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20-03-2014 - Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de inauguração da unidade de produção de celulose da Suzano Papel e Celulose - Imperatriz/MA

 

Imperatriz-MA, 20 de março de 2014

 

Boa tarde a todos.

Eu queria primeiro, cumprimentar a governadora Roseana Sarney, grande parceira do governo federal aqui no estado do Maranhão, e cumprimentar também o Jorge Murad, seu esposo.

Um cumprimento todo especial a esse empresário arrojado, determinado, e que tem levado um conjunto de investimentos do Brasil e hoje, aqui, nos premia com esse investimento excepcional, numa área tão importante para o Brasil, que é a área de bens intermediários, produzindo celulose aqui nessa fábrica. David Feffer, presidente do conselho de administração da Suzano Papel e Celulose. Eu te dou os parabéns e, por seu meio, eu quero cumprimentar todos os dirigentes, todos os funcionários e as funcionárias do Grupo Suzano Papel e Celulose.

Cumprimento também o presidente da Suzano Papel e Celulose, o Walter Schalka, que tem liderado a Suzano nesse caminho de investimento, que é um investimento, a gente olhando tanto do solo como, como eu olhei do helicóptero, a gente percebe que é um investimento volumoso. Ela, essa empresa aqui, e esse projeto, ele é intensivo em duas coisas: intensivo em capital, ou seja, é necessário um volume significativo de recursos para tocar um empreendimento desses e, ao mesmo tempo, ele é intensivo em trabalho, pela quantidade de trabalhadores que aqui são empregados. Então, Walter, também, meus parabéns.

Queria cumprimentar os ministros que nesse ato aqui me acompanham: primeiro, o ministro Mauro Borges, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; o ministro César Borges, dos Transportes; o nosso ministro maranhense, que honra muito o meu governo, meu querido Edison Lobão; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto; e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann.

Eu queria cumprimentar também meu ex-ministro, um excelente ex-ministro, ministro do Turismo, que é o meu companheiro Gastão Vieira.

Queria cumprimentar e agradecer muito a recepção, cumprimentar o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, e cumprimentar a sua senhora, primeira-dama desse município, Conceição Soares Madeira.

Cumprimentar os senadores aqui presentes: o ex-presidente José Sarney, uma liderança desse estado; outra liderança, o senador João Alberto Souza, e o senador Lobão Filho.

Cumprimentar os deputados federais Francisco Escórcio e, novamente, o Gastão Vieira, que nos deixou agora e virou deputado federal.

Cumprimentar as senhoras e os senhores jornalistas, os fotógrafos e os cinegrafistas.

Queria cumprimentar cada um dos presentes, maranhenses, os maranhenses e as maranhenses.

E cumprimentar todos os cidadãos e cidadãs brasileiros aqui presentes.

Queria dizer para vocês que a minha vinda aqui para inaugurar a nova unidade de produção da Suzano Papel e Celulose me enche de satisfação e orgulho. E não falo isso, como se diz popularmente, da boca para fora. Eu falo isso com muita convicção. O Brasil é um país que muito se esforçou ao longo da sua história para produzir aqui o que todo mundo chama de insumos básicos. Nós sabemos que não se produzia insumos básicos no Brasil, não se produzia celulose, não se produzia aço, não se produzia petroquímicos, enfim, havia uma grande necessidade disso. Houve um esforço nos governos anteriores.

Mas eu queria dizer que eu considero que esse último período, de 13, 14 anos, teve uma característica. Nós conseguimos, eu diria, estabilizar, solidificar o investimento nesses ramos. E aqui hoje nós estamos inaugurando uma das maiores unidades produtoras de celulose. Daí porque eu sinto de fato muito orgulho e muita satisfação pelo Brasil, pelo Maranhão, pela cidade de Imperatriz, por toda a população, mas, sobretudo, eu sinto satisfação mesmo é por todo o Brasil, porque essa é uma realização aqui no Maranhão com o esforço dos maranhenses, do governo do Maranhão, da governadora Roseane, mas é também um benefício para o Brasil, um grande benefício.

Eu considero que aqui nós temos um exemplo de gente que sonha e, ao mesmo tempo, de gente que faz. Temos exemplos aqui de gente que se esforça todos os dias e ajuda a construir um novo Brasil para todos, gente que quer fazer muito e, por isso, consegue fazer muito. Acima de tudo, são pessoas que acreditam em si mesmas e acreditam no Brasil. Eu acho que essa unidade aqui representa algo fundamental: a crença em si mesmo de um grupo econômico que tem 90 anos, não é um grupo qualquer. Para empresas, 90 anos é muito mais do que para pessoas. É uma empresa centenária, já é centenária por todo o esforço feito, mas também significa que um investimento desses decorre da crença no Brasil.

Investir R$ 6 bilhões gerando emprego, significa que esse grupo econômico olha o Brasil, viu, governadora, com otimismo, não olha com pessimismo, não olha achando que o Brasil não vai crescer, que o Brasil tem pela frente só dificuldades. Esse investimento dessa magnitude só é realizado quando também as perspectivas de rentabilidade e crescimento são boas, quando se percebe que é possível não só gastar, investir, colocar, por R$ 6 bilhões, mas também quando se percebe que esses R$ 6 bilhões vão resultar em mais emprego, mais renda para o conjunto das pessoas, mais capacidade de gerar mais riqueza e, com isso, mais investimento. E aí a roda gira e as coisas se fecham.

Creio que não é meu exagero dizer que nós temos aqui um testemunho da confiança dessa empresa, do Maranhão e do Brasil em si mesmos e em todos nós. Confiança no crescimento sustentável, já que a produção desta unidade está assentada em práticas certificadas de manejo florestal. Esse é o modelo que queremos para o Brasil, um país que fortaleceu nos últimos 10 anos, seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, e que tirou na Rio+20, a conferência do meio ambiente que ocorreu no Brasil há pouco mais de dois anos, o seguinte lema: é possível crescer, é possível incluir, é preciso proteger e conservar. Essa unidade mostra que nós somos capazes de crescer e diminuir, ao mesmo tempo, o desmatamento. Essa é a combinação com a qual nós estamos comprometidos. E é muito bom ver essas empresas trilharem esse caminho.

O Feffer disse aqui, um dos Feffer, desculpa, um dos Feffer... É que eu chamo ele de Feffer. O Feffer disse aqui que, em 1950 – foi em 1950, Feffer? Foi em 56? Tá. Que eles... Ele já me contou essa história, eu não sei a data, mas eu acho ela muito interessante. Aqui, no Brasil, houve um grupo, logo no início, que foi a Suzano, que resolveu que era possível plantar eucalipto e, com isso, produzir celulose. É aquela história: parece simples vendo de hoje, só que na época não era nada simples, porque não tinha sido feito. Então, essa é uma iniciativa que tem por base uma tentativa baseada no conhecimento: eu vou tentar fazer isso, celulose com base no eucalipto.

Agora, aí eu estou chegando aqui, o Feffer me conta outro passo que ele está dando. O Feffer está buscando, na área de biotecnologia, porque hoje a biotecnologia, a nanotecnologia, todas as aplicações tecnológicas da indústria, por exemplo, da indústria de informações, são uma das áreas de descobrimento de novas técnicas, de novas tecnologias, de novos conhecimentos científicos, mas, sobretudo, elas se dirigem para inovações que alteram processos produtivos e produtos.

Então, o Feffer me conta que ele entrou lá no conselho da CTNBio e está propondo uma forma de produção baseada num avanço tecnológico baseado na Biologia. Óbvio que o CTNBio vai ter que analisar, mas eu, como cidadã deste país e presidenta, me congratulo, porque o Brasil precisa disso, o Brasil precisa introduzir inovação na sua produção para poder dar os saltos necessários. E como nós provamos na área industrial que é possível crescer, incluir socialmente, conservar e proteger, nós podemos fazer também biotecnologia, respeitando os padrões ambientais, eu tenho certeza, pelos compromissos que eu conheço – e aí eu vou me referir ao outro Feffer, com quem eu estive em muitas, muitas atividades da área de meio ambiente –, eu vou dizer que eu tenho certeza que vocês procuram trilhar esse caminho, o caminho da sustentabilidade.

Então, hoje, inaugurando esta unidade de celulose e, obviamente, de papel, eu fico muito feliz de saber que tem esse caminho para o futuro. Por quê? Porque sabe uma coisa que a gente aprende na vida e no governo? Que toda conquista é sempre só um começo. Você conquista e aí você pergunta: ‘Qual é o outro Himalaia que eu vou subir amanhã?’ E o que os Feffer se perguntaram, qual é o outro Himalaia, os outros Andes que eles vão subir amanhã, porque eles vão subir. É assim que a gente avança, é assim que a gente avança no social.

A gente cria o Bolsa Família, por exemplo. O Bolsa Família garante que nós vamos tirar da pobreza extrema 36 milhões de pessoas e que elevamos para a classe média outras 42 milhões de pessoas. Mas você sabe que para essa alteração, para que nós, de fato, tenhamos uma perenidade nessa conquista, você tem que avançar para além disso, você não pode ficar deitado em berço esplêndido, tem que avançar para além disso. Como é que se avança? Educação, educação e mais educação. Porque as pessoas carregam a educação consigo, as pessoas, um país educado é o que nós queremos. Nós queremos que os 200 milhões de brasileiros ou sejam técnicos, ou sejam cientistas, ou sejam professores, ou sejam universitários, enfim, todos nós temos que apostar na educação, cada brasileiro e cada brasileira. Por isso nós fazemos o Pronatec, para capacitar profissionalmente. Por isso nós criamos o caminho de oportunidades para as universidades, começa no Enem, aí faz aquele vestibular, são cent... Feffer, você fez vestibular, a gente fazia vestibular numa única universidade, numa única faculdade e olhe lá. Hoje, os jovens desse país fazem, ao se inscreverem através do Enem, 117 vestibulares simultâneos. Quando ele não passa em um, ele pode querer uma bolsa do ProUni para entrar numa universidade paga. Quando ele não passa nisso, ele ainda tem a possibilidade de contratar o financiamento do Fies. E quando ele passou nisso, está fazendo a sua universidade, é um bom aluno, por mérito ele pode estudar no exterior através do programa Ciência sem Fronteiras.

Bom, mas voltando ao nosso assunto: aqui vão trabalhar 3,5 mil brasileiros e brasileiras. Aqui, a Suzano qualificou muitos deles, aqui, eu tenho certeza, e o prefeito disse isso, as pessoas têm autoestima e têm orgulho de trabalhar aqui na Suzano. Por quê? Porque tem um padrão de formação, capacitação profissional, tem todo um conjunto de oportunidades. Nada mais representativo do Brasil que reencontrou o seu caminho de gerar empregos. Agora, em fevereiro, nós geramos muitos postos de trabalho. Foi um dos melhores fevereiros desde 2002 em matéria de geração de trabalho. E nesses anos do meu governo nós geramos algo, até agora, até fevereiro, como 4,8 milhões postos de trabalho. Se a gente olhar o nosso país e comparar com o resto do mundo, nós vamos ver que nós temos uma situação bem diferenciada.

Eu falei para vocês sobre o Pronatec, por quê? Porque nos países desenvolvidos, o trabalho técnico-profissional é algo muito importante. Nós temos que aprender a valorizar o trabalhador técnico, o trabalhador que se capacitou para ser um profissional. Em todos os países do mundo, esse trabalhador é muito valorizado e esse trabalhador faz a diferença. Ele faz a diferença entre um país que agrega valor, que produz aqui, e um país que não faz isso.

Por isso eu tenho muita confiança nessa unidade, porque formaram profissionais. Confiança também, ao chegar aqui, eu vi uma logística de transporte na qual o escoamento da produção dessa unidade será feito pela ferrovia Norte-Sul, e o embarque para exportação ocorrerá no Porto do Itaqui.

Eu faço aqui uma justiça. O senador Sarney foi a pessoa que concebeu a Norte-Sul, como presidente, e realizou um trecho da Norte-Sul. O presidente Lula foi lá e acrescentou mais outro trecho. Eu era da Casa Civil, e eu fazia o acompanhamento disso, e sei a importância que o presidente Lula dava à Norte-Sul. Aí eu continuei fazendo a Norte-Sul. O ministro hoje estava me dizendo que nós vamos inaugurar a Norte-Sul até Anápolis e já estamos construindo ela até Estrela d’Oeste, em São Paulo. Mas a Norte-Sul é a forma de escoar, porque é importante escoar para cima, né, é muito importante que você escoe para o Norte a produção, tanto de minério como de celulose, como de grãos. E, por isso, eu fico muito feliz com essa estrutura logística que aponta para a direção correta de escoamento.

Dois empreendimentos aqui receberam investimentos do PAC, e eles são expressão da nossa estratégia de modernizar e expandir os investimentos em infraestrutura, diversificando os modais e estimulando a desconcentração regional. Por isso, eu quero dizer o seguinte: eu considero que tanto as rodovias que saem para o Norte como as ferrovias, elas são muito importantes. Hoje eu estive em Marabá lançando o derrocamento do Pedral do Lourenço, para quê? Para ampliar a capacidade de transporte na hidrovia Araguaia-Tocantins.

Além disso, nós temos que olhar com atenção como transformar essa hidrovia, que nesse trecho já tem 450 km, numa, de fato, grande estrada de água, de mais de 1.500 km, saindo lá de baixo e subindo aqui para cima. Temos que fazer várias rodovias para escoar a produção mas, sobretudo, temos que fazer essas ligações ferroviárias da qual a Norte-Sul, que foi concebida ainda no governo do presidente Sarney e, de fato, ressuscitada no governo do presidente Lula e agora continuada no meu governo. E ela se tornará necessariamente uma das veias, das veias, das grandes veias de transmissão de toda a riqueza, de pessoas, de bens do nosso país.

Eu quero dizer a vocês que eu estou aqui em Imperatriz e não posso deixar de dizer que Imperatriz mudou, e mudou para melhor. Nós temos os dados disponíveis, viu, prefeito, do Censo. E se a gente olhar os dados do Censo, nós vamos ver o seguinte: em 2000, o PIB, Produto Interno Bruto, aqui de Imperatriz era [R$] 800 milhões, e o IDH era baixo, era 0,591. Em 2010, em apenas uma década, uma década – porque nós não temos o dado para 2013, nem para [20]14, mas o último dado é 2010 –, em apenas uma década Imperatriz já tinha um PIB de [R$] 2,4 bilhões. Então, de [R$] 600 para [R$] 2,4 bilhões, e o IDH de 0,731.

Nesses dez anos, todos vocês se esforçaram. Agora, eu só queria fazer um raciocínio: pensa no que vai acontecer depois de escutar esse conjunto de investimentos que foi feito aqui, e nós estamos num que significa [R$] 6 bilhões, pensem bem como vai aumentar tanto o PIB aqui de Imperatriz quanto o IDH vai subir. Portanto, vai melhorar a economia, mas vai melhorar ainda mais a vida das pessoas.

Eu tenho certeza que aqui, como em todo o Brasil, as pessoas agarram com as duas mãos as oportunidades. Eu tenho certeza que nós vamos contar a história de hoje, e vai ficar muito claro quanto foi o crescimento tanto do PIB quanto do IDH. E isso, governadora, e isso, querido Feffer, torna essa cerimônia simbólica. Eu não vou ficar aqui falando dos investimentos que o governo federal fez aqui em Imperatriz, até por que eu estou saudando o investimento privado, o investimento aqui nessa unidade de papel e celulose.  Queria falar só de um, só de um, vocês me permitam: na área de educação. Quero falar da importância de interiorizar universidades, da importância de interiorizar institutos federais tecnológicos e a importância do Pronatec.

O Pronatec é um programa de capacitação profissional, de capacitação tecnológica em parceria com o Sistema S... as universidades federais, os institutos tecnológicos, as escolas técnicas estaduais mais o Sistema S – Senai, Senac, Senat e Senar.

Nós, quando começamos esse processo colocamos uma meta para nós: a gente ia investir [R$] 14 bilhões para produzir oito milhões de oportunidades, para formar, primeiro, aqueles que estão no Bolsa Família e podem entrar no mercado de trabalho, se a gente tiver um curso de formação; dois, os adultos, jovens, mulheres, negros, homens, que querem melhorar a sua especialização; três, a pessoa que sai do ensino médio e quer ter uma formação profissional. Por que isso é importante? Porque é isso que faz a diferença nas empresas. Então, nós, hoje, já conseguimos chegar a seis milhões, nós já formamos, pelo Pronatec, seis milhões de brasileiros e brasileiras. Seis milhões era na sexta-feira, hoje já é mais, porque cada dia muda, porque há turmas no Brasil inteiro.

Por isso, eu quero dizer para vocês, eu quero fazer é uma pergunta: em que Brasil nós teríamos uma empresa dessas, com essa situação, se não fosse esse Brasil novo que nós estamos construindo? E eu quero dizer que esse Brasil, ele será ainda maior daqui para frente. São várias iniciativas, como essa da Suzano, que permitem que eu afirme isso. Ainda, infelizmente, tem gente muito pessimista, muito pessimista, que acredita: ‘Ah não, o Brasil não vai para frente.’

E aí eu lembro uma citação de um governador, que infelizmente faleceu, que gostava muito de falar sobre Os Lusíadas, é o governador de Sergipe, Déda. O que ele dizia? Ele dizia que se fosse pelos pessimistas, o Brasil não seria descoberto. E por que ele falava isso? Ele falava: “O Brasil é fruto do otimismo, porque lá nos Lusíadas, que é aquela obra que funda a língua portuguesa, tem uma hora lá que ele conta o seguinte: ‘Estavam os nossos descobridores’ – a gente não tinha sido descoberto ainda – ‘estavam os nossos portugueses que vinham para o Brasil, se preparando para embarcar e, ao se preparar para embarcar, tinha um senhor idoso que falava: ‘não vão não, se vocês forem, vocês... o navio vai afundar. Não vão não, porque no mar tenebroso vocês vão encontrar vários monstros. Não vão não, porque se vocês forem, as mulheres e as filhas de vocês vão ficar aqui nessa praia chorando porque vocês não voltarão’’. Esse velho era conhecido como o Velho do Restelo”, Restelo era o lugar que ele falava isso. Então, o Brasil não é um país que pode aceitar o pessimismo, porque ele é fruto do imenso otimismo que trouxe para cá, e que com ele veio os nossos primeiros colonizadores.

Infelizmente, nesse período também trouxeram os escravos, mas a gente tem que dar graças a Deus que uma parte da nossa nacionalidade é formada pelos negros, porque eles são responsáveis por uma parte importante da nossa cultura. Temos que dar graças a Deus também porque temos no nosso sangue, por ele corre, pelo sangue da nossa nacionalidade, o sangue indígena. Somos isso, somos um país diversificado, um país que, por ser diversificado, tem essa capacidade, essa paixão, esse otimismo que nada vai diminuir. Porque é um povo que quando tem oportunidade, ele faz, é um povo que sonha alto, e que é capaz de realizar o que sonha. Por isso, Feffer, prefeito, governadora, vocês estão de parabéns.

E eu queria me despedir de todos os trabalhadores que, com seus braços, com as suas mãos, construíram, todos os trabalhadores maranhenses, brasileiros, que construíram essa que é uma das homenagens que nós prestamos a esse novo Brasil e a nós mesmos que acreditamos nele.

Muito obrigada.

 

Ouça a íntegra (33min15s) do discurso da Presidenta Dilma