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Balanço de 2012 e perspectivas para 2013

Juros baixos, compromisso com meta inflacionária e solidez fiscal são bases para maior crescimento em 2013

TAXAS DE JUROS

A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 7,25%, patamar alcançado em agosto de 2012 e o mais baixo da história. A manutenção dos juros em baixo patamar, além de favorecer o resultado fiscal, desonera o investimento produtivo e diminui a pressão sobre a taxa de câmbio.

A taxa média geral de juros das operações de crédito apresentou queda de 4,8 pontos percentuais (p.p.) no ano de 2012. A taxa média para pessoas jurídicas caiu 4,1 p.p., e taxa para pessoas físicas, 5,7 p.p.

Destaque para as reduções nas taxas do cheque especial para pessoas físicas (31,6 p.p.), do crédito pessoal (5,5 p.p.) e no spread bancário médio geral (2,8 p.p) no ano.

CRÉDITO

Em 2012, o volume total de crédito do sistema financeiro acumulou expansão de 16,4%, alcançando R$ 2,37 trilhões. Com isso, a relação crédito/PIB cresceu de 49,1% em 2011 para 53,8% em 2012.

Os empréstimos com recursos livres chegaram a R$ 1,4 trilhão, uma expansão de 13,6% em relação a 2011, enquanto o crédito direcionado somou R$ 969,2 bilhões, expansão de 20,9%.

Em fevereiro de 2013, o volume total de crédito alcançou R$ 2,38 trilhões, o que corresponde a um crescimento de 0,6% no primeiro bimestre do ano.

PREÇOS

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)Pelo oitavo ano consecutivo o IPCA ficou dentro do limite da meta estabelecida pelo Banco Central, encerrando o ano de 2012 em 5,84%.

No primeiro bimestre de 2013 o índice acumula alta de 1,47%. Essa variação é explicada principalmente pelo comportamento dos preços do grupo “alimentação e bebidas”, que responderam por 0,83 p.p. do índice acumulado no período.

ATIVIDADE ECONÔMICA

Em 2012 o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9%. Pelo lado da oferta, os Serviços cresceram 1,7%, enquanto a Indústria (-0,8%) e a Agropecuária (-2,3%) registraram queda.

Na análise da demanda, o Consumo das Famílias cresceu 3,1% – nono ano consecutivo de expansão – e o Consumo da Administração Pública cresceu 3,2%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou queda de 4,0% em 2012, após crescimento de 4,7% em 2011.

Já em janeiro de 2013 a produção industrial subiu 2,5% em relação a dezembro de 2012 na série com ajuste sazonal, com crescimento em todas as categorias de uso. Destaque para o crescimento de Bens de Capital (8,2%) e Bens de Consumo Duráveis (2,5%).

No setor agrícola, a segunda estimativa do IBGE para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2013 é de R$ 183,4 milhões de toneladas, 13,2% superior à safra recorde de 2012.

EMPREGO

Em dezembro de 2012, a taxa de desemprego metropolitano ficou em 4,6%, a menor da série histórica mensal iniciada em 2002. No ano de 2012, a taxa média de desemprego metropolitano ficou em 5,5%.

Foram gerados 1,3 milhão de empregos em 2012, um crescimento de 3,47% em relação ao estoque registrado em dezembro de 2011. Houve expansão em todos os estados da federação e nos oito grandes setores econômicos, com destaque para Construção Civil (5,09%), Comércio (4,52%) e Serviços (4,36%).

No primeiro bimestre de 2013, foram gerados 170,6 mil empregos, crescimento de 0,43% em relação ao estoque de dezembro de 2012. A taxa de desemprego metropolitano em fevereiro foi de 5,6%.

SETOR EXTERNO

Evolução da corrente de comércio: Exportações + importações (em US$ milhões)Em 2012, as exportações acumularam US$ 242,6 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 223,1 bilhões. Somadas, perfizeram um total de US$ 465,7 bilhões, o segundo maior fluxo de comércio da história, inferior apenas ao montante recorde registrado em 2011.

Os investimentos estrangeiros diretos também registraram em 2012 o segundo maior volume histórico, de US$ 65,3 bilhões, inferior apenas aos US$ 66,7 bilhões alcançados em 2011.

No primeiro bimestre de 2013, as exportações somaram US$ 31,5 bilhões, e as importações, US$ 36,8 bilhões,
montante recorde para o período. O movimento de capitais registrou a entrada líquida de US$ 4,7 bilhões de investimentos em carteira, de US$ 9,7 bilhões de outros investimentos e de US$ 7,5 bilhões de investimentos estrangeiros diretos.

RESULTADO FISCAL

Em 2012 o setor público consolidado (Governo Federal, estados, prefeituras e empresas estatais) acumulou um superávit primário de R$ 105 bilhões, equivalentes a 2,38% do PIB.

A dívida líquida do setor público encerrou o ano de 2012 em R$ 1,55 trilhão, correspondentes a 35,2% do PIB.

Dívida Líquida do Setor PúblicoO ano de 2013 começou com um superávit primário recorde, de R$ 30,3 bilhões em janeiro, o maior já registrado na série histórica iniciada em dezembro de 2001. Esse resultado permitiu alcançar, já no primeiro mês, cerca de 20% da meta anual do setor público consolidado.

Foi também o terceiro melhor superávit nominal (após o pagamento dos juros), de R$ 7,6 bilhões. O resultado foi favorecido pelo recorde também histórico de R$ 116 bilhões na arrecadação de impostos e contribuições federais.

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL

O Governo vem melhorando sensivelmente o perfil da dívida pública federal a partir da substituição de títulos, combinando alongamento dos prazos, redução das taxas praticadas e do risco de mercado da dívida, ampliando a participação de títulos prefixados.

Como resultado, os títulos públicos prefixados e remunerados por índices de preços, que correspondiam conjuntamente a 65,5% da dívida pública federal ao final de 2011, passaram a representar 73,9% em 2012. Já o prazo médio da dívida, de 3,6 anos em dezembro de 2011, foi elevado para 4,0 anos em 2012.

Um bom exemplo da estratégia adotada foi a emissão, em setembro de 2012, de R$ 1,35 bilhão do novo título em dólares, o Global BRL 2023, à taxa de 2,7% ao ano.

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