07-08-2013 - Entrevista concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, para as rádios Vanguarda FM e Itatiaia - Varginha-MG
Varginha-MG, 07 de agosto de 2013
Jornalista: Muito bom dia, senhora presidenta Dilma Rousseff, um prazer recebê-la aqui na cidade de Varginha. Eu sou Carlos Otávio, da rádio Vanguarda FM. Estamos falando para todo o sul de Minas, mais de 1 milhão de ouvintes. Ao meu lado também o companheiro Eustáquio Ramos, da rádio Itatiaia. Senhora presidente, a nossa primeira pergunta à senhora. Existe a reivindicação da criação da faculdade de medicina aqui na cidade de Varginha. Para atender a essa classe de mais de 1 milhão de habitantes aqui no sul de Minas. A senhora acredita que existe a possibilidade disso, senhora presidenta?
Presidenta: Olha, eu acredito sim, sabe por que, Carlos Otávio? Por conta do seguinte: nesse projeto, nesse programa que nós estamos fazendo para aumentar o número de médicos no Brasil, o Brasil tem uma quantidade de médicos por mil habitantes que é inferior àquela que a gente vê em vários países do mundo. Não precisa de ir muito longe, não, aqui na Argentina, no Uruguai, olhando também para a Espanha e Portugal. Isso implica em duas coisas. Primeiro uma medida estruturante que é expandir, expandir o número de vagas e, portanto, os cursos de formação tanto nas universidades como também as residências médicas. O nosso objetivo é até 2017 aumentarmos em 11 mil vagas o curso de medicina e em 12 mil vagas a residência médica. Faltam médicos especialistas em pediatria, cardiologia, em todas aquelas doenças inclusive que são características de países de renda média como é o caso do Brasil.
Eu considero que aqui em Varginha os critérios que nós definimos para abrir novas faculdades estão colocados. Você me disse há pouco que aqui tem quatro grandes hospitais e portanto a minha informação é que aqui tem 227 leitos SUS, qual é o critério que nós vamos adotar para ampliar o número de faculdades médicas? Vai ser justamente a existência de uma rede médica capaz de garantir o treinamento para o médico que queira se graduar. E é importante que se interiorize isso e, portanto, eu estou te dizendo que aqui em Varginha tem as condições, primeiro porque os critérios são quatro. Primeiro, no mínimo cinco leitos de SUS por estudante, aqui tem 227. Então daria mais ou menos 40 vagas para a graduação. Teria de cada três estudantes, eles têm de ter uma equipe de saúde da família. E ao mesmo tempo tem de ter serviço de urgência e emergência. Você tem, porque você tem quatro grandes hospitais, e pelo menos abrir três residências em áreas prioritárias. Considerando as áreas prioritárias: pediatria, neurologia, ortopedia, anestesista, cirurgião e cardiologia, nós podemos configurar aqui para Varginha a possibilidade de você ter uma faculdade que vai formar médicos e vai, além de formar médicos, permitir a residência. Este projeto é no horizonte de agora até 2017. Nesse processo nós iremos construir faculdades públicas e privadas. As faculdades privadas serão através de processos licitatórios. Nós sabemos que aqui nessa região há uma grande demanda. Portanto, a resposta é, sim, vocês têm todas as condições para pleitear ao longo desse processo uma faculdade de medicina aqui em Varginha.
Jornalista: Presidente Dilma Rousseff, muito bom dia. É um prazer recebê-la aqui em Minas Gerais, recebê-la na Itatiaia. E eu queria que a senhora falasse sobre o cenário no nosso país, principalmente na questão da economia. Nós tivemos alguns aumentos em relação aos índices de inflação; os juros subiram nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central; o dólar está na faixa de R$ 2,25 a R$ 2,30; a indústria teve algumas dificuldades neste ano. E os estudos mostram que a população começa a ficar incomodada, qualquer população começa a ficar incomodada quando a economia vai mal. Tivemos recentemente aquelas manifestações, a população pedindo um Brasil melhor. Qual é o recado que a senhora dá para o brasileiro para os próximos meses em relação ao cenário brasileiro da economia, para o bolso do trabalhador, da trabalhadora? Isso tudo pode interferir ano que vem na questão eleitoral, numa eventual reeleição da senhora? Houve queda na popularidade de acordo com os últimos institutos de pesquisa. Eu queria que a senhora fizesse um cenário para os próximos meses no Brasil.
Presidenta: Bom dia para todos os ouvintes da rádio Itatiaia. A rádio Itatiaia é uma rádio tradicional aqui no meu estado, de Minas Gerais, e bom dia para você, Eustáquio.
Eustáquio, hoje, o IBGE deve está divulgando agora os dados do IPCA, o IPCA de julho. E o que esses dados mostram, Eustáquio? Mostram uma inflação bastante sob controle. Primeiro, sob controle pelos seus níveis, ela está em 0,03%. A inflação vem sistematicamente caindo. Então, o IPCA mostra 0,03%, uma das mais baixas inflações para esse período. Ao mesmo tempo para esse mesmo mês de junho o INPC, aliás, de julho, o INPC demonstra a existência de deflação, ou seja, preços caindo, preços negativos. O INPC deste mês está dando 0,13% de queda. Ou seja, diminuiu 0,13%.
Além disso, a pesquisa da cesta básica, o que ela mostrou? Ela mostrou queda em todas as 18 capitais pesquisadas, queda do valor da cesta básica, ou seja, o valor da cesta básica reduziu. Em Belo Horizonte, por exemplo, a redução da cesta básica foi de 4,86%, negativos. Então, a inflação está completamente sob controle, atingindo valores os mais baixos do período, a ponto de, e você detecta isso em todos os quesitos, tanto na alimentação como no setor serviço, no setor transporte, ou seja, é um fenômeno que está se espalhando por todos os preços e por toda a formação de preços.
Então nós temos muita tranquilidade de dizer o seguinte, é importante quando, né, principalmente fizeram todo um estardalhaço em cima, que a inflação estava, nós tínhamos perdido o controle, você acaba de dizer isso, quando os dados não apontam nesse sentido. Da mesma forma que no início do ano falavam que iria faltar energia no Brasil e depois se configurou que não existia essa possibilidade. A mesma coisa com a inflação. Nós tivemos de fato um momento no início do ano em que ela esteve mais alta, principalmente, não por qualquer fator interno no Brasil, mas principalmente porque houve uma oferta de preços agrícolas dos Estados Unidos, porque houve uma quebra de safra lá, repercutiu aqui. Aqui também nós tivemos alguns problemas sim, no caso da seca.
Mas você veja que a inflação sob todos os aspectos ela tem se demonstrado progressivamente, não é esse um fenômeno desse mês, ela vem caindo mês a mês, maio foi menor, junho foi menor, julho é 0,03%. Então eu estou muito tranquila para te dizer que, no que se refere à inflação, nós temos de fato a garantia que esse compromisso do governo com a estabilidade está se mostrando na prática e na realidade. A dona de casa que vai ao supermercado hoje, ela percebe que a cesta básica reduziu. Isso foi medido em todo o Brasil.
Bom, de outro lado nós temos todos indicadores que o PIB, ele vem tendo desempenho melhor. Diziam que o PIB de julho ia ser um PIB muito pequeno, ou o de junho ia ser pequeno. O que nós estamos verificando é que os indicadores de junho estão demonstrando que há uma recuperação do PIB. Além disso, alguns fatores também vão contribuir para isso. Para a gente ter uma noção, nós teremos uma concentração imensa de processos de concessão nesse segundo semestre. Começando por rodovias, aliás, a 381 foi uma inauguração desse processo. A licitação da 381 que deu muito certo, foi um ... vamos dizer, primeiro sinal disso, a pré-estréia, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. No caso de aeroportos, por exemplo, Galeão e Confins vão ser licitados agora em outubro. E a gente acredita que vai haver uma grande concorrência para assumir a concessão desse dois grandes aeroportos. Além do fato de que nós começamos também em outubro, dos 280 aeroportos que nós vamos licitar - pequenos aeroportos de cidades médias que nós iremos licitar - 40 já começam em outubro.
Ontem eu estava fazendo o balanço de portos. Para você ter uma ideia, nós lançamos, aprovamos a medida provisória dos portos, que se transformou em lei, em junho. Nós estamos no início de agosto, daquele momento para hoje, nós tivemos 44 terminais de uso privativo autorizados, pedidos pelo setor privado, autorizados. O que vai significar um investimento de R$ 15 bilhões em portos. No que se refere também à petróleo e gás – é importante essa notícia – nós vamos licitar em torno do dia 20, 21, precisamente, de outubro, um dos maiores campos de petróleo, que é o campo de Libra. Para você ter uma ideia, tudo que o Brasil explorou nos últimos 100 anos, permite que o Brasil tenha hoje uma reserva de 14 bilhões de barris equivalentes de petróleo. Só Libra, Eustáquio, só Libra pode ter entre 8 a 12, só este campo de Libra. Então, será um grande processo licitatório. Além disso, nós temos outros indicadores. Nesse primeiro semestre do ano de 2013 entraram no Brasil 30 bilhões de investimentos diretos externos, ou seja, investidores estrangeiros colocaram no Brasil 30 bilhões. O que é uma das maiores marcas do mundo em matéria de investimento direto externo. Ora, se o Brasil tem essa dificuldade imensa que muitas vezes aparece em vários noticiários, por que colocariam US$ 30 bilhões aqui dentro?
Nesse primeiro mês, aliás, nesse primeiro mês não, desculpa, nesse primeiro semestre de 2013 nós criamos 800 e poucos, 826 mil novas vagas com carteira assinada. Esses 826 mil desse primeiro semestre desse ano de 2013, ele significa a quantidade de empregos criados em todo o primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nós criamos em seis meses tudo o que foi criado em quatro anos. É óbvio que era uma situação diferente, mas é isso que eu quero provar, é que a situação é diferente. Ninguém cria 826 mil empregos numa situação de recessão.
Além disso, é importante sinalizar que recentemente nós vimos todo um barulho a respeito do fato de que a taxa de desemprego tinha sido 6%. Ela variou de 5,9 para 5,8. Não, ela variou de 5,8 para 5,9 e depois ela voltou e agora ela foi a 6. Uma variação entre 0,1 e 0,2. É uma variação absolutamente insignificante e mostra só o seguinte, nós continuamos com imensa capacidade de criação de novos postos de trabalho. E eu acredito que nós, ao contrário do que está ocorrendo no resto do mundo, temos uma situação muito melhor do que eles têm. Os Estados Unidos, recentemente, estão discutindo se vão crescer 1,8 ou 1,7 e nós, eu acredito, vamos ter um crescimento bem mais robusto do que esse. Eu não vou te dizer quanto porque aí o dia que acontecer para cima ou para baixo vão cobrar de mim. Então eu não estou querendo isso, então eu não vou te dizer o que eu acho que vai dar. Mas eu quero te dizer que eu tenho a convicção de que a situação é bem melhor.
E essa questão relativa ao dólar não diz respeito também ao Brasil, ela diz respeito ao fato de os Estados Unidos estarem saindo de uma política de expansão monetária em que eles compram US$ 85 bilhões por mês, e estão querendo ir para uma situação menos expansionista com medo da inflação e com medo de algum outro problema. Se isso ocorrer vai haver uma oscilação em todas as moedas, em todas as bolsas. Mas nada que o Brasil não tenha condições de resistir. Aliás, você pode olhar que, mesmo por uma situação de turbulência nos mercados internacionais, nós mantivemos uma oscilação do dólar dentro de limites bem claros.
Jornalista: Senhora presidente, a cidade de Varginha, ela é conhecida mundialmente por ter aparecido um ET aqui há uns anos atrás. Mas tem outra coisa também que chama a atenção do mundo, senhora presidenta, com relação à produção do café. A cidade de Varginha, aqui o sul de Minas, produz a maior parte do café que é exportado para o mundo inteiro, um café de excelente qualidade. E existe uma reivindicação da classe, senhora presidenta, para que seja revisto algumas concessões. Porque hoje o fazendeiro, segundo o produtor a saca de café gira em torno de R$ 280,00 para ser produzida. E eles estariam vendendo essas sacas abaixo do que é gasto para ser produzido. O que a senhora pretende fazer para incentivar essa classe tão importante para o sul de Minas, senhora presidente?
Presidenta: primeiro, eu queria te dizer que eu tenho muito respeito pelo ET de Varginha. E eu sei que aqui, quem não viu conhece alguém que viu, ou tem alguém na família que viu, mas de qualquer jeito eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido.
No que se refere a essa questão, que é uma questão muito importante, porque ela atinge... Varginha é um centro da cafeicultura brasileira, nós sabemos que a situação internacional é de preços voláteis nesta área. Nosso governo tem feito uma série... tomado uma série de medidas - eu não vou elencar todas - para reduzir o efeito negativo que, num cenário desses, essa oscilação tem sobre a rentabilidade da cafeicultura. Mas eu vou te fazer um anuncio aqui em primeira mão: hoje eu vou anunciar, aqui, agora, para a rádio Vanguarda, de Varginha, e para a rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, que nós autorizamos o lançamento de contratos de opção de venda para 3 milhões de sacas – que era o pedido, o pleito dos cafeicultores – ao preço de R$ 346,00 a saca com vencimento previsto para março de 2014. Essa é uma medida. A segunda medida, é que nós vamos financiar a estocagem do café para que os cafeicultores, que estão começando a colher, não precisem comercializar, justamente o que você me perguntou, a preços que são preços que não são os melhores para eles. E ao mesmo tempo nós estamos tornando disponíveis recursos para começar imediatamente a compra do café pelo preço mínimo. Com essas três medidas o que nós acreditamos? Nós acreditamos que a primeira dá um horizonte de tranquilidade para o produtor. Ele tem a certeza que terá um contrato de opção até março de 2014 em torno de R$ 343 num montante muito expressivo de 3 milhões de sacas, que se eu não me engano é a metade do que hoje tem de estoque, ou tem de colheita, não é isso? São 6 milhões mais ou menos. Então são essas as medidas.
Jornalista: Presidenta Dilma Rousseff, eu queria fazer já agora, fazendo essa segunda pergunta, estar encerrando, porque a gente sabe da agenda apertada da senhora. A senhora vai para o campus da Universidade Federal de Alfenas aqui em Varginha fazer a inauguração, logo agora às 11 horas. Eu vou fazer essa segunda pergunta já encerrando, agradecendo a entrevista exclusiva da senhora à rádio Itatiaia, também à rádio Vanguarda de Varginha e concluindo, presidente, perguntando sobre reivindicações antigas dos mineiros, mas na área da mobilidade.
A BR 381, que é conhecida como a rodovia da morte, centenas e centenas de mortes nos últimos anos, a população reivindica a duplicação da BR 381 há muito tempo, houve uma série de adiamentos nesse processo de duplicação nos últimos anos. O anel rodoviário, também em Belo Horizonte, que é palco de muitas mortes, muitas tragédias, ele precisa de um processo de revitalização, que já foi anunciado. E a gente quer também, a população de Minas Gerais, da Região Metropolitana, quer saber uma posição da senhora sobre essa obra também. E a famosa ampliação do metrô de Belo Horizonte que daria um alívio muito grande ao transporte público da capital e também da Região Metropolitana. Então eu queria uma posição da senhora em relação ao início da duplicação da BR 381, início da revitalização do anel rodoviário e também o avanço no processo de ampliação do metrô da nossa capital. Muito obrigado mais uma vez, presidente, pela entrevista.
Presidenta: Então vamos por partes. Primeiro a BR 381, tá, Eustáquio? Na BR 381 nós temos boas notícias. Vocês viram que houve aquela licitação em junho e 11 lotes foram concedidos. Para seis não há problema, eles estão em processo já de assinatura do contrato e a gente acredita que até setembro isso esteja sanado. Cinco estão sendo negociados porque o preço foi acima do mínimo e eles também pretendem, acreditam que vai estar tudo pronto até setembro. Isso quem acredita? O DNIT. Essas obras vão ser iniciadas, o nosso objetivo é iniciá-las em dezembro. E a variante Santa Bárbara, que é aquele trecho mais delicado, que completa a obra de duplicação, também está prevista para ser licitada em dezembro de 2013. Então, onze trechos, nós pretendemos iniciar em setembro, e esse trecho da variante de Santa Bárbara, em dezembro. Já o anel rodoviário tem duas partes. A primeira parte, que é o trecho tradicional, ela... foi feito um convênio com o governo do estado, por esse convênio com o governo do estado, o conjunto da obra – tanto os projetos, como a licitação, como a realização da obra - foi passado ao governo do estado. O governo do estado pretende executar até o fim de dezembro, e iniciar as obras até o fim de dezembro... aliás, desculpe, ele vai fazer o anteprojeto e vai, em fevereiro, licitar a obra. Mas, três trechos que são esses trechos que são os mais delicados, que é o Complexo da Avenida Amazonas com a BR 040, que é a saída para São Paulo; o complexo da Avenida Pedro Segundo; a praça São Vicente, na avenida Ivair, terão edital para as obras conduzidos de forma emergencial uma vez que são trechos extremamente delicados e onde dá os maiores problemas. Isso será lançado até janeiro. Além disso, nós ficamos com outro trecho. Nós quem? O DNIT. Então, o governo ficou com esse trecho, que a gente chama de trecho norte, e nós ficamos com o chamado novo trecho sul. Nós pretendemos liquidar todas as questões até o final de março. Contratar a obra, mais tardar, entre maio e junho, e até o fim de julho do ano que vem tê-las prontas.
Já o metrô – já o metrô, porque você me perguntou, trem – já o metrô, nós estamos investindo juntos, em parceria com o estado e com a prefeitura, o governo federal está colocando R$ 1 bilhão do orçamento da União, R$ 1 bilhão, não é empréstimo, é orçamento, recurso a fundo perdido. E estamos financiando R$ 750 milhões. Nós, o estado, o estado se encarregou de fazer o projeto. O estado pretende concluir os projetos até outubro desse ano ainda, de 2013. Assim que esse projeto ficar pronto, o governo de Minas assina um contrato com a Caixa e nós liberamos os recursos.
Então, nós temos uma perspectiva muito boa para o metrô. Agora eu não podia deixar, você não me perguntou, mas não podia deixar de falar que nós estamos colocando mais R$ 1,5 bilhão em mobilidade urbana, que foi um grande tema também das manifestações de junho. No que se refere a esse R$ 1,5 bilhão, são BRTs, são corredores de ônibus que nós fazemos financiando e colocando recurso também a fundo perdido do orçamento do governo federal para prefeitura.
Agora, nós abrimos, eu não sei se você lembra disso, nós abrimos mais uma chamada em torno de R$ 50 bilhões, que nós colocamos desde o início do governo R$ 89 bilhões em mobilidade urbana no Brasil inteiro. Abrimos uma nova, mais R$ 50 bilhões, justamente por reconhecer que todas as cidades têm um grande problema, principalmente as três maiores cidades do Brasil, que são São Paulo, Rio e Belo Horizonte, têm um grande problema de mobilidade urbana. Então nós abrimos uma chamada nova e chamamos o governo do Estado e chamamos a prefeitura de Belo Horizonte. Minas Gerais, aliás, o governo estadual, demandou R$ 4,4 bilhões e a prefeitura demandou R$ 2,9 bilhões, num total de R$ 7,3 bilhões. Se os projetos estiverem em dia e as obras estiverem completamente estruturadas, eu volto aqui em Belo Horizonte, justamente para anunciar esses novos R$ 7,3 bilhões. Mas eles estão em fase final de avaliação. Eu estou te adiantando isso porque faz parte, eu acho, de uma medida importante para o povo belo-horizontino e o povo mineiro que trafega e que sempre passa pela nossa capital.
Jornalista: Presidente Dilma Rousseff, agradecemos a entrevista da senhora, aqui direto de Varginha, exclusiva para a rádio Itatiaia de Belo Horizonte, para a rádio Vanguarda, aqui da cidade do sul de Minas, com o repórter Carlos Otávio, e damos mais uma vez as boas vindas para a senhora aqui no nosso estado, que é o estado de origem da senhora. E que a senhora tenha mais sucesso ainda e felicidade no governo a partir de agora até o ano que vem na conclusão do mandato.
Presidenta: Olha, muito obrigada, viu, Eustáquio. Eu agradeço aos ouvintes da rádio Itatiaia, agradeço ao Carlos Otávio e aos ouvintes da rádio Vanguarda de Varginha.
Quero dizer a vocês que para mim foi um prazer estar aqui conversando com os meus conterrâneos. Então um abraço a todos os ouvintes, a todas as mulheres mineiras e um grande abraço também a todos os jovens e as jovens desse nosso estado.
Jornalista: Muito obrigado, presidente.
Ouça a íntegra (27min17s) da entrevista da Presidenta Dilma