Novos indicadores sociais
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011
Novos avanços sociais do Brasil
Diminuem analfabetismo, desocupação e desigualdade; aumenta acesso a bens duráveis
ANALFABETISMO DECRESCE
A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais caiu de 9,7% em 2009 (14,1 milhões de pessoas) para 8,6% em 2011 (12,9 milhões de pessoas). O analfabetismo concentra-se, cada vez mais, nas faixas etárias mais elevadas: em 2011, pessoas com mais de 50 anos representavam 63,6% (8,2 milhões) do total de analfabetos do país.
O Nordeste, que concentra 52,7% dos analfabetos do país, registrou a maior queda: a taxa de analfabetismo passou de 18,8% em 2009 para 16,9% em 2011.
MAIOR TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO DE 4 A 5 ANOS É REGISTRADA NO NORDESTE
A taxa de escolarização de crianças de 6 a 14 anos aumentou 0,6 ponto percentual desde 2009, chegando a 98,2% em 2011,indicando a universalização do acesso ao Ensino Fundamental. Na faixa de 4 e 5 anos, a maior taxa é a do Nordeste, com 83,5%, seguida pelo Sudeste, com 81,6%.
REDE PÚBLICA DE ENSINO ATENDEU A 78,4% DOS ESTUDANTES DO PAÍS
Em 2011, havia 53,8 milhões de estudantes no Brasil. Até o Ensino Médio, a rede pública atendeu a maioria dos estudantes: 73,5% na pré-escola; 87% na alfabetização e no nível fundamental e 87,2% no médio. No ensino superior essa dominância se inverte – a rede privada atendeu a maior parte dos 6,6 milhões de estudantes (73,2% dos universitários). Entre 2009 e 2011, entretanto, a rede pública aumentou sua participação, passando de 23,3% para 26,8%.
TAXA DE DESOCUPAÇÃO ATINGIU SEU MENOR NÍVEL HISTÓRICO
A queda da taxa de desocupação, de 8,2% em 2009 para 6,7% em 2011, ocorreu em todas as regiões do Brasil. As menores taxas foram registradas no Sul (4,3%) e no Centro-Oeste (5,8%), e a maior, no Nordeste (7,9%). A população desocupada diminuiu de 8,2 milhões de pessoas em 2009 para 6,6 milhões em 2011, enquanto a população ocupada cresceu, passando de 91,4 milhões para 92,5 milhões de pessoas.
A maior formalização das relações de trabalho é confirmada pelo aumento do número de empregados com carteira assinada no setor privado, que passou de 70,2% em 2009 para 74,6% em 2011.
DIMINUIU O TRABALHO INFANTIL
Entre 2009 e 2011, 597 mil crianças ou adolescentes saíram do mercado de trabalho. A maior redução, de 23,5%, ocorreu na faixa etária de 5 a 13 anos.
O nível de ocupação das pessoas de 5 a 17 anos continuou a tendência de declínio, recuando de 9,8% para 8,6% entre 2009 e 2011. Entre as crianças e adolescentes ocupados nessa faixa etária, 80,4% frequentavam a escola e 37,9% realizavam trabalhos não remunerados (produção para consumo próprio ou construção para próprio uso).
A ocupação mais frequente da população de 5 a 13 anos é na atividade agrícola (63,5%).
RENDIMENTO DO BRASILEIRO CRESCEU
O rendimento médio mensal do trabalho em 2011 foi de R$ 1.345, contra R$ 1.242 em 2009, variação real de 8,3%. Essa elevação ocorreu em todos os décimos da distribuição de rendimentos, sendo maior na menor faixa de renda considerada: 29,2% no primeiro décimo (os 10% de menor renda). O segundo, quarto e quinto décimos também apresentaram acréscimos expressivos, de 27,0%, 12,4% e 13,6%, respectivamente.
DESIGUALDADE DE RENDA MANTÉM TENDÊNCIA DE QUEDA
O grau de concentração de renda continuou em declínio no Brasil: o índice de Gini diminuiu de 0,524 para 0,508 entre 2009 e 2011. Houve queda da desigualdade nos rendimentos do trabalho, de 0,518 para 0,501, e no rendimento domiciliar, de 0,509 para 0,501.
A região Norte foi a única a apresentar elevação do índice de Gini, de 0,488 para 0,496 entre 2009 e 2011. A queda mais expressiva ocorreu na região Sul (de 0,483 para 0,461). Os maiores índices em 2011 foram registrados nas regiões Nordeste (0,522) e Centro-Oeste (0,520). No Sudeste, passou de 0,495 para 0,480.
CRESCE ACESSO A SERVIÇOS BÁSICOS
A quantidade de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água cresceu de 84,3% para 84,6% do total de domicílios entre 2009 e 2011, indicando que 2,5 milhões de lares foram conectados à rede de abastecimento.
O total ligado à rede coletora de esgoto também cresceu, de 59,1% para 62,6% no mesmo período – mais 3,8 milhões de domicílios conectados. A coleta de lixo também passou a ser feita em mais domicílios, atendendo a 88,8% em 2011.
Em 2011, o acesso à energia estava praticamente universalizado. O número de residências com iluminação elétrica cresceu de 98,9% para 99,3% do total de domicílios entre 2009 e 2011, o que corresponde a mais 3 milhões de lares com energia elétrica.
COMPUTADOR COM ACESSO À INTERNET FOI O BEM CUJA PRESENÇA MAIS AUMENTOU NOS LARES BRASILEIROS
Em 2011, 36,5% dos domicílios possuíam computador com acesso à internet, contra 27,3% em 2009. O número de domicílios que possuíam computador cresceu de 34,6% para 42,9%.
Aumentou também o número de domicílios com telefone (celular ou fixo), de 84,1% para 89,9%. A parcela de lares apenas com celular cresceu de 41,1% para 49,7%.
Em 2011, 98,6% dos domicílios tinham fogão, 95,8% tinham geladeira e 96,9% tinham televisão. O número de domicílios com máquinas de lavar também cresceu de forma significativa, de 44,3% para 51,0%.
O número de domicílios com carro passou de 37,4% para 40,9%. No caso de motocicletas, o aumento foi ainda maior, passando de 16,2% para 19,1% dos domicílios.