27-08-2013 - Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após a sessão solene do Congresso Nacional para entrega do Relatório Final da CPMI da Violência contra a Mulher
Senado Federal – Brasília/DF, 27 de agosto de 2013
Jornalista: (inaudível)
Presidenta: Ô Tânia, um país civilizado e democrático protege seus asilados sobre os quais ele tem de garantir sobretudo a segurança em relação à integridade física. O Brasil jamais poderia aceitar, em momento algum, sem salvo-conduto do governo boliviano, não poderia colocar em risco a vida de uma pessoa que estava sob sua guarda. A Embaixada do Brasil é extremamente confortável. Nós negociamos em vários momentos o salvo-conduto e não conseguimos. Lamento profundamente que um asilado brasileiro tenha sido submetido à insegurança que esse foi. Lamento, porque um Estado democrático e civilizado, a primeira coisa que faz é proteger a vida sem qualquer outra consideração. Protegemos a vida, a segurança e garantimos conforto ao asilado. Então essa é a primeira questão.
Segunda questão, segunda questão. O ministro Celso Amorim vai esclarecer hoje, ao longo do dia, devidamente a questão que envolveu os dois fuzileiros navais. Mais uma vez eu digo que não tem – não tem – nenhum fundamento acreditar que é possível que um governo, em qualquer país do mundo, aceite submeter o seu... a pessoa que está sob asilo a risco de vida. Se nada aconteceu não é a questão. Poderia ter acontecido. Um governo não negocia vidas, um governo age para proteger a vida. Nós não estamos em situação de exceção, não há nenhuma similaridade. Eu estive no DOI-CODI, eu sei o que é o DOI-CODI, e asseguro a vocês: é tão distante o DOI-CODI da Embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno, literalmente isso.
Ouça a íntegra (02min37s) da entrevista da Presidenta Dilma