estamos atuando nessa área da educação como prioritária, e tem uma outra área em que nós também estamos atuando como prioritária. Essa área é a área dos médicos, a área da saúde, e eu queria explicar rapidamente para vocês.
Vocês estão vendo na televisão, nos jornais, na rádio essa discussão toda sobre esse programa chamado Mais Médicos. Por que é que nós fizemos esse programa? Porque é visível, há uma reclamação, e um governo que não escutar reclamação do povo, ele não é um bom governo. Nós temos de escutar, de ver o que o povo fala, de perceber o que está acontecendo e só tem um jeito de perceber. Como você não está em todos os lugares, escuta muito. Então, o que é que nós escutamos? Nós escutamos que a saúde tem um problema e as pessoas falam que o problema é o atendimento: “Eu não consigo ser atendida porque não tenho médico”, etc. “E também porque eu quero um atendimento mais humano, eu quero um atendimento humano na hora em que eu chegar lá para ser atendido.”
Então, nós fizemos um programa de chamamento dos médicos para preencher os locais onde não tinha médicos suficientes. Aqui no Brasil tem municípios onde não tem nenhum médico que lá more. São 700 municípios nessa situação. Nenhum médico mora lá. Eventualmente um médico chega lá, mas vai embora. Então, portanto, a minha filha, por exemplo, teve asma. Mãe com filho asmático sabe perfeitamente que parece até combinado, mas a asma só acontece de madrugada. Ao meio-dia eu nunca vi criança ter crise de asma, mas é “batata”: duas horas da manhã tem crise de asma. Então o que é que a mãe faz? Para onde ela corre? Quem é que vai ajudá-la? Óbvio que o Brasil precisa então de mais médicos.
Além disso, além desses 700, somando dá uns 2.300 municípios que têm menos de um médico [em atenção básica] para cada 3 mil habitantes O que é um médico para cada 3 mil? É o que a Organização Mundial de Saúde receita para um bom atendimento mínimo, mínimo. Tem lugares que é um por 2 mil. Tem outros lugares que é um por mil e quinhentos habitantes. No Brasil, nós queremos chegar a 1 por 3 mil.
Então, nós abrimos uma chamada pública para médicos formados no Brasil. Ele pode ser até estrangeiro, mas se ele for formado no Brasil, ele é chamado médico brasileiro. E chamamos esses médicos. Não veio o número de médicos suficiente. Então, a partir do momento que não veio, e não veio para onde? Não veio para alguns lugares do Brasil. Geralmente tem menos médicos nas grandes regiões metropolitanas, nas periferias; menos médicos nos municípios do interior, principalmente em zona de fronteira, semiárido nordestino, Amazônia; e menos médicos em algumas regiões de grande... aliás, de grande pobreza, com o chamado Índice de Desenvolvimento Urbano muito baixo.
Nós fizemos uma consulta aos municípios e os municípios pediram 15 mil médicos – é 15 mil e algum quebrado –, quinze mil médicos. Nós não conseguimos esses 15 mil médicos serem atendidos por brasileiro, pelo contrário, veio menos do que a gente esperava. E agora nós estamos preenchendo, sim, com médicos vindos de outro lugar.
Eu queria dar um número aqui, para vocês, para vocês saberem como é que os outros países funcionam, porque é muito importante a gente saber como é que os outros funcionam. Por exemplo, se a gente olhar os nossos vizinhos, a Argentina e o Uruguai, eles têm mais médicos do que nós. Nós temos 1,8 médico por mil habitantes, na média geral. Você sabe que, na média, o cara pode estar com a cabeça na geladeira e o pé no fogareiro e no meio, aqui, no umbigo, ele estar com a temperatura normal. Na distribuição é a mesma coisa, tem gente que tem muito médico, no Brasil, e tem gente que não tem nenhum, mas é 1,8. Sabem quanto que é na Argentina e no Uruguai? Na Argentina é 3,2, no Uruguai é 3,7. Mas esse é um dos dados?
O outro dado que eu acho muito importante vocês saberem é como é que funciona o resto do mundo. Vamos pegar os países ricos. Você supõe que um país rico pode pagar e formar todos os seus médicos, não é isso? É, ele pode, mas ele combina as duas coisas. Por exemplo, o percentual de médicos que se graduaram no exterior e exercem sua profissão nos Estados Unidos é 25%, ou seja, de cada cem médicos, 25 médicos – de cada cem médicos, 25 médicos – nos Estados Unidos vieram de fora, se diplomaram lá fora. Na Inglaterra, de cada cem médicos, 37 se formaram lá fora. Na Austrália, de cada cem, 22. No Canadá, de cada cem, 17. No Brasil, de cada cem, 1,7.
Portanto, o que nós estamos fazendo é ampliar, ampliar o atendimento médico no Brasil. Aonde? Na atenção básica, porque eu não sei se vocês sabem, mas quase 90% dos requerimentos de saúde deste país, entre 80 e 90, eu não vou falar 90, vou falar entre 80 e 90, é hipertensão, diabetes e outras doenças, mas essas duas concentram o tratamento que tem de ser dado cotidianamente.
Além disso, você vê criança com asma, com diarreia. Você tem aquelas chamadas doenças... a pessoa pegou uma bronquite, a pessoa está num tratamento de gripe, que é aquilo que ataca cada um de nós, fora quando a gente tem uma doença mais grave que tem de ir, sim, para o hospital. Nós temos de melhorar também a qualidade do atendimento nos hospitais, mas nós vamos primeiro atacar o grosso. Levar médico aonde não tem, garantir que o médico atenda e trabalhe oito horas por dia. Isso nós vamos fazer, pagando esses médicos, formados lá fora e formados aqui dentro, uma bolsa de 10 mil reais. Eles ficam três anos fazendo isso, eles vão trabalhar nisso de segunda a sexta, óbvio, vão ter uma ajuda de custo, mas o objetivo disso é assegurar que aquelas pessoas no Brasil que não têm recurso suficiente tenham acesso a um médico também.
Na sequência nós iremos também aumentar... nós queremos aumentar o número de especialistas. O Brasil precisa de pediatra, o Brasil precisa de anestesista, o Brasil precisa de oncologista, que vai tratar das doenças do câncer, o Brasil precisa de ginecologista. Então nós vamos abrir 11 mil vagas de graduação e 12 mil de residência porque nós vamos combinar todas as formas para melhorar o atendimento da saúde da população. Com isso, eu aproveitei essa formatura para explicar para cidadãos e cidadãs brasileiras o Programa Mais Médicos.
Mas eu não posso deixar de encerrar... aliás, deixar de encerrar eu não posso mesmo, não vou ficar falando aqui a vida inteira. Mas eu não posso, antes de encerrar, dizer algumas coisas para vocês.
O meu governo quer que todo mundo que queira estudar, estude. Então, nós estamos fazendo um sistema de financiamento que chama financiamento da educação em geral, o FIES. E quero dizer para vocês que aqueles também que fizerem seu supletivo, quiserem tentar uma universidade, tem várias alternativas. Se quiser continuar a fazer um curso de tecnólogo – viu, Giovani? – você pode fazer a sua formação, fazer o seu supletivo e se inscrever no vestibular dessas escolas que são institutos federais de tecnologia e educação, você vai virar um engenheiro tecnólogo, um biotecnólogo, você vai ter uma formação superior sofisticada, assim, em termos de formação técnica.
Mas também você pode resolver que não, que você quer entrar numa escola privada. Então, você tem dois caminhos, se você quiser ir para a escola privada. Você pode tentar o ProUni, você vai ter de ter um desempenho no Enem e vai tentar o ProUni. Mas se você também não quiser fazer o ProUni? Você pode recorrer ao financiamento chamado FIES.
E é importante saber: em dois casos, a pessoa recebe o FIES, e se ela trabalhar ou como professora no serviço público ou como médico no Sistema Único de Saúde, ela ganha o financiamento e ela não pagará o financiamento se ela trabalhar durante um tempo nesses dois cursos.
Por que nós estamos fazendo isso? Justamente por essa prioridade, para a educação e saúde. Um país tem de ter educação e saúde. Vai ter de ter mobilidade urbana também, mas outro dia eu venho cá falar em mobilidade urbana, hoje eu falo de educação e saúde. E por isso o meu governo fará o possível e o impossível para viabilizar a melhor educação e a melhor saúde para a população brasileira.
Um beijo a todos.
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