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02-12-2011 - Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no Hotel Eurobuilding - Caracas/Venezuela

Presidenta destaca que América Latina está crescendo acima da taxa de crescimento global

Caracas-Venezuela, 02 de dezembro de 2011

 

Presidenta: Eu acho que é uma reunião histórica. Oi, Delis, tudo bom? Essa reunião histórica, ela também é pelo momento que o mundo passa. Acho que em todo... Eu acho que em todo o mundo não tem uma reunião tão grande de países, numa região que hoje é uma região que está crescendo; a América Latina está crescendo acima da taxa de crescimento global.

E eu tenho aqui, nesta reunião, tido várias oportunidades. Hoje eu tive duas reuniões bilaterais: uma com o presidente Evo Morales e, nessa reunião, nós decidimos que íamos expandir as nossas relações, e o Brasil definiu também, perante o Presidente, a importância que o Brasil atribui ao relacionamento com a Bolívia e se dispôs a auxiliar a Bolívia em tudo que for necessário, especialmente na área de energia.

Jornalista: Gás, alguma coisa, Presidenta?

Presidenta: Não, basicamente energia elétrica em algumas regiões da Bolívia. Como eles cresceram muito – a Bolívia é um dos países da América Latina que mais cresceu –, eles estão com um fornecimento de energia muito justo, assim, muito apertado, não que esteja a menos, mas eles precisam de ter uma espécie de alternativa.

Jornalista: (incompreensível)?

Presidenta: Não, ele... vai ser mais aquilo que foi feito no momento, no Brasil, como vocês devem se recordar, aquelas usinas pequenas emergenciais. Da mesma forma, eles farão emergenciais, até porque eles são muito ricos em gás e estão com uma proposta de expansão para ciclo combinado a gás para abastecer o país.

Agora, também foi muito importante a reunião com a presidente Cristina. Por que essa reunião foi importante? Essa reunião foi importante porque nós definimos que é necessário, diante da crise que afeta a Europa e os Estados Unidos, um fortalecimento do Mercosul e de toda essa região da Unasul. E também pelo fato de que nós temos também interesse em ampliar a integração produtiva Brasil-Argentina. Então, estamos com uma série de reuniões agendadas e nessas reuniões... como vocês sabem, tem muitos empresários brasileiros hoje investindo na Argentina e tem empresários argentinos também investindo no Brasil. Nós queremos não é só ampliar relações comerciais. Nós queremos, sobretudo, construir cadeias que sejam complementares, que possam estreitar mais ainda essas relações econômicas nesta região e, com isso – eu não vou falar blindar o Brasil e a Argentina, mas vou dizer o seguinte –, fortalecer o Brasil e a Argentina nessa próxima década, que tem indícios de ser uma década de baixo crescimento. Eu não vou, também, dizer que é uma década de grande estagnação, mas de baixo crescimento, sem dúvida, e, com isso, nós vamos nos fortalecer.

Agora, eu estou atrasada, viu, gente?

__________: Ela está super atrasada para a abertura da Cúpula.

Presidenta: Pois não, Delis.

Jornalista: (incompreensível). A senhora recebeu uma declaração (incompreensível), eu queria saber se isso fez efeito nessas decisões até agora sobre o ministro Lupi?

Presidenta: Ô Delis, eu tenho 63 anos de idade, uma família com 30... uma família... uma filha com 34 anos, um neto de um ano e dois meses. Delis, eu não sou, propriamente, uma adolescente, eu diria também, uma romântica, não é? Eu acho que a vida ensina a gente e eu acho que a gente tem de respeitar as pessoas, mas eu faço análises muito objetivas.

Jornalista: Então, qual que é a situação dele em relação (incompreensível)?

Presidenta: A situação... só um pouquinho. A situação... qualquer situação referente ao Brasil, vocês podem ter certeza que eu resolvo a partir de segunda-feira, está bom?

__________: Obrigado, gente.

Presidenta: Bilateral com vocês eu tenho, assim, um amor perdido por vocês. Perdido, tá? Assim, aqueles de a gente piscar e ver margaridinhas, e aí eu queria acrescentar: essas declarações de amor de vocês que não venham, que fazem falta para mim. Beijo.

 

Ouça a íntegra da entrevista (05min13s) da Presidenta Dilma

 


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Assunto(s): Governo federal