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25-04-2013 - Brinde da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante jantar oferecido pela Presidenta da Nação Argentina em homenagem à Presidenta da República e comitiva

 

Buenos Aires-Argentina, 25 de abril de 2013

 

Boa noite a todos.

Eu queria saudar a senhora Cristina Fernández de Kirchner, presidente da nação argentina e, gostaria de acrescentar, minha amiga,

Queria cumprimentar o vice-presidente da República argentina, Amado Boudou,

Cumprimentar o presidente da Câmara dos Deputados da Argentina, deputado Julián Andrés Domínguez,

Cumprimentar o governador da província de Buenos Aires, senhor Daniel Osvaldo Scioli,

Senhoras e senhores ministros de Estado e integrantes das delegações do Brasil e da Argentina,

Senhoras e senhores empresários,

Senhoras e senhores lideranças políticas presentes,

Senhoras e senhores jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas,

Senhoras e senhores,

 

É com imensa satisfação que volto a Buenos Aires. Esta é a minha quinta visita à Argentina, que se soma aos muitos encontros que mantivemos nos últimos dois anos. A relação estratégica entre a Argentina e o Brasil é a mais intensa e a mais profunda que conhecemos nos anos em que viemos nos relacionando. Com o ex-presidente Lula e o ex-presidente Kirchner, nossos países construíram uma sólida aliança, que nós estamos desenvolvendo – a presidenta Cristina e eu – e aprendemos, neste período, a tratar as nossas diferenças com maturidade.

A integração é a chave para fortalecer nossa presença no mundo e para a construção de um futuro melhor, com maior prosperidade, com inclusão social e com aprofundamento da democracia. Por isso, a presidenta Cristina e eu nos empenhamos em fazer avançar a integração de nossos países, dar mais qualidade política à nossa relação, superar os entraves nas nossas relações comerciais, de investimento e parceria.

A verdade é que somos sócios comerciais de primeira grandeza. Nós somos sociedades, países e nações que têm imensa capacidade de desenvolvimento e que serão sempre muito maiores quando estão juntos do que quando estão separados.

Nós sabemos que devemos tratar tanto os investimentos como as nossas relações comerciais recíprocas de forma mutuamente respeitosa e equilibrada.

Nossos países enfrentaram a crise econômica internacional e dela saímos com consequências, porém, muito mais fortes que os países desenvolvidos.

O comércio bilateral entre nós está ainda reduzido frente ao seu potencial. Uma parte disso, uma grande parte disso se deve à recessão nos diferentes países desenvolvidos, especialmente na Europa. Tudo isso reduziu o potencial dos nossos fluxos comerciais, financeiros e de investimento.

Contra isso há a nossa firme decisão, a nossa vontade política de alterar essa situação e responder à crise sempre com mais integração, e não menos.

Temos certeza e queremos fortalecer as bases econômicas da nossa integração. Por isso e para retomar a plena fluidez de todas as nossas relações diante dessa conjuntura, a experiência histórica nos ensina que é preciso diálogo, diálogo e mais diálogo, transparência, objetividade que, aliás, caracterizam a relação que eu e a presidenta Cristina mantemos.

Por isso, eu saúdo esta reunião e todas as reuniões que, de três em três meses, nós viemos fazendo. Isso nos aproxima, transforma as nossas diferenças em uma busca de consenso e permite que encontremos os caminhos para solucionar os impasses e os entraves que porventura cerceiem nossas relações.

Isso também reforça a minha convicção de que, com decisão política firme e adequada, associada à retomada do crescimento econômico a partir deste ano, o comércio bilateral, as nossas relações de investimento, o financiamento tenderão novamente, todos, a crescer.

A presidenta Cristina e eu dedicamos este nosso encontro à busca de soluções práticas, soluções práticas para todas as nossas dificuldades do momento. Sobretudo procuramos projetar o futuro das nossas relações. Vamos continuar esta reunião trimestral em Montevidéu, durante a reunião do Mercosul, na próxima semana. A nossa convicção é que esses desafios somente se enfrentam, vou repetir, com mais e mais integração, com mais e mais cooperação e com uma visão conjunta a respeito do papel do Brasil e da Argentina, tanto no plano multilateral, mas, sobretudo, no plano bilateral.

Nós somos as maiores economias desta região, nós temos a responsabilidade histórica de desenvolver nossos países e de articular esta região do mundo. As condições estão dadas para isso, além dos instrumentos de coordenação política e institucional entre nossos países, nós – Argentina e Brasil – contamos com um setor privado vigoroso, empreendedor, cuja contribuição ao processo de integração é cada vez mais necessária. Por isso, acolhemos com entusiasmo o excepcional encontro empresarial binacional, durante o Congresso da UIA , em Los Cardales, em novembro último. Por isso, apoiamos a renovação dessa iniciativa, neste ano, no Brasil, sobre os auspícios da Confederação Nacional da Indústria do Brasil.

As relações Brasil-Argentina são fortes e inabaláveis. Baseiam-se na certeza e na vontade política que nós sempre expressamos de que juntos faremos sempre muito mais e muito melhor.

Os últimos dez anos mostram que a aliança Argentina e Brasil tem sido fundamental não só para nossos dois países. Essa relação, essa aliança tem sido um fator de progresso e estabilidade para América do Sul e para a América Latina.

Queria, nesta oportunidade, cumprimentar a presidenta Cristina por sua liderança e empenho na construção da unidade entre os países da região, tanto na esfera da Celac como na Unasul e no Mercosul.

Sem dúvida, amiga Cristina, nós temos de dar continuidade ao trabalho de Kirchner e de Lula, e legar a todos os nossos filhos e netos um continente de paz, desenvolvimento, inclusão social e democracia.

A nossa atitude diante da questão que envolveu o Paraguai e, recentemente, na reafirmação do apoio ao presidente constitucionalmente eleito da Venezuela, Maduro, mostra a importância e a força da nossa participação.

Convido a todos para erguerem um brinde à presidenta da República argentina, minha querida amiga Cristina Kirchner.

 

Ouça a íntegra (14min45s) do brinde da Presidenta Dilma

 

 

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