SELIC e taxa de desemprego nos menores níveis históricos
A taxa Selic manteve a trajetória de queda iniciada em agosto de 2011, atingindo mais uma marca histórica em outubro, com sua fixação em 7,25% pelo Comitê de Política Monetária – COPOM. A redução dos juros favorece o resultado fiscal, desonera o investimento produtivo e diminui a pressão do movimento de capitais sobre a taxa de câmbio.

CRÉDITO
O volume de crédito segue em expansão no país, tendo totalizado R$ 2,3 trilhões em outubro, sendo R$ 1,4 trilhão de recursos livres e R$ 830,4 bilhões de crédito direcionado. Esses valores representam, nos últimos 12 meses, um crescimento de 16,6% do volume total de crédito e de 4,4 p.p. na relação crédito/PIB, que alcançou 51,9% em outubro. A expansão ocorre concomitantemente à redução das taxas médias de juros, tanto para pessoa jurídica quanto física, bem como dos spreads bancários. Nos últimos 12 meses, a taxa média de juros caiu 10,2 p.p. e os spreads, 6,9 p.p.


O superávit primário do setor público consolidado (Governo Central, Governos Regionais e Estatais) foi de R$ 88,2 bilhões no acumulado de janeiro a outubro, correspondendo a 2,42% do PIB.
No mesmo período, o superávit do Governo Central – que inclui, além do Governo Federal, o Banco Central e o INSS – correspondeu a R$ 64,1 bilhões (1,76% do PIB).
Nos últimos anos, a política fiscal tem promovido uma contínua redução do endividamento público. Em outubro, a dívida líquida do setor público correspondia a 35,2% do PIB.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS
Os índices de preços registram, em 2012, desaceleração em relação a 2011, em trajetória de convergência para o centro da meta. O IPCA acumulado entre janeiro e outubro de 2012 foi 1,05 p.p. inferior ao registrado no mesmo período de 2011.
COMÉRCIO EXTREMO E INVESTIMENTO
O fluxo de comércio com o exterior se mantém em patamar elevado. Nos dez primeiros meses de 2012, as exportações somaram US$ 202,4 bilhões, 2º maior valor histórico para o período janeiro-outubro, inferior apenas ao montante recorde exportado no mesmo período de 2011 (US$ 212,1 bilhões). A participação dos produtos industrializados no total das exportações brasileiras cresceu de 49,9% para 50,7% na comparação do período janeiro-outubro de 2012 com o mesmo período de 2011.
As importações somaram US$ 185 bilhões, correspondendo, também, ao 2º maior valor da série histórica para o período, com recuo de 0,9% frente ao montante recorde importado no mesmo período de 2011 (US$ 186,7 bilhões).
No período de janeiro a outubro, os investimentos estrangeiros diretos acumularam o segundo maior valor para o período (US$ 55,3 bilhões), recuo de 1,2% em relação ao montante recorde do mesmo período de 2011 (US$ 56,0 bilhões).
ATIVIDADE ECONÔMICA
No terceiro trimestre de 2012, o Produto Interno Bruto a preços de mercado cresceu 0,6% em relação ao trimestre anterior, com crescimento de 2,5% da Agropecuária, 1,1% da Indústria e variação nula em Serviços.
No acumulado dos três primeiros trimestres de 2012, o Produto Interno Bruto a preços de mercado cresceu 0,7% em relação ao mesmo período de 2011. O setor de Serviços cresceu 1,5%, enquanto a Indústria e a Agropecuária recuaram 1,1% e 1,0%, respectivamente. No acumulado de quatro trimestres, o crescimento do PIB foi de 0,9%.
EMPREGO
Os dados da Relação Anual de Informações Sociais, divulgados em setembro, mostram que o ano de 2011 registrou a terceira maior geração de empregos da série histórica iniciada em 1985, com 2,2 milhões de novos empregos formais. Nos primeiros dez meses de 2012 foram gerados 1.688.845 empregos formais, crescimento de 4,46% em relação a dezembro de 2011.

A taxa de desemprego medida pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas registrou, nos últimos meses, os menores valores desde 2002, início da atual série da pesquisa. Em outubro, a taxa foi de 5,3%, o menor patamar já registrado para o mês.
