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29-04-2014 - Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de entrega de 1.224 unidades habitacionais dos Residenciais EcoParque e Viver Iguatemi, do Programa Minha Casa, Minha Vida - Feira de Santana/BA

Feira de Santana-BA, 29 de abril de 2014

 

 

Quase boa noite. Boa tardinha. Eu queria começar cumprimentando a Marizete, a Elane, o Crispim, a Tércia e a Aline. Todas elas receberam as chaves das casas, das moradias. Assim como vocês também vão receber as chaves desses dois residenciais. E aí eu quero dizer uma coisa para vocês: eu tenho andado aí pelo Brasil afora, feito muita inauguração e lançamento do Minha Casa, Minha Vida, porque nós estamos construindo 2,750 milhões moradias até o final desse ano, que somadas com 1 milhão construído na época do Lula dá 3,750 milhões. Então, eu tenho muita casa, muito sonho da casa própria para chegar e realizar.

E aí eu quero dizer para vocês uma coisa: eu fui em vários lugares, e fiquei hoje muito satisfeita. Porque eu chego lá, olho a porta, olho como é que está o chão de cerâmica, olho como é que é a janela, e quero dizer uma coisa para vocês: essa casa que eu visitei aqui, eu visitei duas, estão muito bem acabadas e são muito boas. Então, eu quero cumprimentar o seu Antônio, que é o responsável pela casa. Vou iniciar cumprimentando seu Antonio. Eu e o governador temos tido esse processo junto, de resolver um grande problema do nosso país, que é a questão da casa própria. A casa própria é o sonho que cada um quer ter, mas nós queremos, com a casa própria, sonhar acordado. É sonho que se sonha bem acordado, porque é onde a gente cria os filhos. Daí porque eu fico muito feliz de estar aqui, com o governador Jaques Wagner, nesta cerimônia do Minha casa, Minha Vida.

Queria cumprimentar, então, o governador e a Fátima Mendonça, minha querida amiga, pelo fato de estarmos juntos aqui hoje nos residenciais EcoParque e Viver Iguatemi. Fico, de fato, muito contente.

            Cumprimento também os ministros que me acompanham: o ministro Gilberto Occhi, das Cidades; o ministro da Educação, Henrique Paim; Tereza Campello, do Desenvolvimento Social; Francisco Teixeira, da Integração; Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário.

            Dirijo também um cumprimento especial a duas pessoas: ao nosso vice-governador Otto Alencar, vice-governador da Bahia. Grande parceiro para a gente realizar os programas sociais aqui na Bahia, e também ao ex-secretário do governador Jaques Wagner, secretário da Casa Civil. Sabe, Rui, você tem o mesmo cargo que eu tive no governo Lula. Eu também fui chefe da Casa Civil do presidente Lula. Então, Rui, eu sei que você foi o coordenador do governo. Parabéns, Rui!

            Quero agradecer, de coração, ao prefeito de Feira de Santana, o José Ronaldo de Carvalho. Agradeço pela recepção carinhosa e fraterna que eu tive aqui nesta cidade. Agradeço também pela parceria, e agradeço porque é sempre muito bom a gente conviver com pessoas dignas e decentes. Parabéns, prefeito!

            Cumprimento também o presidente da Caixa Econômica, Jorge Hereda.

            O vereador presidente da Câmara Municipal, Justiniano França.

            Os deputados estaduais José de Arimatéia e Zé Neto.

            Cumprimento o secretário municipal de Habitação, Sandro Ricardo.

            Cumprimento também, mais uma vez, o presidente da Cepreng Engenharia e Pré-Moldados, Antônio Novais.

            Cumprimento o presidente da Atrium Construções, Oyama de Figueiredo.

            Gostaria de cumprimentar os senhores e as senhoras jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas.

 

Hoje eu já disse que Feira de Santana foi chamada de Portal do Sertão porque aqui era o início dos caminhos para o sertão do Nordeste. Foi chamada também de cidade especial, foi chamada também – estão soprando, não é necessário, não sabem o que eu vou falar, ficam soprando. Não, eu não estou dizendo que foi você, não. Mas eu quero dizer o seguinte: foi chamada de Princesa do Sertão pelo nosso Rui Barbosa. E isso... E disse também que aqui em Feira de Santana tinha nascido uma heroína da nossa independência, chamada Maria Quitéria.

Por que eu disse isso? Para destacar a importância que essa cidade tem, não só no Nordeste, a importância que essa cidade tem, como segunda cidade mais populosa da Bahia, e uma cidade que, pelo seu tamanho, pela sua localização estratégica, por aqui um conjunto de rodovias se cruzam, por todos os empreendimentos que aqui tem, pela sua população, merece estar à altura de todo o seu potencial de desenvolvimento.

Daí porque estar aqui hoje, entregando essas 1.224 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida tem uma importância especial para mim. Primeiro, porque o programa Minha Casa, Minha Vida é o programa que mais protege a família brasileira, porque antes de ser uma casa com tijolos, antes de ser uma casa que teve cimento, alumínio, que teve azulejos, que teve, no caso dessas aqui, acabamentos e mármore, ela é um projeto de lar. Por isso que o programa chama Minha Casa, Minha Vida, porque a casa é um lugar de vida, é aonde a gente cria os filhos, é aonde a gente recebe os amigos e, portanto, é aonde que a gente passa o maior e o mais feliz tempo da vida.

Às vezes também, é o local em que, diante das dificuldades, você encontra apoio, você encontra uma referência. Por isso que esse programa é um programa fundamental, é um programa para as famílias, para as crianças deste país, porque nós precisamos que os brasileiros e brasileiras, principalmente aqueles que mais precisam, tenham sua casa própria. Vocês sabem tão bem quanto eu que não era possível, que era quase, aí sim, um sonho inatingível, comprar uma casa própria neste país, porque a conta não fechava nunca. A casa custando 64 mil, e a pessoa ganhando em média, ou a família ganhando em média um salário mínimo e meio, a conta não fecha, não tem como fechar. Porque também os bancos não financiam. Quando você chega no banco, ele vai te perguntar: “Qual é a garantia que você me dá? Eu vou pagar a vocês, para me aceitar te emprestar um dinheiro para você me pagar”. Qual é a garantia? Geralmente, só se empresta, como diz o ditado, só se empresta prata para quem tem ouro. E era isso que acontecia. Ora, um governo não pode olhar isso e ficar quieto. Um governo não pode olhar para a população que mais precisa neste país não ter nem onde morar. Ou, como mostrou aqui o nosso governador e o ministro, vivendo de aluguel, aluguel razoavelmente alto para os padrões de renda de vocês.

Então, o que é que nós pensamos? Nós pensamos o seguinte: alguém tem de entrar nessa conta. Quem pode entrar nessa conta, garantindo o acesso de vocês à casa própria? Tem de entrar o governo, o governo que é comprometido com os interesses da nossa população. E aí eu quero dizer uma coisa para vocês. Essa coisa que eu quero dizer, ela é um conselho, mas, mais do que um conselho, ela é um alerta. Quando vocês pegarem a chave, abrirem a porta, pegarem a maçaneta e puxarem a porta, entrem por essas casas de cabeça muito erguida, coração cheio de esperança. Por que cabeça muito erguida e coração cheio de esperança? Primeiro, vocês não devem essa casa a ninguém. Não devem à prefeitura, não devem ao governo do estado, e não devem ao governo federal. O que nós fizemos foi pegar o dinheiro arrecadado dos impostos da população e colocar, por causa das nossas convicções e compromissos, na construção de casas de qualidade para o povo deste país. Por isso a casa é de vocês, vocês vão pagar por ela. O que nós ajudamos foi vocês pagarem por ela, mas vocês têm de olhar com orgulho para o fato que vocês serão capazes de pagar por ela.

E mais, eu quero dizer para vocês uma coisa: essa casa é um patrimônio, é um patrimônio. A gente olha para ela primeiro e vê um lar, mas ela é um patrimônio, e patrimônio é igual a riqueza. Essa é a primeira grande riqueza que cada um de vocês tem. A segunda grande riqueza é o acesso à educação das crianças, o acesso à educação dos jovens e dos adultos. Nós acabamos de vir de uma formatura do Pronatec, mil... mais de mil jovens, mais de mil homens e mulheres adultos, gente de todas as idades, se formou. Veja que dia lindo! É o dia da casa própria, que é o patrimônio da família de vocês, e o dia da educação, que é aquela coisa que tudo pode acontecer, mas você carrega para onde você for porque a educação é um bem de cada um de nós.

E aí eu quero que vocês tenham a certeza de que a casa é uma conquista de vocês. Mas essa conquista só é efetiva quando vocês se esforçam, mantêm as casas, garantem o pagamento delas. E lembrem sempre, outros brasileiros precisam disso. Há pouco, uma senhora, ali, apresentou um cartaz. No cartaz, aquela senhora pedia acesso à casa própria. É por causa de muitas outras senhoras como ela que nós temos de continuar fazendo esse programa. Nós fizemos o Minha Casa, Minha Vida 1, fizemos o Minha Casa, Minha Vida 2, concluindo até o fim deste ano o Minha Casa, Minha Vida 2. E eu quero dizer aqui para vocês que nós já colocamos no forno, está lá no forno, sendo bem cozinhadinho, o Minha casa, Minha Vida 3.

Finalmente, eu quero falar algumas coisas aqui sobre os investimentos que nós temos feito aqui na cidade de Feira de Santana. Primeiro, eu quero mais uma vez saudar a parceria com o prefeito e a prefeitura. Aqui, em Feira de Santana, nós temos atuado juntos para melhorar as condições do transporte coletivo, construindo um chamado BRT. BRT é um nome - não é, prefeito? - moderno em inglês, que nada mais é do que o ligeirinho, que aquele arquiteto do Paraná fez, há muito tempo atrás, o Jaime Lerner. O BRT, eu quero dizer para a população aqui, os feirenses, que é um dos melhores sistemas de transporte. Tenho muito orgulho de estar aqui com o prefeito, fazendo esse investimento e também fazendo investimentos aqui, em parceria com o prefeito e governador, para ampliar os serviços de saneamento e de água.

Quero dizer também que a obra de duplicação da BR-101, da divisa de Sergipe até o entroncamento com a 324 está sendo publicado hoje e beneficia extremamente Feira de Santana. Sabe, prefeito, quando a gente faz uma visita, a gente traz um presente. Esse é o presente da minha visita aqui hoje.

Queria dizer também que temos feito grandes parcerias na área de educação, em creches, escolas de dois turnos, Pronatec, e eu tenho muito orgulho da implantação do campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, que está em funcionamento, tem 5,6 mil estudantes, tenho orgulho também do ProUni e do Fies. O ProUni e o Fies, dá mais 7 mil estudantes aqui.

Finalmente, eu quero falar mais uma vez dos 13 médicos que a prefeitura solicitou ao programa Mais Médicos, e que já estão em atividade aqui em Feira de Santana. Espero, prefeito, que esses médicos tenham contribuído para melhorar a qualidade do atendimento de saúde à população. O senhor fez um pedido de mais 15 médicos, e nós iremos atender, totalizando, portanto, 28 médicos aqui em Feira de Santana.

Finalmente, eu quero dizer para vocês que nós estamos aqui hoje, nesse programa Minha Casa Minha Vida. Esse programa Minha Casa Minha Vida é uma afirmação da cidadania de todos os brasileiros, e o país que nós queremos é um país que, de fato, garanta para a sua população, para os 201 milhões de brasileiros, mas aqueles... para aqueles, para aquelas, para os brasileirinhos e as brasileirinhas que mais precisam, oportunidades, oportunidades nas creches, oportunidade de ter a casa própria, oportunidade de fazer um curso técnico, oportunidade de melhorar o seu emprego.

E, finalmente, eu quero dizer para vocês, eu saio agora de noite aqui de Feira de Santana, mas deixo aqui o meu compromisso com o desenvolvimento desta região, desta comunidade e desta população.

Um grande beijo em cada um de vocês.

 

Ouça a íntegra (21min23s) do discurso da Presidenta Dilma Rousseff